Reflexões sobre ética e moral

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Filosofia – 2a série – Volume 1

SITUA¬«0 DE APRENDI;A(EM 2 INTR0DU¬«0 © ÉTICA Sondagem e sensibilização – ouvir Em geral, os alunos entendem a ética como um amplo conjunto inàndável de coisas que não se deve fazer. Para sensibilizá-los sobre a importância da ética, como base para o convívio social, sugerimos

pensar um fato, ocorrido no Rio de Janeiro, para o qual a mídia deu grande destaque.

Cinco jovens de classe alta agridem doméstica Uma empregada doméstica, de 32 anos, foi espancada e roubada, na manhã do dia 24 de junho de 2007, quando saía do seu trabalho. 0s espancadores eram cinco jovens ricos, todos estudantes. Eles não apresentavam sinais de ter ingerido álcool ou outra substância química. A mulher relatou à polícia que, por volta das 6h30, estava em um ponto de ônibus, perto do apartamento onde trabalha e mora, para ir a uma consulta médica. De repente, saindo de um automÓvel, os cinco jovens começaram a xingá-la e chutá-la na cabeça e na barriga. Depois, roubaram sua bolsa, com seus documentos, 47 reais e um celular, que nem tinha sido completamente pago. ApÓs a agressão, ela voltou ao prédio em busca de ajuda. Um taxista, que estava prÓximo ao local do crime, anotou a placa do carro e notiàcou a polícia, que prendeu os jovens. 0s agressores confessaram o crime, mas nada falaram sobre os motivos que os levaram a cometer o ato de crueldade. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

1. Como avaliar, segundo a ética, a agressão cometida pelos cinco jovens? 2. Como considerar a atitude do taxista no episÓdio ao alertar a polícia? Você seguiria seu exemplo ou iria embora da cena do crime? Nesse caso, deve estar claro para os jovens que espancar uma mulher em um ponto de ônibus é algo muito errado. Pensamos em errado por ser uma palavra prÓxima da linguagem dos alunos, pois será com base nessa linguagem que estabeleceremos uma ponte com a linguagem àlosÓàca. Falando em “algo errado”, você pode lembrar aos alunos que, quando somos crianças e começamos a fazer brincadeiras, as pessoas adultas muitas vezes dizem: “Não faça isso é errado”.

Jogar xadrez com as regras do jogo de damas é errado e espancar uma mulher, ou quem quer que seja, é errado. Embora sejam duas situações comple-tamente diferentes, podemos usar a mesma palavra para as duas coisas. Então, aànal, o que é o errado? Aprofundando a questão, você pode perguntar: Quantas vezes ouviram que era errado o que faziam? Quantas vezes lhes disseram que aquilo era errado? 0ra, precisamos de alguns elementos para poder julgar de maneira adequada, pois tiramos as nossas certezas das explicaç×es. Nosso julgamento se alimenta de respostas a perguntas como “Por que certas coisas são erradas e outras são certas?”.


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