PARAR Fleet Review 5

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CONTEÚDO PARAR conquista prêmio windell t. mitchell humanitarian award

Perfil Ricardo Makoto

38-40 VEJA TAMBÉM: Bem-vindos à NAFA

8

Entrevista com Ruth Alfson, da NAFA

12

Gestão pública de frotas

14

Por dentro dos números do DPVAT 2014

16

Portal PARAR de cara nova

18

24


audi do brasil registra recorde de vendas em maio

oportunidades em tempo de crise

20 Vem aí a III Conferência Global PARAR

21

Gestores em foco

26

PGF chega à sua terceira turma

28

PARAR inaugura o “ano da prática”

30

Oficinas PARAR

32

Qual o papel do fornecedor no processo de decisão de terceirizar a frota?

33

Fotos PARAR

36

Infográfico 4x4

46

Zona 30: Uma das soluções para a brutal mortalidade no trânsito

48

42

Cenário da saúde na frota corporativa

25-27 34


editorial A NAFA tem sido uma inspiração para o PARAR desde o início do nosso movimento. A associação, fundada em 1957, representa ainda hoje o que há de mais avançado em diversas áreas da gestão de frotas. Por conta da atuação da entidade, a gestão de frotas é uma atividade altamente profissionalizada nos Estados Unidos. As certificações CAFM/CAFS representam um grau de especialização que é referência para programas do mundo inteiro (inclusive para o nosso Programa para Gestores de Frotas ) e a NAFA atua em parceria com empresas, governos e outras instituições para melhorar a atividade em seus aspectos econômicos, sociais e ambientais. Talvez por isso o nosso sentimento após a viagem para visitá-los seja um misto de surpresa e gratidão. O espaço que o PARAR criou para o Brasil durante a NAFA 2015 I&E não foi pequeno. Éramos a maior delegação internacional do evento e dele participamos ativamente. Na cerimônia de abertura, fomos citados pela presidente da associação e, nos dias posteriores, David Zini, da Ouro Verde, e Maria Baldin, da ALD, se fizeram ouvir em duas ricas apresentações. Tire um momento para refletir um pouco sobre esse acontecimento. O PARAR teve voz ativa durante o mais importante evento de gestão de frotas do mundo. Um avanço enorme para os gestores de frotas brasileiros. E não devemos parar por aí. Em 2015, já reformulamos o conteúdo e o formato dos fóruns, incrementamos a carga

horária do PGF e implementamos um projeto para reformar toda a nossa comunicação com vocês, gestores. A revista, como Ricardo Imperatriz você já deve ter PARAR Leader - CEO GolSat percebido, está de cara nova, assim como o nosso Portal PARAR, que se tornará cada vez mais interessante, agradável e útil. Deixo aqui o meu profundo agradecimento a todos os voluntários, organizadores, patrocinadores e incentivadores do PARAR. O Instituto PARAR existe porque vocês apostaram em nós desde o início. Também preciso reconhecer que a força motriz da nossa organização são os gestores de frotas. Cinco ou dez pessoas poderiam criar a faísca que daria corpo a este movimento, mas é da energia de um contingente de seis mil apaixonados gestores de frotas a responsabilidade por trazer o PARAR para o patamar em que nos encontramos hoje. Obrigado pela ousadia e pelo voto de confiança. Juntos, nos últimos dias, demos um passo do tamanho de um continente.

EXPEDIENTE A PARAR Fleet Review é uma publicação do Instituto PARAR direcionada para administradores de frotas leves de pequenas, médias e grandes empresas. Publicação gratuita e veiculada por distribuição direta. Para recebê-la, associe-se em www.institutoparar.com.br

Coordenadora Executiva: Renata Sahd Coordenadora de Comunicação: Larissa Fernandes Jornalistas Responsáveis: Pedro Conte, Mariana Matias imprensa@institutoparar.com.br Publicidade: publicidade@institutoparar.com.br - 43 3315.9524 Traduções: GARF Traduções contato@garftraducoes.com.br Diagramação e Design: Pubblicitá Marketing e Comunicação - www.pubblicitacomunicacao.com.br Impressão: Midiograf - www.midiograf.com.br Sugestões: parar@institutoparar.com.br - 43 3315.9588

A Revista PARAR Fleet Review é uma publicação da empresa idealizadora do Instituto PARAR:

www.golsat.com.br

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BEM-VINDOS À NAFA I&E Delegação do PARAR visita o maior evento de gestão de frotas do mundo

O

rlando é mundialmente conhecida pelos parques temáticos e atrações turísticas. A terra da magia, do Mickey Mouse e das montanhas russas, dizem os turistas. Pois esta cidade da

Flórida converteu-se no ponto de encontro para gestores de frotas de diversas áreas do planeta, durante a NAFA 2015 I&E. O evento, realizado pela Associação Norte Americana de Gestores de Frotas, reuniu profissionais responsáveis por cerca de 3,5 milhões de veículos durante quatro dias. A programação inclui palestras sobre temas variados, sessões educacionais, premiações, feira de exposições e

08


muita oportunidade de network. Para se ter uma ideia da dimensão do evento, a área reservada para os stands continha 250 empresas diferentes – desde montadoras até provedores de serviços e inteligência. O PARAR, pelo segundo ano consecutivo, levou uma delegação de brasileiros para conhecer as novidades do mercado americano. Entre fornecedores, gestores de frotas e a equipe PARAR, 25 brasileiros estavam unidos em torno do propósito de compartilhar conhecimento e trazer para casa ideias e exemplos que pudessem ser aplicados na melhoria da gestão de frotas brasileira. A delegação desembarcou na terra do Tio Sam no domingo, e participou de algumas atividades antes da terça-feira, quando a NAFA I&E começaria de fato. E o início da jornada não poderia ser mais proveitoso. Já no domingo, a delegação foi recebida pela diretoria da NAFA com exclusividade em um coquetel.

O PARAR ENTRA EM CAMPO Dois dos integrantes da comitiva chegaram aos Estados Unidos com uma missão especial. David Zini, Diretor da Ouro Verde, e Maria Baldin, da ALD Automotive, tornaram-se os primeiros membros da comitiva do PARAR a palestrarem na NAFA. A gestão de frotas globais permeou uma parte importante das palestras do evento, e foi um tema abordado pelos dois profissionais. Zini apresentou o painel Conduzindo a Gestão de Frotas em Mercados Emergentes em conjunto com Jim Creighton, Vice-Presidente de Estratégia Global da ARI, Joe LaRosa, Vice-Presidente Internacional da NAFA e Rob Hill, diretor Global de Frota da ARI. Ele se preocupou em apresentar uma visão realista sobre o mercado brasileiro, reconhecendo os problemas que aqui existem, ao mesmo tempo em que apontava os pontos altos do país – relatando, inclusive, as realizações

250 EMPRESAS NOS STANDS

do PARAR nos últimos anos. Para Zini, “falar no templo de quem começou isso (a gestão de frotas), representando um grupo de pessoas que tem acima de tudo um idealismo, que acredita no que estão fazendo” era o seu principal desafio. Um desafio que foi superado com muita competência. Instrutora do PGF e palestrante dos fóruns do PARAR, Maria Baldin foi convidada para falar sobre a Gestão

“A NAFA está muito entusiasmada em continuar nosso relacionamento com os nossos amigos do Brasil”, afirmou Phil Russo, CEO da NAFA. Além dele, estiveram presentes: Ruth Alfson (atual presidente da NAFA), Bryan J. Flansburg (Vice-Presidente Sênior), Joseph LaRosa (Vice-Presidente Internacional), Michael H. Cole (Vice-Presidente para o Canadá), Patti M. Earley (Tesoureira) e outros membros da comitiva, como o ex-presidente Claude Masters.

Estratégica de Frotas no Mercado Brasileiro. “A gente sempre acha que não tem nada para ensinar (...), mas quando começamos a interagir com as pessoas, vemos que elas tem muita curiosidade para saber como são as coisas no Brasil”, descreve. De fato, o momento foi de bastante interação com os ouvintes buscando mais informações sobre os impostos, tipos de carros e outros detalhes acerca da gestão de frotas brasileira.

O PARAR era a maior delegação visitante dentre os 2,3 mil participantes do evento que começaria dois dias depois. O coquetel foi um prenúncio de muitas surpresas positivas que aconteceriam nos dias posteriores.

Maria Baldin, da ALD e David Zini, da Ouro Verde

09


A

EDUCAÇÃO PARA OS GESTORES DE FROTAS NAFA

tem

uma

série

de

programas

encontros que tem como objetivo “reunir algumas das mais

educacionais que giram em torno das

brilhantes mentes em gestão global de frotas e deixá-las

certificações CAFM (Certified Automotive

contar suas histórias”, explica Phil Russo. Na academia

Fleet Manager – a certificação mais completa

internacional, os palestrantes trazem propostas de práticas

para os gestores de frotas) e CAFS (Certified Automotive

reais que utilizaram nos processos de internacionalização

Fleet Specialist). Durante a NAFA I&E, os organizadores

de suas frotas.

oferecem turmas de estudo para as provas destas certificações, uma série de palestras que eles chamam de bootcamps.

Em uma das sessões das quais o PARAR participou, os palestrantes deixaram claro que não existe uma receita única para o processo de internacionalização da frota,

Além dos bootcamps, os gestores de frotas podem participar da International Fleet Academy, uma série de

por exemplo. Veja algumas tendências deste mercado, no quadro abaixo:

DICAS PARA A GESTÃO GLOBAL DE FROTAS Em muitos países, boa parte da geração mais nova chega aos seus 20-30 anos sem ter

MOBILIDADE

comprado um carro sequer (algo impensável nas décadas anteriores). É preciso entender como a gestão de frotas se integra com o transporte público, os carros compartilhados e a flexibilidade.

NÃO EXISTE UMA RECEITA

TELEMETRIA É UMA TENDÊNCIA FORTE

BENCHMARKING É UM PROCESSO COMPLICADO

10

Mesmo em mercados mais maduros, como Estados Unidos e Europa, as diferenças são enormes. 80% das frotas privadas europeias são compostas de carros direcionados à prestação de serviço. Nos EUA, acontece o contrário: 80% dos veículos são operacionais, de uso mais pesado.

Ainda pouco consolidada globalmente, a telemetria tem sua importância elevada a cada ano, assim como o uso de dispositivos como câmeras e outras ferramentas para atuar no comportamento dos motoristas.

Cada país tem uma série de particularidades e isso faz com que seja difícil comparar a operação de um local com os resultados obtidos em outros países.


DEBATE DE LOCADORAS Outro momento importante do evento aconteceu na

de frotas devem converter-se em “alunos constantes

última manhã da NAFA I&E. Este horário ficou reservado

e leitores vorazes”. Essa é a única maneira de se

para um debate que acontece anualmente entre as

manterem antenados à evolução do mercado.

principais locadoras do mercado norte-americano. Participaram do debate os presidentes mundiais das locadoras Donlen, ARI, Wheels, Element, Leaseplan, Emkay e GE Capital Fleet Services.

Daniel Frank, Presidente da Wheels, Inc., também abordou um ponto importante. Ele afirma que os padrões de segurança se tornarão cada dia mais firmes. “Ao invés de diminuir o número de

Um dos primeiros a falar, Michael Pitcher da

acidentes de uma frota, por exemplo, o objetivo

Leaseplan, lembrou que a gestão de frotas envolve

agora será eliminar os acidentes daquela frota”,

uma série de atividades diferentes e variadas, e todas

conta. Exemplo disso são os 64 milhões de recalls

elas são importantes. No entanto, “o gestor de frotas

que aconteceram nos EUA em 2014. “Isto não quer

deve se preocupar em dominar três áreas específicas:

dizer que a qualidade dos carros diminuiu, mas sim

segurança, tecnologia e finanças”. Ele afirma que a

que a indústria está levando mais a sério a questão

tecnologia continuará avançando nos próximos anos – e

da segurança”, explica Frank. Um movimento que

a um ritmo cada vez mais intenso! Por isso, os gestores

também começa a ganhar corpo no Brasil.

AUSTIN

2016

A

o ler esta matéria, você, gestor de frota, talvez tenha ficado com a impressão de

“O GESTOR DE FROTAS DEVE SE PREOCUPAR EM DOMINAR TRÊS ÁREAS ESPECÍFICAS: SEGURANÇA, TECNOLOGIA E FINANÇAS.”

que o cenário parece muito avançado em relação a alguns temas do dia-a-dia no

Brasil. Em outras áreas, é possível que você tenha se

Michael Pitcher, Leaseplan

identificado com o que relatamos nesta matéria. Este foi o sentimento ao final da NAFA I&E 2015: os problemas enfrentados pelos gestores de frotas ao redor do mundo são parecidos e tratam da melhora de processos, da eficiência em custos, da segurança dos condutores, da tecnologia e, principalmente, do comportamento das pessoas envolvidas. Nos Estados Unidos, no entanto, o nível da discussão é mais

de frotas. “Não pense duas vezes se você deve vir ou não (...) o nível de detalhamento de conhecimento que eles têm, que apresentaram nos casos de sucesso, é aplicável em qualquer lugar”, descreve David Zini. Esta foi a terceira vez que ele foi aos Estados Unidos para prestigiar a NAFA I&E.

avançado. A NAFA foi fundada na década de 1950 e, por isso, os debates por lá são mais maduros. Em 2016, uma nova edição do evento acontecerá em Austin, no Texas, entre os dias 19 e 22 de abril. Marque esta data na sua agenda e desafie-se a visitar com o PARAR o maior evento do mundo para gestores

#SAVETHEDATE 19A22ABRIL2016 11


Entrevista

Ruth Alfson Presidente da NAFA

Recém-empossada como presidente da NAFA, Ruth Alfson concedeu uma entrevista exclusiva ao PARAR durante o evento. Ela falou a respeito dos desafios a serem enfrentados pela associação americana, sobre as diferenças entre homens e mulheres na gestão de frotas e mandou um recado aos brasileiros.

PARAR - Quais são os principais desafios da NAFA nos próximos dois anos? É o que podemos chamar de “frotas verdes”, sustentabilidade. Garantir que as frotas não impactem o meio ambiente mais do que

l “NA CULTURA CORPORATIVA NÃO HÁ TANTA DIFERENÇA ENTRE HOMENS E MULHERES.”

precisam. Trazer tecnologias para que elas possam trabalhar de forma mais limpa, verde e, principalmente, de forma mais segura para todos. PARAR - Estamos próximos desta meta? Ainda não, mas estamos cada vez mais perto. Com toda a tecnologia disponível, é necessária uma grande quantidade de investimento e tempo para implementar as ações. É um projeto de longa duração que funciona passo a passo. Alguns são curtos e rápidos e outros demandam mais tempo. PARAR - Qual é a porcentagem de mulheres na gestão de frotas nos EUA e Canadá? Você encontra mais mulheres gestoras de frotas em empresas e mais homens gestores de frotas do governo. Em um todo, podemos dizer que é

12

>


>EXCLUSIVA Ruth Alfson – Presidente da NAFA

50% de cada gênero.

estejam juntos. A melhor coisa que nós temos é o nosso conhecimento. Por

PARAR - Por que essa diferença?

isso, compartilhar e conversar são os

Na cultura corporativa não há tanta

melhores conselhos.

diferença entre homens e mulheres.

Não tentem fazer tudo ao mesmo tempo,

Muitas vezes, as mulheres assumem

vocês podem começar com calma (...).

esse cargo pois vieram do departamento

Façam tudo em seu tempo e façam

de viagens, do financeiro. Normalmente,

direito. Alimentem os relacionamentos

as grandes empresas não contam com

e mostrem às pessoas o que pode ser

garagens para as frotas e, por isso, as

feito quando trabalhamos em conjunto.

mulheres assumem a gerência dessa

Comecem

questão. No entanto, no governo, os

tiverem controle sobre isso, cresçam

gestores de frota trabalham no chão de

um pouco, com uma conferência maior,

fábrica e, assim, os gestores tendem a

um evento maior.

ser homens.

Conversem! Talvez vocês não consigam

pequenos

e

assim

que

se encontrar fisicamente, mas usem os PARAR - A NAFA é uma associação já

e-mails, telefones e teleconferências,

consolidada e que conseguiu atingir

ou seja, qualquer meio, desde que

uma série de grandes objetivos nas

as

últimas décadas. Qual o seu conselho

conectadas umas às outras. Isso os

para os brasileiros e para o PARAR,

levará ao próximo passo.

pessoas

estejam

ativamente

que estão começando esta caminhada agora? É muito importante que todos vocês

13


PARAR VISITA AS INSTALAÇÕES DA FROTA DA CIDADE DE ORLANDO, NOS ESTADOS UNIDOS, UMA DAS MELHORES FROTAS DO PAÍS 14

FUTURO

GESTÃO PÚBLICA DE FROTAS


FUTURO

© olly- Fotolia.com #61955707

A

frota da cidade de Orlando é um exemplo muito promissor que vem do mercado americano. Em apenas quatro anos de trabalho coordenado, a cidade chegou ao posto de 18ª melhor frota no

concorrido 100 Best Fleets Awards. Em 2012, a cidade foi a 97ª colocada. Atingiu o 46º lugar em 2014 e, finalmente, em 2015, conseguiu alcançar o Top 20, numa ascensão total de 56 colocações em quatro anos. Concorrem neste ranking todo tipo de frota privada e

pública dos Estados Unidos e do Canadá, desde grandes empresas até o departamento de logística da aeronáutica americana, por exemplo. As divisões públicas costumam dominar a premiação – projetos como o de Orlando, na Flórida, que cuida dos carros de polícia, caminhões de bombeiro, caminhões de lixo e outros veículos. No total, são 2700 carros e outros 290 veículos off road. É curioso verificar que toda a manutenção da frota

de Orlando é feita internamente, uma estrutura que administra cerca de 3 milhões de dólares em peças por ano, e que gastou 7,9 milhões de dólares em combustível em 2014. Os veículos dos bombeiros e policiais ficam em suas próprias garagens e, dependendo do nível de reparo necessário, um técnico se desloca até o local ou o veículo é orientado a se direcionar a um centro de gestão de frotas.

VISÃO DE LONGO PRAZO

D

urante a visita da delegação do PARAR, foi possível detectar a importância da orientação para projetos com duração prevista para duas ou três décadas. Esta é, provavelmente, a chave

E, ainda que a atuação principal seja a de uma oficina, a

do sucesso conquistado pela prefeitura de Orlando. Como

organização e, principalmente, a limpeza do ambiente são

acontece em qualquer lugar do mundo, novos prefeitos

impressionantes.

são eleitos periodicamente, mas o trabalho dos gestores de frotas se mantém constante. David Dunn, o gestor da divisão de frotas da cidade, está no cargo há quase dez anos.

2.700 CARROS 290 OFF ROAD

A orientação para atividades de longo prazo permitiu, também, a adoção de ousados projetos na área de sustentabilidade. Por meio de um convênio com geradores de energia, a divisão de frotas alugou o telhado de suas instalações para a implantação de painéis solares, garantindo um suprimento barato de eletricidade pelos próximos 25 anos (e sem se preocupar com a manutenção ou renovação do sistema, que fica a cargo do prestador de serviço). Segundo Nate Boyd, Gestor de Projetos Energéticos da cidade de Orlando, nos próximos quatro anos, “o custo da geração de energia para prédios governamentais cairá significativamente”, devido a iniciativas como esta. O investimento necessário para geração através de painéis solares se igualará ao custo da geração em usinas térmicas movidas a gás natural – e este cenário deve transformar toda a matriz energética da cidade. 15


POR DENTRO DOS NÚMEROS DO

DPVAT No Brasil, carros e caminhões matam uma pessoa a cada doze minutos

H

á algumas semanas, a Seguradora Líder-DPVAT

Os homens seguem liderando as péssimas estatísticas e

divulgou os dados de indenizações por mortes

foram o objeto de 3 em cada 4 processos de indenização.

e acidentes de trânsito referentes a 2014. E,

Quanto à faixa etária, também nenhuma novidade: jovens

embora algumas áreas apresentem melhoras, o

entre 18 e 34 anos representam 52% do total de indenizações

cenário de trânsito ainda é catastrófico no Brasil. A prova disso são os dados que comprovam que, em

pagas (veja o gráfico), o que corresponde a quase 400 mil processos somente no ano passado.

2014, mais de 760 mil indenizações do Seguro DPVAT foram

Analisando os tipos de vítima, a maior incidência ocorreu

pagas para as vítimas de acidentes de trânsito em todo o

entre os motoristas, que representam 63% das indenizações

país. Entre janeiro e dezembro de 2014, houve crescimento

por invalidez e 50% das vítimas fatais. Os pedestres

de 20% diante o mesmo período de 2013, sendo que os

ficaram em 2º lugar nas indenizações no período, com 31%

casos de invalidez permanente representaram a maioria das

dos acidentes fatais e 20% dos acidentes com invalidez

indenizações, um crescimento de 78%. Uma triste realidade

permanente.

do trânsito brasileiro que o PARAR busca conscientizar.

Número de óbitos diminui Uma boa notícia veio do número de óbitos decorrentes de acidente de trânsito, que apresentaram redução de 5% em relação ao mesmo período de 2013. No entanto, os números ainda são altos e assustam: 52.226 pagamentos no período. De acordo com Ricardo Xavier, Diretor-Presidente da Seguradora Líder-DPVAT, os resultados demonstram que políticas como o incentivo ao uso do cinto de segurança, a implantação de airbags, a Lei Seca e as campanhas pela redução da velocidade nas vias, já apresentam efeitos positivos.

16


760.000

PROCESSOS DE INDENIZAÇÃO

UUUU

CASOS EM 2014

HOMENS

+ 20%

+ 78%

acima de 2013

invalidez permanente

3 em cada 4 processos de indenização

Indenizações pagas por faixa etária Janeiro - Dezembro 2014

1% 9.762

5% 35.921

24% 182.369

28% 215.744

19% 146.882

19% 144.201

4% 28.486

0 a 7 anos

8 a 17 anos

18 a 24 anos

25 a 34 anos

35 a 44 anos

45 a 64 anos

65 anos +

2011

58.134

239.738

68.484

2012

60.752

352.495

94.668

2013

54.767

444.206

134.872

2014

52.226

595.693

115.446

Mortes

Invalidez

Despesas

O relatório do DPVAT demonstra que as políticas

defende que as campanhas de conscientização sejam

relacionadas aos carros vêm, lentamente, conseguindo

intensificadas, assim como a fiscalização nas cidades e

diminuir os acidentes de trânsito neste segmento. A

estradas.

realidade dos motociclistas, no entanto, permanece em um estado alarmante.

Boa parte da responsabilidade sobre esta realidade ainda recai sobre os ombros dos gestores de frotas. Os números

Os números indicam que o aumento do número de

dos motociclistas puxam as estatísticas para cima, é verdade.

indenizações do DPVAT se deve, essencialmente, aos casos

Mas, se descontarmos os acidentes de moto e metade dos

de invalidez. 9 de cada 10 pessoas indenizadas por invalidez

óbitos de passageiros (assumindo que a outra metade

estavam a bordo de uma motocicleta.

estava a bordo de um carro), ainda encontraremos mais de

Existem diversas iniciativas a serem tomadas em prol da melhoria do trânsito brasileiro como um todo. O PARAR

30 mil vítimas fatais em 2014. Algo em torno de uma morte a cada 12 minutos. 17


portal parar de cara nova Novo site tem ainda mais interação e tecnologia para o Instituto

Nas próximas semanas, o Instituto

uma equipe dedicada à organização de

precisávamos de uma plataforma que

PARAR lançará uma nova ferramenta

informações e à produção de materiais

pudesse integrar as iniciativas que

de comunicação entre o PARAR e os

criados especificamente para o Portal

já promovemos até hoje aos novos

gestores de frotas brasileiros. Trata-

– que também terá um espaço maior

desafios que virão”.

se do novo Portal PARAR (www.

dedicado aos vídeos e notícias.

institutoparar.com.br), um projeto que

Atualmente, cerca de 10.000 visitas

Portal PARAR contará com áreas

tem tudo para se tornar o principal

são feitas ao Portal PARAR a cada mês

exclusivas para cada associado, o

ponto de encontro entre gestores de

e o objetivo da organização é dobrar

que viabilizará a apresentação de

frotas, fornecedores e outros players

esta quantidade de acessos já nos

conteúdos

interessados

na

específicos

para

cada

profissionalização

primeiros seis meses. Para isto, o novo

gestor. “Esta área interna possibilitará

da gestão de frotas brasileira e na

projeto foi desenhado de forma a

o acesso às palestras que o gestor

melhoria dos nossos indicadores de

proporcionar ao gestor de frotas uma

assistiu em um determinado evento,

trânsito.

experiência cada vez mais prática,

por exemplo, e também nos permitirá

agradável e útil.

desenvolver

“A grande mudança está na ênfase

18

Vale destacar, também, que o novo

materiais

especiais

que daremos à produção e divulgação

“A cada dia, novos textos, vídeos e

direcionados aos interesses deste

de conteúdos de interesse para o

eventos serão disponibilizados”, conta

gestor”, detalha Larissa Fernandes,

gestor de frotas”, explica Flavio Tavares,

Tavares. Ele relata que o PARAR é “uma

Coordenadora de Comunicação do

um dos líderes do PARAR. O site, que

organização muito dinâmica, novos

PARAR.

já contava com um Blog, passará a ter

projetos surgem a cada dia. Por isso,



Audi do Brasil registra recorde de vendas em maio

A Audi mantém um ritmo acelerado de crescimento no país, com as 1.358 unidades vendidas no mês de maio

a Audi vai investir R$ 10 milhões nesse novo espaço. “Tudo isso reflete o bom momento da marca, que vem implantando uma estratégia focada no crescimento sustentável, não só do número de vendas, ao alcançarmos a liderança do segmento de luxo, mas também no Jorg Hofmann, diretor Audi lançamento de produtos adequados ao mercado brasileiro, na capacitação constante do nosso time de vendas e pós-vendas e também com o início da produção nacional, previsto para setembro”, completa Hofmann. Em 2014, o Grupo Audi entregou aproximadamente 1.741.100 carros da marca Audi para seus clientes. A empresa reportou receitas de €53.8 bilhões e um lucro operacional de €5.15 bilhões em 2014. A Audi opera globalmente em mais de 100 mercados e possui unidades de produção em Ingolstadt e Neckarsulm (Alemanha), Győr (Hungria), Bruxelas (Bélgica), Bratislava (Eslováquia), Martorell (Espanha), Kaluga (Rússia), Aurangabad (Índia), Changchun (China) e Jakarta (Indonésia). Desde o final de 2013, a marca dos Quatro Anéis também tem produzido carros em Foshan (China). A marca dos Quatro Anéis iniciará a produção em Curitiba (Brasil) este ano, e em San José Chiapa (México) em 2016. As subsidiárias de propriedade integral da AUDI AG incluem a quattro GmbH (Neckarsulm), A Audi mantém um ritmo a Automobili Lamborghini S.p.A. (Sant’Agata Bolognese, Itália), e a Ducati Motor Holding S.p.A. acelerado de crescimento no (Bologna, Itália), fabricante de motocicletas país. Com as 1.358 unidades esportivas. A empresa emprega atualmente mais vendidas no mês de maio, a de 80.000 pessoas no mundo todo, das quais mais de 58.000 na Alemanha. A empresa planeja realizar marca alemã agora chega a um investimento total de cerca de €24 bilhões entre 6.375 emplacamentos no ano 2015 e 2019 – essencialmente em novos produtos e avança 26,8% no acumulado e tecnologias sustentáveis. A Audi assumiu um compromisso com a responsabilidade corporativa dos primeiros cinco meses de e tem baseado sua estratégia no princípio de 2015, se comparado ao mesmo sustentabilidade em seus produtos e processos. período de 2014. A meta de longo prazo é alcançar a mobilidade neutra em termos de emissões de CO2.

Neste ano, o segmento premium cresceu 12%, apesar da queda de quase 21% registrada nas vendas de veículos novos. Os últimos resultados reforçam a consolidação da Audi no Brasil em um cenário desafiador da economia em 2015. “Apesar das adversidades do setor, este foi o melhor mês de maio da história da Audi do Brasil. Com isso, mantivemos a liderança do mercado premium e continuamos firmes com a nossa meta de alcançar crescimento de dois dígitos em 2015 e chegar a 30 mil unidades por ano até 2020”, afirma Jörg Hofmann, presidente e CEO da Audi do Brasil. A chegada de novos modelos nas concessionárias, como a nova geração do TT Coupé e o Q3 reestilizado, que traz ainda uma inédita opção de motor 1.4 TFSI de 150 cv, deve impulsionar ainda mais os resultados da Audi no país. A marca também seguirá expandindo sua rede de concessionárias, ampliando a capilaridade da marca no Brasil. A Audi está presente, por exemplo, em todos os estados do Nordeste e inaugurou recentemente a 10ª revenda no estado de São Paulo. Para este ano, a previsão é chegar a 50 lojas em diversos estados. Outra frente de investimento é no pós-vendas, que também vem contribuindo para o avanço da Audi no Brasil. No acumulado do ano, a área apresenta um crescimento significativo na comparação com o mesmo período de 2014. Recentemente, a Audi inaugurou o Centro de Treinamento e Competência Tecnológica, em São Paulo, um suporte importante para acompanhar a expansão da empresa no país e a excelência na qualidade de serviços pós-vendas. Até 2016 ,

“Nosso objetivo é mostrar aos clientes os valores da Audi no quesito segurança e apresentar os diferenciais de nossa frota” 20


VEM AÍ A III CONFERÊNCIA

GLOBAL PARAR O maior evento para gestores de frotas da América Latina

N

o final deste ano, mais precisamente entre

a participação da Deputada Federal Christiane Yared na

os dias 11 e 12 de novembro, o PARAR

Conferência. Ela falará sobre o projeto “Trânsito do Bem -

realizará a sua terceira edição da Conferência

Ações que salvam vidas”.

Global PARAR. O evento, que já se tornou o

Outro destaque da programação refere-se a palestra “A

maior encontro de gestores de frotas da América Latina, é

Escolha do Carro Certo”, tema da discussão que será trazida

direcionado aos profissionais relacionados à área de frotas e

pela Global NCAP, o respeitado órgão internacional de

também aos fornecedores que atendem este mercado, como

avaliação da segurança de automóveis. A NCAP é associada

locadoras e gestores de combustível, por exemplo.

à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e tem

“Além de uma oportunidade incrível para network, o

escritórios espalhados em diversos continentes.

conteúdo da Conferência é bastante prático. Teremos uma

Para complementar, os organizadores planejam a vinda ao

série de novidades, palestras nacionais e internacionais, que

Brasil de Phillip E. Russo e Ruth Alfson, respectivamente CEO

nos ajudarão a profissionalizar ainda mais a gestão de frotas

e Presidente da NAFA, além de David Dunn, o gestor de frotas

no país”, conta Renata Sahd, Coordenadora do PARAR.

da Prefeitura de Orlando. Dunn contará aos brasileiros como

Durante os dois dias, mais de 400 gestores devem participar

conseguiu colocar a frota da sua cidade entre as mais bem

das palestras, oficinas e da feira de exposições – que, segundo

avaliadas dos Estados Unidos (veja uma matéria sobre o caso

os organizadores, terá 40% mais expositores que no ano

nesta edição da revista).

passado. Estão confirmadas as apresentações de Emerson

O evento acontecerá na AMCHAM, Câmara Americana

Fittipaldi, o primeiro brasileiro a vencer um mundial de

de Comércio, em São Paulo, e poderá ser assistido também

Fórmula 1, e de Luciano Burti, comentarista de televisão e

ao vivo, via internet. As inscrições já estão abertas no site

também piloto profissional, que trarão as suas experiências

institutoparar.com.br. Mais informações pelo telefone (43)

no automobilismo para a realidade dos gestores de frotas.

3315-9588 ou pelo email parar@institutoparar.com.br.

Recentemente, Flavio Tavares e Ricardo Imperatriz estiveram em Brasília, na Câmara dos Deputados, e confirmaram

21


III CONFERÊNCIA GLOBAL

PARAR 2015 Venha compartilhar conhecimento prático com quem está fazendo o futuro da Gestão de Frotas no Brasil e no Mundo.

11- 12 /NOV AMCHAM /SP

A MAIOR CONFERÊNCIA DA AMÉRICA LATINA

PALESTRANTES NACIONAIS E INTERNACIONAIS

NETWORK COM MAIS DE 400 GESTORES DE FROTAS E EXECUTIVOS

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perfil ricardomakoto

Do chão de fábrica no Japão ao posto de gestor de uma das maiores empresas do Brasil. Conheça a história de Ricardo Makoto, responsável pela frota da AMBEV

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R

ecém-chegado das terras do Sol Nascente, onde não se sentia realizado profissionalmente, Ricardo Makoto viu a oportunidade em uma vaga de auxiliar de conferente para entrar no mercado de trabalho brasileiro após 15 anos fora do país. Muitos estranharam sua escolha e a frase que ele cansava de repetir para amigos e familiares para justificála era: “não importa o que eu vou fazer, mas onde quero chegar”. E foi com essa determinação que conseguiu a vaga e, logo em seguida, sua primeira promoção na empresa. Já como conferente, comandava uma equipe de sete auxiliares e cinco empilhadores. Por gostar muito de pessoas e ser extremamente dedicado, Makoto começou a motivar esse time e, em pouco tempo, os colaboradores do seu setor já estavam ganhando mais bonificações que os outros times. Ricardo acredita que se aproximar das pessoas e oferecer oportunidades como forma de desenvolvimento pessoal e profissional é um excelente caminho para ganhar confiança e a parceria de uma equipe. “Certa vez, seu Silvino, um senhor de 40 anos que fazia parte da minha equipe, chegou à fábrica sem sua usual garrafa de café. Eu perguntei o que havia acontecido e ele me explicou que a garrafa tinha estourado no metrô. Imediatamente eu ofereci o valor de uma garrafa nova e ele, muito tímido, aceitou. No outro dia, seu Silvino apareceu com uma garrafa novinha cheia do seu tão necessário café e outra repleta de chá, minha bebida favorita. Como agradecimento, a partir desse dia, ele nunca mais esqueceu de trazer, diariamente, uma garrafinha de chá para mim”.

Foi com a confiança adquirida e com a conquista de resultados efetivos que, em pouco tempo, Makoto conseguiu transformar seu time em pessoas extremamente motivadas. Para ele, é necessário ter em mente que “nunca se deve estar satisfeito com o resultado” de seu trabalho. Isso faz com que sempre se tenha vontade e empenho para crescer. A implementação de uma cultura que aproximava e incentivava os colaboradores permitiu que Makoto crescesse dentro da AMBEV. Em poucos anos, ele passou pela área logística e financeira, até chegar a especialista de frota, cargo que foi criado pela diretoria devido às suas intervenções. Makoto trouxe muitas inspirações e ideias em razão das participações nos fóruns e conferências do PARAR. “O Instituto me deu muita bagagem e serviu de base para que eu estruturasse meu projeto dentro da AMBEV”, conta. Para ele, o conteúdo do PARAR instrumentaliza e inspira os gestores a trazer resultados para suas empresas. Segundo o profissional, o mercado de gestão de frotas está crescendo e é essencial que os gestores aproveitem essa oportunidade. Uma dica é “mudar a cultura dentro de sua empresa por meio da educação, do carinho e do cuidado com as pessoas”, afirma Makoto. É desta forma que ele gere seus colaboradores. “Passar a fazer o papel de cuidador muda toda uma perspectiva e as pessoas aprendem a te respeitar. Além disso, os valores aprendidos não ficam restritos somente à empresa, são disseminados entre os amigos e a família e isso ajuda a melhorar toda sociedade”, encerra.

lição de vida

“Certa vez, seu Silvino, um senhor de 40 anos que fazia parte da minha equipe, chegou à fábrica sem sua usual garrafa de café. Eu perguntei o que havia acontecido e ele me explicou que a garrafa tinha estourado no metrô. Imediatamente eu ofereci o valor de uma garrafa nova e ele, muito tímido, aceitou. No outro dia, seu Silvino apareceu com uma garrafa novinha cheia do seu tão necessário café e outra repleta de chá, minha bebida favorita. Como agradecimento, a partir desse dia, ele nunca mais esqueceu de trazer, diariamente, uma garrafinha de chá para mim”.

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gestores em foco Alunos do Programa para Gestores de Frotas (PGF) comentam suas experiências com o curso

“Para mim, o PGF significa sinergia, troca de informação e network. É um espaço para, além do conteúdo, falar sobre a conscientização, a importância da política de frotas e sobre como ser estratégico. Participar do programa vem fazendo a diferença no meu dia-a-dia, é uma forma de rever, questionar e entender um pouco melhor a minha operação. Me leva a refletir e olhar para dentro, me leva a entender o meu propósito. Além disso, está abrindo meus horizontes. Os conceitos apresentados nas aulas nos ajudam a planejar uma mudança de cultura dentro da empresa e, consequentemente, uma redução de custos. Às vezes, atuamos mais na parte operacional, no apagar incêndio, e não

“A experiência tem sido tão boa que queremos colocar co-gestores de outras regionais para fazer o PGF também” Juarez Oliveira, Thyssenkrupp

enxergamos o que é estratégico, como a escolha de um carro, se é comprar ou locar... A experiência tem sido tão boa que queremos colocar co-gestores de outras regionais para fazer o PGF também” - Juarez Oliveira, Thyssenkrupp

Juarez Oliveira, Thyssenkrupp

“Meu objetivo é terminar 2015 tirando o pé do chão. A partir dos conceitos aprendidos nas aulas, já tentei estabelecer uma política de frotas, que está sendo estudada pela presidência, mas ainda não foi aprovada. Além disso, o PGF me ajudou a buscar ferramentas para conseguir indicadores que revelem os números, principalmente ao que se refere a informações da nossa frota” - Paulo Henrique Martins, De Amorim Paulo Henrique Martins, De Amorim

“O gestor de frotas, hoje, acaba apagando muito incêndio, sendo muito operacional. O PGF nos mostra como fazer, na prática e com detalhes, uma gestão de frotas estratégica. Entendi que, para nossa empresa, a melhor opção era terceirizar nossa frota e, também, a importância do envolvimento de várias áreas da empresa para a elaboração de uma política de frotas. O PGF nos faz entrar no detalhe da operação, olhando ela mais de cima. Também nos tornamos multiplicadores dentro da empresa na área de segurança. Fizemos uma parceria com o setor de comunicação e, toda semana na SodexoNet, fazemos um boletim com a temática de segurança no trânsito, com exemplos de funcionalidade dos veículos, etc.” - Edgar Quadros, Sodexo Edgar Quadros, Sodexo

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direção defensiva

Centro Pilotagem Roberto Manzini e golsat oferecem curso para gestores de frotas VENDA EM LEILÃO

No último dia 06 de junho, vinte gestores de frotas foram convidados para participar de um treinamento prático de direção defensiva promovido pelo Centro Pilotagem Roberto Manzini. O encontro teve como propósito demonstrar a importância deste tipo de formação aos gestores para que eles pudessem replicar os conhecimentos aprendidos aos motoristas de suas empresas. Confira as fotos do evento e fique atento: ele deverá se repetir durante o segundo semestre!

Sede Administrativa Porto Alegre / RS

Centro Logístico Nova Santa Rita / RS

Auditório com capacidade para mais de 700 pessoas


PGF chega à sua terceira turma Programa para Gestores de Frotas já capacitou mais de 100 profissionais da área

O PGF, programa para profissionalização de gestores de frotas desenvolvido pelo Instituto PARAR, chegará ao final da sua segunda turma nas próximas semanas. O curso é o primeiro a certificar os gestores no Brasil e, atualmente, conta com mais de 100 alunos ativos. O programa aborda gestão estratégica de frotas, gestão de custos, política de frotas, compras, sustentabilidade e diversos outros temas essenciais à atuação dos gestores. Dividido em 5 módulos com 4 horas de duração cada, o PGF é feito por meio de uma plataforma online, ferramenta que ultrapassa fronteiras e atinge o maior número possível de profissionais. Todos os módulos são acompanhados por professores experientes e, a cada semana, os alunos realizam exercícios no ambiente virtual, especialmente desenvolvidos para integrar as aulas ao cotidiano da gestão de frotas.

“Fiquei muito feliz com o resultado e a sensação de ver meu esforço recompensado é muito gratificante” Claudio Pinheiro, Marbor

Claudio Pinheiro, gerente administrativo da Marbor Locadora de Veículos, foi aluno da primeira turma e pode ser considerado um exemplo de dedicação. Ele foi o primeiro colocado na prova de certificação de 2014 e se destacou em meio a outros 115 participantes do curso. Além da certificação, Pinheiro recebeu, como reconhecimento, uma série de premiações: capa desta edição da PARAR Fleet Review, almoço com os líderes do Instituto PARAR e participação na III Conferência Global PARAR. “Foram

quatro

horas

de

prova,

com

questões objetivas e discursivas. Eu esperava ir bem, mas não imaginava que teria a maior

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pontuação. Fiquei muito feliz com o resultado e a sensação de ver meu esforço recompensado é muito gratificante”, afirma Claudio Pinheiro. O conhecimento adquirido no PGF não ficou apenas na teoria. Segundo o gerente, “já aplico mais de 60% do que aprendi no curso na empresa e, até o fim do ano, espero aplicar 100%”. Foi esse diferencial que também atraiu Diego

“já aplico mais de 60% do que aprendi no curso na empresa e, até o fim do ano, espero aplicar 100%” Claudio Pinheiro, Marbor

Alves, da empresa Stemac, aluno na segunda turma do PGF. O gestor acredita que o programa é “pioneiro e inovador no Brasil” pois tem o foco voltado exclusivamente para a Gestão de Frotas Leves. Com experiência em Segurança e Manutenção Industrial, Alves recebeu de seus superiores o desafio de gerir a frota da empresa. Mesmo com muito receio e pouca informação sobre o tema, encarou a empreitada e, após participar do 19º Fórum PARAR, que aconteceu em Porto Alegre, e estudar no PGF, compreendeu qual deveria ser seu papel. “Agora ficou claro quais são meus objetivos, onde estou e onde quero chegar na gestão de frotas da minha empresa”, afirma. Para ele, o maior benefício do PGF é o conhecimento técnico que pode ser adquirido durante as aulas. Ele conta que “antes do PGF a forma de atuar era totalmente empírica, ou seja, sem base alguma para tomada de decisão, sem estratégia ou planejamento”. Hoje, ele afirma, posso “falar com certa propriedade sobre o assunto, pois estudo sobre ele”. Uma nova turma de alunos começará a sua caminhada no

Claudio Pinheiro, Marbor

PGF em agosto. Os interessados em participar devem entrar em contato através do e-mail atendimento@institutoparar.com.br

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parar inaugura o “ano da prática” Eventos superam as expectativas no Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre

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Em 11 de março acontecia o primeiro Fórum PARAR de 2015, na cidade do Rio de Janeiro. O evento foi sediado no Hotel Pestana e reuniu cerca de 150 participantes de empresas de todo o Brasil. A programação desta edição contemplou, principalmente, o que os organizadores do PARAR estão chamando de “o ano da prática”. O tom dos debates e palestras foi o da ação, o que trouxe muito entusiasmo aos presentes. Para iniciar a programação, O PGF - Programa para Gestores de Frotas, idealizado pelo PARAR, foi apresentado aos participantes. Todos foram convidados a testar seus conhecimentos e a se capacitarem para desenvolver ideias e soluções eficientes em suas empresas. Flavio Tavares, da GolSat, ministrou a palestra “Líderes com um propósito”, onde abordou os principais pontos para uma liderança objetiva e com criatividade. O palestrante agitou a plateia com pensamentos inovadores e um convite à ação. Em seguida, Dr. Dirceu Alves Rodrigues Junior, da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (ABRAMET), frisou a importância de uma cultura de segurança no trânsito. A temática, bem relevante, é um dos pilares do PARAR e é sempre muito bem recebida pelos participantes, que interagiram com questionamentos e ideias.


A programação também contou com a explanação de alguns cases como na palestra “Terceirização e Gestão Integrada da Frota”, apresentada por Diego Pedroza da Ouro Verde, que trouxe dicas de como implementar uma política de frota eficiente; e “Melhores práticas para a gestão de risco dos condutores”, conduzida por Jane Senra da Dupont, na qual apresentou a blindagem Armura, tecnologia que utiliza o Kevlar para baratear e estender o serviço para mais frotas. Um dos momentos mais esperados foi o bate-papo com Ricardo Makoto, da AMBEV, que contou sua história de vida e a experiência dentro da empresa em que trabalha há anos. Sua trajetória de vida profissional e pessoal contagiou os presentes, que saíram inspirados e com muita garra para também mudar o ambiente em que trabalham. A novidade ficou por conta do lançamento de Oficinas Práticas que fecharam o dia com muita informação. Os temas foram telemetria, direção defensiva e política de frotas. A ideia vai ao encontro com a proposta do PARAR para 2015, que é proporcionar aos gestores de frotas conteúdo e oportunidades para a ação. A 18ª edição do Fórum PARAR aconteceu em Curitiba no dia 8 de abril e reafirmou a grande presença de gestores de frotas do sul do Brasil. Mais de 150 participantes se reuniram no Hotel Pestana para debater sobre política de frotas, novos negócios e segurança no trânsito. Os patrocinadores do evento voltaram a palestrar sobre assuntos como blindagem de frotas, terceirização de frotas e cases de sucesso. Além disso, os momentos de network dos participantes, sempre concorridos, foram alguns dos pontos principais do evento: oportunidades para gerar novos negócios. Também em Curitiba foi lançada a nova turma do PGF e a importância da capacitação de gestores de frotas para o sucesso da carreira e melhor desempenho dentro das empresas. Durante as oficinas, a participação continuou expressiva e agradando muito aos presentes. Em seguida, o PARAR visitou Porto Alegre e reuniu os gestores de frotas no Hotel Sheraton com o intuito de profissionalizar a gestão de frotas e melhorar os indicadores de trânsito no país. Rogério Nersissian, conselheiro da área de saúde, segurança e meio ambiente na América Latina da SHELL, reafirmou a importância de pensar a segurança em primeiro lugar dentro e fora das empresas. Uma mesa redonda também com a presença de Nersissian, e complementada com Edgar Quadros (Sodexo), Leandro Garcia (Sodexo), Adelar Mello (Stemac) e Ricardo Makoto (Ambev), abordou “O Segredo da Gestão de Frotas” por meio de histórias e cases, bem como exemplos de condução de situações cotidianas dos gestores. Outro ponto alto do evento foi a apresentação dos resultados da delegação do PARAR na NAFA, evento que aconteceu em Abril. Nos próximos meses, o PARAR visita Belo Horizonte (24 de junho) e segue para Salvador (18 de agosto), antes de se concentrar para a realização da III Conferência Global PARAR, entre 11 e 12 de novembro. O PARAR espera você lá!

24 jun Belo Horizonte

18 ago Salvador

11e12nov São Paulo

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parar

oficinas telemetria

O

primeiro fórum do ano, realizado em março no Rio de Janeiro, trouxe uma novidade muito esperada tanto pela organização do PARAR quanto pelos participantes: oficinais práticas com conteúdo direcionado aos gestores de frota. Nessa edição, foram escolhidos três temas: telemetria, direção defensiva e política de frotas – assuntos tão comuns e relevantes no dia-a-dia dos condutores e gestores de frotas. A ideia de oferecer oficinas dentro dos fóruns veio da necessidade de fortalecer a prática dentro das atividades do PARAR. “Em 2015 queremos contar histórias, queremos conhecer de perto os gestores e saber como o conteúdo do PARAR ajuda, na prática, gestores e empresas”, afirma Ricardo Imperatriz, um dos líderes do Instituto. Para Arthur Oda, ministrante da oficina “Telemetria gerando indicadores, reduzindo custos e melhorando desempenho”, “as 32

Novidades no Fórum PARAR de 2015 trazem mais prática aos gestores de frota

política de frotas

oficinas uniram o útil ao agradável para capacitar cada vez mais os gestores de frotas”. Além do conteúdo macro, que atinge todos os participantes dos fóruns, as oficinas permitiram uma troca mais profunda de experiências, “foi a milha final na capacitação dos gestores de frota, um momento de maior interação e muitas perguntas”, afirma Oda. A oficina “Política de frotas aplicada no dia-a-dia da gestão de frotas”, ministrada pelo Dr. Carlos Tudisco, da GolSat, expõe alguns cases que permitem aos participantes tirar dúvidas e entender os principais aspectos da política de frotas pelo viés jurídico. Além disso, o batepapo traz resoluções práticas para problemas do cotidiano relacionados à gestão de frotas das empresas, como multas e acidentes. Já Roberto Manzini, do Centro Pilotagem que leva o mesmo nome, oferece a oficina “Cultura de segurança e direção defensiva como instrumento para reduzir

cultura de segurança

acidentes e gerar economia”. Exemplos práticos dão a tônica do workshop e levam os participantes à refletirem sobre a prevenção de acidentes e a cultura de segurança dentro de suas empresas. Manzini resume a discussão dos fóruns e prova que, além de preservar a vida dos condutores, a preocupação com a segurança resulta em uma economia real na gestão das frotas empresariais. Com as salas lotadas durante os três primeiros eventos do ano, as oficinas supriram as expectativas do público e da organização do PARAR, que promete repetir a experiência em outras edições. Segundo Patrícia Barcelos, gestora de frotas da AMBEV, a oficina de telemetria irá ajudá-la na otimização do tempo e, também, a “aplicar no dia-a-dia informações relevantes que, muitas vezes, deixávamos de lado. A oficina foi essencial para troca de vivências entre as empresas”, conta.


QUAL O PAPEL DO FORNECEDOR NO PROCESSO DE DECISÃO DE TERCEIRIZAR A FROTA? Por Micael Duarte, Analista Financeiro da IBM

A

o longo dos últimos dois anos, venho me aprofundando em assuntos relativos à gestão de frota no Brasil, e um dado que muito me chama a atenção é saber que apenas 10% da frota corporativa brasileira é terceirizada. Na Europa e Estados Unidos esses números praticamente se invertem. Em todos os fóruns e conferências dos quais participo, esse assunto tem sido debatido, e o mais interessante é que a questão cultural é sempre colocada como fator determinante para esse cenário. Cultura atribuída a nós, gestores de frotas, que aparentemente temos uma visão “retrógrada” sobre terceirização de gestão de frota. Ou seja, ao invés de terceirizar, preferimos, nós mesmos, fazer essa gestão. Concordo que alguns de nós preferem fazer a gestão por conta própria por “n” motivos que não vou explorar agora. Porém, o argumento cultural não me convenceu totalmente. E explico os motivos adiante. Recentemente lancei um BID para contratação de mais de mil carros, convidei oito empresas para participar, sendo seis multinacionais e duas nacionais. Desde o começo dessa concorrência, observei muito de perto o comportamento de cada um dos fornecedores e pude perceber que, para eles, não importa a quantidade de carros: o comportamento é sempre o mesmo. Coisas como: • Atrasar para a reunião de esclarecimentos técnicos ou até mesmo faltar, por esquecimento ou mau gerenciamento da própria agenda de compromissos. • Enviar pessoas despreparadas para responder questionamentos para a reunião. • Enviar a cotação ignorando itens obrigatórios e/ ou eliminatórios do BID, mesmo sabendo que seriam eliminados. Imagine a seguinte situação: você vai até

uma loja comprar um liquidificador e o vendedor te traz uma batedeira porque ele entende que o que você precisa é uma batedeira e não um liquidificador. Foi exatamente esse tipo de situação que eu vivenciei durante esse BID. • Responder às perguntas do questionário técnico com monossílabos, como por exemplo: “Como é feita a entrega dos carros em regiões onde não há concessionaria credenciada”? Resposta: “SIM” • Atrasar, deliberadamente, a entrega da proposta comercial fazendo com que o prazo fosse adiado ou desistir da participação. Como eu, gestor de frota, posso confiar a minha frota a uma empresa que aparenta, se não um analfabetismo funcional, no mínimo, certo desleixo ao responder um questionário técnico? Como posso confiar que uma empresa que atrasa a entrega de uma proposta, ou até mesmo falta a uma reunião, conseguirá gerir a minha frota de forma eficiente? Que motivação eu tenho para querer entrar em uma relação de negócios com um fornecedor que, não importa o que eu diga, vai me ignorar e tentar me vender algo diferente? Volto à questão da cultura e maturidade do mercado e pergunto: Quem de nós não está evoluído ou maduro o suficiente para entender que terceirizar a gestão de frota pode ser o melhor caminho? Peço desculpas pelo peso das palavras. O único objetivo desse artigo é fazer com que todos reflitam sobre suas atitudes. Fornecedores, vocês estão sabendo ouvir as necessidades dos seus futuros clientes? E, se estão ouvindo, estão buscando atender a estas necessidades com qualidade e excelência?

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35


17ª edição fórum parar rio de janeiro

18ª edição fórum parar curitiba 36


19ª edição fórum parar porto alegre

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Reconhecimento de causa PARAR é premiado em evento nos Estados Unidos

“A premiação este ano não irá para um indivíduo, mas sim para uma organização”. Com estas palavras, Tom C. Johnson, fundador do 100 Best Fleets Awards (a premiação que reconhece as melhores práticas na gestão de frotas norte-americana) marcaria para sempre a história do PARAR. A delegação do PARAR visitava a NAFA I&E 2015, o maior evento do mundo para gestores de frotas, quando soube que o PARAR receberia o Windell T. Mitchell Memorial Humanitarian Award, um reconhecimento para gestores e organizações que criam práticas inovadoras e eficientes com o objetivo de aprimorar a segurança das frotas. E, por perceber a importância de se avançar sobre um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil: as mortes decorrentes de acidentes de trânsito, a organização do 100 Best Fleets Awards reconheceu o esforço que o PARAR tem feito para mudar este cenário. “Foi muito emocionante, acho que foi o momento mais marcante da nossa história”, conta Flavio Tavares, um dos líderes do PARAR. Para Ricardo Imperatriz, também um dos fundadores do Instituto, “esse prêmio veio para coroar todo o trabalho destes três últimos anos e queremos oferecê-lo aos gestores de frotas que nos permitiram chegar até esse resultado”. Ele complementa: “é um prêmio de todos os que estão juntos com o PARAR, recebendo conteúdo e trocando experiência e melhores práticas”. Desde 2000, Tom Johnson se dedica a laurear os melhores gestores de frotas das américas. “Cheguei à conclusão de que a gestão da frota era pouco compreendida e, às vezes, até desrespeitada”, relata. Por isso, resolveu dar destaque às boas iniciativas empreendidas pelos gestores, de forma que a sociedade entendesse os valores que eles aportavam a cada cidade ou empresa. O PARAR “sempre teve na sua essência a busca por melhorar a cultura de segurança dentro das empresas e profissionalizar os gestores de frotas”, lembra Tavares. Agora sabe-se que estes valores, além de serem compartilhados pelos mais de 6 mil gestores de frotas que estão associados ao instituto, também encontram eco em outros países e organizações. Uma vitória para todos os brasileiros.

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O patrono do prêmio humanitário

A premiação este ano não irá para um indivíduo, mas sim para uma organização.

Windell T. Mitchell nasceu na Jamaica e foi diretor da Divisão de Gestão de Frotas de King County (Washington) por 31 anos. Ele era “um profissional espetacular, e também um ser humano excepcional, com

Tom Johnson

um enorme coração generoso”, lembra Tom C. Johnson. Durante Tom Johnson

sua

carreira,

‘Win”

Mitchell,

como era conhecido, serviu à diretoria da NAFA por treze anos, ocupando funções variadas. Ele também foi membro

do Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos (divisão de veículos motorizados) e colecionou premiações e honrarias. Entre os principais estão: • Top 3 no 100 Best Fleet Awards (concorrendo com mais de 38 mil frotas) • Gestor do ano pela Revista Government Fleet • Quality Fleet Management Ideas Award, da revista Business Week. Urbanista e administrador por formação, Windell se aposentou em 2008, dois anos após liderar um consórcio nacional para negociar a compra veículos híbridos para todas as agências governamentais dos EUA. Ele faleceu em 2012. Win Mitchell

Ricardo Imperatriz, Tom Johnson, Flavio Tavares, Michell Jabur

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OPORTUNIDADES EM TEMPO DE

CRISE Entenda como a telemetria pode atuar na redução de custos para a empresa e na valorização do papel do gestor de frotas

“O País está em crise”. Essa é conclusão da maioria dos brasileiros que acompanham as notícias estampadas na mídia desde que o ano novo chegou. É bem verdade que o mercado não está em seu melhor cenário em alguns aspectos da economia. Porém, com crise ou não, o fato é que as corporações estão procurando alternativas de saving para enfrentar 2015 e, com isso, não ter seu espaço no mercado prejudicado. Para empresas que utilizam frota para exercer suas atividades, essa realidade não é diferente. Em alguns casos, a atividade da frota é o segundo maior custo de uma corporação, perdendo apenas para a folha de pagamento de colaboradores. “A excelente notícia é que, em tempos de crise, gerir frotas com eficiência pode ser uma oportunidade para as empresas gastarem menos e produzirem mais. E a telemetria é a grande aliada do gestor de frotas nesse processo”, garante Sérgio Jábali, Gerente de Desenvolvimento e Inovação da GolSat, empresa de tecnologia para gestão de frotas. Confira a seguir a entrevista na íntegra. PARAR: Ainda há muitas dúvidas em relação aos serviços oferecidos pelos fornecedores de tecnologia para gestão de frotas, especialmente pela variação de termos utilizados para definir a atividade. Poderia esclarecer qual exatamente é o papel de uma empesa de telemetria? Sérgio Jábali, GolSat: Tem duas frentes que precisam 42

Sergio Jábali, GolSat


mesmo serem esclarecidas. A primeira refere-se à diferença entre o termo Rastreamento e o termo Telemetria. Essa diferenciação foi definida pelo próprio mercado, se convencionou dizer que Rastreamento é um serviço sem muitas possibilidades de gestão, com foco somente na recuperação de veículos, e que Telemetria é um serviço mais completo, que possibilita relatórios sobre o comportamento do veículo e do condutor. Mas a verdade é que não existe essa diferença dos termos, rastreamento e telemetria são serviços semelhantes. A preocupação do gestor de frotas deve ser em identificar o foco de atuação do fornecedor, pois há empresas que trabalham na perspectiva do rastreamento focado na recuperação do veículo, como é o caso da CarSystem, por exemplo, e outras que trabalham com foco na gestão dos condutores, redução de custo, aumento do desempenho dos veículos, como é o caso da GolSat. A segunda frente que deve ser esclarecida referese a fornecedores que se denominam empresa de gestão de frotas, mas atendem apenas uma ou algumas frentes da gestão. Os gestores precisam estar atentos, pois na maioria das vezes é um conjunto de fornecedores que vai solucionar todas as atividades da frota, como telemetria, cartão de combustível, locadora, etc. Por isso, integração é um assunto tão em alta nesse cenário. P: Como se dá essa integração? SJ: Uma vez que o gestor de frotas precisa decidir por um fornecedor, é muito importante que ele identifique a possibilidade de integração que a empresa possui com outros fornecedores. A integração resulta em simplificações de contratos e, especialmente, em unificação de relatórios. A GolSat, por exemplo, é integrada com as principais locadoras, facilitando o processo de compra do cliente, que loca uma frota já com a telemetria inclusa. Outro exemplo prático refere-se à integração com fornecedores de cartão de abastecimento: ao passar o cartão, os dados de abastecimento alimentam automaticamente o software da telemetria, que consegue produzir informações mais completas para o gestor da frota como, por exemplo, identificar se o carro estava realmente no

posto no momento do abastecimento. A GolSat foi a primeira empresa no Brasil a trabalhar esse conceito de integração com combustível. P: Com tantas informações geradas, qual deve ser o principal foco das empresas de telemetria? SJ: A telemetria gera uma grande quantidade de dados sobre os carros e os condutores e transforma em informações prontas para que as empresas consigam tomar decisões eficientes. Ou seja, a telemetria precisa ajudar o gestor de frotas a avaliar quais são seus principais problemas operacionais como, por exemplo, informar a rodagem real dos veículos, fazendo com que o gestor possa organizar manutenções preventivas com antecedência. O gestor também tem a possibilidade de reduzir o consumo de combustível, e, consequentemente, a emissão de gases tóxicos, através de uma melhor avaliação das rotas. Pode, ainda, convidar seus condutores mais agressivos para uma rodada específica de treinamentos. A lista de possibilidades é grande e a GolSat, assim como outras empresas de Telemetria, possuem um papel fundamental em prestar consultoria ao cliente, em conectá-lo com outras práticas positivas e, claro, oferecer uma tecnologia de ponta para que ele possa medir o comportamento da frota e dos condutores. P: E qual a relação da Política de Frotas com a Telemetria? SJ: Os dados gerados pelos sistemas de gestão devem servir para construção de uma base de informações que viabilizem práticas inovadoras de gestão de frotas, ou seja, que ajudem na criação de políticas de frotas claras que visem o cuidado com quem dirige os carros. A palavra chave para isso é Diagnóstico. P: Como diagnosticar a frota? SJ: A Telemetria é a única forma de identificar dados da sua frota que você não consegue enxergar. Diagnosticar é mapear oportunidades e ameaças que você tem diante do seu cenário frotista. Você diagnostica qual a quilometragem real da frota e qual a porcentagem disso que o condutor está utilizando fora do horário comercial,

por exemplo. Consegue identificar as causas de manutenções corretivas e sinistros ao analisar o comportamento do condutor. Com o diagnóstico, é possível ainda ajustar seu contrato de locação para a real necessidade da sua frota. Como as locadoras compõem o custo da terceirização baseado na Km que a empresa repassa para elas, a telemetria identifica que parte da Km rodada pelos seus condutores é fora de horário comercial. Sendo assim, você consegue repassar uma informação mais fidedigna para locadora ao fechar o contrato. Sem a telemetria, além de pagar um custo desnecessário na locação, a empresa ainda perde dinheiro na má utilização da frota. P: Uma vez que a telemetria é implantada na frota e o diagnóstico é realizado, como as empresas podem agir para corrigir as não conformidades e economizar? SJ: O terceiro passo é criar uma política de frotas com regras de conduta e continuar utilizando a telemetria pra validar o desempenho da frota e dos condutores. Uma vez que a empresa atua com assertividade na velocidade excedida de seus condutores, pode conseguir uma redução no número de sinistros e multas de 70% para mais. Uma vez que identifica o uso fora de horário, a economia com combustível é muito significativa, além de outros savings já citados, como no caso da composição do custo da locadora. Sem falar ainda da produtividade, pois ao acompanhar remotamente a atividade de campo, a empresa consegue melhorias positivas no desempenho da força de trabalho. P: A GolSat possui parceria com o Centro Pilotagem Roberto Manzini. A telemetria também está relacionada a treinamentos de direção defensiva? SJ: Sim. Uma vez que o perfil do condutor é identificado pela telemetria, o treinamento é adequado para solucionar problemas específicos. Em resumo, a telemetria pontua problemas, o treinamento visa correção e a telemetria novamente atesta se o resultado está sendo positivo ou não. Infelizmente, as empresas buscam treinamento somente quando acontece alguma situação muito negativa. Porém, em um país com aproximadamente 43


60 mil mortes todos os anos vítimas do trânsito, e que 93% da causa de acidentes são causados por mau comportamento do condutor, isso só agrava a situação. A empresa pode usar a telemetria para atuar de forma preventiva, identificando situações de riscos e treinando o condutor antes que algo mais grave aconteça. P: Ainda existe um receio sobre os aspectos legais que devem ser levados em conta, como invasão de privacidade ou controle da jornada de trabalho. Isso deve ser uma preocupação para empresas que querem rastrear sua frota? SJ: Segundo o Dr. Carlos Tudisco, consultor jurídico da GolSat, durante suas palestras nos eventos do PARAR, a justiça considera que a empresa tem o poder e o dever de controlar as atividades do funcionário. As poucas decisões na Justiça de Trabalho sobre esse questionamento resultaram em sucesso para as empresas, e o empregado perdeu a ação nesse ponto. E, por conta desse poder e dever, a Justiça entende que a instalação de rastreadores em veículos corporativos não resulta em nenhum tipo de invasão de privacidade. É uma ferramenta de controle para um instrumento de

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trabalho. A mesma coisa acontece em relação ao controle de jornada. Dr. Carlos afirma em suas palestras que a grande maioria das decisões são de que o equipamento de rastreador por si só não tem o poder de caracterizar controle de jornada. P: Diante todas essas possibilidades de redução de custo e a situação de crise que o país está passando, qual seria seu recado para os gestores de frotas? SJ: Tenho ouvido muito das empresas a necessidade de diminuir a frota, o quadro de funcionários, o custo com combustível. Meu recado é que os gestores de frotas aproveitem a oportunidade para levantar indicadores da frota e apresentar à diretoria um potencial real para redução de custos. Estamos em um ano difícil, vivendo em um período de instabilidade politica e econômica, e é muito importante que o gestor se engaje nisso e consiga se destacar e se posicionar de modo diferente na sua empresa.



infográfico 4x4 Acidentes de trânsito Números muito importantes

É a taxa de mortalidade em acidentes de trânsito da cidade de Presidente Dutra – MA. A cidade tem o trânsito mais perigoso do país.

É o impacto econômico decorrente dos acidentes de trânsito a cada ano, de acordo com o IPEA. O valor é 30% maior do que o total gasto com o Programa Bolsa Família em 2013 (24,5 bilhões de reais).

Salvador é a capital que mais piorou seus índices nos últimos anos. Entre 2002 e 2012, o número de falecidos por acidentes de trânsito aumentou 155%. 46


É a idade que mais registra óbitos em acidentes de trânsito, de acordo com o Mapa da Violência 2014.

Se o fórum do PARAR fosse uma pessoa, ela teria percorrido quase 10 mil quilômetros em 2014. Um deslocamento que ajuda a reduzir os acidentes de trânsito no país!

Das 10 cidades com o trânsito mais perigoso do país, três estão no Paraná. Piraí do Sul ocupa a terceira posição, seguida de Campina Grande do Sul (7ª) e Campo Mourão (9ª).

60% das UTIs são ocupadas por vítimas de acidentes de trânsito

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ZONA uma das soluções para a brutal mortandade no trânsito Por Luiz Flávio Gomes, jurista e diretor-presidente do instituto Avante Brasil

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m breve, a velocidade máxima em várias avenidas de SP será de 40 km/h. A medida visa a garantir maior segurança no trânsito e evitar mortes de pedestres e ciclistas. O mundo todo civilizado já cuidou desse assunto. Finalmente o limite de velocidade em zonas urbanas está se alastrando no Brasil. As campanhas “Zona 30” nos países avançados são constantes e a redução no número de mortes é impressionante. Mas a mudança de mentalidade não é uma tarefa fácil. Os carros velozes estão ligados diretamente à testosterona. É uma das formas de provar nossa masculinidade. Por isso, muita gente não concorda com esses limites na velocidade. Mas é o progresso, é a civilização que está chegando. No caso brasileiro, essa civilização se tornou imperiosa porque somos um país genocida, que mata, no trânsito, entre 45 mil e 60 mil pessoas por ano (os números do Datasus e do DPVAT são desencontrados). Quanto menor a velocidade, mais vidas preservadas. Todas as vezes que vou a Florianópolis, Salvador, Maceió etc. sempre fico imaginando como vamos conseguir uma convivência

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pacífica e não mortífera nas suas lindas orlas? E por que isso não poderia valer também para a Avenida Paulista em São Paulo e tantos outros lugares? Como imaginar os espaços urbanos sem nenhuma morte, sobretudo em razão dos brutais atropelamentos de ciclistas, motociclistas e pedestres? Quando nós motoristas vamos entender que o espaço público não é exclusivo dos veículos? Tudo não passaria de uma utopia? Seria uma ideia maluca? Nada disso. A diminuição da velocidade é uma das soluções. Uma solução extremamente econômica e saudável. No Brasil, se considerarmos o quanto resistimos a uma medida tão trivial como o uso do cinto de segurança, talvez sejam necessárias várias décadas para se disseminar a ideia da velocidade baixa. Na Europa, tudo isso já é realidade em várias cidades e, em menos de uma década, calcula-se que a medida vai valer em todo seu território. Estamos falando da Zona 30, ou seja, limitação da velocidade dos veículos a 30 km/h nos chamados “cascos urbanos com grande concentração de pedestres” (zonas de grande movimento de veículos automotores, motociclistas, pedestres e cliclistas). Uma medida muito mais salutar e econômica que a adoção de pedágios. Em alguns países, como o Reino Unido, que usa a métrica milhas/por hora, a campanha recebe o nome de 20´s plenty for us. Em São Paulo, como vimos, a partir de 15/12/14, em várias avenidas o máximo já é de 40 km/h. Em Pontevedra (Espanha) a medida de redução da velocidade já vigora há 6 anos. Nenhuma morte mais por atropelamento aconteceu. Em 2011, a Noruega reduziu em 20% o número de mortos no trânsito. Letônia, em 18%. Espanha, em 17%. Bulgária, em 15%. Romênia, em 15%. No Brasil, desde 2000 nosso aumento anual é de 4%. É hora de acordarmos para um novo mundo, mais civilizado e menos banalizado. O ato de dirigir é um dos que nos exige mais responsabilidade. Muitos, no entanto, não têm consciência disso. A baixa velocidade é uma medida menos radical que a proibição de circulação do veículo ou mesmo que a instalação de pedágios urbanos. Ela atende o interesse do motorista assim como a política preventiva de redução de acidente e/ou morte no trânsito.




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