


que visam atender as demandas sócio-políticas, cívicas e culturais da atualidade, plenamente pertinentes e cabíveis à Instituição Maçônica enquanto sociedade civil organizada que é, até porque: as realizações do presente é que vão garantir o elevado e histórico conceito dessa Instituição secular.
maçônica, tudo isso através de um aplicativo mobile (Secretaria de Relações InstitucionaisSERI); convênios específicos no segmento de saúde, bem estar e lazer para a Família GLMMG (Secretaria de Saúde, Esporte e Lazer - SESEL). E, outros que estão por vir...
As matérias desta edição permitem-nos formar convicção no sentido de que o abnegado trabalho de todos os Maçons (passados e presentes) integrantes dos quadros da GLMMG e suas respectivas Lojas, não foi e nem tem sido em vão, na medida em que noticiam importantes realizações institucionais e divulgam novas ações que garantem fiel e notável consecução dos princípios e objetivos da Maçonaria Universal.
A começar pelo status de respeitabilidade e credibilidade verificados no cenário internacional, em que o relacionamento com as demais Instituições Maçônicas do mundo, dão conta de que nossos vínculos de amizade e parceria se encontram sólidos, construtivos e de recíprocos desejos consubstanciados na troca de experiências, cooperação e coesão em torno de projetos comuns. Tudo isso sobressaiu das anunciadas e recentes conferências de Grão-Mestres - mundial na cidade do Panamá, no período de 14 a 17 de novembro/18; e a norte-americana em Rapid City/ Dakota do Sul, no período de 16 a 21 de fevereiro/19, que contaram com a nossa ativa participação.
Entretanto, nossas responsabilidades vão muito além do que apenas manter o relacionamento institucional - legado importante dos nossos gestores anteriores. Somos cônscios de que novos e legítimos espaços diplomáticos devem ser ocupados, sem perder o foco das ações
Nesse sentido, é de importância grandiosa ressaltar aqui, o fato de que o "Projeto Corrupção Nunca Mais!", trabalhado pelas Grandes Lojas Maçônicas Brasileiras, teve um desfecho final honroso ao ser entregue nas mãos do ministro Sérgio Fernando Moro, no dia 14 de fevereiro passado, em seu gabinete no Ministério da Justiça em Brasília/DF. Trata-se de um material dotado de conteúdo focado na inibição de crimes lesa-pátria e contra a impunidade, que oferece importantes inovações à legislação penal e processual penal brasileira. Estamos esperançosos de que essa contribuição institucional será aproveitada no trabalho de reforma legislativa que o mencionado ministro está realizando perante o Congresso Nacional.
Outras notáveis iniciativas estão sendo empreendidas através dos nossos abnegados colaboradores que, numa demonstração inequívoca de comprometimento e amor ao trabalho voluntariado, têm revelado alvissareiros projetos de singular importância e sensibilidade, os quais, com toda certeza, promoverão eficientes contribuições à nossa Instituição, à Pátria e à Sociedade.
Nesse contexto, merece ser ressaltado, en passant, os seguintes projetos: "Florestas Urbanas - Coexistência HomensArvores" (Secretaria de Meio Ambiente - SEMA); "Programa Cultural - Tema Maçonaria do Futuro - Gestão Maçônica" (Secretaria de Educação e Cultura - SEEC); Programa "FRAT" que criará uma rede de comunicação entre as Lojas, os Maçons e a GLMMG, oportunizando parcerias com fornecedores de produtos, empregos, estágios e oportunidades diversas, inclusive utilização de clubes de serviços e práticas de e-comerce, com benefícios relevantes para a família
É certo, também, que a histórica contribuição da GLMMG em favor da nossa Confederação Nacional (CMSB), órgão que congrega as 27 Grandes Lojas do Brasil, continua! Coube-nos agora, a relevante incumbência de participar de dois grupos de trabalhos, cujos objetivos finais implicarão na apresentação de proposta de reestruturação da Confederação, na busca de metodologia organizacional que a torne mais dinâmica, moderna e realizadora, bem como a sugestão de condutas que harmonizem nossas tradições, usos e costumes às realidades e exigências atuais, por ocasião da Assembleia Geral Ordinária que se realizará em Brasília/DF, no mês de julho próximo. Não é à toa, pois, que através da Secretaria de Educação e Cultura, instauramos no âmbito da GLMMG o mencionado programa cultural com o tema "Maçonaria do Futuro - Gestão Maçônica", cujas contribuições vindas dos Maçons e Lojas alicerçarão nossas conclusões, dando-nos a segurança de que nossa contribuição não estará baseada apenas na compreensão e percepção do Grão-Mestrado e sim consubstanciada, também, na visão e desejos das bases, as quais, na verdade, não são apenas destinatárias das nossas ações, e sim fazem com que a Instituição seja realizadora ou não.
Compartilhando, portanto, essa realidade institucional, registramos nosso desejo de mais engajamento e autoconvicção da capacidade de realização das expectativas e compromissos, pois, está clarividente que os nossos esforços não estão sendo em vão...
Aconteceu entre os dias 16 a 21 de fevereiro de 2019, em Rapid City (Dakota do Sul), nos Estados Unidos da América (USA), a tradicional Conferência de Grão-Mestres da Maçonaria Norte Americana (Conference of Grand Masters Of Masons In North America), maior encontro anual de Grão-Mestres do mundo.
Representando cerca de 2 milhões de maçons na América do Norte, a Conferência é composta pelas Grandes Lojas das Províncias do Canadá; dos Estados dos Estados Unidos da América, incluindo o Distrito de Colúmbia e Porto Rico; do Estado de York, no México; e da Grande Loja Americano-Canadense da Alemanha.
Grão-Mestres de países de todo o mundo participam da Conferência devido sua importância para a maçonaria universal.
O Grão-Mestre Edilson de Oliveira, esteve presente ao evento, acompanhado do Grande Secretário de Relações Exteriores, irmão Wilson dos Santos Filho, que participou de extensa agenda de encontros, com pauta de assuntos de interesse internacional de nossa Instituição junto às Grandes Lojas dos USA e de outros países.
Em síntese, as atividades da Conferência foram:
Durante todo o sábado, no dia 16 de fevereiro, ocorreu a recepção das Delegações e Comitivas, e à noite um jantar de integração dos participantes.
No domingo, dia 17 de fevereiro, o evento foi oficialmente aberto pelo Grão-Mestre de Dakota do Sul, Daniel D. Wood.
Neste dia, o Grande Secretário de Relações Exteriores, Wilson dos Santos Filho, reuniu-se com os demais Grandes Secretários, a fim de trocar experiências e estreitar laços de amizade, além de trabalhar junto dessas autoridades, na busca de apoio maçônico internacional para irmãos de Minas Gerais que viajam aos Estados Unidos.
Na segunda-feira, dia 18 de fevereiro, o encontro mais importante foi a convocação da Conferência dos Grandes Secretários de Relações Exteriores para se reunirem no Comitê de Informações para Reconhecimento de outras potências.
Algumas decisões discutidas nesta
Conferência em especifico são importantes, e de interesse da GLMMG:
• O evento foi oportunidade ímpar de laços com os Secretários de Relações Exteriores da Grande Loja Maçônica do Brasil e dos Estados Unidos, Canadá e especialmente com os Grão-Mestres destas localidades, assim como os de outras Potências ligadas à COMAB e ao GOB;
• A Comissão de Informações e Reconhecimento Maçônico, após exaustivas discussões, tratou do caso da Grande Loja do Paraguai, e reiterou que a Grande Loja de Liechtenstein não reúne condições no momento para ser reconhecida, assim como a Grande Loja do Estado do México, Grande Loja da Baja Califórnia e Grande Loja do Valle do México;
• O Grande Oriente de Minas Gerais teve seu reconhecimento recomendado pela Comissão, a partir do Decreto do Grão-Mestre Edilson de Oliveira que, com esta Potência Maçônica brasileira, compartilhou território, propiciando grande avanço e harmonia na família maçônica mineira. Fato significativo, tendo em vista que outros Grandes Orientes Independentes se esforçam para serem reconhecidos, e para tanto precisam possuir acordo de reconhecimento ou compartilhamento territorial com as Grandes Lojas em cada Estado, uma exigência para a maioria dos Estados Brasileiros, a fim de que no futuro as Grandes Lojas da América do Norte possam os reconhecer como regulares.
Ainda, no mesmo dia 18, foram ministradas palestras para os Grão-Mestres Adjuntos, assim como para os Grandes Vigilantes presentes. O ponto principal foi a palestra do irmão Sammy L. Davis, portador da Medalha de Honra dos EUA.
No dia 19 de fevereiro, um café com os Shriners, especialmente o Imperial Pontentate e DeMolays foi oferecido.
O Grande Secretário de Relações Exteriores, irmão Wilson dos Santos Filho frisa, que um dos temas mais importantes no evento, é o do reconhecimento maçônico de Potências.
Para entender sobre a atuação da Comissão ou Comitê de Informações para o Re-
conhecimento, ele explica:
• Ela foi organizada em 1951 para reunir, checar e, de tempos em tempos, revisar informações sobre Grandes Lojas em outros países, de forma a abastecer de informações as Grandes Lojas que compõe a Conferência de Grãos Mestres da América do Norte;
• A Comissão não aconselha nem recomenda que seja dado reconhecimento a nenhuma Grande Loja, mas apenas indica se ela considera ou não se uma Grande Loja em questão satisfaz as condições de regularidade;
• Até 2003, a Comissão era composta por seis membros, selecionados de uma ampla distribuição geográfica. Um novo membro, geralmente um Grão-Mestre Adjunto, foi selecionado a cada ano e serviu por seis anos. Em 2003, a Conferência de Grão-Mestres expandiu a Comissão para sete membros, cada um com mandato de sete anos. Isto acabou por assegurar que cada uma das sete Conferências Maçônicas Regionais estão representadas na Comissão;
• Após cada Reunião Anual da Conferência de Grão-Mestres, o relatório, entregue e se adotado pela Conferência, é impresso e as cópias enviadas para os Grandes Secretários e para os Presidentes das Comissões de Relações Fraternais das Grandes Lojas da Conferência. As cópias são enviadas para muitas Grandes Lojas interessadas que não são membros da Conferência. Este relatório baseia-se nas informações mais recentes disponíveis e, em alguns casos, após uma apresentação por representantes das Grandes Lojas mencionadas no relatório.
No inicio da tarde de 25 de janeiro de 2019, Minas Gerais, o Brasil e o mundo foram sacudidos com a noticia de uma das maiores tragédias humanas e ambientais da história recente. A barragem de rejeitos provenientes da produção da mina do córrego do feijão de propriedade da empresa mineradora Vale S.A., localizada em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte se rompeu e após liberar 11,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração ceifou, no rastro de sua destruição, a vida de 203 pessoas identificadas, deixou 115 pessoas desaparecidas, destruiu propriedades e plantações e abalou de forma irreversível a vida do município de 39 mil habitantes.
Assim que a noticia do rompimento chegou à grande mídia, incontáveis irmãos e numerosas Lojas entraram em contato com a Grande Loja de Minas Gerais se prontificando a prestar auxilio necessário, buscando orientações de como esta ajuda poderia ser prestada.
Através do seu Secretariado Executivo, mais especificamente através da Secretaria de Meio Ambiente, capitaneada pelo Irmão Sérvio Pontes Ribeiro, o Grão-Mestrado buscou informações precisas sobre a situação de modo a definir quais seriam as ações mais efetivas a serem adotadas e assim direcionar seus filiados.
Recebendo informações diárias das Lojas instaladas naquele oriente e também colhendo subsídios da visita feita in loco por seus secretários, a administração da Grande Loja detectou que as autoridades públicas e a sociedade civil organizada já estavam a campo demonstrando muita efetividade e profissionalismo em seus trabalhos e não demandavam outras providencias emergenciais. Constatou-se inclusive, que as diversas remessas de doações que chegavam de todas as partes do país e do mundo cria-
vam um ônus a mais para as equipes envolvidas, que tinham de administrar estoques e evitar saques.
Consciente desta realidade e no intuito de orientar seus filiados, a Grande Loja adotou o procedimento de instituir uma série de informes, via redes sociais, onde descrevia a situação percebida e dava outras orientações, como desnecessidade da coleta e remessa de doações. Estes informes foram sequenciados e numerados de forma que nenhuma informação fosse perdida e rapidamente observou-se que os órgãos oficiais ratificaram a posição antecipada pela nossa instituição.
No momento do fechamento desta edição diversas ações políticas e legais ainda estavam sendo realizadas, não só no sentido de identificar e punir os prováveis culpados pela tragédia, mas também no sentido de evitar que novos desastres da espécie aconteçam. Cabe a comunidade maçônica acompanhar estes movimentos e cobrar a sua real e efetiva aplicação. Não podemos mais negligenciar a vida humana e o meio ambiente, sob o risco de deixarmos para as próximas gerações apenas resíduos do que fomos um dia.
De todas as características que distinguem o homem dos demais animais, a capacidade de se autoperceber e de possuir a consciência de ser parte integrante de um todo, fez com que ele exercesse o domínio sobre os outros seres vivos. Esta faculdade inclui o instinto primitivo de caçar e colher para se manter vivo, a si e à sua prole.
Mas, isso não é tudo. Na sua evolução, o homem desenvolveu qualidades como a subjetividade, a autoconsciência e, principalmente, apurou a capacidade de expressar sensações e sentimentos diante do que se passa ao seu redor e, a partir deles, imaginar, criar, prever, e propor realidades. A isto chamamos de consciez ou, simplesmente, consciência.
A consciência, profunda e extensa, nos sobressai para além do instinto primitivo de sobrevivência. Com a consciência, atingimos um plano superior na natureza em relação aos seres vivos. Ela inclui os atributos da mente, do espírito e os valores morais e éticos.
Nos primórdios, os homens se uniram e passaram a viver em grupos. Mas, um grupo, ainda não é uma sociedade. A partir das diferenças individuais e da consciência da individualidade transformadora, houve a necessidade de se organizar as relações entre os homens. Surgem então normas, regras e leis.
Os homens que perseguiram a junção do “conscius+sciens”; conscius (que sabem bem o que deve fazer); e sciens (co-
nhecimento que se obtém através do estudo) se destacaram e, consequentemente, ditaram leis. Assim, foram estabelecidas políticas que manteriam a sociedade coesa e, supostamente, atendida em suas necessidades coletivas.
Mas, este processo não se encerrou. Ele é continuo e evolutivo. Nós Maçons devemos estar atentos à nossa realidade temporal e espacial e ao momento político que estamos passando.
Não tratamos aqui desta ou daquela ideologia ou de política partidária. Mas, da ciência da governabilidade de uma sociedade, daquilo que diz respeito ao que é público, para a promoção do bem estar de toda a humanidade.
Da mesma forma, os símbolos e alegorias maçônicos, que tanto nos trazem enlevos morais e éticos, devem nos dirigir a esta consciência política. Somente nesta senda nos tornaremos agentes de consciência dos diretos e deveres que garantirão a possibilidade de viabilizar a vida em sociedade, com todas suas decorrências políticas, econômicas e sociais.
O filósofo e matemático francês do século XVII, René Descartes é conhecido mundialmente pela sentença que marcou o início da individualidade no pensamento moderno: “Penso, logo existo”. Permita-me, Irmão, um exercício de interpretação filosófica maçônica sobre esta frase.
A sentença, do latim, “cogito ergo sum”, extraída de seu livro “Discurso do Método” (1637), se traduz, literalmente, em “penso, logo existo”. No francês, língua pátria do autor: “Je pense, donc je suis”, a tradução literal
para o Português é: “Eu penso, portanto eu sou”.
Sob a ótica maçônica, a tradução do francês é mais adequada. Isto porque, “existir”, neste conceito, estaria aquém de um estado de consciência própria. Distinto, pois, de Ser, que é possuir uma identidade, particularidade ou capacidade inerente.
Assim, eu sou o resultado daquilo que penso. Ou melhor, sou a consequência daquilo que reflito, que medito, que pondero, que raciocino e de todos os demais signos que formam o pensamento. Sou o resultado daquilo que me possibilita e provoca em mim reflexões ampliando minha consciência no meio ao qual estou inserido.
A NÓS MAÇONS DE AMPLA CONSCIÊNCIA POLITICA NÃO NOS CABE UMA SIMPLES CONTEMPLAÇÃO DO QUE SE PASSA NA SOCIEDADE.
SOMOS SUJEITOS E AGENTES TRANSFORMADORES –PROTAGONISTAS DA NOSSA HISTÓRIA DO NOSSO TEMPO. ++nnDnn++ Sérgio Quirino
O pleito eleitoral de 2018 resultou em significativas surpresas para o cenário político nacional. Um dos maiores e inesperados resultados foi a vitória do empresário Romeu Zema, candidato ao governo de Minas Gerais, pelo inédito Partido Novo.
Romeu Zema desbancou todas as previsões, e derrotou dois políticos tradicionais mineiros no segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Saiu da posição de lanterna na eleição, e conseguiu 71,80% dos votos válidos, numa disputa singular no segundo turno contra o senador Anastasia (PSDB).
Único governador eleito pelo recém-criado Partido Novo, Romeu Zema assumiu Minas no dia 1º de janeiro, e tornou-se a vitrine de seu partido, para colocar em prova as ideias da
legenda, que busca efetivar uma gestão política e administrativa diferente da tradicional.
A revista “Maçonaria em Destaque” entrevistou o Governador Romeu Zema, que completou apenas dois meses de trabalho, com muitos problemas deixados pelas gestões anteriores, e com o grave desastre de Brumadinho (MG), exigindo toda a dedicação do novo governador e de sua equipe.
Entrevistador: Qual a avaliação do senhor sobre os primeiros 60 dias de governo?
Governador Romeu Zema: Faço uma avaliação bastante positiva. Logo de início, conseguimos reduzir o quadro de cargos comissionados, reduzir custos – como era nossa pretensão, desde a campanha – e dar os
primeiros passos para buscar o reequilíbrio das contas do Estado. Ressalto que, ainda antes de completar um mês de gestão, tivemos de conviver com o desastre da Vale, em Brumadinho, que demandou todo o nosso empenho no socorro às vítimas e a seus familiares. Este momento tão triste nos mostrou a solidariedade por parte do governo federal, de outros estados, de Israel e de voluntários, além do valoroso trabalho dos nossos militares. São tempos difíceis, mas que vamos superar com uma receita infalível: trabalhar muito!
Entrevistador: E sobre a reforma administrativa, quais as metas a serem atingidas e quais as melhorias que são esperadas para o atendimento ao cidadão mineiro?
Governador Romeu Zema: O projeto da reforma que encaminhamos para a Assembleia, no dia 5 de fevereiro, é apenas o primeiro passo para trazer mais austeridade, eficiência e avanços na nossa gestão. Esta primeira proposta prevê a redução de secretarias e extinção de cargos comissionados, gerando uma economia de R$ 1 bilhão em quatro anos. Essa economia já vai ajudar na nossa busca de equilibrar as contas. Assim que a reforma for aprovada e tivermos a nova estrutura, cada secretaria vai estabelecer suas prioridades, que vão se transformar em metas. Essas metas vão ser acompanhadas mês a mês por mim e pelos secretários. Todas elas voltadas para garantir ações que resultem em melhores condições para a população mineira.
Governador Romeu Zema: Na nossa proposta de reforma administrativa, enviada à Assembleia, determinamos a criação de um Núcleo de Combate à Corrupção, vinculado à Controladoria-Geral do Estado. Este grupo irá coibir práticas ilícitas e garantir o bom uso dos recursos públicos, a partir do cruzamento de diversas bases de dados, como contratos, compras, pessoal. Com este núcleo, vamos intensificar nossa atuação junto a outros órgãos de combate à corrupção, como Ministério Público e Polícia Civil.
Entrevistador: Como a sociedade civil organizada, a maçonaria, por exemplo, poderá contribuir com as políticas públicas do seu governo?
Governador Romeu Zema: Contamos com a parceria de toda a população mineira, seja acompanhando o trabalho dos parlamentares para a aprovação de medidas que possibilitem a retomada do Estado, seja como parceira em projetos específicos. Contamos com todos os setores organizados da sociedade civil e a Maçonaria é um importante aliado nesse momento de união de todos os setores com um só objetivo: colocar o Estado novamente nos trilhos do desenvolvimento.
Entrevistador: Finalmente, qual a mensagem de otimismo que o senhor deixa para a população mineira em especial o público maçom?
Entrevistador: A maçonaria apoia todas as iniciativas anticorrupção que a administração pública possa adotar, respeitadas as garantias constitucionais vigentes, quais medidas de alteridade que a sua equipe de governo indicou que mais contribuirão para prevenir o mau uso do dinheiro público em MG?
Governador Romeu Zema: Toda a população mineira pode esperar da minha gestão o máximo de empenho e determinação para trazer Minas de volta ao caminho do crescimento econômico e da eficiência da administração pública. Estamos enfrentando uma situação extremamente difícil, mas acredito totalmente que eu e minha equipe vamos cumprir todas as propostas que traçamos neste início de gestão para reequilibrar as contas do Estado e fazer com que ele volte a crescer, gerar mais empregos e renda.
O papel da Secretaria de Gestão da Relação Paramaçônica (SEGREP) é o apoio às organizações paramaçônicas ligadas à Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, no aprimoramento das ações dessas entidades, tanto no âmbito interno de suas atividades, quanto externamente, junto à sociedade em geral, promovendo a "construção social" almejada pela Ordem Maçônica, em demandas filantrópicas, educacionais, patrióticas, dentre outras.
Neste ano, em que a Ordem DeMolay completou 100 anos de fundação no dia 18 de março, a SEGREP acompanhou o Grande Conselho da Ordem DeMolay para o Estado de Minas Gerais, que reuniu jovens DeMolays de diversos Capítulos da capital mineira e da região metropolitana, em uma das atividades sociais realizadas no estado, que atendeu ao evento nacional proposto pelo Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a Re-
pública Federativa do Brasil (SCODRFB), que foi o “DIA D da Ordem DeMolay”.
O “DIA D da Ordem DeMolay” movimentou jovens DeMolays em toda Minas Gerais e no Brasil, em ações que levaram à população carente auxílio em várias áreas: médica, odontológica, psicológica, jurídica, corte de cabelo, nutrição e lazer.
O resultado em Minas Gerais foi exemplar, com mais de 2.000 atendimentos nos quatro cantos do estado, efetivados pelos jovens DeMolays, por profissionais voluntários, maçons e seus familiares, que deram prova de que a Ordem DeMolay e a Maçonaria estão sempre atentas e de prontidão para o trabalho e para o combate à ignorância, no sentido de tornar feliz a humanidade pela prática do bem.
Destaque para a presença do Gran-
de 1º Vigilante, Sérgio Quirino Guimarães, e do Secretário da SEGREP, Gisiel Alvez Braz, bem como da Ordem das Filhas de Jó Internacional e da Ordem da Estrela do Oriente, que participaram diretamente das atividades, juntamente com membros do Grande Conselho da Ordem DeMolay para o Estado de Minas Gerais (GCEMG), que coordenaram os trabalhos na Associação do Bairro Balneário Água Limpa em Nova Lima (MG), irmanados com maçons do Grande Oriente do Brasil- MG (GOB/ MG) e do Grande Oriente de Minas Gerais (GOMG).
Já há alguns anos, a Maçonaria mundial, notadamente na Europa e nos Estados Unidos, tem se debruçado sobre uma questão extremamente preocupante: a evasão de membros e a consequente queda no número de Maçons regulares.
O Brasil, onde a Ordem é muito mais jovem, apenas recentemente atentou para esse ponto. É fato que esse declínio não é tão grave quanto em outros países, e nem é comum a todos os estados brasileiros, mas ocorre em maior ou menor escala em boa parte do território nacional.
Os números da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, felizmente, não são particularmente preocupantes, uma vez que apresentamos um tímido mas significativo incremento ano após ano. Como as honras devem ser sempre dadas a quem as merece, devemos nosso estado atual ao trabalho de excelência desenvolvido por tantos grandes líderes que empunharam o malhete maior de nossa Grande Loja em anos passados. No entanto, mesmo com esse crescimento, seria leviano dizer que não há razões para estarmos atentos à questão. E, estejam certos, este Grão-Mestrado está alerta!
Quando falamos sobre o tema, é necessário ir além dos frios números de membros e levar em consideração uma série de outros fatores, e aqui vamos levantar alguns deles, tão so-
mente como forma de fomentar tão necessária discussão.
Em primeiro lugar, temos realmente um problema no número de membros regulares, ou quem sabe a questão passe pela qualidade daqueles que trazemos para o nosso meio? E nesse ponto incluo a seguinte questão: quão criteriosas são as nossas sindicâncias?
Se considerarmos que o ponto crucial seja mesmo a quantidade de membros, estamos iniciando poucos novos Maçons ou não estamos conseguindo mantê-los regulares? E neste sentido, quais seriam os principais fatores causadores dessa evasão? Criamos expectativas maiores do que a realidade em que vivemos ou simplesmente não damos a devida atenção, instrução e tutoria aos novos membros? Disponibilizamos todas as ferramentas necessárias ao desenvolvimento e, sobretudo, à manutenção do interesse de nossos membros para com a Maçonaria? Sinceramente, tenho minhas dúvidas.
Mas suponhamos que o problema esteja na qualidade, e não na quantidade. Nesse caso, as perguntas seriam outras, mas não seriam menos volumosas e tampouco menos desafiadoras. Estamos selecionando novos candidatos adequadamente e com o devido rigor? Ao fazermos uma sindicância, o fazemos como o cumprimento de uma mera formalidade ou realmente compreendemos a importância do processo que estamos conduzindo?
Há uma resposta pronta para cada um desses questiona-
mentos? Certamente não! Mas é absolutamente necessário que nos debrucemos diuturnamente sobre essas e outras questões.
Tenhamos sempre em mente a necessidade premente de crescimento de nossas Lojas, mas sempre com a fundamental responsabilidade institucional, aquele olhar que fará com que estejamos sempre nos trilhos adequados, sempre voltados para o futuro e, consequentemente, sempre focados na evolução constante!
E nessa busca incessante pelo crescimento, cito o querido Irmão Jorge L. Aladro, Past Grão-Mestre da Grande Loja da Flórida, nos Estados Unidos, um dos grandes amigos com que a Maçonaria me presenteou, quando diz que “aceitar menos do que a perfeição não é Maçônico”. E ainda, ao citar as palavras de um de seus antecessores naquela Grande Loja, que dizia que “não devemos ser aqueles que perguntam ‘o que aconteceu?’, ou ‘o que está acontecendo?’, e sim aqueles que dizem que ‘vamos fazer acontecer!’”
No dia 14 de fevereiro de 2019, integrantes da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais (GLMMG) e da Grande Loja de Santa Catarina (GLSC), representando a (Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB) estiveram no Ministério Justiça e Segurança Pública, em Brasília (DF), em audiência com o Ministro Sérgio Fernando Moro, onde entregaram um exemplar e material explicativo referente ao projeto de lei “Corrupção Nunca Mais!”, iniciado na Loja Regeneração Barbacenense – Nº 317, encampado e desenvolvido pela GLMMG, e desdobrado no âmbito da CMSB.
Integraram a comitiva o Grão-Mestre Edilson de Oliveira, acompanhado do Grão-Mestre da GLSC, Irmão Flávio Rogério Pereira Graff; dos Grão-Mestres Ad Vitam da GLMMG, Geraldo Eustáquio Coelho de Freitas e Leonel Ricardo de Andrade; dos Secretários Executivos da GLMMG, Irmãos José Eduardo da Silva - Secretaria de Educação e Cultura (SEEC) e Gilson Flávio e Paiva Montes - Secretaria de Gestão em Cidadania (SEGECID).
Ao fazer o projeto chegar no centro do poder nacional, a intenção e a expectativa é que o Ministro utilize o material do “Corrupção Nunca Mais!” em seu projeto de lei anticrime, onde novas medidas legais contra a corrupção estão sendo apresentadas ao Congresso Nacional para discussão e aprovação.
O projeto de lei “Corrupção Nunca Mais!”
teve uma longa caminhada, que se iniciou em dezembro de 2013, no mandato do Grão-Mestre Leonel Ricardo de Andrade, que diante da situação de corrupção que arrasava o país, instou o Irmão José Eduardo da Silva, da Loja Regeneração Barbacenense –Nº 317, a apresentar um anteprojeto para a GLMMG sobre a questão.
Assim foi feito e o material apresentado foi prontamente abraçado pelo Grão-Mestrado da época, que era composto pelos Irmãos Leonel Ricardo de Almeida, Geraldo Eustáquio Coelho de Freitas e Edilson de Oliveira, e difundido na Plenária da GLMMG ocorrida em junho de 2014. Sendo depois, levado para a CMSB, que o recepcionou através da aprovação de todos os Grão-Mestres das 27 Grandes Lojas Maçônicas brasileiras, por ocasião da XLIII Assembleia Geral realizada na cidade de Belo Horizonte (MG).
Um anteprojeto de lei com perspectiva de iniciativa popular, no qual se busca estabelecer procedimentos e punições mais severas e reduzir a impunidade para todos os delitos genericamente chamados de corrupção, estabelecer rito para recuperação dos recursos extraviados, aumentar os prazos de prescrição destes delitos e das penas de inelegibilidade, criando mecanismos legais que permitam ao Estado maior agilidade no combate a tais crimes.
A grande maioria dos Irmãos das Grandes Lojas abraçou o projeto e participou da coleta de assinaturas, que chegaram a quase 500.000 em todo o país. Infelizmente o trabalho foi interrompido para não concorrer com o projeto do Ministério Público Federal denominado “10 Medidas Contra a Corrupção”, que possuía o mesmo foco e, devido à publicidade alcançada perante à mídia, acabou obtendo maior êxito e rapidez, sendo entregue ao Congresso Nacional que ainda não foi levado à votação.
A entrega do projeto de lei “Corrupção Nunca Mais!” ao Ministro Sérgio Moro finda o relevante trabalho desenvolvido pela Maçonaria brasileira, e deixa expresso, junto ao atual Governo do pais, a posição da Ordem sobre a luta contra a corrupção, e de que estamos vigilantes pela construção de um Brasil melhor.
A Assembleia Geral Ordinária da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB) em 2019 será em Brasília, sediada pela Grande Loja Maçônica do Distrito Federal (GLMDF).
As Grandes Lojas brasileiras estarão mais uma vez reunidas, entre os dias 3 e 7 de julho, com o intuito de promover o aperfeiçoamento humano, através da melhoria das capacidades intelectual e moral de seus membros.
O foco será a inovação e a criatividade, alicerçado nas sólidas tradições maçônicas, e em suas virtudes fraternais, através do uso de ferramentas tecnológicas e de vanguarda, além dos bons momentos de confraternização da família maçônica.
O intuito é a preparação da maçonaria brasileira para os desafios do Futuro, através de debates e orientações sobre temas de relevância nacional, que podem ampliar o protagonismo social da Maçonaria no cenário nacional e mundial.
A Comissão Organizadora da CMSB 2019 planejou um encontro inovador, onde cada participante terá oportunidade de personalizar o seu próprio evento. Os irmãos e cunhadas terão à sua escolha palestras, plenárias, e outras atividades.
Serão opções de lazer: passeio de barco pelo Lago Paranoá, city tour, passeio para compras, noite alemã e jantar gaúcho.
As inscrições e todas as informações já estão disponíveis no site: https://cmsb2019.com.br.
Quarta-feira (03/07): Abertura Oficial, seguida da Noite Brasiliense (um coquetel com apresentação musical de Chorinho).
Quinta-feira (04/07): reunião dos Secretários de Relações Exteriores e a Assembleia Ordinária da CMSB com a presença de todos os Grão-Mestres.
Para a família maçônica, reunião da Solidariedade Feminina e Palestras de Interesse Geral
(saúde, tecnologias no envelhecimento, futuro da previdência, questões ambientais).
Sexta-feira (05/07): reunião dos Secretários de Relações Exteriores e a Assembleia Ordinária da CMSB.
No período da manhã, serão realizados Seminários sobre Gestão (Gestão de Pessoas, Finanças, Gestão de Projetos e Estratégia. Temas que serão abordados com o enfoque nas Lojas Maçônicas e nas demais entidades maçônicas e paramaçônicas.
Durante a tarde, será disponibilizado espaço para o III Congresso Ciência & Maçonaria, onde os melhores artigos serão apresentados e a revista contendo todas as pesquisas disponibilizada para o público presente.
Paralelo aos demais eventos, às 14h terá início uma Oficina de Artesanatos Regionais e às 16h será servido o tradicional Chá das Cunhadas.
Sábado (06/07): Durante a manhã todos estão convidados para as Palestras Magnas, onde grandes temas serão discutidos.
Irmão Armindo (Grão-Mestre de Portugal), debatendo o panorama e o futuro da Maçonaria na Europa.
Jornalista Alexandre Garcia, discutindo o futuro da política no Brasil.
Irmão Jorge Lins (Soberano Grande Comendador), abordando as perspectivas futuras do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Irmão Izalci Lucas (Senador da República), que falará sobre a relação da Maçonaria com a Política no passado, presente e futuro.
Além de uma autoridade do Poder Executivo que irá expor sua visão de futuro para o Brasil.
Às 22h, a Festa de Encerramento.
Instituído em 2018, o Dia da Consciência Política é ponto pétreo no calendário de eventos da GLMMG.
Partindo da dissecação da expressão, por uma das definições do Dicionário Michaelis, temos: consciência- sistema ou conjunto de valores morais, construído com base nestas percepções ou convicções, que, tomado como paradigma individual, se torna disponível para que cada pessoa avalie seus atos, sua conduta e suas intenções, bem como os alheios; política: ciência de governar. Então podemos dizer que consciência política é a capacidade de uma sociedade de bem escolher os seus governantes, observados os seus e os valores deles, os seus e os atos deles e as suas e as intenções deles.
Uma sociedade bem-educada, bem formada e qualificada com certeza terá um governante com estas mesmas características; do contrário, assim ocorrerá, pois, em uma sociedade cheia de vícios de conduta, que pratica atos eivados de más intenções, que não pensa no próximo com um ser de direitos e deveres compatíveis com sua condição, certamente terá um governante oportunista, um demagogo de ocasião.
Com a preocupação de que não aconteça a segunda hipótese é que a GLMMG instituiu no seu calendário um dia para que todos, maçons e não maçons, possam efetivamente parar um pouco e refletir sobre seus valores, seus atos, sua conduta, e bem observar se os governantes estão em condições de também assim o fazer, para que tenhamos uma sociedade justa, fraterna e progressista. Ainda, a GLMMG espera contribuir para a formação desta sociedade com foco nas pessoas, de forma individualizada, como agentes transformadores; indivíduos livres e conscientes de suas responsabilidades construirão uma sociedade mais livre e ética.
Neste 21 de março de 2019, colocando em prática a preocupação que levou à criação deste dia, dois palestrantes, Irmãos Jorge L. Aladro e José Felix Peixoto deram ao tema uma amplitude internacional; trazem no conteúdo de suas perspectivas uma experiência de como é na América do Norte. Agradecemos a eles por dividirem conosco as suas experiências, fruto de seus aprendizados em uma sociedade democrática, solidária e cosmopolita.
Em dezembro de 2016, encontraram em minha Loja, Confidentes de Vila Rica, em Ouro Preto (MG), Irmaõs da nossa regional para nos prepararmos para a audiência pública sobre o retorno das atividades mineradoras da Samarco. Naquele momento, eu pude ouvir e aprender com realidades de vida de Irmãos que eu desconhecia. Entender melhor a dependência econômica de nossa região com a mineração, e como e tão intimamente que isso afetava a vida de cada um. Percebi pela primeira vez que essa era uma relação visceral, orgânica e existencial, com que as vidas das pessoas se misturavam com a própria existência da mineração.
Para um biólogo, entender isso não é simples nem trivial. Sempre vamos querer que simplesmente a sociedade repense qualquer meio econômico e o substitua por algo mais sustentável. No entanto, vi que o único caminho possível para as pessoas ali seria repensarmos juntos uma outra mineração que não causasse tantos danos e trouxesse tantas inseguranças. Daquele encontro de dois anos e pouco atrás, eu sintetizei o desejo da egrégora em um texto que lido por nós na audiência, com um belo impacto nas autoridades e população, favorável ao retorno da atividade da Samarco.
O mais importante do que sintetizamos foi o apoio à volta da Samarco exclusivamente se atrelada ao forte compromisso de mudança de paradigmas da mineração na nossa região. Por minerarmos em meio a uma área tão desenvolvida, rica e urbanizada, temos a chance única de colocar toda a pressão social e política para que seja adotado um modelo de mineração minimamente agressiva, sustentável e segura. Já temos práticas admiráveis, por exemplo, a extensão de áreas florestadas preservadas no Quadrilátero Ferrífero é, em grande parte, compensação à mineração. Outras ações, tendem a ser superficiais e não efetivas. Por exemplo, há uma completa falta de estudos em escala de paisagem, incluindo a perspectiva de preservação de corredores e santuários de fauna e flora. Se tal estudo fosse feito, transcendendo cada mineração individualmente, e junto com um planejamento de décadas para uma exploração gradual e progressiva no espaço, criar-se-ia condições melhores para que os ecossistemas se restaurassem em sequência, maximizando a proteção da biodiversidade e dos demais recursos naturais (hoje em dia, cada mina é licenciada isoladamente, sem levar em consideração uma escala maior de sua inserção e comprometimentos regionais – causando problemas como o que agora notamos, ao nos percebermos cercados de barragens à montante e sob risco por todos os lados).
Na hora que desvelamos a malha de barragens de risco que nos rodea, e que olhamos com profundidade para os dados que sugerem a mineração tem comprometido nossos mananciais hídricos, seja pelos minerodutos, pelo comprometimento das águas subterrâneas, ou pela contaminação de importantes bacias pós-desastres, fica claro que há mais a se fazer no que tange comprometimento com a vida de todos. Em especial, dos menos favorecidos.
Dia 25 de janeiro de 2019, uma barragem de rejeito à montante, já em fase de descomissionamento (de finalização total de funcionamento e retorno da área totalmente reabilitada para a sociedade), da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, arrebentou, matando provavelmente mais de 300 pessoas (até o fim deste artigo, 201 encontradas e 107 desaparecidas), destruindo lavouras, florestas e contaminando um dos mananciais de água mais pura da região Central do Estado, e vital para capacitação de água de BH na época de seca. Na dor que hoje é de todos, fica para reflexão a lembrança das contrapartidas que a Maçonaria da Região das Minerações cobrou da Sociedade e da Samarco para apoiarmos o retorno das suas atividades. Nossa moralidade diante do atual desastre e a constatação de que pouco ou nada foi feito esse Mariana, pede que nos posicionemos fortemente para que a mineração mude definitivamente suas condutas em nosso Estado: Por que permitir a volta da mineração da Samarco? Porque é melhor para o meio ambiente.
A mineração está entre as atividades de maior impacto localizado que se pode imaginar haver sobre um ecossistema. Mesmo assim, os pressupostos iniciais de que a extração e comercialização de recursos minerais tem uma razão social, não podem ser esquecidos.
As Lojas Maçônicas da região entendem que há de haver mudanças profundas nas relações de produção e risco na mineração, a fim de se evitar de maneira radical as chances de outros desastres como rompimento de barragens.
Também não há dúvidas de que a produção de minério deve minimizar o chamado racismo ambiental, equalizando os custos ambientais e os benefícios da produção, não deixando os custos sobre as comunidades mais pobres.
Cabe a nós todos, e com isto a Maçonaria regional também se compromete, fiscalizar que estas atividades sejam feitas com mais rigor socioambiental, bem como nos cabe também fiscalizar se as verbas de royalties do Minério sejam devidamente aplicadas pelos Municípios, inclusive na busca de alternativas econômicas para uma sobrevida abundante e segura, para além do esgotamento do minério de ferro.
A Maçonaria tem em suas práticas o mais profundo respeito e veneração pela Mãe Terra, e defendemos estas mudanças profundas na sociedade, mas de forma responsável e gradual.