Estudo do Terreno - Centro Cultural Acácio Gil Borsoi

CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO PROFESSORA: LETICIA DANIEL DISCIPLINA: ATELIER DE PROJETO V ALUNAS: GIOVANNA CRISTINA SALES DA SILVA LOURRANE CAROLINA SOUSA DA SILVA

ANTE-PROJETO

CENTRO CULTURAL ACÁCIO GIL BORSOI

TERESINA-PI

19 DE ABRIL DE 2017

INTRODUÇÃO

O anteprojeto arquitetônico de um equipamento cultural para a cidade de Teresina/PI com ênfase na história arquitetônica presente na cidade é o objeto de estudo deste Trabalho. A principal motivação para a realização de um projeto dessa natureza se baseia na relação da baixa presença de atividades culturais e artísticas na região do estado do Piauí, com a baixa oferta de espaços que possam receber esses eventos de maneira adequada. O arquiteto modernista Acácio Gil Borsoi possui obras de estimada importância na cidade de Teresina, tais obras foram construídas no período do milagre econômico da cidade e representam sua grandiosidade e importância na mesma, por tal motivo foi decidido que a construção de um prédio que possuísse tal importância poderia também homenagear o arquiteto em questão.

Em resposta ao projeto que foi solicitado, foram feitas pesquisas para análise e estudo do entorno e do lugar que a obra será implantada, as leis que regem o município, entre outros fatores predominantes para a execução do projeto arquitetônico. Através destas pesquisas foi elaborado um programa de necessidades adequado para atender o público alvo, gráficos para o estudo de fluxo, volumetria e implantação do prédio, entre outros.

LOCALIZAÇÃO

TERESINA PIAUÍ

FONTE: GOOGLE MAPS E IBGE, MODIFICADO.

IMPLANTAÇÃO

A proposta de intervenção urbana exposta prevê: A criação de um centro cultural, o local escolhido para a implantação do projeto localiza-se no bairro Jóquei, na cidade de Teresina, precisamente na Avenida Raul Lopes. O motivo da escolha dessa área é uma tentativa de manter um espaço com aproveitamento do sítio e de seu entorno favorável.

Esporte e lazer O projeto pretende atender ao público variado com a locação de vias para caminhada e ciclovias que oferecerá espaço para passeios e entretenimento da comunidade presente no dia a dia do centro cultural.

Exposições Em relação às exposições que serão distribuídas pelo Centro, foi pensado na utilização da própria edificação como elemento expositivo, como a presença dos brises, que além de servir como elemento de proteção solar efetiva da edificação, irá receber obras temporárias de acordo com a demanda, além da área já projetada especialmente para as exposições quiseram anexadas na parte interna do edifício.

Social O projeto foi pensado para receber um público livre, não possui faixa etária especifica, onde poderão ter acesso a um conteúdo diversificado de cunho educativo, cultural e social, que retrata não apenas a vida e obra do arquiteto homenageado, mas também a história da cidade, sua expansão significativa, entre outros.

FONTE: ARCEVO PRIVADO.

O terreno escolhido para implantação da obra possui uma topografia bem característica no entorno, com a presença de uma inclinação que será utilizada como partido do projeto, localizado em uma área de estimado movimento com a presença de edifícios comerciais, educacionais, sociais e residenciais em seu entorno. O mesmo encontra-se em uma zona residencial (ZR4), na qual se deve atentar para a normatização vigente nesta área.

ESTUDO DO PARTIDO ARQUITETÔNICO

ESTUDO DAS NORMAS E LEIS

Através de uma pesquisa foi elaborado o embasamento teórico que se apresenta no Referencial Teórico e Empírico, nos quais são expostos dados indispensáveis ao projetista acerca dos centros culturais e da eficiência energética aplicada à arquitetura. Elementos indispensáveis na execução do projeto determinado.

De acordo com a lei 3560 de 2006, a área trabalhada é uma zona residencial (ZR4), com atividades habitacionais, comerciais, sociais, industriais e escolares do tipo 1.

De acordo com a lei 3562, que trata do uso e da ocupação do solo da cidade de Teresina, a zona em questão deve possui um índice de aproveitamento mínimo de 4 e uma taxa de ocupação de 60%.

De acordo com a lei 30561 de 2006 que trata do parcelamento do solo de Teresina, a área em questão deve possuir vias de circulação com declividade mínima de 1 e máximas de 8, na estrutura exposta.

Após este embasamento fez-se a análise prática do projeto, seus condicionantes projetuais, analise do entorno e do terreno escolhido, normas e leis municipais vigentes para o lugar e seu entorno e o préprojeto, onde será trabalhado o programa de necessidades e fluxograma, volumetria desejada, entre outros.

FONTE: SEMPLAN

ESTUDO DO TERRENO E SEU ENTORNO A partir da visita e do estudo por arquivos públicos, foi possível fazer uma análise do terreno e de seu entorno. Foi possível ter acesso a topografia exata existente no local de implantação da obra, com sua declividade e relevo presente entorno da mesma, acesso a normatização do imposta para o terreno entre outros fatores determinantes para a concepção do projeto.

terreno, além disso, este solo se caracteriza pela presença de agregados estruturais coesos.

FONTE: SEMPLAN

Através de informações disponibilizadas pelo site da Prefeitura de Teresina, foi possível ter acesso ao estudo dos solos da cidade desenvolvido pela EMBRAPA, no ano de 1983, onde podemos perceber que o solo presente no terreno escolhido e em seu entorno é do tipo latossolo amarelo (LA10), que é formado pela composição de materiais argilosos ou areno-argilosos sedimentares da formação Barreiras na região litorânea do Brasil ou nos baixos platôs da região amazônica, formação Alter-do-chão, que atendem aos requisitos de cor definidos pelo SiBCS. De acordo com o site da EMBRAPA, a coloração amarela deste solo é uniforme em profundidade, de acordo com o teor da argila presente no

FONTE: SEMPLAN

A partir de pesquisas em arquivos públicos foi possível ter acesso ao mapa de declividade da região em que será implantada a obra. O terreno em questão possui declividade de 0 a 2% e alterna até 5%, sendo de característica plana e/ou suave ondulado, sendo assim podemos perceber que o terreno encontra-se em uma região que possui a presença de certos declives suaves, entretanto grande parte desta região possui características de solos planos.

FONTE: SEMPLAN

O mapa acima mostra o relevo presente na região, a partir da análise do mesmo foi possível definir o relevo presente no terreno, que se encontra em uma faixa de 51 a 65 m que se alternam entre saliências e reentrâncias.

ESTUDO DA CARTA SOLAR DO TERRENO

FONTE: ACERVO DAS AUTORAS

Nesta carta solar é possível analisar a trajetória solar presente no terreno em questão, a insolação efetiva que o prédio pode receber, dias do ano em que será mais efetiva, e onde o sol irá nascer e se por de acordo com os meses do ano.

ESTUDO DO BIOCLIMA EXISTENTE DO ESTADO

FONTE: ACERVO DAS AUTORAS

A partir do estudo feito no aplicativo ZBBR, foi possível determinar a Zona Climática na qual a região está inserida, e quais elementos de proteção térmica seriam eficientes na edificação, como o uso dos brises em um dos blocos do prédio para fornecer um sombreamento efetivo nas aberturas e partes internas do mesmo, a disposição de uma circulação que favoreça a ventilação cruzada, entre outros elementos.

ESTUDO DE VIAS E USO DE SOLO NO ENTORNO PRÓXIMO

FONTE: GOOGLE MAPS, MODIFICADO.

GRÁFICO DE IMPLANTAÇÃO DESEJADA O Centro Cultural que será projetado pretende informar o público com as exposições, acervos disponibilizados na biblioteca e criar um a interação da edificação com o público, com as vias de ciclismo e circulações dos blocos e do local.

FONTE: ACERVO DAS AUTORAS

SETORIZAÇÃO FONTE: ACERVO DAS AUTORAS

VOLUMETRIA DESEJADA A volumetria desejada para o prédio foi definida de acordo com a necessidade de ambientes e espaços para exposição das obras e brises. A partir da volumetria proposta foi possível identificar de forma esquematizada como seria a estética futura dos prédios em questão.

O bloco amarelo é a área expositiva, administrativa, de serviço e onde será implantado a biblioteca e o auditório, ambos cômodos removíveis graças à estrutura modulada. O bloco vermelho é a área onde vai ficar o palco para os shows e pequenos eventos, atrás deste terá um pequeno bloco (AZUL), onde será o almoxarifado onde serão guardados os equipamentos de áudios e vídeo que devem ser utilizados no palco, e a área de serviço dos funcionários.

FLUXOGRAMA PROGRAMA DE NECESSIDADES

SETOR

AMBIENTE

QUANT.

01

EXPOSIÇÕES 5

ÁREA DO AMBIENTE 10 m²

DESCRIÇÃO

ÁREA TOTA L

Onde ficarão as obras 50 m² permanentes e temporárias.

ADMISTRAÇÃO4

10 m²

01/02

AUDITÓRIO

2

80 m²

Palestras , Workshops , 80 m² Debates , Shows .

01

BIBLIOTECA 1

75 m²

Estudos, Pesquisas , entre o utros .

BWC

14

20 m²

75 m²

Banheiros masculinos e 280 m² Feminos acessíveis.

01/02

SERVIÇO

7

15 m²

105 , Cozinha , Café , Camarim Depósitos, Almoxarifados, Área de serviço.

01/02

SALAS

4

15 m²

IBGE. MAPAS DE TERESINA, DEMOGRAFIA, DECLIVIDADE E RELEVO. IBGE, 2017. Disponível em: http://mapas.ibge.gov.br.

SEMPLAN. MAPA DE TERESINA, TOPOGRAFIA E CLIMA. SEMPLAN, 2017.

Secretária , Recepção , Diretoria, 40 m ² ServiçoDisponível . em: http://semplan.teresina.pi.gov.br.

01

01/02

MAPS, Google. MAPA DE TERESINA. Google, 2017. Disponível em: https://www.google.com.br/maps/@-5.0708968,42.7998854,471m/data=!3m1!1e3.

Salas de vivência e estudo

BIBLIOGRAFIA

m²

60 m²

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA. CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DE TERESINA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Câmara Municipal de Teresina, 2015.

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA. PARCELAMENTO DO SOLO DE TERESINA. Câmara Municipal de Teresina, 2012.

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DE TERESINA. Câmara Municipal de Teresina, 2012.

PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA. MAPAS DA CIDADE, ZONEAMENTO URBANO. SEMPLAN, 2006.

EMBRAPA. SOLO. CNPTIA, 1983.