Henrique Sena dos Santos
CORPO, BELEZA E ESPORTE NA IMPRENSA BAIANA: 1916 – 1928
‘Dez maneiras de um emagrecimento saudável’, ‘Como conseguir uma barriga negativa em vinte dias’, ‘Dez passos para um abdômen sarado’... A lista de indicações e recomendações sobre o cuidado com o corpo e com a sua visualidade é infinita. Em igual medida, a lista dos suportes sobre os quais consumimos este conteúdo também é enorme. Desde as grandes revistas já estabelecidas, passando pelos blogs e agora, mais recentemente, as redes sociais como Instagram. Todos estes veículos nos têm algo a dizer como construir as aparências e visualidades no afã de alcançar um corpo belo e fitness. Seja na grande imprensa ou nas redes sociais, o que as unem é a constante preocupação pelo corpo dito esteticamente belo, através do cuidado com o controle alimentar ou na prática esportiva que contribuem para embutir o corpo de uma ideia de saúde. É fato que boa parte do que se consome nas mídias, sejam elas as revistas ou as redes sociais, é um conteúdo voltado para a constituição de uma certa corporeidade fundamental para a consolidação de uma determinada cultura visual. Neste texto, gostaria de chamar atenção para o fato de que, ao contrário do que se pensa, o fenômeno da busca incessante pelo corpo belo nas configurações da modernidade – cujo melhor