Monografia TCC Arquitetura | UEM | Giovana Sakata

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Giovana Hayame Takahara Sakata

Universidade Estadual de Maringá

Departamento de Arquitetura e Urbanismo

Trabalho de Conclusão de Curso

Do provisório ao permanente: Campus Pioneiro da UEM

Giovana Hayame Takahara Sakata

Orientação de Tânia Nunes Galvão Verri

Janeiro de 2025

à minha família, por tudo aos meus amigos que tornaram essa caminhada mais leve, com boas risadas, companheirismo e carinho, levo para a vida todas as boas memórias aos professores pelos valiosos ensinamentos

à Tânia que me inspira e me faz crescer a cada encontro, por toda a dedicação para o desenvolvimento deste trabalho

à todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a construção deste projeto à UEM pelas oportunidades.

A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.

Fernando Birri, citado por Eduardo Galeano in ‘Las palabras andantes?’ de Eduardo Galeano. publicado por Siglo XXI, 1994.

A princípio, este trabalho trazia como proposta apenas a elaboração de um projeto de uma Faculdade para o curso de Arquitetura e Urbanismo, entretanto, entendeu-se que este edifício estaria desconexo do seu entorno existente e após estudos e análises do campus, repensar o espaço como um todo tornou-se necessário. O trabalho se debruça, na escala da utopia, na completa reestruturação do campus, desde os seus passeios até os seus edifícios.

As idas e vindas na Universidade, principalmente nos blocos 09 e 32 e também na Prefeitura do Campus, foram grandes motivadoras para a construção deste trabalho, a vontade de transformar os espaços surge da vivência diária em edifícios precários e insuficientes que existem em um espaço que há mais de 50 anos se intitula “provisório”.

Em uma reestruturação total do Campus Pioneiro, o projeto busca criar um espaço no qual os passeios sejam generosos, as praças, os espaços de lazer e as árvores sejam abundantes, os edifícios integrados, mas ao mesmo tempo legíveis, trazendo também identidade ao lugar. Entretanto, considera-se também a existência de alguns bocos como o 10, o Q07 e o Museu da Bacia do Paraná, que serão mantidos. Destaca-se o bloco 10, um dos blocos do Campus Pioneiro que tem suas características originais mais bem preservadas, que após restauro, abrigará um pavilhão expositivo, com o objetivo de preservar a memória de um espaço que desempenhou um papel importante ao longo de mais de cinco décadas.

Ao todo, foram elaborados onze tipos de blocos didáticopedagógicos, administrativos e de serviço. As características dos blocos existentes no campus atualmente foram considerados de forma a não gerar uma segregação espacial e respeitar a memória da Universidade. A legibilidade também foi um fator importante, os edifícios diferem entre si conforme o seu uso, contribuindo para a leitura e composição da paisagem, mas também se integram mutuamente e com o restante do Campus Universitário.

As decisões arquitetônicas adotadas para os onze blocos mencionados são pautadas nos alinhamentos estruturais no sistema estrutural composto de pilares vigas e cobertura numa exigência de iluminação e ventilação natural para todos os ambientes, com circulações que transcendessem as suas funções e servissem de espaços de acolhimento e de reunião entre os cidadãos da comunidade universitária. Essa escolha foi tomada no entendimento no qual arquitetura e urbanismo são

ofícios indissociáveis, pensar na implantação de edifícios a revelia do seu sítio é fazer meia arquitetura ou urbanismo incompleto, a partir desse momento decidiu-se pela plena reorganização deste território conhecido como Campus Pioneiro.

A FAU dentro deste trabalho de conclusão de curso se tornou a edificação protagonista, aquela que ganhou maior atenção nas decisões arquitetônicas. O sistema estrutural composto pelo elemento concreto armado moldado in loco de vigas e pilares e lajes nervuradas foi estabelecido com maior racionalidade possível sem perder o debate de qualificação espacial, promovendo espaços nos quais se tem alternâncias de pés direitos. A compreensão do programa de necessidades se deu pela vivência da autora de cinco anos cursando a graduação em Arquitetura e Urbanismo e podendo criteriosamente eleger as qualidades e as deficiências dos espaços apresentados.

Como um debate pulsante e forte da arquitetura é constituído por algumas tensões, estabeleceu-se no projeto claros e escuros, cheios e vazios, altos e baixos, buscando promover para os usuários do espaço surpresas espaciais, lugares acolhedores que proporcionassem momentos nos quais o edifício extrapola o uso de uma escola de arquitetura e se transforma em um espaço de encontro, acolhimento e conexão.

universidade estadual de maringá

Em 06 de Novembro de 1969 foi sancionada a Lei n. 6.034 que determinava a criação das universidades estaduais de Maringá, Londrina e Ponta Grossa. A de Maringá foi inicialmente criada sob a forma de fundação de direito público, cujo ensino era pago, nomeada como Fundação Universidade Estadual de Maringá (FUEM), a instituição foi criada a partir da incorporação de faculdades isoladas já existentes na cidade, sendo elas a Faculdade de Ciências Econômicas (FECEM), a Faculdade de Direito de Maringá (FEDM), a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Maringá e o Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas de Maringá (ICET). Em 1975 a FUEM é transformada em autarquia, sendo denominada de Universidade Estadual de Maringá.

Inicialmente a instituição ministrava cerca de 10 cursos de graduação pertencentes às faculdades e ao ICET, enquanto seu espaço físico era implantado, e no período de 1970 a 1976 novos cursos foram sendo criados. Nesta fase a Universidade funcionava com o modelo de três faculdades e um instituto, a partir do reconhecimento da Universidade em 1976, foi adotado o modelo de departamentos coordenados por centros.

Atualmente, segundo a Coordenadoria de Promoção e Relações Públicas, a UEM oferece aproximadamente 70 cursos de graduação distribuídos em seis câmpus regionais, na pós-graduação há 44 programas de mestrado acadêmico, 12 de mestrado profissional e 29 de doutorado acadêmico, e cerca de 32 cursos lato sensu. O Complexo da Saúde da UEM também exerce grande influência na escala regional, que conta com o Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (Lepac), Unidade de Psicologia Aplicada (UPA), entre outros.

planejamento e processo de ocupação

Segundo Melo (2001) a área destinada à implantação da Universidade foi estrategicamente escolhida próxima à antiga rodoviária e ao centro planejado a fim de auxiliar na mobilidade dos estudantes, envolvendo também interesses político-econômicos. Localizada na porção Norte de Maringá e na Zona Especial 06 (Z06), a UEM teve significativa influência na expansão urbana da cidade e até os dias atuais exerce grande impacto no traçado urbano e no sistema viário, ocupando uma área de aproximadamente 133 hectares.

A primeira proposta para a construção de um Câmpus Sede, denominado Projeto UMA - Universidade de Maringá, foi contratada pela Prefeitura Municipal de Maringá (PMM) em 1970 e elaborada por uma equipe de arquitetos de Curitiba composta por Domingos Henrique Bongestabs, José Marcos Loureiro Prado e Jaime Lerner. A obra foi iniciada em 1974, mas acabou sendo paralisada em 1975 durante a fase das fundações por falta de recursos e mau gerenciamento da execução por parte da Construtora Concursan, Engenharia e Comércio S.A (OLIVEIRA, 2006).

O projeto “moderno e ambicioso, o projeto lembrava o câmpus da Universidade de Brasília” (MARTINI; PARIZOTTO, 2005, p. 04 apud OLIVEIRA, 2006), era composto por dois edifícios lineares em forma de “T” que se conectam por meio da Grande Praça, o edifício principal possuía 300 m de comprimento e três pavimentos, seria destinado ao Ensino e Pesquisa; Biblioteca Central de Comunicações e Computação, enquanto que o outro teria 100 m e dois pavimentos, abrigando a Reitoria e os Serviços Gerais e Assistenciais. Com uma baixa taxa de ocupação, o plano se estendia para além de toda a área planejada pela Comissão de Desenvolvimento de Maringá (Codem), alcançando o Centro Esportivo Municipal, que seria utilizado também pela Universidade, conectando-se ao câmpus por uma passagem subterrânea. Equipamentos como o Centro de Vivências (moradia estudantil), Hospital Escola, Teatro ao ar livre e Clube do Lago foram dispostos nas áreas limítrofes ao perímetro do terreno. Entretanto, foi constatado que o projeto possuía alguns pontos passíveis de revisão:

Após análise, constatou-se que o projeto apresentava graves deficiências, pois não considerava a topografia do terreno, apresentava falta de relacionamento físico interdepartamental, excesso de área destinada à circulação nos edifícios, superdimensionado (19.140 alunos), sub dimensionamento da biblioteca, elevado custo de execução, além do perímetro do terreno desatualizado. (1976, apud MELO, 2001, p. 87)*

*Portaria n.º 339/75, constantes às fls. 22 e 23 do Processo n.º 1.339/76, arquivado na divisão de Protocolo da UEM

Mesmo com alterações, um relatório formado pelo Grupo de Planejamento Físico (GPF) constatou que o projeto seria inviável, sendo necessária a criação de um segundo plano piloto. Essa análise mais aprofundada sobre o Projeto UMA foi influenciada pela Reforma Universitária de 1968, no qual se buscava uma universidade com caráter não só profissionalizante, mas também que envolvesse novas experiências, a pesquisa e a extensão (Avanci, 2016).

1. Implantação do Plano UMA. Fonte: Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social/Caixa Econômica Federal. Sem escala. Organizada por Yvaldyne Maria de Couto Melo.

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1. Segundo plano diretor.

Fonte: BONGESTABS, Domingos Henrique; PRADO, José Marcos Loureiro; LERNER, Jaime.

Organizada por Yvaldyne Maria de Couto Melo.

O segundo plano, elaborado pela mesma equipe de arquitetos, foi aprovado em 1977. Com uma maior taxa de ocupação e utilizandose de praticamente toda a área destinada à sua construção, o projeto era setorizado por atividades em uma malha regular com três eixos oblíquos, que na sua intersecção formariam espaços hexagonais e triangulares servindo como pátios, auditório, cantina ou instalação sanitária, os blocos seriam modulares e térreos, mas poderiam ser expandidos posteriormente. Este plano, entretanto, apresentava problemas de acessibilidade e mobilidade, como os acessos de veículos eram limitados ao perímetro da área, os usuários deveriam deslocar longos percursos a pé, dificultando também a manutenção dos edifícios (Oliveira, 2006).

Em 1981, a Divisão Técnica (TEC) da Prefeitura do Câmpus (PCU), que passou a ser responsável pelo plano piloto após o fim do GPF, estabeleceu alterações que

[...] permitissem: diminuir a taxa de ocupação do solo, implantar a infra-estrutura necessária, melhorar e ventilação, a segurança e a acessibilidade aos blocos, propondo uma redistribuição destes na área da malha com maior distância entre si e aumentando a área construída por bloco didático-administrativo em 20%, os quais passaram a ter três pavimentos ao invés de dois pavimentos e um mezanino (MELO, 2001, p. 102).

Com a retirada de alguns blocos e redistribuição da malha por meio da ampliação dos bolsões internos, foi possível ter acesso ao interior da área e garantir a entrada de veículos, entretanto, segundo Oliveira (2006) isso gerou espaços segmentados e pouco aproveitados. Os blocos C23, C67, D34, F67 e G34 passaram a ter três pavimentos para aumentar a taxa de ocupação. A implantação do segundo plano teve continuidade a partir da aprovação da nova proposta em 1981.

Atualmente grande parte dos edifícios foi construída, contudo, o plano foi descaracterizado. Alguns blocos deram lugar a estacionamentos, que era algo escasso nos antigos projetos ocasionando problemas de deslocamento, outros adquiriram outra forma e materialidade. A situação atual é que 47 anos após o início da sua execução, o projeto segue inacabado.

2. Implantação do Plano UMA. Fonte: Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social/Caixa Econômica Federal. Sem escala. Organizada por Yvaldyne Maria de Couto Melo.

o campus pioneiro

1. Localização do Campus Pioneiro. Fonte: DOP/PCU. Modificado pela autora.

Simultaneamente a construção dos blocos definitivos, o Campus Provisório, também chamado de Campus Pioneiro, foi executado com o objetivo de viabilizar a ocupação da área e atender as necessidades imediatas da universidade enquanto os edifícios definitivos eram construídos, tanto para ministrar as aulas quanto para realizar as atividades administrativas. O campus começou a ser implantado em 1972 na área adjacente à Avenida Colombo após a desapropriação de algumas edificações e a escolha do lugar não afetaria de imediato a construção do Plano UMA.

Para possibilitar a execução, foi adotado o sistema pré-fabricado, utilizou-se uma variedade de materiais e sistema construtivos, mas a maioria dos edifícios construídos até 1975 foi feita em concreto, chapas de fibrocimento, esquadrias basculantes em madeira e vidro e cobertura em fibrocimento. Posteriormente, os blocos em geral foram construídos em alvenaria leve (estrutura em concreto e vedação em alvenaria cerâmica) a fim de melhorar o conforto térmico em comparação aos pré-fabricados, estes buscavam também estabelecer uma identidade visual com os blocos definitivos do segundo plano.

A organização interna é a mesma adotada em grande parte dos edifícios definitivos – uma disposição linear no qual há um corredor central escuro com portas nas extremidades e salas de

dimensões geralmente iguais organizadas bilateralmente ao eixo do corredor. Essa tipologia permitiria a expansão longitudinal do edifício, sem afetar a forma, quando não havia mais espaço para expansão foram construídos anexos ou os espaços foram remanejados internamente, o que aconteceu também com os edifícios definitivos, causando prejuízos na ventilação, insolação e circulação.

Com exceção das quadras poliesportivas e da antiga Cantina Central, a qual se encontra fechada e com risco estrutural, o Campus Provisório dispõe minimamente de espaços planejados para o convívio e lazer dos usuários, sendo necessário o deslocamento até o Campus Definitivo. Esse trajeto de deslocamento do trecho Pioneiro até o Definitivo associa-se também à falta de espaços adequados para ministrar aulas e palestras, tendo que haver mudanças constantes para outras salas que geralmente se localizam no campus definitivo.

É notável, então, que a ocupação do campus sede foi e ainda é um processo longo, lento e inconcluso. O Campus Definitivo não foi executado conforme projeto e segue inacabado até os dias de hoje, enquanto que o campus provisório tornou-se permanente dadas as quase cinco décadas de funcionamento e alunos e

2. Planta do Bloco 10. Fonte: DOP/PCU. Modificado pela autora.

professores precisam realizar suas atividades em estruturas precárias, mal planejadas e insuficientes. A demanda por espaços se resolve por meio da construção de anexos ou remanejamentos internos e com a ausência de um plano concreto e diretrizes, a Universidade agora se encontra segregada espacialmente entre definitivo e provisório, sem uma unidade visual, sem legibilidade, sem discussão arquitetônica e sem conforto acústico ou climático.

1. Bloco 10
2. Bloco 101
3. Bloco 23. Fonte: acervo da autora.
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o curso de arquitetura e urbanismo

1. Localização dos principais blocos utilizados pelo curso de Arquitetura e Urbanismo.

Fonte: DOP/PCU. Modificado pela autora.

O curso surge no ano de 2000 por meio da aprovação da resolução nº. 010/2000 - CEP, enquanto que a resolução nº. 040/2004COU sancionou a criação do Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU) em 2004 vinculado ao Centro de Tecnologia. Em conjunto com a Universidade Estadual de Londrina, o DAU também é responsável pelo Programa Associado UEM/UEL de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPU), sendo o primeiro programa paranaense na área de Arquitetura em mestrado e doutorado, criados em 2011 e 2018, respectivamente.

Atualmente, o DAU se localiza no bloco 32 e em algumas salas do 09, ambos do Campus Pioneiro, sendo o primeiro construído em 1974 e o segundo em 1980. Os edifícios são organizados basicamente com uma circulação central e salas dispostas bilateralmente ao eixo de um corredor com pouca iluminação natural, entretanto, os espaços não são suficientes para ministrar todas as aulas, tendo que recorrer a outros blocos em outras localidades da Universidade, como o B12, C67, D34, E34 e 38, que com exceção do 38, se localizam no Campus Definitivo.

No bloco 09, o curso utiliza quatro salas de aulas, as salas restantes são destinadas as engenharias, o edifício passou por uma reestruturação interna e ampliação no ano de 2012, criando as salas da maquetaria, Laboratório de Conforto Ambiental e Ergonomia (LACAE) e o Centro Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo (CAAU). Já o bloco 32 abriga o DAU (secretaria, coordenação e chefia), PPU, Centro de Pesquisas e Documentação Arquiteto José Augusto Bellucci (CEPEDOC), nove salas de professores, duas salas de aula, auditório, sala de informática, instalações sanitárias, copa e dml.

Por se tratarem de estruturas pré-moldadas com o objetivo de atender a demanda imediata do início da construção da UEM, os edifícios em geral não atendem aos cursos e suas necessidades específicas, ocasionando prejuízo no ensino. Problemas de ventilação, iluminação e conforto térmico também são questões recorrentes. Os blocos 09 e 32 são projetos que existem provisoriamente há mais de 50 anos e resistem de maneira precária até os dias de hoje, assim como muitas edificações do Campus Pioneiro.

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2. Forro comprometido no Bloco 32 Fonte: acervo da autora.
1. Planta do Bloco 09.
2. Planta do Bloco 32. Fonte: DOP/PCU. Modificado pela autora.
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DO PROVISÓRIO AO PERMANENTE

Para realizar a reestruturação do campus, foi necessário um estudo do espaço existente. Os blocos abrigam os Centros de Ciências da Saúde, Ciências Humanas, Tecnologia, Ciências Agrárias e Ciências Biológicas, que utiliza apenas uma sala no bloco 111. Três blocos são utilizados como salas de aula e a parte administrativa se desmembra em vários blocos diferentes, os edifícios se distribuem em uma malha relativamente regular, entretanto não há uma organização clara na forma e nos usos. As três quadras poliesportivas (QE1, QE4, QE2), além da academia (QE3) se encontram distantes do centro esportivo. Os oito estacionamentos são térreos e localizam-se nas bordas do campus, totalizando cerca de 450 vagas. Em questão de área, os blocos provisórios ocupam 25.545m², entretanto, devido a baixa taxa de ocupação e gabarito geralmente térreo, os usos se espraiam pelo campus. o campus existente

ÁREAS BLOCOS PROVISÓRIOS

Centro Bloco Área (m²)

CCS (Centro de Ciências da Saúde) 1, 2, 3, 111, 126, Q04, QE3, QE5

CCH (Centro de Ciências Humanas) 4, 7, 8, 10, 24, 118

CTC (Centro de Tecnologia) 9, 12, 13, 19, 20, 32 3.182

CCE (Centro de Ciências Exatas) 15, 16, 17, 18, 22, 23, 24, 25, 26, 31

CCA (Centro de Ciências Agrárias) 5,07

Salas de aula 31, 33, 38

Instalações complementares

1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 11, 14, 25, 28, 29, 30, 35, 36, 39, 40, 41, 42, 101, 102, 103, 106, 108, 109, 110, 111, 113, 115, 117, 119, 120, 123, 124, 130, Q01, Q02, Q03, Q05, Q07

Total: 25.545

1. Setorização do Campus Pioneiro. Fonte: DOP/PCU. Modificado pela autora.

o campus proposto

Uma das premissas para a elaboração do projeto foi a preservação da arborização existente, deste modo, o “reparcelamento” das quadras e os caminhos foram definidos de forma interferir minimamente na massa vegetativa, as árvores que precisaram ser removidas foram distribuídas pela área. Os caminhos, que antes contavam com cerca de 1,50 metros de largura, agora mais generosos, possuem 4,00 metros, a passarela central de 5,00 metros foi ampliada para 12,00 metros e se estende transversalmente a fim de demarcar esse eixo central e distribuir os principais fluxos.

As vias existentes foram mantidas, alguns estacionamentos no térreo permaneceram, mas em vagas laterais, grande parte agora se concentra no subsolo em dois pavimentos, com capacidade para 642 veículos, os dois acessos de veículos se dão pela passarela central.

A verticalização foi um fator determinante para a elaboração dos edifícios, uma vez que “verticalizar e liberar o solo mantém a proximidade física entre as unidades universitárias, além de liberar espaço para promover a integração da comunidade universitária” (Melo, 2001). A elevação do gabarito e consequente diminuição da taxa de ocupação proporciona também a criação de mais áreas livres, elemento que se faz pouco presente no campus existente, onde se prevalecem vários blocos geralmente térreos em praticamente toda a área.

Apesar da reestruturação quase que total do Campus Pioneiro, optou-se pela manuteção de alguns blocos, dentre eles, o Museu da Bacia do Paraná e seu bloco anexo, que são patrimônios tombados, o recente bloco Q07, e o bloco 10, considerado um dos mais bem preservados entre os blocos provisórios, tendo poucas reformas e alterações nas características originais. A intenção é restaurar o edifício mantendo sua tipologia e acomodar um pavilhão multiuso para realização de oficinas, exposições e palestras, trazendo uma nova função ao bloco ao mesmo tempo que conserva a memória de um campus que, embora provisório, exerceu um papel significativo durante 50 anos.

campus sem legibilidade na organização e nas tipologias

caminhos mínimos e apertados

segregado espacialmente, sem unidade visual ou qualidade arquitetônica

implantação campus existente blocos a permanecer

escasssez de áreas livres e espaços de lazer

blocos majoritariamente térreos ocupando praticamente toda a área do campus

edifícios administrativos espraidos pelo campus

Instalações

Pavilhão

Instalação

Cantina

Auditório

diagrama de fluxos

DIDÁTICO

ADM/SERVIÇOS

DIDÁTICO

ÁREAS LIVRES

DIDÁTICO

ÁREAS LIVRES

ADM/SERVIÇOS SERVIÇOS

DIDÁTICO

ÁREAS LIVRES

ÁREAS LIVRES

DIDÁTICO

DIDÁTICO

ADM/ SERVIÇOS ADM/SERVIÇOS

ÁREAS LIVRES

DIDÁTICO DIDÁTICO

ÁREAS LIVRES

de setorização

diagrama
R. PROF. GUIDO INÁCIO BERSCH
AV. MARIO CLAPIER URBINATTI
R. PROF. ITAMAR ORLANDO SOARES R. UNIVERSITÁRIA
R. MANDAGUARI

PROPOSTA DE OCUPAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

AMBULATÓRIO E FARMÁCIA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS INSTITUTO DE LÍNGUAS

CENTRO DE TECNOLOGIA

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

BLOCOS DIDÁTICO PEDAGÓGICOS

REITORIA

PAVILHÃO DE ACESSO AO SUBSOLO

INSTALAÇÃO SANITÁRIA

CANTINA

AUDITÓRIO

BLOCO DAS ARTES

BLOCO DA MÚSICA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

BLOCOS EXISTENTES (MUSEU DA BACIA DO 17 ACOLHIMENTO

PARANÁ E ANEXO, BLOCO 10 E BLOCO Q07)

MAIO
CORTE AA - CAMPUS ESCALA 1/1250
CORTE BB - CAMPUS ESCALA 1/1250
CORTE CC - CAMPUS ESCALA 1/1250
CORTE DD - CAMPUS ESCALA 1/1250
1. Isométrica do Campus proposto.

blocos didático pedagógicos

Foram desenvolvidas duas tipologias de blocos que se diferem no tamanho, senum com 70 metros de comprimento e outro com 40 metros, e no layout. Ambos os edifícios possuem o mesmo sistema estrutural de pilar e laje nervurada que permite maiores vãos, sendo que o módulo se dá de 10 em 10 metros.

A materialidade se concentra no concreto e no tijolinho, elementos já presentes em outros blocos da Universidade, o objetivo é estabelecer uma unidade visual e integrar os espaços. Em questão de conforto ambiental, foram criados rasgos nas lajes que conectam os pavimentos e aliados ao lanternim e aos cobogós de tijolo vazado nos corredores, auxiliam na ventilação natural. Brises horizontais protegem as fachadas Norte e Sul, promovendo maior conforto térmico.

No térreo o acesso se dá pela fachada sul e concentram-se áreas mais livres; biblioteca e cantina; e a administração; coordenação e chefia, secretaria, sala de reunião e sala de professores; no bloco de 70 metros há também salas multiuso. Em cada pavimento é disposto um auditório para 47 pessoas, que pode ser utilizado para realização de palestras, defesas ou apresentações no geral. O primeiro e segundo pavimento são destinados ao ensino, contendo salas de aula que comportam 36 alunos e salas de estudos. Além disso, há as instalações sanitárias para alunos e funcionários, copa e d.m.l.

1. Isométrica do bloco didático pedagógico 1
2. Isométrica do bloco didático pedagógico 2.

PROJEÇÃO BRISE

PROJEÇÃO ILUMINAÇÃO ZENITAL

PLANTA TÉRREO BLOCO DIDÁTICO PEDAGÓGICO 1

1/250

PROJEÇÃO JANELA

1º E 2º PAVIMENTOS BLOCO DIDÁTICO PEDAGÓGICO 1

PROJEÇÃO COBERTURA

PLANTA
ESCALA 1/250
ESCALA

TELHA TERMOACÚSTICA

CAIXA D'ÁGUA V=21,75m³ CALHA

LAJE TÉCNICA IMPERMEABILIZADA

PREVISÃO DE INSTALAÇÃO DE MÁQUINAS PLATIBANDA

PLANTA COBERTURA BLOCO DIDÁTICO PEDAGÓGICO 1 ESCALA 1/250

TELHA TERMOACÚSTICA

LEGENDA BLOCO DIDÁTICO PEDAGÓGICO 1

SALA PROFESSORES (36 LUGARES)

CHEFIA E COORDENAÇÃO

SECRETARIA

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS FEM. E MASC.

DEPÓSITO

INSTALAÇÃO SANITÁRIA FUNCIONÁRIOS MASC.

INSTALAÇÃO SANITÁRIA FUNCIONÁRIOS FEM. D.M.L.

AUDITÓRIO 47 LUGARES

PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

CIRCULAÇÃO/ACOLHIMENTO

SALA DE AULA (36 LUGARES)

SALA DE ESTUDO COLETIVO (24 LUGARES)

A=60,76m²

A=19,92m²

A=9,84m²

A=19,89

A=3,80

A=6,79m²

A=9,57m²

A=4,23m²

A=29,76m²

A=60,76m²

A=12,75m²

A=15,36m²

A=60,76m²

A=60,76m²

A=218,50m²

A=60,76m²

A=29,76m²

A=181,92m² 5 INSTALAÇÃO SANITÁRIA

A=3,80 A. TOTAL=2.185m²

PROJEÇÃO BRISE

PROJEÇÃO BRISE PROJEÇÃO

PROJEÇÃO ILUMINAÇÃO ZENITAL

PROJEÇÃO ILUMINAÇÃO ZENITAL ILUMINAÇÃO

5 7

A=14,40m²

A=75,76m²

A=60,76m²

A=60,76m²

A=184,76m²

A=407,22m²

A=60,76m²

A=29,76m²

A=283,14m²

A. TOTAL=3.713m²

+12,15

+10,50

+7,00

+3,50

PREVISÃO DE INSTALAÇÃO DE MÁQUINAS

COBERTURA BLOCO DIDÁTICO PEDAGÓGICO 2 ESCALA 1/250

CORTE AA - BLOCO DIDÁTICO PEDAGÓGICO 2 ESCALA 1/250

PLANTA
CAIXA V=39,75m³
TELHA TERMOACÚSTICA
LAJE TÉCNICA IMPERMEABILIZADA
PLATIBANDA
ALÇAPÃO

blocos administrativos e de serviços

Na parte central do projeto, a praça cívica constitui-se de uma praça seca, agrupando a reitoria, o auditório, a cantina, a instalação sanitária e o pavilhão de acesso ao subsolo, com uma tipologia diferente dos blocos didáticos, o campus ganha legibilidade. Os edifícios, com exceção da reitoria, possuem uma modulação de 16x16 metros para compatibilizar com a estrutura do subsolo. Com materialidade de concreto e pilares de seção circular, a paisagem da praça cívica diferencia-se das áreas didáticas.

A reitoria concentra as atividades administrativas do campus, composta pelas seis Pró-Reitorias, a Prefeitura do Campus, a Assessoria de Comunicação Social e a Procuradoria Jurídica, que foram distribuídas nos dez pavimentos, destaca-se do entorno e marca a paisagem. No térreo há a predominância do vazio, não tendo fechamentos para permitir a livre passagem, os ambientes construídos são o auditório com capacidade para 181 pessoas, a instalação sanitária e a recepção com copa e depósito.

Em cada pavimento, uma quina foi destinada a um espaço vazio, intercalando de pavimento em pavimento, trazendo um respiro para o edifício. O último andar destina-se ao gabinete do reitor, também estações de trabalho coletivas, sala de assessoria, sala de reuniões, instalações sanitárias, copa, depósito e d.m.l. Os oito andares restantes possuem layout semelhante, e destinam-se à Assessoria de Comunicação Social (ASC), a Procuradoria Jurídica (PJU), Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG), Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PEC), Pró-Reitoria de Ensino (PEN), PróReitoria de Recursos Humanos e Assuntos Comunitários (PRH), Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (PLD), Pró-Reitoria de Administração (PAD) e Prefeitura do Câmpus Universitário (PCU).

1. Isométrica da reitoria.
(1)
PLANTA PAVIMENTO TIPO REITORIA - PRAÇA CÍVICA
CÍVICA
PLANTA GABINETE DO REITOR REITORIA - PRAÇA CÍVICA ESCALA 1/250

TELHA TERMOACÚSTICA INC.: 10%

LAJE TECNICA INC.: 1% DE MÁQUINAS

CAIXA D'ÁGUA V=51,00m³ INSTALAÇÃO

ALÇAPÃO

CAIXA D'ÁGUA V=51,00m³ PREVISÃO DE DE INSTALAÇÃOMÁQUINAS PREVISÃO DE LAJE IMPERMEABILIZADA

PLANTA COBERTURA REITORIA - PRAÇA CÍVICA

ESCALA 1/250

CORTE AA - REITORIA ESCALA 1/250

O pavimento tipo se constitui de salas com estações de trabalho coletivas, sala da chefia, instalações sanitárias, copa, depósito e d.m.l., as varandas ocupam um dos cantos de cada pavimento de maneira alternada. A circulação vertical no centro do edifício é iluminada por uma claraboia. Com grandes faixas de vidro, as fachadas Norte e Oeste foram protegidas com brises verticais.

O auditório teve grande inspiração na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, o volume redondo e monolítico de concreto comporta 278 pessoas no térreo e 136 pessoas no mezanino. As instalações sanitárias são iluminadas por claraboias e são as únicas aberturas além das portas.

Próximo ao auditório, uma instalação sanitária atende ao público geral, as entradas em diagonal deixam o acesso menos direto e a laje vazada cria um pátio interno.

(1)

A cantina com gabarito mais baixo não possui fechamentos, com exceção da cozinha e do depósito, sendo de livre acesso para os usuários. As faixas de cobogó de tijolo, além de ventilar, protegem as fachadas e demarcam as entradas. A escada helicoidal leva para o terraço jardim que proporciona uma visão diferente da paisagem e também auxilia no conforto térmico, a laje de cobertura é vazada em parte do bloco para permitir a entrada de luz natural no pátio descoberto.

1. Isométrica da reitoria.

2. Isométrica da instalação sanitária.

3. Isométrica da cantina.

(2)
(3)
PLANTA TÉRREO
ESCALA 1/250
PLANTA MEZANINO
ESCALA 1/250
CORTE

LEGENDA AUDITÓRIO

1 ACESSO PRINCIPAL

2 ANTE CÂMARA

3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS FEM. E MASC.

4 D.M.L.

CAIXA D'ÁGUA V=17,47m³ ALÇAPÃO

PLANTA MEZANINO AUDITÓRIO ESCALA 1/250

A=22,95m²

A=12,50m²

A=25,98m²

A=3,98m²

5 INSTALAÇÃO SANITÁRIA FEM. CAMARIM A=3,83m²

6 INSTALAÇÃO SANITÁRIA MASC. CAMARIM A=3,78m²

7 APOIO/CAMARIM A=33,50m²

8 PLATEIA (278 LUGARES)

A=346,73m²

9 PALCO A=100,53m²

10 MEZANINO (136 LUGARES)

A=196,20m² A. TOTAL=816m²

CLARABOIA CLARABOIA

PROJEÇÃO DA COBERTURA

A=84,36m² VARANDA

A=182,46m²

COZINHA DEPÓSITO

A=19,68m²

A=9,84m² PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

ALÇAPÃO

CAIXA D'ÁGUA

V=16,38m³

PLANTA CANTINA ESCALA 1/250
PLANTA COBERTURA CANTINA ESCALA 1/250
CORTE AA - CANTINA ESCALA 1/250

PROJEÇÃO DA COBERTURA

PROJEÇÃO ILUMINAÇÃO ZENITAL

A. TOTAL=272m²

PLANTA INSTALAÇÃO SANITÁRIA ESCALA 1/250

CORTE AA - INSTALAÇÃO SANITÁRIA ESCALA 1/250

PLANTA INSTALAÇÃO SANITÁRIA ESCALA 1/250

Na praça cívica também há o pavilhão de acesso ao subsolo, com características semelhantes ao acolhimento, localizado no acesso pela Avenida Colombo. Ambos possuem pilares redondos, materialidade predominante de concreto aparente e cobogós de tijolo vazado. Na cobertura as placas solares contribuem na geração de energia sustentável.

O acolhimento, localizado próximo à entrada pela Avenida Colombo, é composto por instalações sanitárias, guarda volumes, poltronas e mesas e área expositiva, permitindo a permanência dos que estão de passagem pelo campus.

(1)
(2)

O ambulatório e a farmácia foram dispostos em dois blocos conectados por uma passarela coberta. Um jardim interno contribui para a vista e salubridade do ambulatório, que conta também com recepção, sala de espera, consultórios, salas de triagem, sala de serviço, sala de curativos, sala de observação, sala de medicação e reidratação, sala de terapia em grupo, instalações sanitárias, copas, almoxarifado e d.m.l.

Na farmácia, um balcão de atendimento no centro do edifício divide o estoque da parte expositiva de medicamentos, com grandes esquadrias de vidro para também permitir salubridade.

1. Isométrica do pavilhão de acesso ao subsolo.

2. Isométrica do acolhimento.

3. Isométrica do ambulatório e farmácia.

(3)

PROJEÇÃO DA COBERTURA

PROJEÇÃO LAJE

PLANTA PAVILHÃO DE ACESSO AO SUBSOLO ESCALA 1/250
PLANTA COBERTURA PAVILHÃO DE ACESSO AO SUBSOLO ESCALA 1/250
CORTE AA - PAVILHÃO DE ACESSO AO SUBSOLO ESCALA 1/250
ESTRUTURA METÁLICA E PLACAS FOTOVOLTAICAS
TOTAL=630m²

AMBULATÓRIO E FARMÁCIA

LAJE TÉCNICA IMPERMEABILIZADA INC.: 1% INC.: 1%

CAIXA D'ÁGUA V=16,38m³

ALÇAPÃO

COBERTURA AMBULATÓRIO E FARMÁCIA

TELHA TERMOACÚSTICA INC.: 10%

CORTE AA - AMBULATÓRIO E FARMÁCIA

1/250

TELHA TERMOACÚSTICA INC.: 10%

PLATIBANDA

PLANTA
ESCALA 1/250
PLANTA
ESCALA 1/250
CALHA CALHA

A decisão de se manter o Bloco 10 é devido a boa conservação das suas características originais, no sentido de que não houve alterações muito significativas nas fachadas, com exceção da inserção de algumas esquadrias que serão removidas a fim de seguir mais fielmente o projeto original.

A configuração interna atualmente é de várias salas que são subdivididas, causando problemas de insolação e ventilação. O uso do edifício passou de didático-pedagógico para cultural, o objetivo é restaurá-lo e transformá-lo em um museu.

Dessa forma, decidiu-se por restaurar as fachadas e fechar algumas esquadrias para resgatar o projeto original, além de remover as divisórias internas, formando, assim, um grande pavilhão multiuso para expor, realizar palestras e oficinas, conservando a memória do Campus Pioneiro que exerceu um papel significativo por 50 anos.

1. Isométrica do bloco 10.
PLANTA EXISTENTE BLOCO 10 ESCALA 1/250
CORTE AA - BLOCO 10 EXISTENTE ESCALA 1/250

PLANTA INTERVENÇÃO BLOCO 10 ESCALA 1/250

CORTE AA - BLOCO 10 INTERVENÇÃO ESCALA 1/250

A INTERVENÇÃO NA PREEXISTÊNCIA DUAS VIGAS LONGITUDINAIS ASSUMEM O REFORÇO ESTRUTURAL

LEGENDA BLOCO 10 INTERVENÇÃO

Uma das principais referências estudadas para a concepção da FAU UEM foi com certeza a FAU de Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi de 1969. No contexto da ditadura, Artigas tenta recuperar seu direito de ser arquiteto, o projeto da FAU é concomitante a reestruturação e revisão curricular da própria escola, nesse sentido, o arquiteto, que também participou deste processo, aposta na “[...] formação de um profissional múltiplo que enfrentasse todas as escalas necessárias para a construção de um país justo e soberano” (Barossi, 2016).

O edifício é um espaço aberto, transparente e fluido, a circulação e o convívio entre pessoas é o elemento essencial, sendo o encontro também uma forma de disseminação de aprendizado. Os seis pavimentos são interligados por rampas que dão a sensação de ser um só plano, permitindo as conexões horizontais e verticais.

Segundo Artigas, as divisões e os andares não seccionam o edifício, mas dão mais função, essa amplitude aumenta o grau de convivência, de comunicação, de encontros, incentivando a vida comunitária. “[...] pensei-o como a espacialização da democracia, em espaços dignos, sem portas de entrada, porque o queria como um templo onde todas as atividades são lícitas” (Artigas apud Puntoni et al, 1997: 101) Barossi, 129.

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1. Corte tranversal. Fonte: ArchDaily

Em relação ao programa, a FAU se constitui, de maneira geral, de ateliês, ateliês interdepartamentais, departamentos, museu, fórum, oficinas e biblioteca. Entretanto, em relação à formação do indíviduo, o edifício extrapola as questões programáticas, incorporando espaços que contemplem ideias de liberdade, cidadania, trabalho coletivo, encontros e compartilhamentos. Dessa forma, as exposições, a espera, as reuniões e os usos imprevistos foram incorporados ao programa como itens fundamentais para a escola, como ambientes de descoberta, de aprendizado, troca de conhecimento e exercício da cidadania.

Destaca-se também o salão caramelo, uma representação do espaço urbano, atuando como um fórum, não se limita à realização de exposições, festas, assembléias, mas configura um espaço que permanentemente convida a comunidade da escola a praticar a coletividade.

(1)
1. Croqui de Artigas do espaço interno da FAU. Fonte: Vitruvius

A escolha desse projeto como referência se deu principalmente pelas conexões, integrações, o encontro, o edifício ser capaz de proporcionar o senso de coletividade, a troca de conhecimento, a urbanidade. Os cheios e vazios, racionalização da estrutura e fluidez da forma também são alguns pontos a se destacar.

(2)
(3)
2. Vista do salão caramelo.
Fonte: Marcos Santos/ USP Imagens.
3. Croqui de Artigas da fachada da FAU. Fonte: Jornal USP.

O outro projeto analisado foi a FAU UFBA de Diógenes Rebouças. Assim como a UEM, a UFBA precisou se utilizar da construção de caráter provisório enquanto as estruturas definitivas eram construídas tanto para que se tivesse posse efetiva do terreno quanto para garantir provisoriamente melhores instalações para a Escola. Alguns pavilhões foram demolidos, entretanto, outros, ainda que precários, ainda recebem atividades.

1. Croqui da FAU UFBA. Fonte: Faculdade de Arquitetura da UFBA.

2. Foto aérea da FAU UFBA.

Fonte: ArchDaily.

De caráter brutalista, a FAU de Rebouças aproxima-se da FAU de Artigas, no qual os programas desenvolvem-se no entorno de um pátio central, no caso da UFBA, este pátio é aberto. A exposição da dos elementos estruturais, instalações complementares e também dos materiais em seu estado natural demonstram a postura de evidenciar o método construtivo.

(2)
(1)

Para Rebouças, a topografia foi um elemento importante para a concepção do projeto, cada volume do edifício se distribui em cotas distintas que possibilitam também uma organização funcional do espaço, também. Os três volumes em concreto aparente, por meio de um jogo volumétrico, se entremeiam de cheios e vazios, avanços e recuos, que gera amplitude espacial e uma composição de contrastes. O grande pórtico proporciona um vão de pé direito duplo e proporciona a integração do vazio com os outros dois volumes, além de distribuir o fluxo de pessoas, é um espaço de convergência e de convivência.

O resultado do conjunto implantação, distribuição espacial e materialidade permite que o edifício tenha uma boa ventilação e sombreamento, flexibilidade de usos e múltiplas possibilidades de percurso. A relação com a paisagem faz com que os espaços internos e externos recebessem igual importância, destacase a preocupação do arquiteto de relacionar a Faculdade com a paisagem, emoldurando-a no horizonte.

(3)
3. Vista da escada helicoidal e pórtico. Fonte: ArchDaily.

O programa do edifício é composto por biblioteca, auditórios, salas de pós graduação, ateliês, administração, cantina, empresa júnior, salas de aulas, marcenaria e carpintaria, LACAM (Laboratório de Conforto Ambiental e Tecnologia Sustentáveis), LCAD (Laboratório de estudos avançados em Cidade, Arquitetura e Tecnologias Digitais), e laboratório de informática. Anexo ao prédio de Diógenes, há também o Módulo Iansã, um laboratório de construção, cuja autoria é de João da Gama Filgueiras Lima (Lelé).

Assim como na FAU de Artigas, as conexões, a integração, os cheios e vazios e a racionalização da estrutura são elementos que auxiliarão no projeto da FAU UEM. A questão do conforto ambiental, do uso de materiais condizentes com o clima tropical, a conexão interior/exterior por meio de planos de vidro e aberturas também são itens a serem considerados.

(1)
1. Vista abaixo do pórtico.
Fonte: Manuel Sá.

A elaboração de um edifício destinado ao curso de Arquitetura e Urbanismo sempre teve um grande foco neste trabalho. Essa vontade parte da vivência diária da autora nos blocos 09 e 32, blocos provisórios que datam dos anos 1970 e que no fim se tornaram permanentes. A precariedade é clara e a falta de infraestrutura muitas vezes prejudica o ensino.

De maneira a manter a mesma linguagem utilizada nos demais blocos didáticos, a FAU possui a mesma planta com corredor central e salas dispostas no eixo dessa circulação. A materialidade também manteve-se, com uso predominante do concreto aparente e tijolinho. O edifício, no entanto, possui uma área maior e mais pavimentos devido as necessidades específicas do curso de Arquitetura, conforme pensava Diógenes Rebouças em relação à FAU UFBA de haver uma necessidade de se fazer uma arquitetura de qualidade para o ensino dela própria.

O foyer expositivo de pé direito duplo no subsolo acompanha o auditório com 305 lugares, ambos estão a meio nível abaixo do térreo (-1,75) para criar diferentes diferentes planos, proporcionando integração entre os pavimentos.

(1)
1. Isométrica da FAU.

Já no térreo (0,0) com entrada livre, o vazio predomina, destinado à área administrativa e de professores, o pavimento conta com salas de coordenação e chefia, sala de reuniões, sala e copa de professores, instalações sanitárias e uma copa coletiva aberta à comunidade acadêmica. As esquadrias de cor laranja distinguem o setor.

A meio nível acima do térreo (+1,75) , há o pavimento da maquetaria que conecta-se com os demais pavimentos por meio de rampas com guarda corpo em vermelho. A maquetaria é disposta de várias mesas com dimensões maiores, banquetas e armários para guardar materiais, o LACAE e o CAAU também estão dispostos nesse pavimento. Predomina-se a cor azul claro, o intuito de setorizar os diferentes usos e pavimentos é de trazer legibilidade para o edifício.

As circulações verticais e blocos de instalações sanitárias mantiveram-se similares aos outros blocos didáticos, entretanto, o elevador foi realocado para perto das instalações sanitárias dos funcionários e os dois conjuntos de escadas agora protegem-se do exterior por meio de cobogós vazados, acompanhados de um vazio que interliga todos os pavimentos e permite a vista para a paisagem.

O mezanino (+3,50) possui caráter mais coletivo, no corredor, o vão entre os pilares conformam um espaço para estudo, com mesas e cadeiras, a biblioteca é envidraçada para permitir a transparência do espaço, ao lado, há um grupo de pesquisa, as paredes opacas trazem privacidade, além disso, há também a cantina que se abre por meio das janelas com articulação vertical, e a praça de alimentação.

Acima da maquetaria, com referência em Artigas, pensou-se em um espaço aberto e transparente, com grandes planos de esquadrias inspiradas nas esquadrias da Bauhaus, que são protegidas por brises metálicos nas fachadas oeste e sul, no salão azul (+5,25) a comunidade convive, conecta-se nas poltronas e mesas de estudo, é um espaço de permanência e integração.

O primeiro pavimento é destinado aos ateliês (+7,00), avançando seis metros em relação ao térreo e ao mezanino, o pavimento conforta um “L” que proporciona o pé direito duplo ao salão azul. Há duas grandes salas para 60 alunos que separam-se por um móvel com armários e área do professor, também, uma outra sala para 60 alunos sem o móvel e uma sala para 36 alunos, nas extremidades foram posicionadas as lajes técnicas.

No último pavimento (+10,50), concentram-se as salas de aula, sendo quatro salas de 36 alunos, duas salas de 60 alunos, três salas de apresentação para 47 pessoas e laboratório de informática para 36 alunos, além das lajes técnicas e depósito. Os rasgos nas lajes possibilitam a entrada e distribuiçao de luz natural proveniente do lanternim na cobertura.

A FAU UEM, foi projetada com olhos para grandes referências como Artigas e Rebouças, mas também, no novo projeto do Campus Pioneiro para que não ficasse desconexo do seu entorno e também na arquitetura existente no Campus de hoje, para que não se perca a essência do lugar.

1 FOYER

A=286,83m²

A=22,12m² 2

A=367,85m² 3 ANTE CÂMARA

AUDITÓRIO (305 LUGARES)

INSTALAÇÃO SANITÁRIA

A=3,60m² 4

INSTALAÇÃO SANITÁRIA

A=9,75m² 6

A=16,50m² 5 APOIO

TOTAL=730m²

PROJEÇÃO DO EDIFÍCIO NO TÉRREO

PLANTA SUBSOLO FAU ESCALA 1/250

1 MAQUETARIA

2 LACAE - HELIODON

3 LACAE - MESA D'ÁGUA

4 CAAU

A=146,51m²

A=25,68m²

A=20,40m²

A=47,53m²

5 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS FEM E MASC. A=19,89m²

6 INSTALAÇÃO SANITÁRIA

7 D.M.L.

A=3,80m²

A=3,80m²

8 INSTALAÇÃO SANITÁRIA FUNCIONÁRIOS MASC. A=6,79m²

9 INSTALAÇÃO SANITÁRIA FUNCIONÁRIOS FEM. A=9,78m²

10 COPA

11 SALA PROFESSORES

12 ESPERA

13 SECRETARIA E CHEFIA

14 SECRETARIA E COORDENAÇÃO

15 COPA

16 SALA REUNIÕES

17 CIRCULAÇÃO/ACOLHIMENTO

A=14,25m²

A=75,61m²

A=19,40m²

A=20,58m²

A=20,58m²

A=62,40m²

A=29,44m²

A=1142,88m²

A. TOTAL=1.905m²

PROJEÇÃO COBERTURA

PROJEÇÃO COBERTURA

PLANTA TÉRREO FAU ESCALA 1/250

PROJEÇÃO 1º PAVIMENTO

PROJEÇÃO BRISE

VERTICAL HORIZONTAL

PROJEÇÃO BRISE

1 SALÃO AZUL

2 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS FEM E MASC.

3 INSTALAÇÃO SANITÁRIA

4 D.M.L.

5 INSTALAÇÃO SANITÁRIA FUNCIONÁRIOS MASC.

6 INSTALAÇÃO SANITÁRIA FUNCIONÁRIOS FEM.

7 CANTINA

8 PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

9 BIBLIOTECA

10 GRUPOS DE PESQUISA

11 CIRCULAÇÃO

A=249,75m²

A=19,89m²

A=3,80m²

A=3,80m²

A=6,79m²

A=9,78m²

A=15,50m²

A=78,72m²

A=99,50m²

A=146,02m²

A=545,00m²

A. TOTAL=1.480m²

PLANTA MEZANINO FAU ESCALA 1/250

LEGENDA FAU 1º PAVIMENTO

1 ATELIÊ (60 ALUNOS)

2 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS FEM E MASC.

3 INSTALAÇÃO SANITÁRIA

4 D.M.L.

5 INSTALAÇÃO SANITÁRIA FUNCIONÁRIOS MASC.

6 INSTALAÇÃO SANITÁRIA FUNCIONÁRIOS FEM.

7 ATELIÊ (60 ALUNOS)

8 ATELIÊ (36 ALUNOS)

9 LAJE TÉCNICA

10 LAJE TÉCNICA

11 CIRCULAÇÃO

A=243,04m²

A=19,89m²

A=3,80m²

A=3,80m²

A=6,79m²

A=9,78m²

A=194,04m²

A=145,53m²

A=13,86m²

A=7,98m²

A=530,80m²

A. TOTAL=1.668m²

PLANTA 1º PAVIMENTO FAU ESCALA 1/250

1 SALA DE AULA (36 ALUNOS)

2 DEPÓSITO

A=60,76m²

A=19,89m²

A=3,80m²

A=3,80m²

A=29,76m² 3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS FEM E MASC. 4 INSTALAÇÃO SANITÁRIA 5 D.M.L.

6 INSTALAÇÃO SANITÁRIA FUNCIONÁRIOS MASC.

7 INSTALAÇÃO SANITÁRIA FUNCIONÁRIOS FEM.

8 SALA DE AULA (60 ALUNOS)

9 SALA DE AULA (47 LUGARES)

10 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA (36 ALUNOS)

11 LAJE TÉCNICA

12 LAJE TÉCNICA

13 CIRCULAÇÃO

A=6,79m²

A=9,78m²

A=106,56m²

A=60,76m²

A=60,76m²

A=18,06m²

A=7,98m²

A=761,48m²

A. TOTAL=1.845m²

PLANTA 2º PAVIMENTO FAU ESCALA 1/250

PREVISÃO DE INSTALAÇÃO DE MÁQUINAS

ALÇAPÃO CAIXA
TELHA TERMOACÚSTICA INC.: 10%
TELHA TERMOACÚSTICA
CALHA CALHA
LAJE TÉCNICA IMPERMEABILIZADA
PLATIBANDA
PLANTA COBERTURA FAU ESCALA 1/250

2º PAVIMENTO

SALAS DE AULA

1º PAVIMENTO

ATELIÊS

BIBLIOTECA

MAQUETARIA

TÉRREO

AUDITÓRIO

2º PAVIMENTO

SALAS DE AULA

ATELIÊS

1º PAVIMENTO MEZANINO MEZANINO

BIBLIOTECA

MAQUETARIA

TÉRREO

AUDITÓRIO

2º PAVIMENTO

SALAS DE AULA

1º PAVIMENTO

ATELIÊS

SALÃO AZUL

MAQUETARIA TÉRREO

-1,75 FOYER

AUDITÓRIO

CORTE CC - FAU -2,77 ESCALA 1/250

2º PAVIMENTO

SALAS DE AULA

ATELIÊS

1º PAVIMENTO MEZANINO

BIBLIOTECA

TÉRREO

CORTE DD - FAU

ESCALA 1/250

perspectiva do acesso pela avenida colombo

perspectiva do acolhimento

perspectiva a partir do acolhimento

perspectiva dos blocos didático pedagógicos e reitoria

perspectiva da praça cívica

perspectiva da praça cívica

perspectiva do bloco 10 e praça cívica

perspectiva dos blocos didático pedagógicos e ambulatório

perspectiva a partir da rotatória da rua universitária

da fau

perspectiva
perspectiva da fau

perspectiva do térreo

perspectiva da rampa do térreo

perspectiva do foyer

perspectiva do pavimento da maquetaria

perspectiva da maquetaria

perspectiva do corredor do mezanino e biblioteca

perspectiva do salão azul

perspectiva do primeiro pavimento

perspectiva do primeiro pavimento

perspectiva do segundo pavimento

perspectiva do atelier

Este trabalho foi uma oportunidade para ver a minha realidade, o meu entorno com outros olhos, os olhos da utopia, para poder sonhar com um lugar onde todos possam experienciar a Universidade com dignidade e assim contribuir, por meio da arquitetura, nos seus estudos e na sua vivência em sociedade.

O projeto do Campus, apesar e não ter sido a ideia inicial para o trabalho, foi necessário para que se entendesse a importância do entorno, que o entorno integra, também influencia no que acontece dentro de cada edifício, e no respeito da preexistência, a história, mesmo que não houvesse qualidade arquitetônica. Confirmei a indissociabilidade entre a arquitetura e urbanismo, profissão que almejo.

Pensar em cada um dos blocos trouxe muitos ensinamentos, especialmente a FAU, por me fazer perceber que a arquitetura também é um instrumento de transformação e exerce grande impacto nas relações humanas, que os cheios são importantes, mas os vazios são nobres.

E assim encerro um ciclo de cinco anos, com um projeto que me ensinou tanto e que me inspira a continuar caminhando.

ANDRADE, Vânia Hemb Magalhães. A Faculdade a Arquitetura da UFBA: espaço do projeto, espaço da percepção. 1 ed. Salvador: Edufba. 2019.

AVANCI, R. A. UEM - Campus e planos. 2016. 179 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Universidade Estadual de Maringá, Maringá. 2016.

BAROSSI, A. C. O edifício da FAU-USP de Vilanova Artigas, 1 ed. São Paulo: Editora da Cidade, 2016. 208 p.

CAMARGO, Murilo Silva de. Darcy Ribeiro e a Reforma Universitária de Córdoba: Legados para a Universidade Pública Brasileira. Integración y Conocimiento, N° 8, v. 1, 2018. ISSN 2347-0658. Disponível em: https://dialnet.unirio.br/servlet/ articulo?codigo=8263961. Acesso em: 28 jun. 2024.

FERREIRA, L. P. Restauro e ampliação do edifício da Faculdade de Arquitetura da UFBA. 2020. 220 p. Dissertação (Mestrado em Conservação e Restauração de Monumentos e Núcleos Históricos). Universidade Federal da Bahia, Salvador. 2020.

MELO, Y. M. N. C. Considerações sobre os câmpus públicos e a verticalização como espaço-resposta para a saturação e a fragmentação do espaço físico do Câmpus Sede da Universidade Estadual de Maringá/PR. 2001. 193 f. Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade Estadual de Maringá, Maringá. 2001.

OLIVEIRA, O. A. S. O Câmpus-Sede da Universidade Estadual de Maringá - UEM: um estudo do ambiente construído. 2006. 170 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Maringá, Maringá. 2006.

SARTORELLE, A. M. Arquitetura e Memória: arquitetura e urbanismo no campus pioneiro da UEM. 2024. 57 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Arquitetura e Urbanismo). Universidade Estadual de Maringá, Maringá.

SERAPIÃO, Fernando. Vilanova Artigas e a FAU/USP, 1 ed. São Paulo: Editora Monolito, 2015, 150 p.

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