Revista GPS Brasília 28

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empenas serão revestidas com mosaico de vidro em tom neutro; pilotis branco e piso preto”. Ainda há presença de cobogós, que novamente aparece na área de serviço. A preservação dessas histórias e características dos prédios residenciais, no entanto, fica por conta da consciência do cidadão. Brasília é uma cidade tombada no conjunto urbanístico, levando em consideração as suas quatro escalas essenciais (monumental, residencial, gregária e bucólica), mas para os prédios não há regras específicas quanto à manutenção de características.

história, nossa identidade cultural e nossa formação como sociedade”, afirma o presidente do CAU-DF, Daniel Mangabeira. Para 2021, o Conselho planejou abrir inscrições aos edifícios que se consideram aptos a receberem o selo. É importante que essas construções tenham boa conservação nas fachadas e no pilotis. Prédios já reformados também podem se candidatar, desde que a intervenção tenha respeitado as características originais. Lúcio Costa ao projetar as superquadras deu um horizonte e um limite para a arquitetura. A padronização que se enxerga em Brasília foi ocasionada pelo tempo de construção, e não por projeto como muitos pensam. É nas aleatoriedades arquitetônicas e na organização urbanística bem definida, porém, que encontramos a beleza e o encanto da cidade moderna dos blocos parecidos e ao mesmo tempo repleto de histórias a serem contadas.

O SELO, UM RECONHECIMENTO

1º Selo – SQS 210 bloco C 2º Selo – SQS 309 bloco E 3º Selo – SQS 314 bloco K 4º Selo – SQN 108 bloco D 5º Selo – SQN 206 bloco I 6º Selo – SQN 416 bloco H 7º Selo – SQS 204 bloco K 8º Selo – SQS 203 bloco C

Foto: Victor Machado

Acostumada a cuidar de seus bens históricos, Brasília ganhou, em agosto deste ano, uma iniciativa do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU-DF). O Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília traz à tona “as boas práticas de conservação e manutenção predial” que preservam a linguagem arquitetônica do movimento moderno. Ao todo, 30 prédios foram indicados, mas apenas oito escolhidos – entre eles, o bloco I da 206 Norte, projetado por Marcílio Mendes Ferreira e Takusoo Takada. Na Asa Sul, cinco prédios receberam o selo, enquanto que na Asa Norte, três. A certificação será aplicada sobre o prisma de identificação dos blocos residenciais, e também nas placas das portarias de entrada. A marca foi desenvolvida pelo arquiteto e urbanista Danilo Barbosa – coordenador da equipe que criou o projeto das placas de sinalização da cidade, em 1976. “O conselho está extremamente orgulhoso de propiciar o selo como salvaguarda e para preservação do nosso patrimônio arquitetônico. É uma ação civilizatória, no sentido de informar a sociedade sobre a importância desses projetos para a nossa

SQN 206 bloco I

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