O Planeamento Urbano de Leça Permeável

O PLANEAMENTO URBANO DE LEÇA PERMEÁVEL

Giovanna Lopes 21528218

Mestrado Integrado Arquitetura - 4º Ano - Projeto II

Universidade Lusíada Norte - Porto Faculdade de Arquitetura e Artes

26/01/2022

INTRODUÇÃO PALAVRAS-CHAVE FOTOGRAFIAS DO LOCAL REFERÊNCIAS CONCEITO IDEIA FORMANTE

ÍNDICE

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DESENVOLVIMENTO DA PORPOSTA CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA

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O projeto em estudo refere-se ao planeamento urbano e revitalização territorial, terreno balizado pela Rua de Armando Vaz a Norte, pela Rua Óscar da Silva a Este, pela Rua Belchior Robles a Sul e a Oeste pela frente mar, presenta na União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira.

A intervenção arquitetónica insere-se num terreno privilegiado banhado pelo mar, zona atualmen-

lembrada e enquadrada pela antiga Refinaria da Petrogal, tem a sua envolvente composta maiori-

fraestruturas de Armazenamento.

De imagem descaracterizada e ambiente austero e solitário, o desenvolvimento de vivências espaciais

AR, A CIDADE, SUAS RELAÇÕES INTRINSECAS E O CERZIR DO TERRITÓRIO

tariamente por residências, antigas indústrias e in-

é francamente reduzido. Atualmente fragmentado e

descontínuo, este território carece de uma malha urbana organizada, com terrenos em desuso, mas em

omposição Urbana

contrapartida, com espaços consolidados e alinhamentos definidos, de morfologia topográfica suave e descaracterização do edificado construído.

Desta forma o plano urbanístico propõe novas ligações viárias, aproveitamento visual e funcional

do solo e novas implantações de modo a definir e caracterizar a zona em função de uma nova visão urbana, uma cidade permeável.

Fig. 1 - Planta de Conjunto

INTRODUÇÃO

te absorvida pelo setor secundário da economia,

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PALAVRAS - CHAVES

Cidade Permeável Manta Verde ‘Water Sensitive Urban Design’ Resiliência Urbana Organicidade Unidade Hierarquia

Palavras-Chave da Análise Urbana

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Fig. 2 - Vista aérea Zona de Intervenção

Fig. 3 - Zona Interior da Refinaria de Leça

Fig. 6 - Vista exterior da Refinaria

Fig. 5 - Vista noturna da Refinaria de Leça

Fig. 7 - Vista exterior da Refinaria

Fig. 8 - Vista noturna da Refinaria de Leça

FOTOGRAFIAS DO LOCAL

Fig. 4 - Elemento de relevância da Envolvente

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REFERÊNCIAS

Referência Formal A proposta construída utiliza como referência este projeto, visto a relação estabelecida entre as altimetrias, orientação e utilização do espaço exterior do construído. O projeto dos BIG defende uma forte relação entre natureza e edificado, incorporando as relações pessoais e de maior proximidade com o natural.

Fig. 9 - BIG - Fuse Valley, Matosinhos, 2021

Referência Conceptual A proposta baseia-se no conceito de permeabilidade e reaproveitamento das águas pluviais, tendo como referência este projeto, com a criação de uma cidade-esponja, absorvível. Este conceito foi aplicado com a criação de parques alagáveis, terraços verdes, solos permeáveis e a filtração das águas.

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Fig. 10 - Kongjian Yu - Cidade Esponja, Wuhan, 2013

Fig. 11 - SeoAhn Total Landscape, Cheonggyecheon River, Seoul, 2005

Referência Formal A composição da proposta para o local, em relação a conexão entre manchas verdes e edificados, e a malha e métrica aplicados, tem como base de referência este projeto, que define eixos curvilíneos dentro de uma malha construída ortogonal, para além do desenho de corredores verdes que ganham importância ao criar certas exceções com os edifícios, desenhando o espaço e tornando-o menos densificado.

Fig. 12 - Foster+Partners, Masdar City, Abu Dhabi, 2014

REFERÊNCIAS

Referência Funcional A proposta urbana assenta-se na revitaliza ção dos rios, que atualmente estão enterrados.

Este projeto demonstra o resultado desta ação e o poder de trasformação visual, espacial e vivêncial do local.

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O PLANEAMENTO URBANO DE LEÇA PERMEÁVEL Este tema baseia-se no conceito de uma cidade

a presença do elemento água.

N Faculdade de Arquitetu Frequência de Projeto

CONCEITO

O MAR, A CIDADE, SUAS RELAÇÕES INTRINSECAS E O CERZIR DO TERRITÓRIO

que definem uma proposta sustentável e sensível

Implantação Equipamento Proposto

Planta de Apresentação Escala 1/2.500

Composição Urbana

esponja, permeável e resiliente, características

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Fig. 13 -Planta de Apresentação

<N

26/0

A ideia formante sustentada por este trabalho consiste no ideal de sustentabilidade, uma cidade de reaproveitamentos e preservação do natural. Esta proposta segue alinhamentos hierárquicos entre o

relação de interdependencia entre as manchas verdes e a revitalização dos rios.

De forma a concretizar o conceito base do desenvolvimento, é proposto uma implantação orgânica dos eixos, acompanhados dos corredores verdes, e construções, criando uma relação de continuidade.

Através do vazio entre edificios está a permeabilidade da proposta, tanto em questões de densidade de implantação, quanto de acessibilidade e por fim, funcionando como “alvéolos verdes” de uma esponja.

Fig. 14 - Desenvolvimento conceptual

Fig. 15 -Diagrama inicial de relações entre zonas propostas

IDEIA FORMANTE

mar, o verde e o edificado, sendo que é criado uma

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MEMÓRIA DESCRITIVA

O planeamento urbano proposto contempla a requalificação de uma malha urbana consolidada, porém deteriorada, com o intuito de valorizar a zona Norte de Leça da palmeira, consagrada por grandes contrastes e sensibilidades.

A revitalização urbana será realizada através da aplicação do conceito de uma cidade esponja, sensível e permeável a água, com a criação de um suporte físico natural, como zonas permeáveis, de rápida absorção e filtração baseada no reaproveitamento da mesma.

Este projeto fundamenta-se na criação de corredores verdes ligados entre si através de uma vasta área arborizada e ajardinadas, hortas privadas, e zonas de estar e convívio no desenvolver da cidade.

A estrutura da proposta urbana é associada a elementos verdes pré-existentes locais a condicionada por fatores de aproximação, como pontos de relevância da envolvente construída, zonas de transição entre o centro urbano e zonas de habitação e a relação direta com o mar; também por fatores climatéricos, como a boa exposição solar e a direção dos ventos dominantes.

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Fig. 16 -Diagrama da estrutura verde existente

A sua formalização é composta por uma diversidade formal do edificado, zonas de agregação como praças e largos, parques urbanos e corredores verdes, todos ligados por uma estrutura viária originada por uma geometrização entre semicírculos e ângulos de rotação, que compõe da pela ordem geométrica da estrutura existente da Refinaria, o retângulo de ouro.

Na definição da estrutura viária foram desenvolvidos três eixos de ligação, um principal que liga o terreno de sul a este, composto pela sucessão de círculos semicírculos, conjuntos e interligados, a sua importância deriva do facto de fazer a ligação em frente marítima, causando uma torção propositada para o efeito (onde estará localizado o equipamento proposto no 2º exercício), os outros dois eixos desenvolvem-se na ligação de pontos essenciais para o desenvolvimento urbano, como a ligação entre a via marginal ao mar e um ponto de acesso a antiga estrada nacional, atual rua Óscar da Silva, e a união entre o acesso a autoestrada A28 e ao centro da cidade de Leça da Palmeira.

Fig. 17 -Diagrama de intenções para a estrutura verde

E JUSTIFICATIVA

uma malha urbana integrada na métrica defini-

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são sucessões de paralelas e perpendiculares entre si, para além de uma rua pré-existente

O MAR, A CIDADE, SUAS RELAÇÕES INTRINSECAS E O CERZIR DO TERRITÓRIO

MEMÓRIA DESCRITIVA

Na composição viária, as ruas de acesso locais

que será mantida, com importância histórica, responsável pela exceção, justificada, na malha urbana.

Já a malha urbana foi criada a partir de um traçado ortogonal que sofre rotação no contacto com o eixo principal. Este traçado é original da

Composição Urbana

métrica da estrutura existente, que define a ordem e proporção no edificado, criando assim um módulo que será repetido e a sua variação resulta da diversidade funcional da malha construída.

O edificado é orientado Norte-Sul e Este-Oeste devido ao melhor aproveitamento da exposição solar, a sua altimetria é variável de acordo com os eixos e proteção dos ventos dominantes.

Esta conexão entre métrica e edificado origina a criação dos espaços verdes, públicos e privados, integrados na estrutura viária proposta. Os es-

Planta de Geometrização Escala 1/5.000

N

Giovanna Lopes - 21528218

Faculdade de Arquitetura e Artes Frequência de Projeto II - 4º ano 26/01/2022

paços públicos resultantes variam entre largos, zonas de chão duro para convívio e chão mole na colmatação entre vias de tráfego local; e praças, zonas com alguma dimensão e proximidades ao mar, promovendo atividades lúdicas e

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zonas de estar e contemplação.

Fig. 18 - Planta de Geometrização das vias

Para além dos espaços acima referidos, outros da mesma natureza, mas com vocação e desempenho diversos, acompanham os eixos de ligação, como os corredores verdes, que derivam nos parques urbanos, estes desenvolvem-se sobre a margem de um caminho hidráulico, atualrevitalizado, criando caminhos e passadiços colmatando a ligação entre todos os pontos locais essenciais.

Por fim, na frente marítima é desenvolvido um parque alagável e caminhável que se apoia numa rua beira-mar, que assegura uma variação da malha na zona marginal, em função da proximidade com o mar, dando-lhe a devida importância.

Fig. 19 - Diagrama de condicionantes Organização espacial

Fig. 20 - Maquete física com estudo prévio da implantação das vias

E JUSTIFICATIVA

mente enterrado, mas proposto a ser aberto e

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DESENVOLVIMENTO

Fig. 23 - Estudo do edificado com a métrica Fig. 21 - Esquisso das intenções

Fig. 22 - Esquisso dos alinhamentos

O processo criativo iniciou com a análise urbana, estudo da pré-existência e condicionantes legais em vigor, definindo objetivos claros e necessários para sustentar o processo de urbanização. Resultando na demonstração da necessidade de um fator comum agregador, unificando e caracterizando o local de acordo com a sua história e os ideais atuais de sustentabilidade.

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Fig. 24 - Estudo das ligações viárias

Fig. 25 - Esquisso da geometrização Viária

Fig. 27 - Estudo de implantação

Fig. 28 - Estudo de implantação

O processo passou por uma fase abstrata, de busca por alinhamentos e eixos de ligação, seguida pela adição de alinhamentos mais orgânicos. No estudo da formalização do edificado, foi considerado as condicionantes temporais e funcionais, chegando a um resultado equilibrado e com unidade.

Fig. 29 - Estudo de implantação Fig. 30 - Desenvolvimento da Proposta

DA PROPOSTA

Fig. 26 - Estudo de implantação

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A praça a ser detalhada encontra-se mais a Norte do terreno de intervenção. É planeada com zonas de convívio, zonas de estar e pratica de atividades lúdicas. Possui diferentes zonas e elementos urbanos que a caracte rizam.

Os edifícios a sua volta são de caráter de serviços, com diversidade de altimetrias. Este espaço público faz a transição entre a nova zona

A PRAÇA

urbana e a pré existencia atual.

Fig. 30

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Fig. 31

O equipamento proposto para o 2º exercício do ano letivo será fundamentalmente um edifício de caráter exceção na proposta urbanística. Para isso, tem como referência, equipamentos com cionarem-se diretamente com o elemento água.

Fig. 33 - Referência conceptual The Crystal, Siemens - Londres, 2022 (2012)

Fig. 34 - Referência de Implantação Whitney Water Facility, Steven Holl - USA 2005

Fig. 32 - Zona de Implantação do Equipamento

O EQUPAMENTO

cariz ecológico e sustentável, para além de rela-

Fig. 35 - Referência Formal Porto de Leixões, Luís Pedro Silva Arquitecto - Matosinhos, 2015

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Conclui-se então com esta proposta de reabilitação urbana, de princípios ecológicos e susten táveis, que a zona a estudar possui uma localização de privilégio porém também condicionantes que limitam a proposta.

Visto ser uma zona de solo contaminado, dificilmente seria possível realizar um projeto em curto prazo com diversas etapas, e chegar a um resultado similar ao proposto, porém com este

CONCLUSÃO

trabalho, foi possível ver para além superficial da questão da ‘Sustentabilidade’, e aprofundar em conceitos de cariz prático.

Perfil C-D, Lado Norte - Este

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Perfil C-D, Lado Sul - Oeste

EXPO ‘98 - História de um território reinventado - João Paulo Velez Urbanismo ecológico - org. Mohsen Mostafavi , Gareth Doherty Morfologia Urbana e Desenho da Cidade - José Manuel Ressano Garcia Lamas

Perfil C-D, Lado Sul - Oeste

Perfil E-F, Lado Este

Perfil E-F, Lado Oeste

BIBLIOGRAFIA

Perfil C-D, Lado Norte - Este

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