MOBILIÁRIO PARA PEQUENOS ESPAÇOS POR MEIO DA FABRICAÇÃO DIGITAL

USCS – UNIVERSIDADE DE SÃO CAETANO DO SUL GIOVANNA VILELA FREITAS

MOBILIÁRIO PARA PEQUENOS ESPAÇOS POR MEIO DA FABRICAÇÃO DIGITAL

SÃO CAETANO DO SUL 2023

GIOVANNA VILELA FREITAS

MOBILIÁRIO PARA PEQUENOS ESPAÇOS POR MEIO DA FABRICAÇÃO DIGITAL

Trabalho Final de Graduação realizado com orientação do Professor Me - Antônio Luís do Amaral Machado, apresentado à Universidade Municipal de São Caetano do Sul, como requisito para obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

SÃO CAETANO DO SUL 2023

DESTINADO A FOLHA DE APROVAÇÃO

AGRADECIMENTOS

Quero agradecer primeiramente a Deus por ter me dado saúde e capacidade para chegar no dia de hoje sem ele não teria dado certo. A minha família pelo apoio de cada momento desses 5 longos maravilhosos e aterrorizantes anos, finalizados com sucesso. À minha mãe Cristiane por virar noites comigo, e minha irmã Vitória por elogiar tudo mesmo sem estar pronto.

Ao meu noivo Gustavo por também me auxiliar em momentos que achei que não iria conseguir, me ajudar durante a pandemia quando pensei em desistir ele e por esperar esses anos para realmente chegar o sim no altar.

Ao Toni, meu orientador maravilhoso que aceitou essa loucura incrível comigo.

Foram os melhores atendimentos, e fez com que os últimos meses fossem leves a cada risada compartilhada. E não posso esquecer do Victor Massao Verardi Hiarita, que nas partes criativas e técnicas estava lá para me fazer passar bem em cada ideia possível a ser realizada.

Não posso deixar de citar os amigos que vou levar dessa grande jornada; ao Márcio que se tornou um dos meus melhores amigos aquele pode-se contar em qualquer momento, que tem o coração que não cabe no peito, que nos últimos minutos quando tudo parecia que ia dar errado ele estava lá disposto a ajudar, e fazer acontecer, você foi como um pai pra mim, as meninas que fizeram parte de cada aula e entrega de trabalho. Junto comigo, vocês foram muito essenciais na minha vida, e jamais vou tirá-las da minha lista de pessoas favoritas. Ludmila, Tiemi, Lorena, Bianca Alves e Bianca Monaco agradeço muito por tudo que passamos juntas, e que essa amizade não se acabe nunca na vida!!!

Grata por esses 5 anos vividos, sem me arrepender da vida acadêmica que construí e de cada lembrança que vou levar junto comigo. Só eu saberei o que vivi e contar tudo que foi aprendido e criado dentro da minha vida!

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo geral aprofundar-se na ciência da Fabricação Digital voltada para o design de objetos, e como objetivo específico a criação de uma linha de móveis adequados para pequenos espaços.

A escolha do tema tem como justificativa a percepção de que falta no mercado mobiliários voltados para espaços residenciais de pequenas metragens quadradas; uma realidade imposta pelo mercado da construção civil, uma vez que os espaços construídos de moradia vêm ficando cada vez menores.

Como metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa, foram feitas revisões bibliográficas em duas áreas; 1) a evolução da história do mobiliário brasileiro, observando como o processo de fabricação evoluiu desde os móveis artesanais, passando pelas primeiras experiências de móveis seriados, as primeiras plantas industriais de mobiliário e as primeiras produções em Fabricação Digital.

Nessa pesquisa, vale ressaltar as inspirações nos designes e arquitetos precursores do móvel moderno e seriado no Brasil; como Michel Arnout , Zanine Caldas e Oscar Niemayer; 2) também foram realizadas revisões bibliográficas na questão de ergonomia dos espaços e mobiliários, atentando-se para as Normas NBR e autores como Panero.

Ainda nos procedimentos metodológicos foram revisadas plantas habitacionais produzidas nos últimos dois anos, tendo como referências os seguintes empreendimentos: Residencial San Marino e Residencial Bem – Viver No desenvolvimento do trabalho, de natureza experimental, foram produzidas propostas de desenhos, num primeiro momento testadas e cortadas na CNC Laser, com a montagem de maquetes na escala 1:5 dos mobiliários criados. Como produto final objetivou-se a fabricação dos primeiros protótipos da linha na escala 1:1, tendo como ferramenta de produção a CNC Router.

palavras chave: fabricação digital; mobiliários para pequenos espaços; personalização em massa; fablab; sistema modular de móveis digitais

ABSTRACT

The general objective of the presente work was to study the science of Digital Manufacturing focused on the design of objects, and as a specific objective the creation of a line of furniture suitable for small spaces.

The theme is justified by the perception that the market lacks furniture aimed at residential spaces with small square footage; a reality imposed by the construction market, since built housing spaces are becoming smaller and smaller.

As a methodology used to develop the research, bibliographic reviews were carried out in two areas; 1) the evolution of the history of Brazilian furniture, observing how the manufacturing process evolved from handcrafted furniture, through the first experiences of serial furniture, the first industrial furniture plants and the first productions in Digital Manufacturing. In this research, it is worth highlighting the inspirations in the designers and architects who pioneered modern and serial furniture in Brazil; such as Michel Arnout, Zanine Caldas and Oscar Niemayer; 2) bibliographical reviews were also carried out on the issue of ergonomics of spaces and furniture, paying attention to NBR Standards and authors such as Panero.

Also in the methodological procedures, housing plans produced in the last two years were reviewed, using the following projects as references: San Marino Residential e Residential living well During the development of the work, of an experimental nature, drawing proposals were produced, initially tested and cut on the CNC Laser, with the assembly of models on a 1:5 scale of the furniture created. As a final product, the objective was to manufacture the first prototypes of the line on a 1:1 scale, using the CNC Router as a production tool.

Keywords: digital fabrication; furniture for small spaces; mass customization; fablab; modular digital furniture system

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SUMÁRIO DE IMAGENS

Figura 1 FABRICAÇÃO DIGITAL FONTE: archdaily

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Figura 2 MÁQUINA 3D - FONTE : archdaily

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Figura 3 IMPRESSÃO 3D

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Figura 4 FABRICAÇÃO MÁQUINA CNC - FONTE archdaily

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Figura 5 FABRICAÇÃO ROBÓTICA - FONTE archdaily

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Figura 6 FABRICAÇÃO ARQUITETÔNICA - FONTE archdaily

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Figura 7 INICO DO MOBILIAIRO - Fonte: Santos (2017)

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Figura 8 QUADRO DE MEDIDAS Fonte: Panero (2016)

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Figura 9 DIMENÇÕES ANTROPOMÉTICAS - FONTE: Panero(2016)

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Figura 10 LOCALIZAÇÃO DOS ISQUIOS - FONTE: Panero (2016)

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Figura 11 CENTRO DE GRAVIDADE DO CORPO HUMANO SENTADO Fonte: Panero (2026)

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Figura 12 PLANTA DE 25 A 30m² Fonte: reproduzido pela autora

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Figura 13 PLANTA DE 35m² Fonte: reproduzido pela autora

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Figura 14 renderização de possíveis ambientações 01 feito Fonte: feito pela autora

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Figura 15 renderização de possíveis ambientações 02 Fonte: feito pela autora

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Figura 16 renderização de possíveis ambientações 03 Fonte: feito pela autora

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Figura 17 renderização de possíveis ambientações 04 Fonte : feito pela autora

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Figura 18 COLEÇÃO LAVELI - FONTE: FOTOS DA AUTORA

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Figura 19 COLEÇÃO LAVELI - FONTE : FOTO DA AUTORA

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SUMÁRIO

1.

INTRODUÇÃO

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2.

FABRICAÇÃO DIGITAL

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2.1 Fabricação aditiva

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3.

2.2 Fabricação por subtração

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2.3 Manipulação Robótica

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2.4 Aplicações arquitetônicas

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A EVOLUÇÃO DA HISTÓRIA DO MOBILIÁRIO BRASILEIRO

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3.1 DESIGNERS ESTUDADOS

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Michel Arnoult

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Zanine Caldas - Móveis artísticos Z

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4. ERGONOMIA

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4.1 Qual é o principal objetivo da ergonomia?

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4.2 Análise Ergonômica do Trabalho

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4.3 Ergonomia física

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5 .PLANTAS ESCOLHIDAS

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6. PROJETO

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6.1 Personalização Ilimitada:

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6.2 Modulação dos moveis

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6.3 Versatilidade para o Dia a Dia:

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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8. REFERÊNCIAS

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1. INTRODUÇÃO

Presente na produção acadêmica de algumas escolas brasileiras desde os anos 2000, a Fabricação Digital (FD) vem aportando possibilidades de investigação acadêmica nas mais diversas áreas; pela produção de maquetes topográficas, maquetes volumétricas de Arquitetura e Urbanismo, bem como maquetes e protótipos de estudos de design de móveis.

Este Trabalho Final de Graduação (TFG) utilizou-se dos recursos do Laboratório Digital de Maquetes e Modelos (FabLab USCS) do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Caetano do Sul (USCS) para o desenvolvimento de pesquisa na área com a produção de uma linha digital de mobiliários fabricados por meio da Fabricação Digital (FD).

Objetivos

Utilizando os recursos da fabricação digital, o objetivo principal deste estudo é responder à seguinte questão central: Como a fabricação digital pode facilitar o desenvolvimento de sistemas modulares de móveis, resultando em coleções de móveis digitais adaptados a pequenos espaços, com possibilidade de customização?

O trabalho teve como objetivo geral aprofundar-se na ciência da Fabricação Digital voltada para o design de objetos, e como objetivo específico a criação de uma linha de móveis adequados para pequenos espaços.

Justificativa

A escolha do tema do presente trabalho de graduação tem como justificativa a percepção de que falta no mercado brasileiro opções de mobiliários voltados para espaços residenciais de pequenas metragens quadradas; uma realidade imposta pelo mercado da construção civil, uma vez que os espaços construídos de moradia vêm ficando cada vez menores, e com menor flexibilidade nos interiores.

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Metodologia O trabalho de pesquisa desenvolvido, de natureza aplicada, incluindo pesquisas bibliográficas e exploratórias, bem como experimentos práticos, consistiu em: Como metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa, foram feitas revisões bibliográficas nas seguintes áreas; 1) Fabricação Digital – O que é? Quais as metodologias de fabricação, e quais as possibilidades de aplicação na Arquitetura; 2) a evolução da história do mobiliário brasileiro, observando como o processo de fabricação evoluiu desde os móveis artesanais, passando pelas primeiras experiências de móveis seriados, as primeiras plantas industriais de mobiliário e as primeiras produções em Fabricação Digital. Nessa pesquisa, vale ressaltar as inspirações nos designes e arquitetos precursores do móvel moderno e seriado no Brasil; como Michel Arnout , Zanine Caldas e Oscar Niemayer; O presente trabalho buscou estudar desde dos primórdios do mobiliário brasileiro até o contemporâneo, para chegar então em grandes nomes dos renomados como Michel Arnot , Zanine e não podendo deixar de fora o arquiteto Oscar Niemeyer como uma grande inspiração.

3) também foram realizadas revisões bibliográficas na questão de ergonomia dos espaços e mobiliários, atentando-se para as Normas NBR e autores como Panero.

Panero (2016) como referência primordial vai deixar claro que a ergonomia não é apenas regras e sim conforto para qualquer móvel a ser usado.

Complementarmente, nos procedimentos metodológicos foram revisadas plantas habitacionais produzidas nos últimos dois anos. As unidades foram escolhidas em função do fácil acesso ao projeto, tendo também como critério de seleção a busca por construções recentes, tendo como empreendimentos selecionados os seguintes projetos: HIS - Conjunto Heliópolis Gleba G / Biselli + Katchborian Arquitetos e Residencial; Parque Novo Santo Amaro V / Vigliecca & Associados; Edifício San Marino;

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Edifício Bem Viver – General Jardim.

Desenvolvimento

O desenvolvimento prático do trabalho se iniciou com estudos volumétricos de mobiliários, procurando atender as normativas de ergonomia e se valer dos benefícios da tecnologia da Fabricação Digital (FD). Os estudos volumétricos foram desenvolvidos no software Sketchup, com auxílio do software Autocad para a produção de plantas 2D, que foram exportadas para os softwares: Rdworks, que trabalha produzindo os arquivos de comando da CNC a Laser, onde foram produzidas as maquetes dos mobiliários na escala 1:5; e exportados para os softwares VCarv Pro ou Vectric Aspire; que produzem os arquivos de comando da CNC Router, onde foram cortados os protótipos na escala 1:1 em compensado 15 mm.

Como produto final do presente trabalho de graduação foi desenvolvida uma linha de móveis a serem fabricados por meio da metodologia da Fabricação Digital (FD). A intenção era a de comprovar como a FD pode ajudar no desenvolvimento desses móveis específicos para apartamentos de metragens quadradas reduzidas, trazendo a flexibilidade de montar e desmontar e a possibilidade de dar personalidade às peças por meio do recurso da Personalização em Massa, que as metodologias digitais possibilitam. Foi montada uma coleção de móveis digitais com uma composição modular de diferentes dimensões. A ideia é a de que usuário possa gerar gravuras ou recortes personalizados nos arquivos baixados, tornando o seu móvel único.

Com o objetivo de buscar o acesso universal ao design produzido, a intenção futura é poder disponibilizar o projeto em plataformas de Open Source. Ao falar sobre criar móveis vem logo em mente grandes designers, mas a realidade atual é que as peças assinadas por esses profissionais atingem valores financeiros fora do alcance da maioria da população, por serem peças assinadas. O campo da produção digital pode desenvolver soluções para esses problemas de forma democrática e acessível, porém, ainda há poucas pesquisas nesse sentido, e a presente pesquisa também visa contribuir com esses objetivos.

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2. FABRICAÇÃO DIGITAL

Há alguns anos, a fabricação digital começou a emergir como um dos maiores desenvolvimentos na arquitetura, prometendo mudar para sempre a nossa disciplina e a forma como construímos edifícios. Embora esta revolução arquitetônica ainda não tenha sido finalmente materializada, novas possibilidades aparentemente infinitas surgem todos os anos, em grande parte como resultado do trabalho árduo de investigadores e profissionais dedicados ao desenvolvimento de novas tecnologias para práticas de arquitetura e construção. Portanto, neste momento, parece apropriado dedicar algum tempo para mapear esses avanços, dando aos nossos leitores uma visão mais abrangente de como a tecnologia está efetivamente mudando a prática da arquitetura, dia após dia.

Figura 1 FABRICAÇÃO DIGITAL FONTE: archdaily

Principais modalidades de processos digitais de construção Fabricação arquitetônica ou digital refere-se a qualquer processo que produza peças integrais ou estruturas controladas por um ou mais computadores. Embora essas tecnologias estejam totalmente desenvolvidas e em expansão, elas operam através de pelo menos um dos seguintes métodos: manufatura aditiva, manufatura subtrativa e operações robóticas em qualquer sequência.

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2.1 Fabricação aditiva

A manufatura aditiva, muitas vezes chamada de impressão 3D, consiste no processo de adição de materiais em camadas. A tecnologia surgiu em 1983, quando pesquisadores inventaram um processo chamado estereolitografia (SLA), que utiliza o calor gerado por um laser para depositar grandes quantidades de fotopolímero, que no momento seguinte se transforma em plástico sólido.

Fabricação arquitetônica ou digital refere-se a qualquer processo que produza peças integrais ou estruturas controladas por um ou mais computadores. Embora essas tecnologias estejam totalmente desenvolvidas e em expansão, elas operam através de pelo menos um dos seguintes métodos: manufatura aditiva, manufatura subtrativa e operações robóticas em qualquer sequência.

A tecnologia de impressão 3D evoluiu ao longo dos anos para não usar mais apenas compostos plásticos, mas para imprimir estruturas em metal, vidro, argila, nanocompósitos e até mesmo tecido humano. Os pesquisadores vêm trabalhando no desenvolvimento de impressoras multimateriais há algum tempo.

Figura 2 MÁQUINA 3D - FONTE : archdaily

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2.2 Fabricação por subtração Os processos de fabricação subtrativos são processos que produzem ou esculpem objetos a partir de blocos sólidos, sendo a fresagem CNC o processo mais comum. A introdução dos braços robóticos ampliou muito as possibilidades dos sistemas CNC, pois quanto maior o número de eixos de movimento, maiores são as possibilidades e a complexidade das peças que podem ser produzidas. O corte a laser e o corte com fio quente mais tradicional são outras tecnologias tradicionais de fabricação subtrativa que também se enquadram nesta categoria.

Figura 4 FABRICAÇÃO MÁQUINA CNC - FONTE archdaily

2.3 Manipulação Robótica A terceira categoria são as operações robóticas, que abrangem qualquer outra forma ou processo de fabricação ou manipulação de materiais que seja operado de forma autônoma por computadores, como expansão e retração de peças, dobramento e costura. Esta tecnologia apresenta grandes vantagens sobre outras porque, quando equipada com as ferramentas certas, o mesmo robô pode ser utilizado para realizar uma série de tarefas diferentes, resultando em infinitas possibilidades. Um exemplo é o projeto Fiberbots desenvolvido no MIT, um processo de fabricação robótica colaborativa projetado para a fabricação digital de objetos, bem como de grandes

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componentes e estruturas que combina tecelagem e impressão 3D. Os Fiberbots são o resultado da exploração das possibilidades de expansão da impressão 3D, afastando-se da fabricação.

Figura 5 FABRICAÇÃO ROBÓTICA - FONTE archdaily

2.4 Aplicações arquitetônicas Na verdade, a arquitetura tem demorado a integrar novas tecnologias de produção digital, mas os primeiros planos, como a primeira casa impressa em 3D da China (2014) ou a primeira ponte de aço impressa em 3D (2018), surgiram há vários anos. No entanto, cada vez mais processos de construção digital estão a ser cada vez mais integrados na prática arquitetônica, criando uma mudança lenta, mas constante de paradigma no nosso campo.

Figura 6 FABRICAÇÃO ARQUITETÔNICA - FONTE archdaily

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3. A EVOLUÇÃO DA HISTÓRIA DO MOBILIÁRIO BRASILEIRO

A pesquisa bibliográfica visou mapear a obra de arquitetos, designers e figuras pioneiras no campo do mobiliário moderno brasileiro, tais como: Mário de Andrade (promoveu o primeiro concurso proletário moveleiro do Brasil), Michel Arnoult (empresa Mobília Contemporânea), José Zanine Caldas (Móveis Artísticos Z), Oscar Niemeyer, entre outros.

O recorte temporal da pesquisa enfoca alguns períodos específicos: O movimento modernista a partir da Semana de Arte Moderna (1922). O pós-guerra da década de 1940 com a chegada de estrangeiros ao Brasil que influenciaram o mercado. A década de 1960 com uma efervescência cultural e a partir dos anos 1960 com a realização do ensino superior em desenho industrial, consolidando a cultura do design de móveis no Brasil, tendo como fonte dessa pesquisa a obra de Maria Cecília Loschiavo dos Santos (escritora - livro: Móvel Moderno no Brasil) A partir daí, foram exploradas as primeiras experiências com a fabricação digital e as perspectivas dessa contribuição para o presente, com uma visão de potencialidades futuras.

Para (SANTOS, 2017) A história do móvel no Brasil vem desde de quando a colônia portuguesa estava aqui, pois isso pode se dizer que nosso mobiliário é um desdobramento do mobiliário português, mesmo todo o material sendo cem por cento nosso tinha características portuguesas.

Os móveis do colono eram muito simples e despretensiosos, e ele se preocupava apenas com o necessário. Além de um pequeno oratório contendo seu piedoso santo, havia cama, cadeira, mesa e baú. A simplicidade dos móveis utilizados pelos primeiros colonizadores continuou sendo uma das características dos lares brasileiros da época. Mas se o armazenamento for um eufemismo, as peças em si são bem feitas e bonitas. Não só porque a tradição do escritório assim o ditava, mas também porque os escriturários e as suas assistentes eram muitas vezes empregadas domésticas, criadas cujos talentos naturais se revelavam nos bons momentos.

Trabalhe sem pressa e sem necessidade de obter lucro. O que importa é a “alegria das coisas boas”. O mobiliário brasileiro, ou seja, o mobiliário português fabricado no Brasil, acompanha o desenvolvimento normal dos móveis de todos os países europeus ou de origem europeia, como Metrópolis.

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Todas essas “modas” foram importadas, atingiram primeiro as classes mais abastadas e depois se popularizaram através da produção de tipos “comuns” ou comuns de modelos de móveis idênticos. Durante o período colonial, existiam, na verdade, três tipos de móveis: os móveis “de luxo”, feitos de madeira nobre; os então chamados móveis “comuns”, também feitos de madeira nobre, mas menos ostentosos; e os móveis “ásperos”, que era feito de madeira comum. "Madeira, para uso geral ou serviço doméstico.

Assim como todos os demais móveis europeus, o mobiliário brasileiro pode ser dividido em três períodos principais: ●

O primeiro – Renascimento: abrange os séculos XVI e XVII e prolonga-se mesmo até o começo dos setecentos.

●

O segundo – Barroco-Rococó: estende-se praticamente por todo século XVIII.

●

E o terceiro e último, o da reação acadêmica, ou seja, Neoclássico: corresponde principalmente à primeira metade do século XIX.

Desde então, apenas as modas influenciadas pela produção industrial se tornaram cada vez mais populares.

Figura 7 INICO DO MOBILIAIRO - Fonte: Santos (2017)

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3.1 DESIGNERS ESTUDADOS

Michel Arnoult Michel Arnoult se inspirava nos móveis de Gascoin (como a Chaise C (cadeira C),nesses móveis, o conforto era determinado pelo grau de inclinação do assento e do encosto, ao qual Gascoin dava muita importância, muito mais do que pela espessura do estofado. Essa foi uma das referências de Michel Arnoult para o que ele costumava defender: o “conforto duro”.

Segundo (LEON, 2016) A noção de fácil montagem dos móveis estava em curso na Europa dos anos 1950 e talvez sua difusora mais conhecida hoje seja a empresa Ikea, cuja iniciativa certamente repercutiu na prática de Michel Arnoult.

Fundada na Suécia em 1953, a loja comercializava, desde 1956, móveis desmontados (embalagens Flat Pack), incentivando os consumidores a levarem para casa as embalagens de papelão com as peças e as instruções de montagem para que se encarregassem de finalizar o produto.

A ideia de modularidade defendida por Arnoult trazia o raciocínio na ênfase dos componentes repetidos. Mais do que propor um partido visual, tratava-se de pensar a produção com o máximo de racionalidade. De todas as experiências mais conhecidas, a Mobília Contemporânea (empresa de Arnoult) foi a que mais avançou nos processos de seriação, tratando de absorver e desenvolver técnicas que permitissem alcançar racionalidade, produtividade e, para tanto, repetições.

Por volta de 1963, Michel Arnoult desenvolveu uma espécie de sistema de produção, comercialização e consumo que o acompanhou pelo resto da vida em todos os projetos que realizou. Seu raciocínio partia do compromisso entre produção e consumo. Assim como na Ikea sueca, a Mobília Contemporânea entregava móveis desmontados em caixas que cabiam no carro, geralmente um Fusca, e que eram facilmente montados em casa com uma chave de fenda e alguma habilidade, algo que qualquer um poderia fazer. Os móveis do Michel eram todos de encaixe, e para ser de encaixe tem de ser perfeito senão não encaixa. O conforto era dado pelo desenho, pelo respeito à ergonomia, e evidenciado pelas inclinações de assento e encosto, que podiam dispensar os almofadados.

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As maquetes, em escala 1:10, faziam parte do processo de trabalho no estudo da volumetria, e eram tão perfeitas que, fotografadas, serviam para testes de ambientação.

A Poltrona Modulê, desenhada por Arnoult, foi muito inovadora para a época, e já reunia todos estes conceitos, de móvel seriado, modular, com detalhes de encaixe, empacotamento do tipo flat pack , que permitia levar a caixa e montar o móvel em casa.

Zanine Caldas - Móveis artísticos Z Criado por José Zanine Caldas (1919 -2001), cresceu no meio da mata atlântica vendo madeira sendo trabalhada, e foi nesse meio que cresceu sua paixão por trabalho com a madeira. “Com terra e madeira foram construídos os abrigos da humanidade. As casas de taipa e adobe de Belmonte, cobertas por telhas de barro cozido em fornos de barro com o calor da madeira no fogo. Foi por aí, exatamente, olhando o fazer, que aprendi a fazer, também.

Sobretudo casas.”1 Em 1949 criou com alguns sócios a fábrica de móveis artísticos Z,

onde fazia seus próprios croquis e diversos móveis sendo a matéria prima principal a madeira, porém se retirou da sociedade e só voltou a desenhar por volta da década de 70.

Zanine trazia consigo a necessidade de desfrutar a vida e de viver bem, o que para ele dependia do convívio em harmonia com o meio ambiente. E com esse pensamento levou ele a experimentar outras técnicas de construção de móveis, agora na década de 1970, em Nova Viçosa, Bahia, conheceu uma madeireira e produtora de compensado onde acontecia um grande desperdício de material e com isso foi contra e assim lançou o móvel denuncia, fazendo pequenas

séries a partir de

maquetes, ele mesmo escolhia e separava a madeira, ele passou a fazer criações artesanais, esculpindo móveis em toras de madeira.

Além de pensar no não desperdício, amor e respeito pelo meio ambiente, outra prioridade dele era o conforto, uma frase dele era: “O que ele sempre falava pra fazer era sentar pra sentir o conforto, porque muitas vezes a pessoa tem aquela curiosidade de fazer, mas não sabe o conforto que a pessoa senta. Você pode sentar, mas tem

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Disponível em https://www.sp-arte.com/editorial/zanine-o-projeto-para-o-desfrute/ > acesso em setembro de

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que ficar à vontade, num sofá desse de madeira, ele tem que ter o apoio certinho nas costas.” 2 Com o passar dos anos, ficou conhecido como Mestre da Madeira. Além de suas criações como designer de móveis, foram muito populares e, até hoje, são um marco no design brasileiro.

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Disponível em https://www.sp-arte.com/editorial/zanine-o-projeto-para-o-desfrute/ > acesso em setembro de

2023.

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4. ERGONOMIA Ergonomia é um conjunto de regras para se organizar um ambiente de trabalho, mas não é utilizada apenas para esse ambiente, para qualquer espaço precisamos pensar em nosso conforto dentro de casa, e essa história começou no século xx onde as pessoas vinham buscar as soluções para adaptar suas tarefas em melhores condições.

4.1 Qual é o principal objetivo da ergonomia?

Seu principal objetivo é prevenir acidentes, corrigir erros e diminuir riscos, onde faz com que seja uma objetivo maior em trazer conforto a saúde e segurança de seu usuário, seja ela pensando para o ambiente de trabalho ou até para sua própria casa.

Isso se deu por meio de análises de posturas, e movimentos corporais durante o uso dos equipamentos e sem dúvidas dos fatores físicos do ambiente em questão, fazendo com que as condições de trabalho e a eficiência sejam mais produtivas.

Usando um ambiente de trabalho é possível analisar algumas necessidades para uma melhor produtividade em seus dia a dia, independente da função, como ficar horas na frente de um computador, ou desenhando, a partir daí é possível ter um aumento na produtividade que claro visa lucros para a empresa, mas não é apenas um local corporativo que necessita desse tipo de pensamento, claro que ele é o maior exemplo por passamos a maior parte do tempo nele.

4.2 Análise Ergonômica do Trabalho

Essa a análise é essencial para entender as reais necessidades dos profissionais de uma empresa precisam, apenas dessa forma é possível identificar ou até mesmo tentar diminuir o risco ergonômico existente. Investir nesse tipo de análise é proporcionar mais segurança, saúde e qualidade de vida para o trabalhador, e assim trazer melhores resultados a empresa.

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4.3 Ergonomia física

É a que estuda a relação entre a anatomia do corpo humano e biomecânica com as atividades físicas que são realizadas onde envolve: postura, manuseio de materiais e movimentos repetitivos. Sua análise se dá se a cadeira usada favorece uma postura correta ou a movimentação para se levantar ou até mesmo levantar um determinado objeto é adequada ou não.

A ergonomia física tem tudo a ver com com o nosso dia a dia e como cuidamos da anatomia de nosso corpo, as principais características que temos que analisar são: a postura na mesa de trabalho, a forma na qual carregamos objetos durante o dia e muitos movimentos repetitivos, tudo isso deve ser pensando se desejamos ter um melhor desempenho durante as realizações de nossas tarefas tudo isso, se leva em consideração na hora de analisar as medidas do corpo humano.

A intenção dessa análise é para dimensionar equipamentos como máquinas e ferramentas de trabalho, como altura ideal de mesa e cadeira se adaptem às nossas condições fisiológicas.

Para o projetista é muito importante definir a localização, o tamanho e a forma da superfície onde apoiar as costas , cabeça e braços, pois pés, costas, cabeça e braços são elementos estabilizadores, como já dito.

Para o projetista é muito importante definir a localização, o tamanho e a forma da superfície onde apoiar as costas , cabeça e braços, pois pés, costas, cabeça e braços são elementos estabilizadores, como já dito.

As figuras 4-4 e Quadro 4-1 estabelecem as dimensões antropométricas essenciais para o desenho de um assento

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Figura 9 DIMENÇÕES ANTROPOMÉTICAS - FONTE: Panero(2016)

Figura 8 QUADRO DE MEDIDAS Fonte: Panero (2016)

As figuras 4-1 e 4-2 indicam a localização dos isquios. Brantom faz as observações sobre o tema: 1) na posição sentada 75% do peso do corpo é descarregada em apenas 26 cm2 (isquios); uma carga elevada distribuída em uma área pequena, o que resulta em compressões consideráveis nas nádegas.

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Figura 10 LOCALIZAÇÃO DOS ISQUIOS - FONTE: Panero (2016)

Tichauer avaliou entre 6 e 7 kg por cm2. Outras informações estimam uma compressão da pele em contato com o assento em torno de 2,5 e 4 kg por cm 2. A conjunção dessas pressões ocasiona fadiga e incomodidade, causando mudanças de posturas para aliviar os sintomas. Uma prolongada permanência na mesma posição e sobre a mesma carga de forças pode provocar isquemias ou interferências na corrente sanguínea, podendo ocasionar dores e hematomas

Branton também observa que as estruturas de apoio dos isquios são apoiadas em 2 pontos , que em si mesmo, já se configuram como inestáveis . As dimensões de largura e profundidade em si do assento não são suficientes para alcançar uma estabilidade correta. Em teoria a estabilidade se atinge pela intervenção de pernas, pés e costas, pressupondo que o centro de gravidade do corpo se encontre exatamente em cima da projeção dos isquios - figura 4-3: por esta razão os

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fisioterapeutas recomendam a boa postura ao sentar-se, procurando sempre alinhar a coluna na projeção acima dos ísquios

Figura 11 CENTRO DE GRAVIDADE DO CORPO HUMANO SENTADO Fonte: Panero (2026)

letra A - altura do assento - vai de 35,6 a 44,5 cm (mulheres) a 39,4 a 49 cm (homens) - em média letra B - profundidade do assento - vai de 43,2 a 53,3 cm (mulheres) a 43,9 a 54,9 cm (homens) - em média letra C - altura do cotovelo- vai de 18 a 27,9 cm (mulheres) a 18,8 a 29,5 cm (homens) - em média Letra D - altura ombros - vai de 45,7 a 63,5 cm (mulheres) a 53,3 a 63,5 cm (homens) - em média letra E - altura normal do tronco acima da cintura qdo sentado - vai de 75,2 a 88,1 cm (mulheres) a 80,3 a 93 cm (homens) - em média letra F - largura entre apoios de cotovelos - vai de 31,2 a 49 cm (mulheres) a 34,8 a 50,5 cm (homens) - em média letra G - largura para apoio nádegas - vai de 31,2 a 43,4 cm (mulheres) e de 31 a 40,4 cm (homens) - em média

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letra H - largura entre ombros - vai de 33 a 48,3 cm (mulheres) e de 43,2 a 48,3 cm (homens) - em média letra I - sem muitos estudos publicados, trabalha-se com a recomendação de Humanscale - altura da lombar - vai de 22,9 a 25,4 cm (mulheres e homens).

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5 .PLANTAS ESCOLHIDAS

Para o desenvolvimento da linha de mobiliário foram selecionadas como referências duas residências de metragem quadrada reduzidas, como base de estudos. A primeira foi uma ainda em construção de 35 m² e outra de aproximadamente 25m². São espaços destinados a famílias de até 4 pessoas, e foi considerando o layout dessas plantas no desenvolvimento da linha de moveis, levando em conta o dimensionamento reduzido, estudos de acessibilidade, flexibilidade da forma, bem como no processo de montagem e desmontagem, visando múltiplas opções de layout, de maneira a não prender o usuário ao espaço disponível.

Figura 12 PLANTA DE 25 A 30m² Fonte: reproduzido pela autora

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Figura 13 PLANTA DE 35m² Fonte: reproduzido pela autora

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6. PROJETO O projeto dos moveis foi pensado em trazer a ergonomia correta para seu uso um designer único nas peças, e que ele fosse modular para que um completasse o outro, a coleção LALEVI – consistem em uma estante, uma mesa e uma poltrona, o seu nome se deu pelo sobrenome da autora.

6.1 Personalização Ilimitada: A personalização é a essência deste projeto. Os usuários têm a liberdade de escolher desenhos para o fundo das estante, o encosto e acento da cadeira e poltrona, o tipo de madeira também entra na personalização pois isso pode fazer com que mude a textura do móvel para suas peças de mobiliário, cada conjunto se torna uma expressão única do estilo e personalidade de quem o utiliza, elevando o design de interiores a uma forma de arte personalizada.

6.2 Modulação dos moveis Aplicado a modulação na estante que traz uma altura de 2,10 m até 50 cm se tornado uma mesa de cabeceira podendo também mexer nas alturas das prateleiras deixando-as contínuas ou com espaços entre elas para objetos maiores como um vaso de planta, levando também em consideração as aberturas no fundo da estante pode também ser usada como divisor de ambientes isso faz com que o espaço não aparenta ser tão apertado quanto realmente é, vale se lembrar que foi pensando além da sua modulação que o fundo dos objetos não encostam na parede tendo um leve recuo para que não venha ser afetado por mofo em ambientes mais úmidos, e não fazendo com que o usuária perca seu móvel.

Figura 14 renderização de possíveis ambientações 01 feito Fonte: feito pela autora

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Figura 15 renderização de possíveis ambientações 02 Fonte: feito pela autora

A poltrona na mesma modulação seguindo medidas ergonômicas e que no final unidas se tornam um sofá, isso faz com que a pessoa que não tem tanto espaço em sua casa consiga ter dois moveis em um, com uma modulação de 64 cm de altura com 36 cm de largura, seguindo o mesmo foco pra cadeira, porém seguindo os padrões de ergonomia com 78 cm de altura com 36 cm de largura.

Figura 16 renderização de possíveis ambientações 03 Fonte: feito pela autora

Figura 17 renderização de possíveis ambientações 04 Fonte : feito pela autora

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Figura 18 COLEÇÃO LAVELI - FONTE: FOTOS DA AUTORA

Figura 19 COLEÇÃO LAVELI - FONTE : FOTO DA AUTORA

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6.3 Versatilidade para o Dia a Dia: A versatilidade é uma característica fundamental, o mobiliário modular foi projetado para se adaptar a diferentes configurações, permitindo que os usuários transformem facilmente um ambiente de trabalho e residência em um espaço de lazer ou uma sala de estar em um local de reuniões, conforme as necessidades do momento, fazendo com que o espaço fique diferente em cada uso.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a realização desse trabalho pude comprovar que a fabricação digital traz diversas vantagens, tais como liberdade criativa, precisão de detalhes, possibilidades de acesso a projetos digitais de qualidade disponíveis por meio de plataformas de open sources, possibilidades de Personalização em Massa de qualquer arquivo digital acessado, entre outras vantagens.

Mas vale ressaltar a importância de cada detalhe na hora de fazer um arquivo digital. Há a necessidade de precisão milimétrica nos detalhes, que vão garantir o encaixe perfeito. Há também a necessidade de se considerar a espessura do material onde será cortado seu móvel e de um acompanhamento de um técnico do laboratório de fabricação digital para garantir que todo o processo ocorra de maneira adequada à metodologia da Fabricação Digital.

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8. REFERÊNCIAS

ArchDaily Brasil. Fabricação digital na arquitetura: onde chegamos e até onde podemos chegar. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/940693/fabricacaodigital-na-arquitetura-onde-chegamos-e-ate-onde-podemos-chegar. Acesso em: [data de acesso].

Construfácil

RJ.

Mobiliário:

história

e

origens.

Disponível

em:

https://construfacilrj.com.br/mobiliario-historia-origens/. Acesso em: [data de acesso].

SP-Arte Editorial. Modernidade entrelaçada: o mobiliário brasileiro do século 20.

Disponível em: https://www.sp-arte.com/editorial/zanine-o-projeto-para-o-desfrute/.

Acesso em: [data de acesso].

PARENO, Julius. Dimensionamento humano para espaços interiores: um livro de consulta e referência para projetos. Editora Gustavo Gili, 1ª edição, 15 de janeiro de 2016.

LEON, E. (ED.). Michel Arnoult, design e utopia: móveis em série para todos.

São Paulo: edições Sesc, 2016.

SANTOS, M. C. L. DOS. Móvel moderno no brasil. São Paulo: Senac / Olhares, 2017.

Mobiliário para pequenos espaços

por meio da fabricação digital

Com o crescimento de moradias populares com áreas internas cada vez menores e consequentemente com menor flexibilidade de propostas de interiores, vemos a falta de opções de mobiliários versáteis e adaptáveis para esse público.

Utilizando os recursos da fabricação digital, o objetivo desse estudo é propor opções de mobiliários que a partir de coleções digitais, permitam que o cliente customize de acordo com a necessidade do seu ambiente.

A possibilidade de montagem modular permite que o cliente remova ou adicione módulos dos mobiliários, como por exemplo uma estante, para que se adapte ao seu cômodo, sem interferência na resistência estrutural da peça e ainda permitindo a personalização das peças, como cores e materiais, por exemplo.

O estudo apresentado tem como base as normas de ergonomia e as tabelas dimensionais do livro de Panero.

A coleção tem como inspiração projetos de Michel Arnoult e Oscar Niemeyer.

Poltrona Modulê - Michel Arnoult -

Planificação Poltrona - Michel Arnoult -

Palácio da Alvorada - Oscar Niemeyer -

Palácio do Planalto - Oscar Niemeyer -

Primeiros Mobiliarios Brasileiros

Plantas de estudo Para o desenvolvimento da linha de mobiliário foram selecionadas como referências duas residências de metragem quadrada reduzidas, como base de estudos. A primeira foi uma ainda em construção de 35 m² e outra de aproximadamente 25m². São espaços destinados a famílias de até 4 pessoas, e foi considerando o layout dessas

Ergonomia

plantas no desenvolvimento da linha de moveis, levando em conta

o

dimensionamento

reduzido,

estudos

de

Residencial San Marino

acessibilidade, flexibilidade da forma, bem como no processo de montagem e desmontagem, visando múltiplas opções de layout, de maneira a não prender o usuário ao espaço disponível.

PRIMEIRA COLEÇÃO TESTE Residencial Bem vivel: General Jardim

ESTANTE

Planificação Peças

Perspectiva

Perspectiva explodida

POLTRONA

Planificação Peças

Perspectiva

Perspectiva explodida

CADEIRA

Planificação Peças Perspectiva

Perspectiva explodida

Coleção

Laveli

ESTANTE FINAL

Prespectiva

Planificação com cotas

Explodida com detalhe da peça de encaixe

CADEIRA FINAL

Planifcação com cotas

Prespectiva

Explodida com detalhe da peça de encaixe

POLTRONA FINAL

Planifcação com cotas

Prespectiva

Explodida com detalhe da peça de encaixe