Edição 133 - jan/fev/mar 2023

Page 1


MENSAGEM DA DIRETORIA

Domício José Gregório Arruda Silva

PRESIDENTE

Luiz Fernando Reis

VICE-PRESIDENTE

Marcos Amaral Teixeira

1º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO

Rubens Balieiro de Souza

2º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO

José Antônio da Silva Clemente

1º. DIRETOR-FINANCEIRO

Luiz Cláudio Bastos de Moura

2º. DIRETOR-FINANCEIRO

Alexandre Lopes Lacerda

DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS

José Renato Chiari

DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO

Tatiane Almeida Drummond Tetzner

DIRETORA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Marcelo Renck Real

DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS

A nossa primeira mensagem, por meio desse nosso meio de comunicação oficial é de agradecimento a cada associado que, confiante, nos delegou a responsabilidade de levar adiante os destinos da raça Girolando no Brasil e, daqui, para todo o mundo tropical.

Reafirmamos nosso compromisso com as principais metas que nos propusemos cumprir: foco no PMGG – Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando; fazer do Girolando a autêntica Raça Nacional; apoio aos criadores, notadamente aqueles com menor acesso às técnicas de melhoramento genético, através dos Núcleos, Cooperativas e Sindicatos; solidez administrativa com responsabilidade e efetiva valorização dos profissionais que se dedicam à Girolando; expansão dos programas de internacionalização da raça. Todo o nosso trabalho tem um só destinatário final: você, caro associado!

Com mais de dois milhões de registros realizados, temos visto resultados animadores no PMGG, mostrando o desenvolvimento de características que selecionam o Girolando para os desafios do clima tropical com a garantia de produtividade e sustentabilidade. Estudos recentes da Embrapa Gado de Leite mostram que entre 2000 e 2018 houve um aumento de 60% na produção de leite da raça e uma redução, no mesmo período, de 40% na emissão de metano.

A conclusão é que a vaca Girolando é a Vaca do Futuro! Visando a ampliação da coleta de dados para o PMGG, iniciamos um projeto que vai viabilizar a realização de testes genômicos em um número muito significativo de animais Girolando. Esse incremento de informações produzirá resultados que se espraiam por toda a cadeia produtiva do leite, uma vez que a seleção de animais melhoradores, touros altamente qualificados, atenderá a demanda de todos os criadores de bovinos de leite.

O PMGG, com todos os seus recursos técnicos, é da Girolando e, por consequência, é do associado Girolando. Confie! Acredite! Utilize essa importante ferramenta de seleção!

A nossa segunda mensagem é também dirigida ao nosso associado: não vamos nos dispersar! Uma raça tão vigorosa, carregada de um potencial inesgotável, dinâmica, permanentemente atual só assim permanecerá com a união de ideais e esforços de todos os criadores associados. Todos nós desejamos consolidar o trabalho até aqui realizado e, mais, desejamos contribuir fortemente para sua continuidade e evolução.

O Girolando nos une e, por essa Raça Nacional, sigamos, firmes, rumo ao futuro!

Saudações!

EDITORIAL

A pecuária segue com boas notícias em 2023. Dados divulgados em meados de março pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que o PIB da pecuária avançou 2,11%. Já o PIB do agronegócio teve retração de 4,22%, sendo que o ramo agrícola recuou 6,39%.

No caso da pecuária, esse crescimento esteve atrelado aos avanços nos segmentos primário e de agrosserviços. No segmento primário, a alta decorreu de algum aumento do valor bruto da produção (produção maior, haja vista os menores preços frente a 2021), somado à redução dos custos com insumos; neste último caso, em relação ao patamar expressivamente elevado, alcançado em 2021. No geral, o PIB do agronegócio correspondeu a 24,8% do PIB nacional.

Na lida do campo, os pecuaristas seguem investindo em tecnologias e em boa genética. Apesar de muitos brasileiros desconhecerem a realidade da produção de leite, como mostram as críticas infundadas nas redes sociais, o segmento tem trabalhado firme para elevar a produção de l eite de genética.

Nesta edição da revista Girolando você vai conhecer várias tecnologias importantes para transformar os números das propriedades rurais. Na parte de nutrição, por exemplo, a produção de silagem e a recuperação de pastagem são essenciais para garantir boa comida para os animais e, consequentemente, mais produção de leite. Entrevistamos o especialista em pastagens, Lucas Castro, que deu dicas de como recuperar o pasto, escolha das forrageiras e pureza das sementes, manejo para obter alto desempenho dos animais, dentre outros pontos. Também trazemos uma matéria sobre BRS Capiaçu, que vem ganhando espaço na pecuária leiteira por possibilitar uma sila-

EXPEDIENTE

gem de menor custo, mas de excelentes resultados no desempenho das vacas.

Na área de reprodução, vamos mostrar o que é o período de espera voluntário e qual a melhor duração. Outro tema é qual a melhor opção para o rebanho: a secagem abrupta ou secagem gradativa. Os dois métodos de secagem possuem vantagens e desvantagens na sua aplicação prática no dia a dia da propriedade.

Você ainda vai saber como a informação coletada corretamente é a aliada de peso no combate à mastite. Informações de qualidade empoderam a cadeia leiteira e abrem caminhos para que desafios como a mastite, e tudo o que a rodeia, sejam resolvidos com maior certeza.

Na parte de gestão, vamos mostrar como fazer sua equipe entender o que precisa ser feito no dia a dia da fazenda. Todos os resultados dentro das empresas, sejam eles de sucesso ou fracasso, estão relacionados direta ou indiretamente com a qualidade da comunicação interpessoal, ou seja, a comunicação entre as pessoas. A governança familiar é outro ponto importante na gestão de um negócio. Ela é uma exigência para as empresas familiares que buscam perenidade no mundo dos negócios, principalmente em cenários de crise ou mudanças constantes.

E o destaque de nossa capa é a posse da nova diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, que chega com muita disposição para inovar o programa de melhoramento PMGG e contribuir com vários serviços e ações para facilitar a vida de seus associados.

Ainda tem muito mais: exposições pelo Brasil, leite carbono neutro, agenda ESG e as melhorias proporcionadas pela genética de qualidade. Boa leitura!

Revista Girolando: Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira lamoc1@gmail.com • Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888 - Míriam Borges (34) 9 9972-0808 miriamabcz@mundorural.org • Design gráfico: Yuri Silveira (34) 9 9102-7029 yurisilveira04@hotmail.com • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Fotografias: Jadir Bison (34) 99960.4810 jadirbison@yahoo. com.br • Conselho editorial: Domício Arruda Silva, Leandro Paiva, Edivaldo Ferreira Júnior, Miriam Borges e Larissa Vieira • Impressão CTP: Idealiza Grafica (43) 3373-7877 • Tiragem: 6.000 exemplares • Periodicidade: Trimestral (Março, Maio, Agosto e Novembro) • Circulação: Dia 15 dos meses ímpares • Distribuição: Para todo o Brasil via correios e Disponível na versão on line no site www.girolando.com.br. • Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG • Telefone: (34) 3331-6000 • Assinaturas: R$ 98,00/ano – financeiro@mundorural.org • 22 anos de circulação ininterrupta

por Larissa Vieira Editora

Mastijet ® FORTE É XEQUE-MATE contra a mastite

• Alta eficácia *

• Rápida recuperação *

*Tomazi T, et al. 2018. Journal of Dairy Science

Workshop PMGG

A equipe técnica do Programa de Melhoramento Genético do Girolando (PMGG) participou, em fevereiro, de um workshop interno sobre as avaliações genéticas e genômicas da raça Girolando. Foram abordadas avaliação genômica de touros e vacas, avaliação genômica das características lineares do Girolando (Salg), longevidade e persistência na lactação, avaliação genômica para tolerância ao estresse térmico, facilidade de parto e índices reprodutivos, correlações entre características lineares e produção de leite, comparação do período gestacional e do peso ao nascimento entre as composições raciais do Girolando e a importância do controle leiteiro e da coleta de fenótipos. As palestras foram ministradas pelo pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinicius Barbosa da Silva; pelas pós-doutoras da Girolando, Sabrina Kluska, Darlene Daltro e Renata Negri; pelas pesquisadoras da Universidade Federal de Santa Maria, Pamela Itajara Otto e Daniele Alves, e pelo pesquisador da Universidade Federal de Viçosa, Mateus dos Santos.

Parceria Alta

A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e a central de genética Alta anunciaram parceria para 2023 com o objetivo de fomentar, em todo o País, o uso da raça Girolando. A expectativa é de que, com essa cooperação, um maior número de produtores rurais tenha acesso às informações técnicas sobre o desempenho dos animais Girolando. Para isso, a parceria prevê uma série de ações pelo Brasil, dentre elas a participação em eventos técnicos e feiras. Guilherme Marquez, zootecnista e gerente de Produto Leite Tropical Alta, destaca que a central tem uma história antiga com a Girolando, iniciada desde seu reconhecimento oficial como raça, em 1996, pelo Ministério da Agricultura. Segundo ele, existe uma demanda forte pela genética Girolando na América Latina e África,

que tende a aumentar com as inovações constantes nas avaliações genéticas e genômicas promovidas pelo programa de melhoramento PMGG.

Homenagem Internacional

A diretora de Relações Internacionais, Tatiane Tetzner, participou do Dia de Campo do Rancho Batero, na República Dominicana. Durante o evento, ocorrido no dia 18 de fevereiro, ela recebeu homenagem pelos serviços prestados naquele país para desenvolvimento das raças Girolando e Gir Leiteiro. A distinção foi concedida pelo criador de Girolando e Gir Leiteiro Alexis Alonzo e seu filho Juan Alexis Alonzo, proprietários do Rancho Batero. Desde 2012, ela ministra cursos e efetua julgamentos das duas raças na República Dominicana. Essa foi a oitava vez que Tatiane Tetzner participou do evento no país, contribuindo pela evolução da pecuária de leite tropical.

Genex

A central Genex Brasil agora faz parte do time de Parceiros Master da Girolando. A empresa, que recentemente inaugurou seu Centro de Biotecnologia e Difusão Genética em Uberaba/MG e passou a atuar também no mercado de embriões, participará dos eventos realizados pela Girolando ao longo de todo o ano, além de outras ações conjuntas que serão de-

senvolvidas para levar mais informações ao pecuarista. O diretor executivo da Genex Brasil, Sergio Saud, destaca que a celebração da parceria é a coroação de uma amizade e colaboração mútua que já vem ocorrendo há alguns anos. “Fico feliz em saber que, agora, nossos laços serão ainda mais estreitados e muitas ações serão desenvolvidas em conjunto e com muito sucesso”, garante. Saud destaca que a procura pela genética Girolando vem crescendo, alicerçada pelo trabalho de melhoramento genético desenvolvido nos últimos anos.

Novo CDT

Os novos membros do Conselho Deliberativo Técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando já foram definidos pela diretoria da entidade. Eles atuarão ao longo da gestão 2023/2025, como órgão deliberativo, assessorando a Diretoria Executiva quanto às decisões técnicas relativas à raça. Todos os escolhidos são profissionais ou criadores, de ampla experiência com a raça Girolando. O presidente do CDT será eleito na primeira reunião do Conselho, cuja data será definida em breve. Os membros efetivos são: José Renato Chiari (representante da Diretoria Executiva e médico-veterinário); Edivaldo Ferreira Júnior (superintendente suplente do SRGRG e zootecnista); Gustavo Sousa Gonçalves (jurado efetivo e zootecnista); Tiago Moraes Ferreira (jurado efetivo, associado/ criador e médico-veterinário); Marcello Mamedes dos Santos (associado/criador e médico-veterinário); Maurício Silveira Coelho (associado/criador e médico-veterinário); Olavo de Resende Barros Júnior (associado/criador); Adriano Fróes Bicalho (associado/criador e médico-veterinário); e Cláudio André da Cruz Aragon (jurado efetivo e médico-veterinário). Já os membros natos são: Márcia Tereza Vieira Scarpati (representante do Mapa e zootecnista) e Leandro de Carvalho Paiva (superintendente técnico do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando e zootecnista).

por Miriam Borges

Sêmen

LAGARTO - GPTA leite - 1.005 com confiabilidade de 77,65%

LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES

Anti-inflamatório

A pecuária brasileira terá à disposição uma nova formulação transdérmica com flunixina meglumina, com o lançamento do primeiro anti-inflamatório não esteroidal (AINE) registrado para ser administrado como produto pour-on em bovinos. O produto, desenvolvido pela MSD Saúde Animal, é comumente utilizado para o controle da inflamação e alívio da dor e febre. Com ação rápida e prolongada, a nova solução Banamine® Transdermal proporciona praticidade na aplicação e redução de manejo, com menos estresse e mais segurança para o animal e profissionais do setor, como pecuaristas e médicos-veterinários. Indicado para redução de febre e no alívio dos sinais clínicos da inflamação, como dor, inchaço e rigidez associados à mastite, o produto de dose única também é aprovado para o controle da febre associada à Doença Respiratória Bovina (DRB) em animais jovens a partir de seis meses de idade.

Pirataria

Buscando conscientizar a sociedade sobre os riscos do uso de produtos animais piratas, sejam eles falsificados ou contrabandeados, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) lançou a segunda fase da campanha “Olhos Abertos”, já realizada no formato on-line e que, agora, ganhará reforço no off-line. A ação tem como objetivo informar os consumidores sobre os perigos oferecidos por esses medicamentos e ajudar a combater o comércio ilegal no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira de Com -

bate à Falsificação (ABCF), em 2021, os produtos falsificados movimentaram cerca de R$290 bilhões no País. Na lista de mercadorias ilegais estão diversos medicamentos produzidos com matérias-primas de baixa qualidade, que não apresentam estudos adequados de bioequivalência e nem o selo de aprovação do Ministério de Agricultura e Pecuária.

Aplicativo para plantio

Para planejar e executar o plantio da segunda safra do ano, o agricultor pode encontrar auxílio de agrônomos, agricultores, dados e artigos no aplicativo AgroApp. Ele traz informações específicas de cada variedade e híbrido. Para quem quer se aprofundar, em cada item há dados sobre características agronômicas, pontos fortes, comportamento em relação às doenças e recomendações de plantio. É possível entender as deficiências nutricionais e ter a mão dados sobre quais são as alternativas de defensivos, fertilizantes foliares e ocorrência de doenças. O AgroApp também conta com uma extensa base de dados sobre plantas daninhas e seu combate. Tem “modo off-line”, que permite que o usuário possa consultar mesmo quando não estiver conectado à internet.

Período de transição

O período de transição de vacas leiteiras é a fase mais importante e crítica para os animais. O uso de soluções eletrolíticas pode auxiliar na hidratação e elevação dos níveis de cálcio e glicose no sangue, contribuindo para melhoria do status metabólico das vacas. Com o objetivo de contribuir para atender a essa necessidade, a MCassab Nutrição e Saúde Animal

lançou Booster, o drench que eleva rapidamente os níveis de glicose e cálcio no sangue, além de repor minerais importantes perdidos durante o parto. O produto é solúvel em água e altamente palatável para o animal.

Inoculante

A utilização de um inoculante pode evitar prejuízos e garantir a melhor qualidade da silagem de milho a ser ofertado para o rebanho. Tratamento com o inoculante Ecocool melhora a fermentação e reduz o número de bolores e leveduras na silagem. Ele tem dupla ação, que fornece em um único produto, duas cepas de bactérias especialmente selecionadas: L. plantarum (MTD/1) e L. buchneri (PJB/1) O Ecocool mantem a silagem fria e estável por mais de dez dias, após retirada do silo.

FIAgro

O Instituto Pensar Agro (IPA) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) firmaram acordo de cooperação sobre as fontes de financiamento do agro com o mercado de capitais, dentre elas o Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (FIAgro). A CVM pretende realizar ações educacionais para ampliar o conhecimento e o acesso a investimentos de empreendedores e investidores dos setores agropecuários. A autarquia e o instituto devem realizar eventos de capacitação e elaborar estudos e pesquisas para a produção de materiais educacionais. Números apresentados em fevereiro de 2023, indicam que até o fim do ano passado, o crescimento do patrimônio líquido do FIAgro foi de 544%. Ou seja, o salto total foi de R$ 1,6 bilhão para R$ 10,3 bilhões. Em relação ao número de pessoas físicas

que passaram a investir no FIAgro, entre janeiro e novembro do ano passado, os números subiram 417%, e passaram de 30,7 mil para 158,8 mil investidores.

Drones

Mais da metade dos agricultores (54%) pretende aumentar os investimentos em drones neste ano. Este é uma das conclusões do estudo “Situação da Indústria de Drones 2022”, que é divulgado anualmente pela empresa estadunidense DroneDeploy. A pesquisa consultou 766 clientes da empresa, de 20 setores econômicos e mais de 40 países e apontou, também, as principais motivações dos usuários da construção civil e setor de energia, além da agricultura. Entre os entrevistados da agricultura, 33% planejavam aumentar seus gastos entre 10% e 50% e 21% afirmaram que devem aumentar os gastos em 50% ou mais em sistemas e equipamentos para drones. As principais áreas de interesse a serem expandidas incluem pulverização de culturas, fertilização e amostragem de solo. Até 2020, os principais objetivos eram a digitalização de operações (58%) e eficiência no planejamento (50%).

Parceria no RS

A Cooperativa Languiru, de Teutônia/RS, e a Lactalis do Brasil firmaram parceria para potencializar a produção de lácteos no Rio Grande do Sul e ampliar a assistência aos produtores rurais gaúchos. Pelo acordo, a Languiru fornecerá à Lactalis, em um contrato de longo prazo, todo volume de leite in natura de seus produtores rurais, em uma

região estratégica, onde a produção é altamente qualificada. A parceria garantirá o pagamento aos produtores e transportadores de leite e apoiará a Languiru em projetos que visem a melhoria da produtividade e qualidade no campo, em defesa da bacia leiteira local. Na mesma linha, a parceria estabelecida permitirá que as empresas trabalhem em regime de cooperação para fortalecimento de seus programas de fomento: o Clube do Produtor Lactalis e o Agrocenters Languiru, buscando a ampliação da assistência técnica nas regiões de atuação da Languiru.

O Clube Agro Brasil, programa de relacionamento multimarcas do agronegócio brasileiro, realizou recentemente o sorteio da Campanha de 1 Milhão de Pontos, a qual beneficiou 16 associados nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A ação foi realizada em parceria com 16 canais de vendas, que somaram força à tecnologia do Clube, para que a promoção acontecesse. Para participar do Clube, basta que o produtor rural se cadastre gratuitamente, acessando o site www.clubeagro.com.br ou o aplicativo (disponível para Android e IOS). Ao se associar, ele ganha automaticamente 2 mil pontos e à medida que registra notas fiscais, acumula mais pontos e troca por descontos em qualquer produto das marcas participantes, aumentando exponencialmente o seu poder de compra.

Combate mastite

A mastite é uma das enfermidades mais comuns nos rebanhos leiteiros do país, tendo atenção dos produto -

res para não afetar a produtividade. O período seco é um excelente momento para tratar tanto as infecções clínicas quanto as subclínicas que não foram curadas durante a lactação. Nesta fase, uma opção de tratamento é o Orbenin, antibiótico intramamário da Zoetis ideal indicado para terapia de vaca seca. Seu longo período de ação fornece excelentes taxas de cura de coexistência pré-existentes que não foram curadas durante o período de lactação. Já durante a lactação a mastite pode ser tratada com Synulox LC, um antibiótico intramamário que agrega amoxicilina, ácido clavulânico e um potente anti-inflamatório, a prednisolona, que reduz o inchaço, a dor local e promove maior conforto ao animal. O medicamento também faz parte do portfólio da Zoetis.

Embriões

A GENEX Brasil, empresa do segmento de inseminação artificial de bovinos, acaba de anunciar a entrada no mercado de embriões, permitindo a oferta desse novo produto com o objetivo de intensificar o melhoramento animal com mais rapidez. A partir da parceria firmada com a CPEX Embriões – empresa do Grupo Canto Porto especializada e com vasta experiência em FIV – a GENEX oferece ao mercado uma genética superior, tanto na linha alta (paterna), quanto na linha baixa (materna), com a utilização de embriões. Os embriões já estão disponíveis para o mercado. Os criadores podem entrar em contato com um dos nossos representantes para ter acesso a todas as informações, como: condições comerciais, acasalamentos disponíveis, entre outras.

Clube Agro Brasil

Quando compensa investir na intensificação do sistema de pastagem na pecuária leiteira?

Para aquele produtor que pretende desenvolver um projeto de produção animal exclusivamente a pasto, compensa investir na intensificação a partir do primeiro momento. Existe um grande potencial de produção de forragens no País devido a nossas condições edafoclimáticas, com projetos superando os 35.000 litros de leite/ha/ano. Mas estes potenciais só podem ser alcançados se forem feitas correções e adubações ou correções, adubações e irrigação equivalentes para estas produtividades. Obviamente, que existem vários critérios para serem avaliados antes de tomar esta decisão, mas a intensificação do sistema de produção é crucial para aquele produtor que busca aumentar sua escala de produ -

Cuidados para obter um pasto de qualidade

O sistema de produção a pasto é um dos diferenciais da pecuária brasileira, mas investir em sistema intensificado exige vários cuidados. A fertilidade do solo, a escolha das forrageiras, o manejo e manutenção do pasto são essenciais para elevar a produtividade do rebanho leiteiro. O zootecnista e consultor pela Lancer Consultoria em Pecuária, Lucas Castro Silva, explica que a intensificação é crucial para aumentar a escala de produção com menor custo. Em entrevista à revista Girolando, ele fala sobre o manejo correto do pasto para alto desempenho animal, os riscos de comprar sementes sem procedência, o que leva à degradação das pastagens e quando definir se é hora de reformar ou recuperar a área. Especialista em Gestão no Agronegócio, ele tem orientado pecuaristas de todo o Brasil sobre manejo de pastejo, com sustentabilidade. Confira:

ção com menor custo por unidade produzida e, consequentemente, melhorar o resultado econômico da atividade.

Como deve ser o manejo do pasto para alto desempenho animal?

Independente se estamos trabalhando com sistema de pastoreio de lotação alternada (dois piquetes) ou rotativo (três ou mais piquetes), o manejo do pasto deve sempre ser conduzido objetivando alto desempenho animal. Para isso, é recomendado manejar o pasto pelas alturas alvos de entrada (momento em que os animais iniciam o pastejo) e de saída (momento em que o pastejo é interrompido) específicas para cada espécie forrageira. Esta altura de entrada será sempre a mesma, pois é neste momento que há o maior acúmulo de folhas e nutrientes por área. Já a

Larissa Vieira
Girolando
Lucas Castro Silva
Lucas Castro Silva
Girolando

altura de saída, ou altura de resíduo, pode corresponder a até 50% da altura de entrada. Por exemplo, quando estamos trabalhando com Cynodon spp. cv tifton 85, a altura de entrada recomendada para esta forrageira é de 25cm e, de saída, 12cm. Entretanto, quando queremos maximizar ainda mais o desempenho individual dos animais, é recomendado fazer um pastejo mais leniente, onde será colhido, aproximadamente, 1/3 da altura de entrada.

O Brasil ainda tem alto índice de pastos degradados. A que atribui isso?

Existem várias causas que levam a pastagem à degradação, ocorrendo, desde a fase de implantação até a fase de manutenção. Durante a fase de implantação, a principal causa que leva à degradação é o plantio de forrageiras não adaptadas às condições de clima e de solo da região. Infelizmente, ainda é comum no Brasil, muitos produtores escolherem a forrageira recém-lançada no mercado ou a forrageira da moda, sem ao menos verificar se ela é realmente adaptada às condições de sua propriedade. Ainda durante a fase de implantação, muitos erros são cometidos nas etapas de preparo do solo: falta ou inadequada correção e adubação de plantio, aquisição de sementes com baixa qualidade, negligência no controle de plantas invasoras, entre outros. Cada erro cometido irá comprometer de alguma forma no estabelecimento da pastagem, podendo iniciar a degradação logo no primeiro ano. Já na fase de manutenção da pastagem, erros cometidos no manejo (super ou subpastejo), a falta de monitoramento e controle de pragas e plantas invasoras, a falta de correção e adubação de gramíneas exigentes em fertilidade estabelecidas em solos com baixa fertilidade natural, são os principais causadores da degradação.

Reformar ou recuperar a pastagem? Como o pecuarista pode definir qual será a melhor opção para seu negócio?

Para tomar esta decisão, o primeiro passo é inventariar as pastagens da propriedade. É recomendado que este inventário seja realizado sempre no final do período chuvoso (transição águas/seca) da região em que estiver trabalhando. Neste momento, serão avaliados alguns critérios, como, stand de plantas forrageiras (número de plantas/m2), vigor produtivo e infestação de plantas invasoras, e tipos encontrados. Caso o avaliador chegue à conclusão de que a pastagem já está em processo avançado de degradação, deve-se proceder à reforma. Lembrando que a reforma da pastagem pode ser feita de forma direta (com uma sequência de procedimentos definidos para plantio do capim escolhido) ou de forma indireta (com uma sequência de procedimentos para plantio de uma cultura anual e o capim em seguida). Agora, se a pastagem ainda estiver apta à recuperação, é importante elaborar um programa que será definido de acordo com a situação de cada área. Talvez seja necessário, incialmente, dar um descanso para o pasto ou ajustar a carga animal, depois controlar as invasoras e pragas, suprir alguma deficiência nutricional, melhorar o manejo. Enfim, cada caso é um caso e deve ser bem avaliado. Para quem pretende aumentar a taxa de lotação, quais cuidados devem ser tomados em relação ao manejo do pasto?

Primeiramente, deve-se buscar a otimização de uso do pasto, ou seja, dominar o manejo do pastejo. Logo, devemos ajustar as lotações e começar a manejar os pastos pelas alturas de entrada e de saída de cada forrageira. Neste momento, é importante avaliar se é necessário modular as pastagens, redividir alguns piquetes para melhorar

Girolando
Girolando
Girolando
Lucas Castro Silva
Lucas Castro Silva
Lucas Castro Silva

a colheita da forragem produzida e a eficiência de uso do pasto. Em vista disso, devem ser avaliadas as condições de pasto já existentes e o comportamento do gado. Depois que o manejo do pastejo já estiver bem dominado, o produtor poderá iniciar o plano de intensificação com um planejamento alimentar anual muito bem elaborado para garantir oferta de forragem adequada para cada época do ano.

Dentre as diversas forrageiras existentes no mercado, quais as mais indicadas para a pecuária leiteira?

Aquelas que mais se adaptam às condições climáticas e de solos da propriedade. Este deve ser o principal critério na escolha, pois uma forrageira plantada em uma condição em que ela não é adaptada, a degradação será inevitável no futuro. Neste momento, muitos podem estar se perguntando, mas e a produtividade? E a qualidade? Não são importantes também? Claro que sim. No entanto, estes fatores são determinados pelo ambiente. Várias pesquisas comparativas com diversas forrageiras avaliando a composição química e produção de massa seca mostraram que as diferenças não existem, ou quando existem, são muito pequenas. Também é importante destacarmos o seguinte: muitos produtores ficam fascinados com uma ou outra forrageira que esteja em pauta na mídia. Na maioria das vezes, isso acontece porque a forrageira se mostrou muito produtiva em algumas pesquisas. Até aí tudo bem. O problema é que não existe milagre. Para essa forrageira alcançar e continuar mantendo altas produtividades ao longo dos anos, é necessário elaborar e adotar um programa de manejo de fertilidade dos solos equivalente a essas altas produtividades. Ou seja, tudo tem um preço.

A pureza das sementes é importante dentro de qualquer sistema de produção, desde os menos intensivos até os mais intensivos? Que cuidados tomar para comprar sementes de qualidade?

Sim. Independentemente do sistema de produção, é importante avaliar tanto a pureza quanto também a taxa de germinação das sementes que estiverem sendo adquiridas. A alta taxa de pureza é o que garantirá a menor presença de materiais inertes, onde pode ter a presença de ovos de pragas e/ou sementes de plantas invasoras que serão introduzidas na propriedade. A taxa de germinação é o potencial germinativo do lote de sementes, o que também é crucial para o estabelecimento da pastagem.

Quais as opções de consórcio com pastagens mais indicadas para a pecuária leiteira?

Quando falamos de consórcios entre gramíneas e leguminosas forrageiras, mais importante que a atividade desenvolvida (leite ou corte) é a aptidão de consórcio entre as duas espécies. O produtor deve avaliar se a combinação que ele pretende fazer é viável tecnicamente ou não. Atualmente, existem vários trabalhos onde foram testadas diversas combinações entre forrageiras para avaliar se realmente existe um “casamento perfeito” entre elas. Alguns sistemas de consórcios já estão validados e consolidados; como exemplo, o consórcio entre o amendoim forrageiro e humidicola.

A pecuária vem sendo cobrada em relação à sustentabilidade. Dentro do manejo de pastagem, quais práticas contribuem mais para uma pecuária sustentável?

O manejo do pastejo de forma racional, respeitando a dinâmica de crescimento da planta forrageira ao longo do ano e as exigências fisiológicas dos animais, já se mostrou eficiente nesse quesito. Isso ocorre, devido a capacidade da forrageira em sequestrar carbono e fixá-lo nos solos. Fato comprovado em alguns trabalhos que mostraram a existência de um balanço de soma zero entre emissão e sequestro de carbono. Além disso, o processo de intensificação das pastagens também é fundamental para a sustentabilidade e preservação do meio ambiente, pois reduz a necessidade de abertura de novas áreas.

Girolando
Girolando
Girolando
Girolando
Lucas Castro Silva
Lucas Castro Silva
Lucas Castro Silva
Lucas Castro Silva

PASTAGEM

BRS Capiaçu: vale a pena investir?

A cultivar vem ganhando espaço na pecuária leiteira por apresentar baixo custo de produção e bom valor nutritivo

Com produção aproximada de 50 toneladas de matéria seca por hectare/ano (30% superior em relação às cultivares disponíveis), a BRS Capiaçu tem crescido cada vez mais entre os produtores de leite. A cultivar foi lançada pela Embrapa Gado de Leite em 2016 e o nome “Capiaçu” significa “capim grande”, em tupi-guarani. A planta pode ultrapassar cinco me -

tros de altura, com alta produção de biomassa. A gramínea é indicada para cultivo de capineiras e no período da seca pode ser fornecida na forma de silagem. Uma das vantagens de utilizar o capim verde é o maior valor nutritivo. Cortado aos cinquenta dias, o capim chega a ter 10% de proteína bruta, índice superior ao da silagem de milho, com cerca de

7%. O teor de proteína cai para 6,5%, com o corte aos 90 dias e 5,5%, cortado aos 110 dias. O processo de ensilagem também diminui a quantidade de proteína, que passa a ter um teor pouco acima de 5%.

Segundo o pesquisador da Embrapa, Antônio Vander Pereira, que coordenou o desenvolvimento da cultivar, a forrageira representa

A época certa de colheita do capiaçu influencia na qualidade da silagem
DIVULGAÇÃO
Larissa Vieira

uma alternativa para a produção de silagem de baixo custo. “O que se gasta com a produção de silagem de BRS Capiaçu é três vezes menos se comparado à silagem de milho ou de sorgo”, diz. O valor nutritivo é comparável à silagem das forrageiras tradicionais e superior ao da cana-de-açúcar.

A pesquisadora da Embrapa Cerrados, Giovana Alcântara Maciel, explica que o capim BRS Capiaçu é um excelente volumoso para garantir segurança alimentar na fazenda, por ser bem adaptado às condições dos biomas Mata Atlântica e Cerrado. Outra característica favorável dessa cultivar é a sua moderada tolerância ao estresse hídrico, o que a torna alternativa ao cultivo do milho em regiões com alto risco de ocorrência de veranicos. Também apresenta maior teor de carboidratos solú -

veis e de proteína bruta, comparada a outras cultivares de capim-elefante, o que favorece o seu uso para produção de silagem.

Ela alerta, porém, que, a silagem não tem o mesmo valor nutritivo que a de milho, portanto deve-se usar para vacas secas, novilhas e animais de menor produção. “Outra opção é ajustar a suplementação para garantir bons níveis de produção”, orienta.

Apesar do menor valor nutritivo, a cultivar é mais vantajosa em relação ao custo de produção e maior produtividade, justamente por possibilitar mais cortes no mesmo ano.

Para se ter o melhor resultado com esse capim é importante fazer um planejamento para o plantio, colheita e ensilagem. “Trata-se de um capim muito exigente, por isso a análise de solo é fundamental,

para que se corrija o pH do solo e forneça todos os nutrientes necessários. A saturação por bases (V%) deve ser maior que 60% e a adubação de cobertura com nitrogênio e potássio deve ocorrer quando o capim estiver com aproximadamente 50cm de altura”, ensina Giovana.

O Capiaçu é uma planta de propagação vegetativa, ou seja, não tem sementes. São os colmos que irão gerar novas plantas. Por isso, é importante a aquisição de mudas vigorosas, com boa qualidade. O plantio deve ser feito em sulcos ou covas. O espaçamento pode ser de 90cm para corte manual ou 1,50m para corte mecanizado. Recomenda-se plantar a 20cm de profundidade. A adubação de plantio é essencial e deve ser feita do fundo do sulco. O adubo fosfatado deverá ser usado nesse momento. Já

O capiaçu foi desenvolvido pela Embrapa

a calagem deverá ser feita 90 dias antes do plantio. A muda pode en trar em contato com adubo.

Ensilagem

A qualidade da silagem de Capiaçu está ligada ao teor de matéria seca, que aumenta com a idade da planta forrageira. Por outro lado, o capim mais novo tem melhor valor nutritivo, mas sua produtividade será menor e as perdas no silo serão maiores. “A época certa de colheita para silagem é entre 90 e 110 dias, com percentual de matéria seca variando de 18 a 20%”, orienta a pesquisadora. É sempre necessário adubar a capineira após cada corte.

O número de cortes pode variar em função do clima e do solo da região. De modo geral, para a produção de silagem é adequada a previsão de três cortes anuais, sendo recomendado um corte de uniformização na transição seca/ águas (quarto corte), com o objetivo de “preparar” a capineira para a época de crescimento favorável.

Caso o capim seja colhido comda-se o uso de algum aditivo para diminuir a umidade dentro do silo ou o pré-emurchecimento do capim (corta e deixa secar um pouco a pleno sol).

Sabe-se que o grande desafio de ensilar o capim-elefante é conseguir o teor de umidade ideal para evitar o escorrimento de líquidos pós-fechamento do silo e garantir boa fermentação. Existem estratégias simples que podem contribuir para melhorar o teor de matéria seca na BRS Capiaçu. Uma delas é fazer o corte do capim no período da tarde, quando naturalmente o teor de umidade da planta estará mais baixo. Outra estratégia é evitar ensilar após períodos de chuva intensa, se possível aguardar de quatro a cinco dias pós chuvas. Para facilitar a compactação e a fermentação, as facas devem estar amoladas e as partículas devem ser cortadas entre 10 e 15mm. “Use inoculante para melhorar a

estabilidade da silagem. Pode-se lançar mão de bactérias homoláticas e enzimas fibroláticas”, orienta a pesquisadora da Embrapa Cerrados. Não deve ser aplicado inoculante com pulverizadores usados com herbicida, inseticida ou fungicida.

Uma opção para reduzir o teor de umidade final do material ensilado é utilizar os aditivos secantes. Essa estratégia permite que a capineira seja colhida um pouco mais nova para aproveitar a maior porcentagem de proteína bruta e fibra de melhor digestibilidade. Os aditivos mais usados com essa finalidade são: fubá de milho, milho desintegrado com palha e sabugo (MDPS), polpa cítrica desidratada, farelo de trigo, raspa de mandioca, ou outro material disponível na região que seja viável economicamente.

Origem da BRS Capiaçu

A BRS Capiaçu foi obtida por meio do Programa de melhoramento genético de capim-elefante da Embrapa. A cultivar é o resultado do cruzamento de variedades pertencentes ao Banco Ativo de Germoplasma de capim-elefante (BAGCE), mantido pela Embrapa. O Programa foi criado em 1991. A primeira cultivar desenvolvida foi o Pioneiro, lançada em 1996. Em 2012, lançou-se a BRS Kurumi, que por apresentar porte baixo é mais adaptada ao pastejo rotacionado.

Foram necessários 15 anos para se desenvolver esta nova variedade de capim-elefante e uma série de cruzamentos e avaliações foram realizados. Os cruzamentos deram origem a cerca de dois mil híbridos, tendo sido selecionados apenas 50 materiais promissores, que foram testados em 17 estados pela Rede de Ensaios em capim-elefante. Os híbridos com melhores resultados foram a BRS Capiaçu, com boa adaptação em todo o Brasil, e a BRS Canará, que apresentou boa adaptabilidade em capineiras para os biomas amazônico e cerrado.

Pesquisadora da Embrapa Cerrados Giovana Maciel

MEIO AMBIENTE

Leite carbono zero

Estudo comprova que a pecuária leiteira no Brasil gera baixa emissão de carbono

JADIR
BISON
Pecuária leiteira é beneficiada com plantio de árvores no pasto

Plantio de árvores nas propriedades leiteiras é uma estratégia eficiente para o desenvolvimento de uma pecuária mais sustentável e voltada para a descarbonização. É o que comprovou um estudo conduzido pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP) feito com raças leiteiras. A conclusão é de que são necessárias 52 árvores por vaca nos sistemas intensivos de produção para chegar ao leite carbono zero. Em sistemas extensivos (baixo nível tecnológico), essa quantidade é de 33 eucaliptos.

O trabalho, divulgado na publicação internacional Frontiers in Veterinary Science, avaliou o efeito de vacas em diferentes níveis de in -

tensificação – pastejo contínuo com baixa taxa de lotação e rotacionado irrigado com alta taxa de lotação –e a interação entre esses dois fatores na mitigação de gases de efeito estufa (GEEs).

De acordo com a pesquisadora Patrícia P. A. Oliveira, como no Brasil grande parte dos bovinos é criada a pasto, a necessidade de árvores para a compensação das emissões de GEEs é menor, porque na contabilização do balanço de carbono, o sequestro de carbono do solo, positivo nos dois sistemas testados, contribui na compensação das emissões.

Apesar de o estudo não ter sido feito com animais Girolando (foram

avaliadas raças europeias), o plantio de árvores em propriedades com rebanhos Girolando poderá alcançar resultados ainda melhores. Estudos realizados pela Embrapa Gado de Leite ao longo de 18 anos (2000 a 2018) comprovam a sustentabilidade da raça. Houve uma redução de 40% nas emissões de metano no período estudado. Por outro lado, a produção subiu 60%. “A genética Girolando é uma alternativa importante para os produtores de leite contornarem os desafios climáticos, fazendo com que seja possível atender os requisitos da COP-26, em um dos cinco pilares, a agricultura e pecuária de baixo carbono e preservando as con -

Sistema ILPF traz benefícios ambientais e econômicos

dições de bem-estar animal”, destaca o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinicius Gualberto Barbosa da Silva, responsável pelas avaliações genéticas e genômicas do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG).

Como comprovou levantamento feito pela Embrapa Gado de Leite, a raça atende o conceito de “Vaca do futuro”, que se baseia em um animal que cause menor impacto ambiental, tenha maior eficiência em produção, seja tolerante às mudanças climáticas e contribua para a redução na emissão de gases de efeito estufa.

O experimento

A pesquisa da Embrapa Pecuária Sudeste foi realizada durante dois

anos, na fazenda Canchim, onde fica a sede da unidade. O experimento utilizou dois sistemas de manejo de pastejo: extensivo – sistema de pastejo contínuo com baixa taxa de lotação e o intensivo – sistema de pastejo rotacionado irrigado, com alta taxa de lotação. A mata nativa (Mata Atlântica) foi utilizada como área de referência para o cálculo dos estoques de carbono. Cada tratamento teve duas repetições de área.

Foram utilizadas 24 vacas em cada período de avaliação, totalizando 48 vacas em todo o experimento, separadas por raça, idade, peso vivo, estágio de lactação e produção de leite, com aproximadamente 90 dias de lactação no início de cada perío -

do experimental.

Efeito poupa-terra

Outro benefício identificado na pesquisa da Embrapa Pecuária Sudeste foi o efeito poupa-terra (tecnologias adotadas pelo setor produtivo que permitem incrementos sustentáveis na produção total em uma mesma área, evitando a abertura de novas áreas para produção agropecuária). “A adoção de raças adequadas e a intensificação de sistemas de produção pecuária a pasto são alternativas para otimizar o uso da terra pelo setor”, destaca Patrícia. Os dados demonstraram que a intensificação das pastagens contribui para elevar a produção de leite e para a economia de 2,64 hectares de terra.

Produção anual de leite no Brasil já ultrapassou 35 bilhões de litros
LUCAS COSTA

A taxa de lotação nesse modelo foi de cerca de sete vacas por hectare, enquanto no extensivo apenas duas vacas por hectare. “Isso significa que é possível produzir a mesma quantidade de leite em um hectare do sistema intensivo como em 3,64 hectares do extensivo. A intensificação adotada permite diminuir a pressão por desmatamento dos 2,64 hectares restantes. Dentro dessa área, é possível preservar aproximadamente 145 diferentes espécies arbóreas nativas, além da manutenção de diversas espécies da fauna da Mata Atlântica”, explica Patrícia.

As árvores necessárias para mitigar a emissão foram calculadas considerando o balanço de carbono dentro da porteira da fazenda. A taxa de crescimento anual e o acúmulo do gás nos troncos dos eucaliptos foram obtidos em sistemas silvipastoris próximos ao local do experimento.

Os resultados também foram promissores no que se refere à pegada de carbono por litro de leite (corrigido para teores de gordura e proteína), com valores inferiores a

0,5 kg de CO2 por litro de leite para todos os tratamentos avaliados. Mercado mais exigente

O Brasil produz 35 bilhões de litros de leite por ano, ocupando o terceiro lugar no ranking mundial. As propriedades, a maioria de pequeno e médio portes, estão distribuídas em 98% dos municípios, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, mais de quatro milhões de pessoas estão envolvidas na produção de leite no País.

O setor, além de ter a demanda de elevar a produtividade, viu aumentar nos últimos anos as expectativas dos consumidores em relação à qualidade do produto e às questões de sustentabilidade e bem-estar animal. “Estratégias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como mudanças no manejo de sistemas de produção de leite a pasto, por meio da intensificação da utilização de forragem e uso de raças mais especializadas, podem contribuir para compensar as emissões de GEE. Comparados aos sistemas leiteiros tradicionais são sumidouros de car-

bono. Essas ações – melhorar a fertilidade do solo e manejo das pastagens, a nutrição e a genética animal são pontos básicos e de fácil adoção – podem contribuir para o balanço de carbono das fazendas leiteiras e diminuir a necessidade de outros procedimentos externos, como a compra de créditos de carbono para compensar as emissões”, enfatiza a pesquisadora.

A intensificação sustentável dos sistemas de produção de pecuária leiteira pode se tornar uma tecnologia chave para a mitigação das mudanças climáticas. “Resultados de experimentos de longo prazo nesta área são importantes para regiões tropicais e subtropicais e precisam ser realizados, mesmo sendo bastante onerosos e laboriosos”, acrescenta.

O projeto de pesquisa teve o apoio financeiro da Embrapa, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

MANEJO

“Secagem

abrupta versus secagem gradativa, qual a melhor opção?”

Para manter a rentabilidade da atividade em tempos de alto custo de produção, o produtor de leite deve buscar ferramentas que otimizem seu negócio e o tornem lucrativo. Dentre tantas ferramentas de manejo que têm por finalidade alavancar a produção de leite, uma das mais importantes é o período de involução total da glândula mamária e, posteriormente, sob a influência hormonal do final da gestação, nova proliferação de células secretoras de leite (entre 45-60

dias antes do parto), denominado período seco.

Além de otimizar a lactação subsequente, o período seco é um momento crucial no ciclo de lactação para a prevenção e controle da mastite (OLIVER e MITCHELL, 1983), uma das doenças mais caras da pecuária leiteira, devido ao seu efeito negativo sobre produção e qualidade do leite (SEEGERS et al, 2003).

Hoje, nas propriedades produtoras de leite, são utilizadas duas

Romulo Candido Aguiar Ferreira
Consultor de serviços técnicos para bovinos de leite da Agroceres Multimix
RAÍZES RURAIS

formas de secagem das vacas no final da lactação: - secagem abrupta e - secagem gradativa, ou intermitente.

A secagem abrupta ocorre quando a ordenha diária normal é encerrada em um dia definido, que é tipicamente determinado pela data esperada do parto, e pela duração desejada do período.

Já a secagem gradativa é caraterizada pela redução da frequência de ordenha das vacas durante um período de dias ou semanas, até a data prevista para início do perío -

do seco (GOTT et al, 2017). Trata-se do mais próximo ao comportamento natural das vacas, visto que, na natureza, o bezerro diminuiu gradativamente a ingestão de leite antes do desmame.

Os dois métodos de secagem possuem vantagens e desvantagens na sua aplicação prática no dia a dia da propriedade.

A secagem abrupta tem como vantagem principal reduzir manejo na fazenda: no dia pré-determinado, entre 45 a 60 dias antes do parto, a vaca que terá a lactação encerrada não será mais ordenhada.

Mesmo com toda a praticidade desse método, ele traz a desvantagem de influenciar o sistema imunológico, podendo aumentar a CCS (Contagem de Células Somáticas) no início da próxima lactação e não proporcionar conforto nos primeiros dias após a secagem, principalmente em vacas de alta produtividade.

Já o método de secagem gradativa se assemelha ao processo natural de redução da produção de leite, proporcionando conforto imediato à vaca após sua secagem, melhorando seu mecanismo de de -

O produtor de leite deve buscar ferramentas que otimizem seu negócio e o tornem lucrativo

fesa. Entretanto, possui a grande desvantagem de aumentar o manejo da propriedade próximo à data da secagem.

Um estudo realizado por GOTT et al (2017) avaliou o efeito do método de secagem (abrupto ou gradativo) na produtividade e na CCS até os 120 dias de lactação.

Os dois métodos foram equivalentes em relação ao seu efeito sobre a produção de leite e CCS na lactação subsequente. Entretanto,

vacas que foram secas de forma abrupta, com alta produtividade de leite, apresentaram CCS mais alta.

Em um outro estudo, RAJALA-SCHULTZ et al (2018) avaliaram os mesmos métodos de secagem no comportamento de vacas leiteiras durante o período seco.

Neste estudo, a alta produção de leite antes da secagem encurtou o tempo de descanso diário das vacas, principalmente das primíparas, sugerindo que o método

gradativo de secagem favorece a redução na produção de leite na ordenha final, proporcionando períodos maiores de descanso em relação às vacas que foram secas de forma abrupta.

Novas práticas de manejo, sem uma certeza exata dos seus efeitos benéficos para o rebanho, desestimulam os produtores a colocá-las em prática na propriedade (GOTT et al, 2017). Exemplo claro dessa afirmação é que mais de 90% dos produtores de leite dos EUA utilizam o método de secagem abrupta em seus rebanhos (LOMBARD et al, 2015).

O que podemos concluir é que os dois métodos de secagem (abrupta e gradativa) se equivalem em relação aos efeitos na produção de leite e na saúde do úbere na lactação subsequente ao período seco, sendo que a secagem abrupta promove mais facilidade no manejo. Porém, vacas secas de forma gradativa são beneficiadas por reduzir o risco de exposição a fatores estressantes, que possam prejudicar seus mecanismos de defesa e predispô-las a infecções ou doenças, como por exemplo distúrbios metabólicos durante o período de transição.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOTT, P. N. et al. Effect of gradual or abrupt cessation of milking at dry off on milk yield and somatic cell score in the subsequent lactation. J. Dairy Sci. 100:2080–2089, 2017.

LOMBARD, J. E. et al. Dry-off procedures on US dairy operations. J. Dairy Sci. 98(E-uppl. 2):238, 2015.

OLIVER, S. P; MITCHELL, B. A Susceptibility of bovine mammary gland to infections during the dry period. J. Dairy Sci. 66:1162–1166, 1983.

RAJALA-SCHULTZ, P.J. et al. Effect of milk cessation method at dry-off on behavioral activity of dairy cows. J. Dairy Sci. 101:3261–3270, 2018.

SEEGERS, H. et al. Production effects related to mastitis and mastitis economics in dairy cattle herds. Vet. Res. 34:475–49, 2003.

Qualidade do leite pode ser afetada se a secagem for abrupta

REPRODUÇÃO

Período de espera voluntário (PEV): qual a melhor duração?

Bruno Guimarães - Médico-veterinário, técnico do Rehagro Leite

De forma rápida e simples, o período de espera voluntário nada mais é que o intervalo que decorre do parto até a liberação da vaca para a reprodução. Este espaço de tempo é essencial para que ocorra a involução uterina pós-parto, para que os animais retomem às boas condições reprodutivas. Sua dura ção deve ser definida rigorosamen te para o rebanho, e não para cada vaca de forma individual.

serviço. Este indicador refere-se ao intervalo que decorre do parto até a concepção da vaca que irá gerar o próximo parto. Se, por exemplo, uma vaca que pariu dia 01/01, teve

forma gradual a sua média de produção atual de 25kg de leite/dia, para 32kg de leite/dia. Com toda certeza, o PEV que a fazenda trabalha quando a produção diária é de 25kg de leite não é o mesmo que ela trabalhará quando as vacas estiverem produzindo 32kg de leite por dia.

relacionado com a produção de

A conclusão é de que o PEV consiste em um indicador que deve ser ajustado ao longo do tempo como qualquer outro.

fazenda? A definição da duração do PEV é multifatorial. O profes sor e pesquisador Albert De Vries, da Universidade da Flórida, sinte tizou alguns dados que elucidam um pouco este raciocínio. Veja na tabela a seguir:

tro indicador, que é o período de

fazenda leiteira em longo prazo.

Mas qual a relação do PEV com o período de serviço? O PEV está compreendido dentro do período de serviço. Se o PEV de uma fazenda é de 60 dias, então o mínimo de período de serviço será de 60 dias também.

Outras informações ajudam a guiar a definição da duração do

PEV, como é o caso das apresenta das a seguir, do professor e pesqui sador da Universidade de Guelph, Eduardo Ribeiro.

dução de leite e baixa persistência da lactação, o ideal é que o PEV seja mais curto para permitir que os animais sejam trabalhados re produtivamente mais cedo e não corram o risco de encerrar a lacta ção com pouco tempo de gestação e passar um grande intervalo seco.

características de cada rebanho.

pelos motivos do útero ainda não

sideração a realidade da fazenda. Se por um lado o PEV muito curto nais e baixa fertilidade, por outro lado o PEV muito longo pode oca-

variáveis como baixa taxa de pre nhez, por exemplo. No entanto, neste caso, vários fatores que po dem estar impactando na taxa de prenhez devem ser investigados a fim de serem solucionados e otimi zados.

lhado o PEV?

ro para a fazenda. Há sempre um ponto ideal para cada situação. Cabe ao técnico responsável pela propriedade analisar o contexto e odo de espera voluntário deve ser

produtivo dos animais. Um PEV -

nar vacas que ainda estão dentro do PEV, por exemplo, contribui para mascarar a taxa de serviço do rebanho, visto que essa taxa é cal culada tendo a relação entre vacas inseminadas e vacas aptas (vacas

variado em torno de 40 a 60 dias nas fazendas, sendo que aquelas com menor produção trabalham mais próximas dos 40 dias e aque las com produtividade mais ex pressiva se aproximam dos 60 dias de período de espera voluntário.

Uma vez que a vaca ainda está no período de espera voluntário, ela não é uma vaca apta. Sendo assim, ela não é contabilizada no denominador do cálculo da taxa de serviço e acaba superestimando

Vacas que ainda estão dentro do PEV não devem ser inseminadas

GENÉTICA

A diferença que a Genética faz

Todos nós, que trabalhamos com melhoramento genético, sabemos que as possibilidades de mensurações de desempenho dos animais são o reflexo da interação entre a genética e o ambiente em que esses animais estão submetidos. Como exemplo, temos uma das mais im -

portantes características econômicas - a produção de leite - sendo mensurada diariamente, quinzenalmente ou mensalmente. Sabemos facilmente que oferecendo um ambiente favorável em alimentação suficiente e de qualidade, um manejo correto e instalações apropriadas, nossos

Desempenho dos animais são o reflexo da interação entre a genética e o ambiente

animais irão aumentar a produção, claro avaliando o DEL (dias em lactação) do animal. Glorificamos aí a nutrição, as instalações e os manejos, mas ainda não entendemos ou quantificamos a entrega que a genética faz nesse desempenho. Reforço que tudo que mensuramos é resulta -

JADIR BISON
Guilherme Marquez de Rezende, Zootecnista e gerente de Produto Leite Tropical Alta Genetics

do da interação entre a Genética e o Ambiente.

Neste texto vamos mostrar aos amigos a diferença que a genética faz em nossos rebanhos. E, para isso, precisamos enaltecer todo o trabalho incansável dos pesquisadores, técnicos e produtores, na mensuração, nas análises e nos resultados.

Os programas de melhoramento genético estão tomando uma força incrível e a tecnologia em novas ferramentas, metodologias e informação, estão ajudando a descoberta de novos números e aumentando largamente a confiabilidade das informações. A raça Girolando, através de sua equipe técnica, unida aos pesquisadores da Embrapa, trouxe, em 2022, diversas novas características focadas no desempenho financeiro de nossos animais Girolando. Cada característica possui um mérito genético, ou seja, um valor de ganho em genética pelo seu uso. É importante frisar que o objetivo de tudo é sabermos o que podemos selecionar em nossos futuros animais. É sabermos quem está caminhando corretamente para o rebanho que desejamos no futuro.

o desempenho de produção de leite distribuído de formas diferentes.

confiabilidade das informações. A raça Girolando, através de sua equipe técnica, unida aos pesquisadores da Embrapa, trouxe , em 2022, diversas novas características focadas no desempenho financeiro de nossos animais Girolando. Cada característica possui um mérito genético, ou seja, um valor de ganho em genética pelo seu uso. É importante frisar que o objetivo de tudo é sabermos o que podemos selecionar em nossos futuros animais. É sabermos quem está caminhando corretamente para o rebanho que desejamos no futuro.

Categoria Primíparas

Top 25%

Veja que na tabela abaixo podemos separar em dois quadrantes para conhecermos ainda mais nossos animais.

Quando segmentamos ainda mais nossas avaliações podemos dividir nossos grupos em quartis, usando, por exemplo, a curva de distribuição de população ou Curva de Gauss. Fazemos essa análise com frequência, quando dividimos nossa população

O próximo passo, então, é conhecermos a procedência desses animais em termos de pedigree. Essa informação é fundamental e essencial para sabermos a influência que temos. Como estamos analisando a diferença da genética na característica leite, vamos então avaliar a média de PTA Leite (PTA - Habilidade pre -

5.750 kg em 305 dias Inferiores 25% 4.278 kg em 305 dias

Tomarei a liberdade de usar o PTA Leite para explicar a diferença que a Genética faz em nossos rebanhos. Quando trabalhamos com vacas leiteiras temos um ambiente de trabalho e, imaginando que cada fazenda possui um sistema de manejo, analisaremos aqui uma fazenda com o mesmo manejo. Por isso, tendo o mesmo ambiente poderemos entender a influência exclusiva da genética.

bovina. Na figura acima podemos entender a distribuição e os quarti.

Veja que na tabela acima podemos separar em dois quadrantes para conhecermos ainda mais nossos animais.

Tomarei a liberdade de usar o PTA Leite para explicar a diferença que a Genética faz em nossos rebanhos. Quando trabalhamos com vacas leiteiras temos um ambiente de trabalho e , imaginando que cada fazenda possui um sistema de manejo, analisaremos aqui uma fazenda com o mesmo manejo . Por isso, tendo o mesmo ambiente poderemos entender a influência exclusiva da genética.

Pois bem, abaixo podemos ver o desempenho médio das vacas em 2022, da Fazenda Santa Maria (nome de ilustração):

Veja que na tabela abaixo podemos separar em dois quadrantes para conhecermos ainda mais nossos animais.

Média de Produção EQG 305

Conhecemos aqui, que na categoria rimíparas temos grupos de animais bem diferentes em produção. Isso acontece em qualquer grupo de animais: sempre teremos os melhores, Sabendo dessa informação e separação vamos agora avaliar a genética desses animais e descobrir finalmente como a genética

Pois bem, abaixo podemos ver o desempenho médio das vacas em 2022, da Fazenda Santa Maria (nome de ilustração):

Categoria de Animais

Nessa tabela temos a divisão entre animais em primeira cria (Primíparas) e animais com duas ou mais crias (Multíparas). E dentro de cada grupo podemos também conhecer

Conhecemos aqui, que na categoria Primíparas temos grupos de animais bem diferentes em produção. Isso acontece em qualquer grupo de animais: sempre teremos os

O próximo passo, então, é conhecermos a procedência desses animais em termos de pedigree. Essa informação é fundamental e essencial para sabermos a influência que temos. Como estamos analisando a diferença da genética na característica leite, vamos então avaliar a média de PTA Leite (PTA - Habilidade prevista de transmissão essas primíparas. Assim, temos a tabela abaixo, onde pegamos s dos pais do grupo Top 25% e dos Inferiores 25% e tiramos a média deles, por grupo.

melhores, os médios e os inferiores. Sabendo dessa informação e separação vamos agora avaliar a genética desses animais e descobrir finalmente como a genética faz a diferença.

Nessa tabela temos a divisão entre animais em primeira cria (Primíparas) e animais com duas ou mais crias (Multíparas). E dentro de cada grupo podemos também conhecer o desempenho de produção de leite distribuído de formas diferentes.

Conhecemos aqui, que na categoria Primíparas temos grupos animais bem diferentes em produção. Isso acontece em qualquer grupo animais: sempre teremos os melhores, os s inferiores. Sabendo dessa informação e separação vamos agora avaliar a genética desses animais e descobrir finalmente como a genética faz a diferença.

O próximo passo, então, é conhecermos a procedência desses animais em termos de pedigree. Essa informação é fundamental e essencial para sabermos a influência que temos. Como estamos analisando a diferença genética na característica leite, vamos então avaliar a média de PTA Leite (PTA - Habilidade prevista de transmissão ) dos touros pais d essas primíparas. Assim, temos a tabela abaixo, onde pegamos os PTAs dos pais do grupo

Quando segmentamos ainda mais nossas avaliações podemos dividir nossos grupos em quartis, usando, por exemplo, a curva de distribuição de dividimos nossa população bovina. Na figura a seguir podemos entender distribuição e os quartis.

Inferiores 25% e tiramos a média deles, por grupo. dividimos nossa população bovina. Na figura a seguir podemos entender a distribuição e os quartis.

Vale lembrar que a genética vem dos dois lados, ou seja, dos pais e das mães que podem influenciar nos dados fenotípicos.

Categoria

O que vemos aqui é claramente que as primíparas Top 25% são filhas de touros com média de PTA Leite 512kg acima da média dos pais das primíparas Inferiores 25%.

Média dos PTAs dos Pais em kg

vista de transmissão) dos touros pais dessas primíparas. Assim, temos a tabela acima, onde pegamos os PTAs dos pais do grupo Top 25% e dos Inferiores 25% e tiramos a média deles, por grupo. Vale lembrar que a genética vem dos dois lados, ou seja, dos pais e das mães que podem influenciar nos dados fenotípicos.

O que vemos aqui é claramente que as primíparas Top 25% são filhas de touros com média de PTA Leite 512kg acima da média dos pais das primíparas Inferiores 25%.

Essa diferença entre PTA Leite está gerando uma diferença de 1.472kg de leite. Assim, estamos visualizando que a genética realmente faz a diferença. PTA Leite é uma predição - temos aqui uma expectativa de que com o uso de touros PTA Leite 512kg iríamos gerar 512kg de leite a mais de produção, mas nessa fazenda estamos enxergando claramente que o PTA Leite, ao contrário de entregar 512kg, está entregando 1.472kg, ou seja, 2,87 vezes mais. Assim, nessa fazenda estamos vendo que em cada quilo de leite selecionado para PTA Leite estamos entregando 2,87kg de leite em produção.

de entregar 512kg, está entregando 1.472kg, ou seja, 2,87 vezes mais. Assim, nessa fazenda estamos vendo que em cada quilo de leite selecionado para PTA Leite estamos entregando 2,87kg de leite em produção. Essa é a diferença da genética na Fazenda Santa Maria. O proprietário, sabendo disso, selecionou touros com foco para produção de leite e colocou em sua pressão de seleção para touros o valor acima de PTA Leite 700, escolhendo, por exemplo, o grupo de touros abaixo:

O que vemos aqui é claramente que as primíparas Top 25% são filhas de touros com média de PTA Leite 512kg acima da média dos pais das primíparas Inferiores 25%.

mente a diferença que a genética faz em nossos rebanhos. E agora podemos facilmente ver que as escolhas de touros da Fazenda Santa Maria irão, com certeza, fazer o crescimento de leite para as futuras gerações.

Todas as informações genéticas podem ser feitas como fizemos acima. Podemos calcular o valor de selecionar o PTA IPP por exemplo, ou seja, Idade ao Primeiro Parto, em que podemos ver qual influência essa característica está exercendo no rebanho e o quanto selecioná-la poderá afetar na precocidade sexual das futuras novilhas.

Essa diferença entre PTA Leite está gerando uma diferença de 1.472kg de leite. Assim, estamos visualizando que a genética realmente faz a diferença. PTA Leite é uma predição - temos aqui uma expectativa de que com o uso de touros PTA Leite 512kg iríamos gerar 512kg de leite a mais de produção, mas nessa fazenda estamos enxergando claramente que o PTA Leite, ao contrário

Essa é a diferença da genética na Fazenda Santa Maria. O proprietário, sabendo disso, selecionou touros com foco para produção de leite e colocou em sua pressão de seleção para touros o valor acima de PTA Leite 700, escolhendo, por exemplo, o grupo de touros abaixo:

Nossas escolhas possuem um grande impacto em nossos resultados. Aqui podemos conhecer clara -

Essa diferença entre PTA Leite está gerando uma diferença de 1.472kg de leite. Assim, estamos visualizando que a genética realmente faz a diferença PTA Leite é uma predição - temos aqui uma expectativa de que com o uso de touros PTA Leite 512kg iríamos gerar 512kg de leite a mais de produção, mas nessa fazenda estamos enxergando claramente que o PTA Leite, ao contrário de entregar 512kg, está entregando 1.472kg, ou seja, 2,87 vezes mais. Assim, nessa fazenda estamos vendo que em cada quilo de leite selecionado para PTA Leite est amos entregando 2,87kg de leite em produção.

A Nata Fidalgo Hidalgo Fortunato FIV Campina Verde

Essa é a diferença da genética na Fazenda Santa Maria. O proprietário, sabendo disso, selecionou touros com foco para produção de leite e colocou em sua pressão de seleção para touros o valor acima de PTA Leite 700,

Lembre-se de que as nossas escolhas genéticas são permanentes e que conhecer a fundo o que realmente buscamos, e como vamos selecionar, faz toda a diferença.

Evolução genética tem ajudado a elevar a produção de leite das vacas Girolando

Conheça as soluções Elanco para a saúde da glândula mamária e melhore a produtividade do seu rebanho.

MATÉRIA DE CAPA

Momento de preparar o Girolando para o futuro

Essa é uma das prioridades da nova diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, que tomou posse em março. Outras prioridades são o acesso de pequenos produtores à genética melhoradora da raça e certificação internacional

Primeiro criador nordestino a presidir a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Domício Arruda Silva tomou posse no dia 02 de março e destacou os novos projetos para o avanço da raça no País e no mercado mundial. A solenidade ocorreu em Uberaba/MG, cidade onde está localizada a sede da entidade, e contou com a presença de diversas lideranças do setor e políticas, criadores e empresas do agro.

De acordo com o presidente, fomentar, desenvolver e consolidar o Girolando no Brasil, visando dar sustentabilidade à pecuária leiteira, será a missão da nova diretoria. “Vamos trabalhar para ampliar o banco de dados genômicos, o que nos

permitirá gerar avaliações e índices para um número cada vez maior de características. É importante destacar que esses investimentos trarão bons resultados e ganhos genéticos não só para os selecionadores da raça, mas também darão importante contribuição para toda a pecuária leiteira nacional, já que o Girolando responde por 80% do leite produzido no Brasil. Vamos nos empenhar para que todos os produtores, sobretudo os pequenos, tenham acesso a essa genética”, destaca o presidente.

Segundo ele, o fortalecimento do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) também levará a raça a ultrapassar fronteiras, consolidando o projeto

de certificação internacional. A demanda pela genética Girolando no mercado mundial é crescente. Por isso, a entidade colocará em prática o projeto de Certificação Internacional, voltado para animais Girolando selecionados em outros países. “A certificação vai levar para os criadores do exterior toda a expertise que nós temos na Girolando, o conhecimento dos nossos técnicos, para que eles possam trabalhar com a raça da melhor maneira”, assegura.

Natural de Palmeira dos Índios, Alagoas, Domício tem larga experiência com a raça. É criador desde 1986, na Fazenda Cachoeirinha, localizada em Major Isidoro/AL. Na Girolando já atuou como técnico

Larissa Vieira
Nova diretoria da Girolando durante a posse em Uberaba
LÉO COSTA

de registro e no Colégio de Jurados. Engenheiro agrônomo de formação, tem atuado também na defesa dos diretos dos pecuaristas. Atualmente, ocupa os cargos de presidente da Associação dos Criadores de Alagoas e de vice-presidente da Federação de Agricultura do Estado de Alagoas.

Ele terá a seu lado um time de diretores experientes na seleção de Girolando. São eles: o vice-presidente Luiz Fernando Reis e os diretores Marcos Amaral Teixeira, Rubens Balieiro de Souza, José Antônio da Silva Clemente, Luiz Cláudio Bastos de Moura, Alexandre Lopes Lacerda, José Renato Chiari, Tatiane Almeida Drummond Tetzner e Marcelo Renck Real.

Crescimento da Girolando

O ex-presidente Odilon de Rezende Barbosa Filho, que na solenidade passou o cargo para Domício Arruda, apontou os diversos investimentos realizados nos últimos três anos, que levaram a um avanço dos índices da raça. “Publicamos avaliações genéticas/genômicas para 15 novas características e outras 16 características avaliadas genomicamente serão entregues em 2023. A Associação ainda vai custear a genotipagem e controle leiteiro de sete mil vacas, filhas de touros Girolando. Todos esses investimentos trarão mais confiabilidade ao PMGG, refletindo no campo, com animais extremamente produtivos e eficientes”, diz.

Outros ex-presidentes que prestigiaram a posse foram: José Facury

Dib, primeiro a presidir a Girolando, Milton Carvalho de Castro, Jonadan Ma e Luiz Carlos Rodrigues.

Dados da Embrapa Gado de Leite mostram que os investimentos feitos em melhoramento genético estão colocando a raça na liderança da produção sustentável de leite. Nos últimos 18 anos houve um aumento de 60% na produção das vacas Girolando, enquanto as emissões de metano reduziram 40%.

O secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Almeida Pereira Fernandes, destacou o protagonismo de Minas Gerais na produção de leite. “Várias parcerias estão sendo feitas com entidades como a Girolando e a iniciativa privada para a melhoria do rebanho leiteiro de Minas Gerais. Uma das prioridades tem sido a facilitação da compra de animais geneticamente superiores pelos produtores, como o programa Pró-Genética”, informa.

A prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, também reforçou que o município trabalhará nesta linha. “Além de aproximar os pequenos produtores da genética melhoradora da raça Girolando, vamos atuar para garantir a segurança no campo”, diz.

A solenidade de posse contou com a presença de diversas autoridades. Além do secretário de Estado Thales Almeida Pereira Fernandes, também compareceram os deputados estaduais Antônio Carlos Arantes e Bosco, o deputado federal Emidinho Madeira, o presidente da Federação da

Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Antônio Pitangui de Salvo, a prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, a vereadora de Uberaba, Lu Fachinelli, a chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Elisabeth Nogueira, o presidente da Abraleite, Geraldo Borges, o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid, o superintendente federal de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais, Marcílio Magalhães.

Parcerias

A nova diretoria da Girolando reuniu-se com o deputado federal Emidinho Madeira. Vários assuntos foram tratados, entre eles a ampliação do projeto Mais Genética, que vem apostando em touros Girolando para garantir a evolução dos rebanhos leiteiros assistidos em Minas Gerais. A expectativa é de que pequenos produtores de outros Estados também possam ter acesso gratuito ao serviço de inseminação artificial e doses de sêmen de raças leiteiras. Outras parcerias com a Girolando devem ocorrer neste ano. O deputado anunciou que irá direcionar emenda parlamentar para o avanço da raça Girolando.

O encontro, ocorrido também no dia 2 de março, ainda contou com a presença de conselheiros, representantes estaduais, o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinicius Barbosa Silva, o coordenador do PMGG, Edivaldo Júnior e o gerente de Projetos da Girolando, Bruno de Barros.

Diversas autoridades participaram da posse
LÉO COSTA
Flávio Emílio, Raquel, Domício e Emílio
Odilon, Ana Lúcia e Alexandre
Bernardo, Alexandre, Luiz, Domício, Afonso e Luciano
Tatiane, Rogéria, Marta, Karla, Lia, Cláudia, Nilce,Daniele, Aurora e Ana Lúcia
Luiz Fernando, Antônio Carlos Arantes, Domício, Antônio e Renato
Thalles, Domício e Bosco
Davi, Domício, Ademilson, Lucas, Eduardo Domício e Emidinho Madeira
Juliano, Domíco e Elisa
Emílio, Domício e Paulo
André, Domício, Flávio Emílio, Eduardo
João Cruz, Bruno, Domício, Antônio e Rodrigo
Jonadan, Milton e José Facury
Everardo, Domício, Luiz Cláudio, Geraldo
Olavo, Bruno, Domício, Saul e Gabriel
Alexandre, Domício e Luiz Carlos
Domício e Gabriel
Marcelo, Aurora, Maurício, Geraldo, Domício, Luiz Carlos, Paulo, Everardo, André, João e Rodrigo
Fernando, Marcílio, Domício e Arnaldo
Odilon, Marcos, Domício e Luiz Cláudio
Odilon, José, Domício, Elizabet, Luiz Carlos e Jônadan
Flávio, João, Domício, Carlos Augusto e Ivan
Cláudio, Diego Otávio e Gelson

EXPOSIÇÕES E EVENTOS

Girolando segue firme nas pistas

O calendário de eventos de Girolando tem pela frente uma série de exposições importantes para o Ranking Nacional da raça. Uma delas é a Exposição Interestadual de Girolando –Circuito Megaleite 2022/2023 – Etapa Uberaba. Agendada para o período de 29 de abril a 7 de maio, no Parque Fernando Costa, ela acontecerá dentro da programação da 88ª ExpoZebu.

O jurado efetivo Juscelino Alves Ferreira conduzirá os julgamentos.

Ele foi escolhido por votação feita pelos expositores no momento da inscrição dos animais. Concorrerão 120 exemplares da raça.

A programação do julgamento será concentrada em dois dias. Em 4 de maio, entrarão na pista, das 7h30 às 12h30, animais CCG 1/2 e progênies e CCG 3/4 e progênies. Já no dia 5 de maio, das 7h30 às 12h30, serão julgados os animais CCG 1/4 e progênies. Das 14h às 18h, entrarão na

ExpoZebu 2023 terá julgamento de Girolando em

pista animais da raça Girolando (5/8 e PS) e progênies.

O torneio leiteiro terá 9 animais concorrendo. No dia 28 de abril, às 10h, acontecerá no Parque Fernando Costa a reunião com os expositores e tratadores do Torneio Leiteiro e também terá início a fiscalização das ordenhas. Já a competição será de 30 de abril a 3 de maio.

Agenda pelo Brasil

A Exposição Interestadual de

CARLOS LOPES
dois dias

Girolando – Circuito Megaleite 2022/2023 - Etapa Nordeste também já tem data definida. O evento será de 17 a 21 de maio, no Parque da Pecuária, em Maceió/AL. O julgamento dos animais acontecerá nos dias 19 e 20 de maio. Acontecerá em paralelo uma das etapas do Ranking da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro. As inscrições devem ser feitas diretamente na Associação dos Criadores de Alagoas.

Outros eventos da raça Girolando agendados para os próximos meses são:

30/03 a 01/04 - 12ª Festa Amigos do Leite - Poço Redondo/SE

10/04 a 15/04 - Exposição Interestadual de Girolando - Circuito Megaleite 2022/2023 - Etapa Sul/SudesteLeopoldina/MG

13/04 a 23/04 - 21ª Exposição com Julgamento Ranqueado da Raça Girolando - 83ª Expogrande 2023 - Campo Grande/MS

30/04 a 07/05 - Exposição Interes-

tadual de Girolando - Circuito Megaleite 2022/2023 - Etapa Uberaba (ExpoZebu 2023) - Uberaba/MG

01/05 a 07/05 - Exposul Rural 2023 - Cachoeiro de Itapemirim/ES

18/05 a 20/05 - XXXIII Exposição Agropecuária e Industrial de Oliveira - Oliveira/MG

31/05 a 04/06 - Exposição Agropecuária e Industrial de Paraopeba - Paraopeba/MG Megaleite 2023

As principais raças leiteiras do Brasil devem competir mais uma vez na pista do Parque da Gameleira, em Belo Horizonte/MG. Os preparativos para a Megaleite 2023, que acontecerá de 7 a 10 de junho, foram apresentados aos representantes de diversas associações promocionais de raças bovinas durante reunião virtual realizada em março.

Durante a reunião, Leandro Paiva, superintendente técnico Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, apresentou o calendário técnico

da Megaleite. Os animais do torneio leiteiro poderão entrar no parque a partir de 29 de maio e os de julgamento a partir de 2 de junho. Os julgamentos ficarão concentrados ao longo de todo o evento, de 7 a 10 de junho, nos períodos da manhã e da tarde.

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Domício Arruda, destacou que a Megaleite tem cumprido seu papel de ser uma vitrine internacional da genética leiteira do Brasil e a cada ano apresenta animais de extrema qualidade. Segundo ele, a expectativa é de que em 2023 o evento conte com um número expressivo de animais concorrendo em julgamento e torneio leiteiro.

A reunião contou com a participação de representantes da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro, Associação Brasileira dos Criadores de Gado Pardo-Suíço, Associação dos Criadores

Premiações da Megaleite valorizam os animais

de Jersey de Minas Gerais, Associação dos Criadores de Guzerá e Guzolando do Brasil, Associação Brasileira dos Criadores de Sindi, Associação Brasileira dos Criadores das raças Simental e Simbrasil e Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos.

Todas as entidades sinalizaram que devem participar da Megaleite,

incluindo a Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais, que não participou da reunião por questão de agenda, mas já confirmou presença na exposição.

Ranking parcial

Com o calendário de exposições ranquedas em andamento em 2023, a Associação Brasileira dos Criadores

Novidades no Colégio de Jurados

de Girolando divulgou os resultados parciais dos Melhores Expositores e Melhores Criadores do Ranking Nacional de Girolando 2022/2023. O balanço, disponível no site da entidade, traz a pontuação dos expositores e criadores que participaram dos eventos ranqueados entre o início do atual Ranking até 31 de janeiro de 2023.

O Colégio de Jurados da Raça Girolando (CJRG) tem novos líderes. O zootecnista Euclides Prata dos Santos Neto assume o cargo de coordenador para o período de 2023 a 2025. Já o médico-veterinário Tiago Moraes Ferreira será o coordenador suplente.

Segundo eles, a proposta é inovar nas pistas e incentivar a realização de exposições como forma de promover a raça. “O Girolando é uma raça conhecida no País por conta de sua grande qualidade, mas precisamos estar sempre em busca de inovações. E queremos ouvir os criadores para entender quais evoluções eles esperam ver nas pistas de julgamento”, destaca Euclides, que é um dos fundadores do CJRG.

Outra proposta será a promoção de cursos de capacitação para a entrada de novos jurados, bem como incentivar a retomada de jurados tradicionais ao quadro do colégio.

Na visão de Tiago Moraes Ferreira, os julgamentos têm papel importante na consolidação da raça, pois é uma forma de validar o trabalho de seleção feito na fazenda. “O critério de julgamento é a nossa bíblia e isso que temos de respeitar. O jurado atua com o propósito de selecionar os animais pelo ponto de vista morfológico, respeitando muito o critério de julgamento que valoriza a forma leiteira, de profundidade corporal mais evidente nas bezerras, e nas vacas, valorizando também um úbere muito bem conformado, aderido e produtivo entre as pernas”, diz Tiago Ferreira.

O coordenador suplente do CJRG destaca ainda que outro objetivo será garantir que mais feiras contem com a participação de jurados efetivos, profissionais que passam por atualizações constantes.

Atualmente, o CJRG é formado por 50 jurados que atuam nas exposições da raça em todo o Brasil. As principais finalidades são: estabelecer diretrizes para a execução dos trabalhos de julgamentos em exposições oficiais; habilitar profissionais para o exercício da função de jurado; e garantir a execução dos trabalhos em conformidade com o Regimento Interno e demais regulamentos vigentes.

CARLOS LOPES
Jurado Euclides Prata é o novo coordenador do Colégio de Jurados até 2025

GESTÃO

Como fazer sua equipe entender o que precisa ser feito?

Você já passou uma instrução simples para seu colaborador e a atividade não foi realizada da maneira que você esperava? Ou, então, orientou sua equipe a executar uma tarefa e quando retornou para checar, ela ainda não tinha sido concluída ou estava incompleta? E como consequência gerou retrabalho, perda de tempo ou até mesmo perdas financeiras?

Por exemplo, quando o encarregado da fazenda passa uma instrução para outro colaborador sobre determinada atividade. Geralmente o que observamos é uma “ordem” do tipo: “Por favor, pegue esse trator, carregue 50 sacos do adubo de cobertura e jogue naquela la-

voura próxima ao mata-burro”.

Em seguida, o colaborador consciente do risco que corre se ficar perguntando demais (diga-se de passagem, o “chefe” tem um jeitão sistemático e não gosta muito de conversar), simplesmente acata a ordem, pega o trator e dentro de suas experiências e conhecimentos, executa o que foi compreendido daquilo que lhe foi “ordenado”.

Contando assim, pode-se deduzir que a atividade foi resolvida com êxito, mas sabemos que nem sempre é desta forma que acontece. Se foi ou não o adubo correto, a maneira como o adubo foi distribuído, se ao final sobrou ou faltou e o tratorista precisou improvisar

solução para conseguir distribuir por toda a área etc., isso só se descobre após os resultados, que muitas vezes podem ser desastrosos, em termos de produtividade por área, falta de adubo para outras lavouras específicas, custo de produção entre outros.

Casos como os citados acima são tão comuns no dia a dia das fazendas e demais empresas do agronegócio que as pessoas passam a acreditar ser normal as coisas funcionarem desta maneira e se acomodam, não buscando novas formas de agir para que esta realidade mude. Apesar destas situações serem tão recorrentes, existe solução.

Todos os resultados dentro das

Equipe Rehagro

empresas, sejam eles de sucesso ou fracasso estão relacionados direta ou indiretamente com a qualidade da comunicação interpessoal, ou seja, a comunicação entre as pessoas. Tendo conhecimento disso é possível entender a importância de sabermos nos comunicar bem para que haja pouca ou nenhuma perda na mensagem passada.

Para isso, o emissor (falante) da informação deve assegurar que o receptor (ouvinte) tenha compreendido de forma clara o que foi passado. Além disso, o receptor tem a responsabilidade de checar se o que ele compreendeu da informação é o que o emissor desejava que ele tivesse entendido. Em resumo, as duas pessoas devem se responsabilizar, pois a comunicação é o que o outro entende e não somente o que nós queremos informar.

Quem é o maior responsável pela segurança e qualidade na comunicação?

A boa notícia é que podemos desenvolver a habilidade de comunicação. Para isso, devemos ficar atento a 5 pontos:

Pensar em como vamos transmitir a mensagem; Conhecer bem o receptor; Verificar o que foi entendido; Criar um ambiente de confiança; Fazer autofeedback.

Pensar em como vamos transmitir a mensagem

Para que haja comunicação eficaz dentro das organizações é necessário saber ser assertivo, claro, consistente e completo, pois todos esses pontos irão interferir na forma que o ouvinte irá receber e interpretar a mensagem.

Conhecer bem o receptor

As pessoas são diferentes, viveram experiências diferentes e isso influencia na compreensão. Cada pessoa possui uma maneira de receber, codificar e armazenar informações externas, existem as pessoas visuais, auditivas, cinestésicas e as digitais.

Visuais: utilizam a visão como forma de obter e de reter informações, conseguem perceber no ambiente coisas que poucas pessoas percebem. Aprendem vendo e formando imagens imediatas do que estão recebendo de informação.

Auditivas: absorvem conteúdo através da audição. Aprendem ouvindo, prestam atenção à ênfase, às pausas e ao tom de voz. São capazes de montar histórias com as informações que recebem.

Cinestésicas: percebem as coisas através do corpo e da experimentação. Aprendem fazendo, necessitam da experiência motora para compreender algo.

Digitais: assim como as auditivas, absorvem informação ouvindo e montam histórias para reter o conteúdo. Para processar a informação conversam consigo mesmas, criando diálogos internos.

Verificar o que foi entendido

Após passar uma mensagem é recomendável que você questione o ouvinte sobre o que foi compreendido. Caso tenha solicitado que a pessoa faça uma atividade, peça para ela explicar o que deve ser realizado. “De tudo isso que conversamos, o que você entendeu que deve ser feito?”.

Criar um ambiente de confiança

Para que o receptor fale quando algo não ficou claro, não foi compreendido é indicado que se construa ambiente de confiança em que ele se sinta seguro e confortável para se expressar.

Fazer autofeedback

Autoavaliar-se é importante para entender se você consegue se expressar bem e, caso contrário, mostra a necessidade de desenvolver esta habilidade. Pergunte a si mesmo: “Estou conseguindo ser claro na hora de passar a mensagem?” “Estou utilizando as palavras, tom de voz e expressões corporais coerentes com o que desejo informar?”.

A forma como você se comunica é muito importante. No momento de delegar uma tarefa é essencial que haja clareza, e o mínimo de falhas na comunicação.

Você é o principal responsável pela comunicação, seja como ouvinte ou falante, lembre-se disso. Procure verificar o que foi entendido após delegar a tarefa. Crie um ambiente de confiança.

Outra maneira de se avaliar é acompanhar o que acontece após passar uma informação. Isso dará retorno se você foi ou não um bom transmissor de ideias.

Sabendo desses pontos, você buscará medidas para melhorar a comunicação dentro da sua propriedade ou demais empresas do agronegócio, com seus clientes, pares, líderes e liderados.

As pessoas são a principal força de uma organização, pois elas geram os resultados que a empresa necessita. É importante conhecer o perfil comportamental dos indivíduos da equipe, pois assim as funções podem ser estabelecidas de forma mais acertada e as tarefas devidamente delegadas, no intuito de facilitar o relacionamento e a comunicação no dia a dia.

A forma como as informações são comunicadas à equipe é muito importante.

GESTÃO

Governança Familiar: um olhar para além do horizonte

Cristhiane Brandão - Consultora em Governança & Especialista em Empresas Familiares, sócia fundadora da Brandão Governança, Conexão e Pessoas

A governança familiar é hoje uma exigência para as empresas familiares que buscam perenidade no mundo dos negócios, principalmente em cenários de crise ou mudanças constantes. É importante destacar que o conjunto de regras serve tanto para grandes corporações, quanto para pequenas.

O primeiro passo é justamente separar o que é “família” e o que é “empresa”. Depois estabelecer regras claras para o funcionamento das relações que envolvem família e negócios, de modo a contemplar todas as gerações existentes na família. As regras do jogo devem ser definidas em conjunto, respeitadas por todos do clã e revisitadas a cada ciclo.

Segundo Werner Bornholdt, implantar a governança nas empresas familiares é um processo idêntico ao da reforma de uma casa. “Começa com um planejamento (concepções iniciais), aprovação do orçamento (disponibilidade de investimentos) e contratação de um engenheiro ou arquiteto (Consultor externo). No primeiro período da reforma, são removidos móveis, quebram-se paredes, geram-se desconforto e ruídos e aprecem as sujeiras”.

Ele explica que colocar em prática a governança nas empresas familiares é um processo de mudanças, que geram desconfortos iniciais, mas, quando transpostas, o clima é de orgulho,

satisfação e prazer, a exemplo de uma casa recém-reformada.

A governança nas empresas familiares exige que, primeiramente, sejam identificados os assuntos que dizem respeito à família, à sociedade e à empresa (3 círculos do prof. John Davis). Uma vez identificados, precisam ser separados e isoladamente compreendidos. Concluída essa etapa, voltam a ser unidos e integrados, como a reconstrução das paredes e pintura final da reforma.

O processo de junção e de integração dos sistemas familiar, societário e empresarial se dá por meio de canais de comunicação transparente e de ferramentas. Esses instrumentos unificadores são os órgãos de governança (comitês, conselhos: consultivo, administrativo, fiscal, familiar). Portanto, os órgãos de governança formam e reforçam a integração entre os sistemas por meios de canais competentes. Uma empresa adequadamente estruturada com os órgãos de governança atende às demandas das famílias, dos sócios e dos executivos e forma o alicerce para sua perpetuação.”

A implantação da governança nas empresas familiares, cria condições para que o sonho do fundador, de criar empresas capazes de aliar rentabilidade, crescimento sustentável, capital humano profissionalizado em todos os níveis e, perenidade de gerações,

contagie a família no querer se tonar uma família empresária de um negócio com: modelo de gestão fortalecido, alta valorização, redução de riscos, respeito pela sociedade, rentabilidade esperada pelos sócios, sucessor qualificado e perenidade.

Diferente do que imaginamos, o que costuma quebrar mais de 70% das empresas brasileiras não são grandes ameaças externas, mas a falta de organização e planejamento; a ausência de visão estratégica, que nas empresas familiares remetem à sucessão não planejada; e a uma visão de curto prazo tomada pela competência tradicional de excelência operacional.

Enfim, esse é o “G” de Governança da tão falada sigla ESG. Significa que para reverter esse quadro vamos precisar profissionalizar a família empresária.

Um CEO de terceira geração de uma empresa familiar multibilionária nos EUA compartilhou: “Quando todo mundo está operando a máquina, há uma tendência de olhar para o curto prazo e focar nas oportunidades incrementais e não olhar para as oportunidades realmente grandes. O que está no horizonte? O que está além do horizonte?”.

A minha pergunta para você e sua família: o que estão fazendo para ir além do horizonte? A Governança certamente pavimenta essa rota!

GESTÃO

A agenda ESG no setor pecuário e seus benefícios para a sociedade

Nos últimos séculos, verificamos um crescimento vertiginoso da população mundial. Segundo dados do relatório de perspectivas da população mundial projetados pela ONU (Organização das Nações Unidas), estima-se que até o ano de 2050 o número de habitantes no planeta pode alcançar cerca de 10 bilhões. Em paralelo a isso, haverá também o aumento na demanda de itens básicos como: água potável, alimentação, emprego, moradia, saneamento básico,

energia elétrica de origem limpa, educação de qualidade, saúde e bem-estar, mobilidade, cultura, tecnologia, entre outros. Será que as pessoas, empresas, cidades e países estarão preparados para conviver com uma população desse tamanho?

Conceito ESG

Diante dessa situação, atrelado às constantes mudanças e evoluções do mundo corporativo, o ESG consiste em um novo modelo de gestão adotado por diversas em -

DIVULGAÇÃO
Luis Eduardo Ferreira - Biomédico, doutor em Biotecnologia e analista de Pesquisa e Desenvolvimento na Premix

presas como forma de se adequar a estas novas tendências. Os pilares que esta forma de gestão propõe e apoia em sua agenda de discussões estão relacionados a temas voltados: ao meio ambiente (Environment), social (Social) e governança (Governance), que, em inglês, são as três letras iniciais da sigla ESG.

O setor agropecuário é um dos principais responsáveis pelo for -

necimento de diversos tipos de commodities, insumos e derivados para a produção de alimentos diretos e indiretos. No mercado mundial, o Brasil se destaca por ser um dos principais exportadores de alimentos, o que beneficia a economia nacional, gerando milhões de empregos, além de contribuir para minimizar os efeitos negativos da fome e da pobreza no mundo.

Dentro da cadeia produtiva da pecuária, a gestão ESG tem ocupado cada vez mais o centro estratégico das negociações, sendo, atualmente, quase uma exigência que as empresas ligadas ao setor se adaptem a essa tendência. Essa política é importante para suprir as expectativas e interesses dos principais stakeholders, que são seus próprios colaboradores, investidores,

Produção de feno em sistema de integração lavoura-pecuária

fornecedores, frigoríficos e clientes, nacionais e internacionais. De certa forma, eles estão envolvidos no segmento pecuário, fiscalizando e cobrando responsabilidades ambiental e social, e governança das empresas ligadas ao setor.

Pilar ambiental

Em definição, sustentabilidade não consiste apenas em preservar os recursos naturais, mas também utilizá-los e explorá-los de modo que haja respeito aos equilíbrios da natureza, agregando valores e trazendo benefícios sociais de maneira rentável. Dessa forma, ser sustentável é contribuir para o crescimento de todos os envolvidos e visar a melhoria da quali -

dade e a perspectiva de vida das gerações presentes, sem prejudicar as futuras.

Neste aspecto, o setor pecuário tem evoluído bastante nos últimos anos. Atualmente, podemos dizer que os avanços técnico-científicos já levaram para o campo inúmeros novos conceitos e soluções relacionados à redução de áreas de desmatamento e a emissões de gases de efeito estufa. Dentre as tecnologias implantadas estão aquelas ligadas ao melhoramento genético dos animais e o uso de dietas de precisão contendo ingredientes de origem vegetal energéticos balanceados, que podem ou não competir com a alimentação humana. Em

paralelo a isso, a inclusão de suplementação mineral equilibrada e aditivos naturais (sem o uso de antibióticos promotores de crescimento), proporcionou a redução do tempo de abate, o aumento na eficiência produtiva por hectare, a redução de emissões de gases de efeito estufa de origem entérica dos animais e a melhoria na qualidade e segurança de derivados como carne e leite.

Vale lembrar que grande parte do sistema produtivo pecuário brasileiro é realizada a pasto (“boi de capim”). Isso significa que quando associado às boas e corretas práticas de manejo, as emissões de gases de origem entérica

Consumidores cobram cada vez mais ações alinhadas ao ESG
FELIPE

dos animais podem ser compensadas através do metabolismo da fotossíntese do próprio pasto, que mitiga o gás carbônico (CO2). Assim, é possível considerar que as emissões de gases de efeito estufa tendem a ser neutralizadas em sua totalidade, podendo, até mesmo, sequestrar ainda mais carbono da natureza, o que poderá gerar créditos positivos de carbono para o pecuarista. Essa prática é chamada de “manejo de carbono neutro” e tem sido calculada a partir de matrizes matemáticas desenvolvidas para fazerem associação entre as áreas de preservação e de pastagem com o número de animais presentes na propriedade.

Ainda dentro dos sistemas de manejos, podem ser destacados os avanços nos sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que levaram ao campo importantes métodos de preservação de florestas, rios e nascentes, e recuperação de grandes áreas de pastagens degradadas. Além disso, outras práticas têm contribuído para tornar a pecuária efetivamente sustentável, como o uso racional da água ao longo da produção, a busca de fontes de geração de energia limpa, como a energia solar ou biodigestores, e o uso de aditivos naturais que geram menos resíduos ao meio ambiente e minimizam os riscos quanto ao surgimento de resistência antimicrobiana. Diante dessas condições, o Brasil se posiciona como pioneiro no sistema de produção sustentável, favorecendo a economia com a geração de empregos, renda e alimentos para a sociedade, conforme os ideais e conceitos propostos pelo modelo ESG.

Pilar governança

No pilar da governança, muitos steakholders têm exigido ou dado preferência às negociações com criadores que possuem documentos de garantia de rastreabilidade dos animais ao longo da cadeia produtiva. Esse mecanismo não visa apenas garantir a fiscalização em relação à qualidade do manejo sanitário, mas também avalia se

em alguma fase do ciclo da cria, recria e engorda, o animal passou por propriedades que desrespeitam as leis ligadas ao desmatamento ou preservação ambiental ou, ainda, se foi abatido em locais que não obedecem aos protocolos de bem-estar animal (abate humanitário).

Atualmente, diante dessas necessidades, a tecnologia chamada de block-chain tem auxiliado o pilar da governança no modelo de gestão ESG, sendo que muitos pecuaristas já começaram a adotar o sistema devido a exigência de alguns investidores e frigoríficos. Esse termo, que, em português, significa “cadeia de blocos”, visa monitorar as operações realizadas ao longo do ciclo de vida dos animais do rebanho, desde o nascimento até a carne no prato do consumidor final. Neste caso, é possível gerar rastreabilidade, transparência e confiança nos dados registrados dos animais ao longo da cadeia produtiva. Além disso, é muito importante também que as empresas apliquem regras de compliance (ética), possuam conselhos de administração com membros independentes, favoreçam a participação feminina e de pessoas negras, e prestem treinamento e capacitação para o seu time corporativo.

Pilar social

No pilar social, muitos pecuaristas têm respeitado principalmente as populações que vivem em torno de sua propriedade, como pessoas carentes, povos indígenas e quilombolas. Neste caso, há de se preservar as terras que já são destinadas a essas populações e, em alguns casos, oferecer-lhes emprego, educação, cultura, moradia e acesso ao sistema de saúde.

Diante de toda a discussão aqui apresentada, podemos considerar o modelo de gestão ESG como uma inovação nos modelos de negócio para os próximos anos. No entanto, todo processo de inovação tende a ser uma prática disrruptiva, já que necessita quebrar os paradigmas antigos, como os sistemas de manejo produtivo, que foram apren -

didos de maneira errada. Por isso, é necessário desaprender e, em seguida, reaprender, de maneira que seja mais coerente aos novos conceitos e métodos de produção alinhados ao modelo ESG.

Muitos consumidores estão cada dia mais atentos às empresas que têm inserido os pilares da agenda ESG aos seus valores e propostas de gestão. Neste sentido, muito se tem fiscalizado sobre a prática de “greenwashing”, que são aquelas empresas que apenas aparentam fazer uso de boas práticas ambientais, mas por trás negam qualquer uma delas.

Conscientização

Portanto, alimentar o mundo de maneira ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável, de modo a atender aos padrões de consumo que passarão a ser exigidos pelas próximas gerações, não é uma tarefa fácil. Para isso, é necessário a aplicação de investimentos em tecnologia, inovação e, principalmente, liderança por parte dos pecuaristas e todos os demais steakholders envolvidos na cadeira produtiva, para que se construa um posicionamento que permita mudanças de paradigmas através da ação disrruptiva da ciência.

Apesar de toda a evolução aqui apresentada, muitos desafios ainda precisam ser superados. Neste sentido, é necessário que a sociedade conheça e entenda sobre os verdadeiros princípios holísticos do sistema pecuário moderno. Por isso, antes de tratar ou punir o setor como vilão e principal responsável pelo desmatamento e mudanças climáticas, é importante diferenciá-lo da atividade pecuária ilegal, que se constitui de práticas criminosas como: desmatamento, garimpo, queimadas, contrabando de madeira e especulação imobiliária de terras. Tais práticas não podem ser confundidas ou associadas com a atividade pecuária profissional, que obedece a todos os preceitos ambientais e sustentáveis que conciliam a produção e a conservação.

SANIDADE

Informação: a aliada de peso no combate à mastite

Informações de qualidade empoderam a cadeia leiteira e abrem caminhos para que desafios como a mastite, e tudo o que a rodeia, sejam resolvidos com maior certeza. De perfil multifatorial, a mastite permanece sendo um dos grandes obstáculos da produção leiteira tanto no Brasil quanto no mundo. São inúmeras as pesquisas que se voltam a esse tema, já que a doença reflete em fatores importantíssimos, como: custos de produção, qualidade do leite, longevidade dos animais, fornecimento de bonificações oriundas das indústrias lácteas, entre outros.

Um dos grandes (e principais) passos é buscar informações atuais sobre tecnologias e soluções que podem contribuir para o controle da mastite e – dentro da realidade de cada fazenda – serem colocadas em prática. A atualização de conceitos e ações é válida tanto para o próprio produtor de leite quanto também para as pessoas que compõem a sua equipe, desde técnicos até os colaboradores que lidam diretamente com os animais todos os dias.

Cursos, treinamentos, capaci -

tações e eventos são sempre muito bem-vindos e devem entrar no cronograma da propriedade. Esse alinhamento é fundamental a fim de que todos falem “a mesma língua” e, juntos, tracem um roteiro preventivo e medidas de ações contra a mastite que melhor se encaixem na propriedade.

Uma pesquisa realizada na Nova Zelândia buscou determinar os fatores que influenciam a prescrição de antibióticos por médicos-veterinários e o seu respectivo uso por produtores de leite. Foram entrevistados 22 produtores de leite e 206 médicos-veterinários, estes, avaliados quanto ao comportamento e itens que afetam a prescrição. Além disso, a atitude de todos foi analisada quando se levantou a questão sobre o risco de resistência antimicrobiana.

Entre os produtores, o principal motivo para a escolha de um antimicrobiano foi o aconselhamento veterinário, seguido pela experiência pessoal e da fazenda. Eles afirmaram que os veterinários eram a fonte mais confiável de aconselhamento para o uso de antimicrobianos. Sobre o risco de resistência an -

timicrobiana, foi relatado conhecimento ou preocupação limitados, com apenas 47% e 26% concordando ou concordando fortemente que o uso de antimicrobianos em sua fazenda aumentaria o risco de resistência em seu rebanho e em humanos. A prescrição de antimicrobianos pelos veterinários foi predominantemente baseada no diagnóstico e na resposta à terapia anterior e eles consideraram principalmente razões técnicas ao prescrevê-los.

Notem a importância do médico-veterinário nesses casos e como informações coerentes podem guiá-lo para determinar a melhor escolha para casos de mastite na fazenda leiteira. Além disso, o valor do histórico do rebanho, índices zootécnicos e dados do plantel, já que muitos se baseiam nas respostas que aquele determinado animal apresentou em situações passadas para a elaboração de um plano atual.

O estudo concluiu que são necessárias mudanças nos padrões de uso de antibióticos nas fazendas e que uma comunicação clara por parte dos veterinários sobre a esco -

DIVULGAÇÃO RUMINA
Raquel Maria Cury Rodrigues, zootecnista, especialista em Gestão da Produção e redatora da Equipe Rúmina.
Cultura microbiológica na fazenda é uma ferramenta indispensável

lha, conhecimento e uso prudente de antimicrobianos é fundamental. E também a sua influência nos conceitos sobre os riscos de resistência e informações sobre a avaliação da eficácia do uso de antimicrobianos. Provavelmente, na prática, essas políticas levam a um uso mais consistente e criterioso de antibióticos e isso reforça o quão significativo é o conhecimento e a prática baseada em experiências.

Resistência antimicrobiana

Uma das maiores preocupações globais hoje é com relação à resistência bacteriana e na pecuária leiteira é crescente a discussão sobre a conscientização sobre o uso racional de antibióticos. É por isso que bater nessa tecla e sugerir que a fazenda se modernize nesse sentido faz com que ela não se torne obsoleta e se torne cada vez mais competitiva no mercado.

Estudos indicam que a alta prevalência de bactérias resistentes no campo está associada ao uso excessivo de antibióticos. No caso da pecuária leiteira, a mastite é a prin -

cipal doença que utiliza a terapêutica como alternativa para conter os avanços da patologia no rebanho. É por isso que se informar e conhecer os patógenos causadores de mastite é essencial e ainda contribui para reduzir despesas, evitar descarte de leite, entre outros. Não é à toa que, inclusive, nunca se falou tanto sobre protocolos seletivos da vaca seca.

Para isso, a cultura microbiológica na fazenda é uma ferramenta indispensável, já que identifica os patógenos causadores de mastite e os resultados são obtidos em cerca de 24h, porém, é intrínseca a interpretação correta dos resultados para permitir tomadas de decisão e tratamentos adequados. Isso reforça ainda mais a importância de uma equipe treinada, e por que não dizer, bem-informada?

Um estudo realizado nos Estados Unidos comparou os resultados de três sistemas de cultura na fazenda interpretados por colaboradores treinados e não treinados com os resultados de um método de referência laboratorial (cultura e espectrometria de massa). Para isso, 340 amostras de leite (280 quartos mamários e 60 compostas) foram cultivadas simultaneamente usando o método de referência e três sistemas de cultura comercialmente disponíveis. Após um período de 18 a 24 horas de incubação, o

crescimento microbiano das placas de cultura foi interpretado por um microbiologista treinado (> 10 anos de experiência) e por seis observadores sem treinamento.

Os observadores sem treinamento não receberam capacitação prévia sobre a análise de amostras de leite e, por isso, para realizar a interpretação dos resultados, eles foram guiados apenas pelas instruções dos fabricantes.

Os resultados do estudo mostraram que a experiência com análise de amostras de leite melhora a interpretação dos resultados de sistemas de cultura. Isso significa que além do manual de instruções do fabricante, o treinamento operacional prévio e informações sobre aquela situação específica são fundamentais para a correta interpretação de resultados da cultura e para direcionar estratégias adequadas de controle e tratamento da mastite. Neste caso, quando a fazenda opta pela cultura, concomitantemente deve ser realizado o treinamento adequado a fim de reduzir o risco de resultados falso-negativos e falso-positivos.

Assim, fica evidente que – para que a propriedade leiteira seja cada vez mais correta em suas decisões e rume seus esforços para o melhor caminho – a informação é (e sempre será!) a chave-mestra.

Avaliar a qualidade do leite gera informações importantes para a gestão do rebanho
Produção de leite pode ser afetada por problemas sanitários
JADIR BISON
Maria Eduarda Pupo Martins - Fazenda RetiroPatrocinio - MG
Lucca Blanck - Fazenda Dois IrmãosMacaubal - SP
Anna Drummond Tetzner Denipote - Fazenda São José do Can Can - Passos -MG
Diogo Pupo Martins - Fazenda RetiroPatrocinio - MG
Jose Anthoniel Silva Fernandes - Criatório Girolando Lima JF Fernandes - Tourinho - MG

NOVOS ASSOCIADOS

ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO

NOS

AGROPECUÁRIA E IMOBILIÁRIA MARIPÁ LTDA

AGROPECUÁRIA SÃO CARLOS BORROMEU LTDA

AGROPECUÁRIA TLL

ALEX CURCIO AZEVEDO

ANA CRISTINA FAGUNDES KREBS

ANDRÉ JOSÉ DA SILVA GODINHO

ANTÔNIO CARLOS ELIAS

ANTÔNIO CLÁUDIO DE FRANÇA CORRÊA

APAN AGROPECUÁRIA LTDA

AURÉLIO MIGUEL DE SANTANA ANDRADE

CARLOS ALEXANDRE JERÔNIMO VIEIRA

CARLOS HENRIQUE BITARÃES SANTOS

CARLOS MAGNO CHAVES OLIVEIRA

CLÁUDIA VALERIA DE ALMEIDA

EDER CARLOS DOS SANTOS

FERNANDO GUERRA COSER

FERNANDO MIRANDA GONÇALVES

GABRIEL ANTÔNIO PESSOA QUINTÃO

GEDEON PEREIRA FERNANDES

GENILDO FERREIRA CARDOSO

GILDA MONTEIRO DA GAMA

GIUSEPPE DIMAS DE OLIVEIRA COIMBRA

GLEDA MARA DE GOUVÊA CASTELLÕES

GUILHERME TOLEDO MARTINS

HUMBERTO DIAS

ILTON CARDOSO DOS SANTOS JÚNIOR

ISMAEL DUARTE DE ASSIS

JAGUARIÚNA - SP

BELO HORIZONTE - MG

UBERLÂNDIA - MG

MURIAÉ - MG

GOIÂNIA - GO

CARMO DO PARANAÍBA - MG

PRATINHA - MG

RIO DE JANEIRO - RJ

SÃO PAULO - SP

POÇO VERDE - SE

UBERABA - MG

NANUQUE - MG

CASTANHAL - PA

LUZ - MG

JOÃO PINHEIRO - MG

VITÓRIA - ES

SERRO - MG

JANAÚBA - MG

ITUMBIARA - GO

URUPÁ - RO

SÃO PAULO - SP

BOTELHOS - MG

JUIZ DE FORA - MG

PALMEIRAS DE GOIÁS - GO

UBERLÂNDIA - MG

VOLTA REDONDA - RJ

BELO HORIZONTE - MG

JEAN CARLOS ALVARENGA

JOÃO BOSCO LUZ DE MORAIS

JOÃO CARLOS MARDEGAN MOZER

JOÃO VICTOR TEIXEIRA BONFIM

JOSÉ EDUARDO ALVES GOUVEIA

JOSÉ LINDOLFO QUEIROZ BARREIRA

JOSÉ LUIZ DE OLIVEIRA

JURANDIR GONÇALVES DE OLIVEIRA

MAIKENY SAMUEL PEREIRA COELHO

MARIA JOSÉ DE FIGUEIREDO PATRÍCIO

MELKSTAD AGROPECUÁRIA LTDA

MOACIR ROSSETTI

NELSON JOSE NAGEM FROTA

OSWALDO RIBEIRO JUNQUEIRA NETO

PATRICKY ANDRÉ DE SOUSA FREIRE

PAULO CESAR CHIARI

PAULO CEZAR DE SOUZA JÚNIOR

PAULO HENRIQUE LEITE MACHADO

PEDRO LÚCIO JUNQUEIRA PEREIRA

RUBENS CHAVES

SIRLEY ARAÚJO DE MENDONÇA

THIAGO FERNANDES DE OLIVEIRA CUNHA

TIAGO BATISTA BARRETO

TIAGO LOPES MOURA

TIAGO RAMOS FERREIRA

VIOLA AGROPECUÁRIA LTDA

WANDERSON DE AZEVEDO NAVEGA

POUSO ALEGRE - MG

GOIÂNIA - GO

RIO NOVO DO SUL - ES

GUANAMBI - BA

CACHOEIRA DOURADA - MG

BELO HORIZONTE - MG

ITURAMA - MG

PASSOS - MG

PERDÕES - MG

ALFENAS - MG

CARAMBEÍ - PR

SÃO PAULO - SP

IGARAPÉ DO MEIO - MA

ORLÂNDIA - SP

PARNAMIRIM - RN

MORRINHOS - GO

CHALÉ - MG

MEDEIROS - MG

CARMO DE MINAS - MG

ARAPONGAS - PR

INHUMAS - GO

NATAL - RN

SALVADOR - BA

BELO HORIZONTE - MG

NOVA MAMORÉ - RO

MONTE SANTO DE MINAS - MG

DUAS BARRAS - RJ

Associação Brasileira dos Criadores de Girolando Triênio 2023 / 2025

PRESIDENTE: Domicio José Gregório Arruda Silva VICE-PRESIDENTE: Luiz Fernando Reis

1º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO: Marcos Amaral Teixeira

2º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO: Rubens Balieiro De Souza

1º. DIRETOR-FINANCEIRO: José Antônio Da Silva Clemente

2º. DIRETOR-FINANCEIRO: Luiz Cláudio Bastos De Moura

DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS: Alexandre Lopes Lacerda

AL - Alessandro Teixeira Costa

AL - André Gama Ramalho

AL - João Paulo Brandão Do Amaral

AM - Ildo Lucio Gardingo

AM - Muni Lourenço Silva Júnior

BA - Cláudio Micucci Vaz Almeida

BA - Dirleia Santos Meira

BA - Fabricio Lima Costa

BA - Francisco Peltier De Queiroz Filho

BA - Marinaldo Da Silva Rocha

BA - Valdemir Acácio Osório

CE - Eduardo Felicio Calou Rodrigues Costa

CE - Rafael Carneiro Da Silveira

ES - José Luiz Vivas

ES - Rodrigo José Gonçalves Monteiro

ES - Weverton Machado Bastos

GO - Diego Hilario Ribeiro

GO - João Domingos Gomes Dos Santos

GO - Léo Machado Ferreira

GO - Luiz Eduardo Branquinho

MA - Joeldo Oliveira Lima

MG - Cleiton Gonzaga Castilho

MG - Eutálio Marcio Da Silva

DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO: José Renato Chiari

DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Tatiane Almeida Drummond Tetzner

DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS: Marcelo Renck Real

CONSELHO FISCAL: Afonso Celso de Resende

Alexandre Honorato

José Luiz Zago

SUPLENTES CONSELHO FISCAL: Alexandre Gondim Da R. Oiticica

Henrique Vieira Da Rocha Márcio Eugênio Leite De Castro

Conselho de Representantes Estaduais:

MG - Evandro Do Carmo Guimarães

MG - Guilherme Mendes Rodrigues

MG - Gustavo Frederico Burger Aguiar

MG - João Dário Ribeiro

MG - João Machado Prata Júnior

MG - José Coelho Da Rocha

MG - José Humberto Resende

MG - Luciano Paiva Nogueira

MG - Marcelo Zuculin Junior

MG - Maria Cristina Alves Garcia

MG - Otavio Pereira Dos Santos Neto

MG - Renato Miglio Martin

MG - Roberto Martins De Andrade

MG - Roberto Martins Villela

MG - Rodrigo Lauar Lignani

MG - Sérgio Reis Peixoto

MG - Túlio Sertã Junqueira

MG - Vitor Cezar Vellozo

MS - Eduardo Folley Coelho

MS - Fábio Taveira Sandim

MS - Francisco De Paula Ribeiro Jr.

MS - Gustavo Henrique Panucci Da Silva

MS - Paulo César Doninho Pellegrini

MS - Reinaldo Vilela De Moura Leite

MS - Renato Prado Medrado

MS - Thiago Barros Xavier

MS - Thiago Nogueira Lemos

MT - Luciano Ferrari

PA - Adelino Junqueira Franco Neto

PB - Waerson José Souza

PE - Cristiano Nóbrega Malta

PI - Hermógenes Almeida De Santana Júnior

PI - José Gomes Do Amaral Neto

RJ - André Gustavo Vasconcellos Monteiro

RJ - Jean Vic Mesabarba

RJ - José Gabriel De Souza Machado

RJ - Luiz Carlos Bandoli Gomes

RN - Aécio Pinheiro Fernandes

RN - Alexandre Carlos Mendes

RN - Manoel Montenegro Neto

RN - Ricardo José Roriz Da Rocha

RO - Darcy Afonso Da Silva Neto

RO - Gilberto Assis Miranda

RO - Otayr Costa Filho

RS - Jairo Andre Gorczevski

RS - José Adalmir Ribeiro Do Amaral

SE - Carlos Augusto Santos Da Paixão

SE - Fúlvio Breno De Oliveira Lima

CONSELHO CONSULTIVO:

Bernardo Sousa Lima Mattos De Paiva

Everardo Leonel Hostalacio Olavo De Resende Barros Júnior

Paulo Cruz Martins Junqueira

Ronan Rinaldi De Souza Salgueiro

SUPLENTES DO CONSELHO CONSULTIVO: Alexandre Freitas Dos Santos

Arildo Benetti Ferreira

Aurora Trefzger Cinato Real Nelson Ariza

Ronaldo De Souza Queiroz

SE - João Bosco Machado

SE - Lafayette Franco Sobral

SE - Marciano Machado De Andrade Júnior

SP - Alexandre Pereira Da Costa

SP - Carlos Adalberto Rodrigues

SP - Fructuoso Roberto De Lima Filho

SP - João Pedro Ayres Neves De Azevedo

SP - Raul De Oliveira Andrade Neto

SP - Rubens Aparecido Câmara Júnior

TO - Napoleão Machado Prata

CDT

Membros Natos Márcia Tereza Vieira Scarpati Leandro de Carvalho Paiva

Membros Efetivos

José Renato Chiari , Edivaldo Ferreira Júnior, Gustavo Sousa Gonçalves, Tiago Moraes Ferreira, Marcello Mamedes dos Santos, Maurício Silveira Coelho, Olavo de Resende Barros Júnior, Adriano Fróes Bicalho, Cláudio André da Cruz Aragon

Depto. Financeiro / ADM / MKT

Dúvidas / Reclamações: faleconosco@girolando.com.br

ADT adt@girolando.com.br

Assessoria de Imprensa imprensa@girolando.com.br

Assessoria Executiva da Diretoria jmauad@girolando.com.br

Bottons bottons@girolando.com.br

Cobrança cobranca@girolando.com.br

Compras compras@girolando.com.br

Contabilidade contabilidade@girolando.com.br

Contas a pagar contas@girolando.com.br

Controle Leiteiro scl@girolando.com.br

Departamento do Colégio de Jurados cjrg@girolando.com.br

DNA dna@girolando.com.br

Faturamento faturamento@girolando.com.br

Genealogia genealogia@girolando.com.br

Gerência de Projetos projetos@girolando.com.br

Grife grife@girolando.com.br

Marketing marketing@girolando.com.br

PMGG / Teste de Progênie pmgg@girolando.com.br

Protocolo protocolo@girolando.com.br

Recursos Humanos rh@girolando.com.br

Reprodutivo reprodutivo@girolando.com.br

Secretaria Executiva da Diretoria diretoria@girolando.com.br

Secretaria Executiva do Departamento Técnico cjrg@girolando.com.br

Superintendência Administrativa e Financeira sup.administrativo@girolando.com.br

Superintendência de Tecnologia da Informação sup.tic@girolando.com.br

Web Girolando duvidasweb@girolando.com.br

Leandro de Carvalho Paiva

Edivaldo Ferreira Júnior

Frederico Eduardo Martins de Paiva

José Wagner Borges Júnior

Mariana D’Angelo Moreno

Yasmine Micaella Lopes Loubach e Silva

Superintendente Técnico - Zootecnista

Sup. Técnico Suplente e Coord. Técnico PMGG - Zootecnista

Técnico PMGG e Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Técnico PMGG e Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Técnica PMGG e Inspetora Técnica SRGRG - Zootecnista

Técnica PMGG e Inspetora Técnica SRGRG - Méd. Veterinária (34) 99108-1925 (34) 99113-2315 / 99686-3813 (34) 99159-3213 (34) 98823-8267 / 99971-4367 (34) 99290-4950 (34) 99868-3228

sup.tecnico@girolando.com.br ejunior@girolando.com.br fmartins@girolando.com.br jowagner@girolando.com.br mmoreno@girolando.com.br yloubach@girolando.com.br

Uberaba/MG

Uberaba/MG

Uberaba/MG

Uberaba/MG

Uberaba/MG

Uberaba/MG

André Nogueira Junqueira

Antônio Carlos Alves Brum

Ariana de Miranda Barros

Breno de Morais Cavalcanti

César Júnior Santos Dellatesta

Cléssio José Gomes Moreira

Dagmar Aparecido Rezende Ferreira

Diogo Balderramas Hulpan Pereira

Érico Maisano Ribeiro

Euclides Prata dos Santos Neto

Fabiano Samuel Balistieri

Fernando Boaventura Oliveira

Gabriel Khoury da Costa

George Abreu Filho

Geraldo Victor Rodrigues

Gilmar Sartori Júnior

José Renes da Silva

Juscelino Alves Ferreira

Katilene Lima Moraes

Leandro Rodello

Limírio Cézar Bizinotto

Lívia Tavares da Silva

Marcello de Aguiar R. Cembranelli

Maurício Bueno Venâncio Silva

Nilton Cézar Barcelos Júnior

Pétros Camara Medeiros

Raphael Henrique Machado Stacanelli

Samuel Silva Bastos

Thiago Cavalcanti de Almeida

Wewerton Bibiano Resende Rodrigues

Willian de Oliveira Santos

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetora Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetora Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetora Técnico SRGRG - Méd. Veterinária

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Zootecnista

Inspetor Técnico SRGRG - Méd. Veterinário

(37) 99964-8872 / (31) 99413-3808 (33) 99905-6480 (94) 99154-0569 (79) 99988-3326 / 99125-1393 (65) 99986-2926 (88) 99608-4982 / 99272-5788 (67) 99679-3440 (61) 99853-1020 (28) 99939-1501 (34) 99972-3965 (66) 99995-5985 (34) 99248-0302 (75) 99981-0581 / (34) 99284-0581 (89) 99904-6484 (38) 99168-7566 (43) 9972-7576 (34) 99972-7882 / 99113-9613 (34) 99978-2237 (64) 99600-1814 (14) 99754-7595 (34) 99972-2820 (92) 99139-7097 (34) 98851-2831 / (51) 98047-7565 (65) 9920-2004 (34) 98403-7452 / (17) 99656-3380 (31) 97512-3456 (37) 99919-7808 / (34) 99969-1517 (12) 99606-5779 / 98120-0879 (81) 99945-6439 (32) 99979-6419 / 99105-8015 (69) 99277-9115

anjcativo@hotmail.com acarlosbrum@gmail.com aryana.barros@hotmail.com br_cavalcanti@yahoo.com.br juniorcsd@hotmail.com clessiomoreira@hotmail.com dagmarezende@hotmail.com d.balderramas@yahoo.com.br eribeiro@girolando.com.br eneto@girolando.com.br balistieri@gmail.com fboaventura@girolando.com.br gabriel.khoury@hotmail.com georgeabreu16@hotmail.com geraldozootecnista@hotmail.com gilmar@mamelle.com.br jsilva@girolando.com.br jferreira@girolando.com.br katilene103@hotmail.com inreproconsultoriapec@gmail.com lbizinotto@girolando.com.br liviatavares50@hotmail.com marcreproducao@bol.com.br mvenancio@girolando.com.br nbarcelos@girolando.com.br pmedeiros@girolando.com.br rstacanelli@girolando.com.br sbastos@girolando.com.br talmeida@girolando.com.br mais_genetica@yahoo.com.br willianvet2009@hotmail.com

Oliveira/MG

Manhuaçú/MG

Redenção/PA

Aracaju/SE

Juscimeira/MT

Fortaleza/CE

Campo Grande/MS

Brasília/DF

Guaçuí/ES

Uberaba/MG

Tapurah/MT

Uberaba/MG

Feira de Santana/BA

Corrente/PI

Montes Claros/MG

Arapongas/PR

Uberaba/MG

Uberaba/MG

Jataí/GO

Araguaína/TO

Uberaba/MG

Manaus/AM

Santa Cruz do Sul /RS

Cuiabá/MT

São José Rio Preto/SP

Belo Horizonte/MG

Oliveira/MG

Jacareí/SP

Recife/PE

Divino de São Lourenço/ES

Ji-Paraná/RO

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.