Com a chegada do Máximo Solar em 2013, que ocorre de 11 em 11 anos, aumentam as atividades solares, devido a mudança da orientação do seu campo magnético. Por isso, o Sol se enche de "manchas", que são regiões "frias" em sua superfície, cerca de 3.000ºC, onde ficam as bases de fortíssimos campos magnéticos, milhares de vezes maior do que o da Terra. Nem sempre podemos notá-los diretamente. Com a ajuda de telescópio solar ou filtros especiais, podemos observá-los. Outra maneira são seus efeitos na Terra. Devido a instabilidades provocadas nos campos magnéticos solares, eles se rompem provocando a EMS, que são grandes erupções partículas carregadas, como prótons e elétrons, provenientes da coroa solar e radiação como raio X e Gama. A nuvem magnetizada é expelida pelo Sol a quase 1000 km/s, ou 0,3% da velocidade da luz, para o meio interplanetário. Essa "sopa" de partículas constitui parte do vento solar e, quando atinge o campo magnético terrestre, pode causar tempestades geomagnéticas, prejudicando os meios de comunicações e estações elétricas. Quanto estão voltadas para a Terra, a magnetosfera terrestre recebe um golpe que pode ocorrer entre 2 e 3 dias depois da ejeção. Tempestades geomagnéticas e belas auroras polares podem ocorrer durante esse período. As auroras boreais e austrais são espetáculos luminosos que ocorrem durante as tempestades geomagnéticas. É comum durante o Máximo Solar, ocorrer falhas nas comunicações de aviões e navios, ficando a deriva. Também, devido ao arrasto do vento
solar, satélites podem mudar de órbita e até cair. Em casos extremos podem, porem, causar quedas de energia elétrica, interferência no funcionamento dos satélites de comunicações e de instrumentos de navegação. Raramente as atividades solares podem causar danos as pessoas. Entretanto, devido ao aumento das atividades espaciais e de equipamentos eletrônicos, torna-se necessário o monitoramento dessas atividades tanto em terra como no espaço. Em Março de 2012 uma dessas tempestades causou um apagão de rádios na China, Índia e Austrália. A maior já registrada, porém, foi em 1859. Naquela época, fez entrar em colapso o sistema global de telégrafos. Se algo equivalente acontecesse hoje, levando-se em conta a altíssima dependência da sociedade das redes de energia e comunicação, o resultado poderia ser devastador.