O Carreteiro 558

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Distribuição gratuita para motoristas de caminhão

VALORIZAÇÃO DO MOTORISTA

Falta de condições de trabalho e de prestígio ameaçam a profissão

RENOVAÇÃO DE FROTA MB ATEGO 3033

Projeto do Governo Federal já começou a sucatear caminhões fabricados há mais de 20 anos

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Tecnologia contribui para a redução de acidentes, roubos de carga e manutenção do veículo

a d co fici cia o transporte de cargas no limite entre semipesados e pesados

558 DESDE 1970 TRANSPORTANDO INFORMAÇÃO | www.ocarreteiro.com.br | ano 53 | Nº
TREINAMENTO DEIXA O MOTORISTA MAIS PREPARADO NA PROFISSÃO

O SEU CAMINHÃO

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É exatamente para isso que a YPF, uma das maiores fabricantes de lubrificantes da América Latina, criou a linha EXTRAVIDA.

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Maior proteção ao motor e maior intervalo de troca.

Tecnologia que aumenta o desempenho e a durabilidade do motor.

DANIELA

GIOPATO

Editora

O QUE OS CAMINHONEIROS QUEREM

s caminhoneiros são os heróis da estrada. Sem eles o Brasil para”. Quem nunca ouviu essas frases por aí? O discurso foi dito repetidamente durante a pandemia. Afinal, esses profissionais não ficaram em casa. Se arriscaram durante todo o período para manter normalmente a circulação de todo tipo de mercadoria pelo País. A greve de 2018 foi outro momento em que os meios de comunicação fizeram questão de reforçar a importância do caminhoneiro. Além disso, em datas específicas como o Dia do Motorista, empresas e entidades comemoram a data com ações e homenagens direcionadas aos profissionais do volante. Mas o que será que o caminhoneiro realmente quer e precisa? Será que ele se sente realmente valorizado? Quando nos deparamos com as condições de trabalho oferecidas diariamente para esses profissionais fica evidente a necessidade de muitas mudanças para se sentirem de extrema importância para o País. As longas jornadas de trabalho, insegurança, estradas precárias, defasagem de frete e frota envelhecida, são apenas alguns dos fatores que dificultam o exercício da profissão de maneira digna e saudável. As condições de trabalho dos caminhoneiros também afetam diretamente a qualidade de vida desses profissionais. Um dos grandes problemas enfrentados é a falta de locais seguros para descansar, afetando diretamente a qualidade do sono e a saúde dos motoristas. É necessário um outro olhar para os caminhoneiros. É preciso, de fato, enxergar essas dificuldades e propor mudanças efetivas e eficientes para manter viva a paixão pelo caminhão e pela profissão.

ocarreteiro.com.br 3 EDITORIAL
¨O

Modelo tudo que um semipesado 8x2 precisa para ser competitivo no segmento

30 CONDIÇÕES DE TRABALHO

Infraestrutura precária e insegurança são fatores que prejudicam a rotina na estrada

SUMÁRIO

14 TREINAMENTO

Caminhoneiros contam as vantagens e benefícios de se atualizar e o quanto os treinamentos contribuem para uma direção mais econ mica e eficiente

28 FORD TRANSIT

Novo modelo chegou ao mercado brasileiro com motor de 165cv, rodado duplo e transmissão manual de seis velocidades

36 VALORIZACÃO

Faltas de condições básicas nas estradas contribuem para o aumento da falta de motoristas e desinteresse pela profissão

42 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Tecnologia ajuda a aumentar a segurança do caminhoneiro e reduzir custos

48 RENOVAÇÃO DA FROTA

Programa de renovação de frota do Governo Federal já começou a retirar de circulação caminhões com mais de 20 anos de idade

54 USADOS VALORIZADOS

Mercedes-Benz Accelo 1016 é o seminovo mais valorizado. modelos da Volkswagen, Scania e Volvo também se destacam entre os usados

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A publicação é distribuída em cooperação com postos de serviços rodoviários “ O ” ede Oficial de Distribuidores da Revista O Carreteiro). É proibida a reprodução total ou parcial de matérias sem prévia autorização. Matérias e artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Revista O Carreteiro.

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DESDE 1970 TRANSPORTANDO INFORMAÇÃO ED. Nº 558 • AGO-SET / 2023

DAF COMEMORA 10 ANOS

Em apenas 10 anos de atuação no mercado brasileiro, a DAF coleciona recordes de vendas e de crescimento. Os avanços obtidos em curto período de presença no País se devem a fatores como modernas tecnologias, padrão de conforto e acabamento interno dos veículos, bem como robustez, baixa manutenção e alta disponibilidade com o melhor custo-benefício. Esses quesitos garantiram rápida aprovação dos clientes dos modelos XF e CF nos diferentes tipos de aplicação.

Desde outubro de 2013, quando iniciou a produção e vendas no mercado brasileiro, a DAF segue uma crescente jornada de sucesso e de prestígio junto aos transportadores. Um dos principais objetivos da companhia é figurar entre os líderes do setor e, para isso, dispõe das mais eficientes soluções de transporte, com a oferta de caminhões premium de alta performance.

Em 2019, inaugurou o moderno Centro de Distribuição de Peças da PACCAR Parts com 16 mil m . A divisão brasileira é responsável pelas linhas de peças genuínas DAF e multimarcas TRP. No mesmo ano, a inauguração da PACCAR Financial, braço financeiro da AF, marcou o início das operações de suporte financeiro aos clientes e, hoje, já é responsável pelo financiamento de mais de 42% das vendas de caminhões da marca.

Dentro do seu plano de negócios, foi assertiva nas metas de expansão e capilaridade da Rede DAF de concessionárias em importantes corredores logísticos do Brasil, reforçando a presença da marca nacionalmente. A ampla e

robusta cobertura dos serviços oferecidos por 16 grupos econômicos em 59 pontos de atendimento, abrange 100% do território nacional, com investimentos futuros para chegar a 68 concessionários e Lojas TRP até 2024.

Neste ano em que comemora uma década de operação no Brasil, a DAF bateu a marca de 30 mil caminhões produzidos e se consolida, também, como uma das fabricantes que mais crescem no País. Conquistou um lugar entre as três marcas que mais emplacaram caminhão Euro 6, em 2023, com 18,2% de avanço nas vendas em relação aos seis primeiros meses de 2022. O alto volume de investimentos para as novas tecnologias do Euro 6 gerou um resultado muito além do excelente desempenho comercial. Os novos caminhões premium DAF Euro 6 dispõem de um conjunto de inovações que aperfeiçoaram sua capacidade produtiva em relação ao Euro 5, com a entre-

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Estratégia de antecipar a tecnologia Euro 6 garantiu bons resultados de vendas no segmen o afi ma uis am im

DE PRODUÇÃO NO BRASIL

ga do melhor custo-benefício, desempenho operacional superior, tecnologias de motorização que reduzem em até 8% o consumo de combustível com um dos índices mais baixos de consumo de Arla32 do mercado (5%). “As estratégias da companhia de antecipar, em 2020, a adaptação dos seus caminhões Euro 5 à tecnologia do Proconve P8/Euro 6, permitiram estar um passo à frente do mercado e apresentar, já no final de 2022, um caminhão Euro 6 pronto para comercialização. Por isso, hoje, obtivemos o reconhecimento dos clientes ao plano de negócios da DAF que oferece soluções eficientes para as mais diversas aplicações do transporte de cargas”, comemora Luis Gambim, Diretor Comercial DAF Brasil.

Em todas as aplicações, a excelen-

te performance da linha DAF acirram a competitividade no mercado de caminhões e colocam a marca entre as líderes do setor. Durante os 10 anos de Brasil, a empresa conquistou expressiva participação na concorrência com produtos inovadores que elevaram o conceito e padrão de qualidade do segmento.

“A alta qualidade, robustez e baixo custo operacional são os principais pilares presentes do DNA da companhia. Marcam a estratégia dos nossos negócios, do planejamento à execução do produto, e consolidam a empresa como uma das principais fabricantes do País. E é por esse caminho que a companhia projeta seu futuro para evoluir ainda mais e alcançar novos horizontes no País”, conclui Gambim.

ocarreteiro.com.br 7 BRANDED CONTENT PRODUZIDO
POR GG MÍDIA

CURSO DE DIREÇÃO DEFENSIVA

A VWCO está oferecendo curso de direção defensiva grátis para motoristas que trabalham com caminhão de sua marca. O objetivo dessa iniciativa, sobretudo, é propiciar segurança individual e coletiva nas ruas e estradas por meio da capacitação teórica de condutores e gestores de frotas. Com o curso, a empresa destaca também os conceitos relacionados à prevenção, legislação e manutenção dos caminhões. E para atingir esse fim, o curso ministrado por um instrutor de trânsito credenciado pelo Detran SP.

O programa, realizado em parceria com a

empresa de treinamento automotivo Oiti, tem sete módulos, cada um com duração de aproximadamente 10 minutos. Os temas abordados vão desde direção defensiva, responsabilidade no trânsito, acidentes, bem como conhecimento do veículo, entre outros.

Para fazer o curso o motorista deve trabalhar com caminhão Volkswagen e baixar o aplicativo Volkscare. De acordo com o diretor de Serviços da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Antonio Cammarosano, o aplicativo proporciona uma experiência completa dos serviços disponibilizados ao cliente da marca.

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FOTOS SHUTTERSTOCK E DIVULGAÇÃO

FÁBRICA DE BATERIAS

A BorgWarner anunciou planos para a sua recém-inaugurada fábrica instalada em Piracicaba, interior de São Paulo.

A expectativa para os próximos anos é de aumentar o faturamento atual em cerca de vinte vezes, quadruplicar o número de funcionários e montar todo o sistema no País, inclusive a bateria – atualmente importada da fábrica da Alemanha. Para a empresa, a iniciativa de desenvolver no Brasil a bateria, compartilhando tecnologia e con ecimento t cnico com profissionais brasileiros, fomenta a indústria local e qualifica a mão de obra nacional

A planta de Piracicaba está instalada em um terreno com área total de 33 mil m², sendo 10 mil m² de área construída e 2,3 mil m² de área útil fabril e é uma das quatro fábricas de baterias da

org arner no mundo as demais ficam nos Estados Unidos e na Alemanha. Atualmente, a planta é responsável pela montagem do Sistema de Gerenciamento da Bateria (BMS), os módulos de conexão entre as baterias (Junction box), a Unidade de recarga de corrente direta (DCCU) e a Unidade eletrônica de controle (EDCU).

A capacidade de produção de energia da nova fábrica é de 500 MWh (Megawatt. hora). “Os sistemas de baterias produzidos em Piracicaba são de alta densidade energ tica, o que significa di er que oferecem maior autonomia aos veículos.

A bateria para a qual montamos os sistemas foi desenvolvida para aplicações de uso intensivo de energia operando em até 665 volts e armazenando 98 kWh de energia”, explicou Marcelo Rezende, Diretor para Sistemas de Baterias.

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VIPAL 50 ANOS

A Vipal está completando 50 anos de mercado com cinco fábricas no Brasil, uma na Argentina e uma nos Estados Unidos –onde está o maior mercado mundial de reforma de pneus. No Brasil, são três: em Nova Prata (RS), uma em Feira de Santana (BA) e outra em Lagoa Santa (MG). Na Argentina, a fábrica da Vipal foi inaugurada em 2020, em Perez. Em solo americano, a unidade fica em Madison, no estado americano Tennessee. Juntas, apresentam capacidade instalada superior a 20 mil toneladas por mês, além de estrutura física de quase 230 mil metros quadrados. Atualmente, a empresa conta com uma rede de reformadores composta por mais de 250 profissionais capacitados e está presente em mais de 90 países ao redor do mundo. Filho do fundador e atual Presidente do Conselho de Administração da Vipal Borrachas, Arlindo Paludo – hoje

com 76 anos - se emociona ao lembrar da operação que iniciou pequena, oficialmente em 1973 e e hoje é referência mundial em seu segmento. “Nascemos com o objetivo de estar junto aos nossos clientes e parceiros, oferecendo as melhores soluções para gerar economia e alto desempenho para as empresas através da reforma de pneus. Nosso crescimento tem como base a busca pela inovação contínua, um trabalho genuinamente de equipe e muita determinação”, completa. A companhia também comemora a data com o início do fornecimento de pneus para uma das maiores montadoras de motocicletas do Brasil, após diversos testes de durabilidade, segurança, resistência e desempenho. “Esse reconhecimento atesta o diferencial dos nossos pneus, e nos coloca em outro patamar, junto com líderes globais”, afirma Renan Patricio Lima, CEO Vipal Borrachas.

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PARCEIRA DAS MULHERES

A Goodyear fechou parceria com o Movimento A Voz Delas, criado em 2019 pela Mercedes-Benz do Brasil, que tem como objetivo conscientizar a sociedade da importância das mulheres no transporte e buscar parcerias para torná-lo ainda maior. O objetivo da empresa é reforçar sua cultura de estimular seus funcionários e funcionárias a desenvolverem seu potencial ao máximo em uma atmosfera empresarial próspera e cada vez mais diversa e mais acolhedora. Neste sentido, a Goodyear possui uma série de iniciativas de diversidade e inclusão, entre elas diferentes grupos de afinidades, liderados por seus uncionários de forma voluntária, como por exemplo o Goodyear Women´s Network (GWN),

iniciativa que começou há três anos na empresa no Brasil e que fomenta atividades para o empoderamento de todos, envolvendo, motivando e desenvolvendo principalmente as mulheres em todas as áreas da empresa. “A Goodyear tem o compromisso de se engajar em atividades que transformem o futuro e cooperem com a conscientização dos cidadãos. Temos os clientes no centro de tudo que fazemos e o Movimento A Voz Delas, idealizado por nosso cliente Mercedes-Benz do Brasil, possui total sinergia com nossos pilares estratégicos, reafirma nossa cultura inspiradora e reitera nossa responsabilidade corporati a”, afirma o presidente da Goodyear no Brasil, Jeff Havlin.

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DESTAQUE NO MERCADO

Direção econômica e segura, capacitação para negociar melhores fretes e administrar o negócio de maneira eficiente são alguns dos diferenciais de caminhoneiros, que tiveram a oportunidade de participar de treinamentos e se profissionalizar

PROFISSÃO

Aatualização profissional é de extrema importância para o caminhoneiro que realmente tem o objetivo de se destacar e ter uma carreira promissora. No caso dos empregados o caminho para ter acesso aos cursos e treinamentos é mais curto. Afinal, muitas empresas já entenderam a importância de investir na atualização de seus funcionários. uando se trata dos autnomos o acesso é um pouco mais complicado por conta do investimento e do tempo parado, sin nimo de perda de faturamento no final do m s.

Hoje existem diversas modalidades de cursos e treinamentos que permitem o aut nomo se profissionalizar sem precisar se deslocar ou se ausentar por muitos dias parado. Porém, ainda é pouco divulgado e talvez o profissional ainda não tenha parado para pensar sobre

as vantagens de se atualizar. Mas, a verdade é que quem tem o desejo de buscar a melhoria contínua, sempre encontrará uma boa alternativa.

A Fabet, conforme explica Salete Marisa Argenton - erente Fabet São Paulo, oferece cursos com durabilidade menor e, também, com a possibilidade de serem feitos de maneira remota. Existe alternativas presenciais de curta duração dois dias , mais extensos de uma semana, online de um dia, em plataforma de ensino a distância, com videoaulas, dando a oportunidade para o autnomo estudar e se atualizar usando o seu t empo livre entre uma viagem e outra ou mesmo nos momentos de espera para uma carga ou descarga.

ndependente da modalidade, o treinamento impacta positivamente na rotina dos aut nomos que passam a ofere-

Fotos SHUTTERSTOCK, ARQUIVO PESSOAL e DIVULGAÇÃO

Salete Argenton diz que a Fabet oferece cursos rápidos e online para atender os autônomos

cer um trabalho mais eficaz, de qualidade, segurança e econ mia para o cliente além de aumentar o faturamento e a oferta de frete. “Mais do que retorno financeiro, com resultados quantitativos, é o retorno em resultados qualitativos, desenvolvendo suas habilidades sociais tão importantes na atualidade, para inclusive ter uma vida mais feliz diante das adversidades do dia a dia, das relações de trabalho e da própria vida pessoal. Enfim, o investimento sempre valerá muito a pena e trará resultados surpreendentes”, explicou Salete.

almor dos Santos, 0 anos de idade e 0 de profissão, de Araucária P , atualmente é aut nomo, porém quando trabalhou como empregado teve a oportunidade de fazer alguns cursos e treinamentos. Ele conta que nesse período era mais fácil pois as empresas se preocupam em ter funcionários cada vez mais profissionais. “É muito importante o motorista se atualizar. Os cursos me ajudaram a corrigir alguns vícios adquiridos ao longo dos anos. E todo esse aprendizado contribuiu para que eu conseguisse superar algumas situações perigosas e promover uma direção mais segura e também econ mica”, explica.

Outros benefícios, segundo almor foi ter tido a oportunidade de aprender a calcular o frete para não ficar no prejuízo durante as negociações. Além de cursos de relacionamento pessoal para ajudar a lidar com o estresse do dia a dia.

“Apesar de ser importante, infelizmente, na realidade, é bem complicado o autnomo conseguir se atualizar”.

Fabrício Tavares de Paula, 1 anos de profissão, trabalhou 1 como empregado e há cinco é aut nomo agregado em uma empresa. Ele conta que também teve a oportunidade de se atualizar quando era registrado. “Os cursos ajudam muito. uando eu comecei como empregado a empresa exigia dois cursos os quais deveriam ser custeados pelos próprios motoristas. Eles me ajudaram muito no meu dia a dia. Hoje percebo que o profissional tira a habilitação, mas não sabe como analisar uma nota fiscal ou tem dificuldade para baixar um aplicativo e pegar uma ordem eletr nica”, explicou.

Para Fabrício, os aut nomos não t m acesso a treinamentos para ensinar a lidar com as novas tecnologias, pro -

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PROFISSÃO

Valmor dos Santos explica que os cursos o ajudaram a corrigir vícios adquiridos ao longo dos anos e a dirigir com economia

mover uma direção segura e rentável e gerir o próprio negócio. Na sua opinião os cursos poderiam ser mais rápidos e ministrados em locais de fácil acesso, como nos terminais de carga. Ele explica que muito motorista tem dificuldade de entender a importância de estar atualizado.

“Antes de ingressar na profissão trabalhei na área administrativa e me ajudou muito na questão de organização das finanças e, também, de conhecimentos gerais. Além disso, me deu um embasamento para hoje saber quais são os meus direitos. Acredito que os autnomos precisam estar mais atualizados para poder executar de maneira mais eficiente o seu trabalho. É preciso saber os seus direitos e deveres, melhorar na questão de segurança e até mesmo saúde. Pois quando um caminhoneiro é treinado ele passa a entender a importân-

Para Fabrício Tavares, os treinamentos ajudam o autônomo a gerenciar com mais eficiência o seu negócio

cia de dormir bem e de uma manutenção preventiva.

uciana Maria Maciel, anos de idade, dois na estrada, é de io do Sul S e atualmente atua na rota Mercosul. Ela conta que antes de iniciar como motorista sentiu a necessidade de passar por treinamento já que não tinha nenhuma experi ncia. Foi então que depois de tirar a NH uma empresa ligou interessada em contratá-la, porém com a condição de antes participar de um curso de 1 dias na Fabet. “Eu não pensei duas vezes e aceitei. As autoescolas não ensinam nada, apenas te dão a NH. E, na época, o máximo de experi ncia que tinha era de viagens com o meu pai. Então fiz o curso na Fabet e até hoje o que vivenciei faz a diferença no meu dia a dia. Nas aulas aprendi sobre direção defensiva e econ mica, o que representa fazer a média, hoje um grande diferencial. a-

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Luciana Maciel fez curso na Fabet e i se um i e encia na sua ofiss o ois omo e i e o segu a e economica

nhei conhecimento em mecânica, pneus, legislação”.

Para uciana, é necessário se preparar para ser um caminhoneiro. O bom motorista deve sempre se atualizar e ir se preparando. Pois as coisas vão mudando de maneira rápida. Ser um motorista que consegue economizar o combustível é um diferencial no mercado. Para o aut nomo é muito importante passar por um treinamento que o ajude a dirigir com mas rentabilidade”, destacou.

iferente dos colegas, Arthur ima, anos de idade e há cinco como autnomo, é de Piracanjuba O, e faz parte da parcela maior de motoristas que sabe da importância de se atualizar. Porém, não sabem como. “ A falta de tempo é um dos principais fatores que impede a capacitação por parte dos aut nomos. Esses cursos poderiam ser administrado e promovidos nos terminais de carga e descarga. Eu transporto grãos e se tivesse curso nesses pátios onde ficamos horas e dias aguardando para descarregar seria mais fácil ter acesso. Acredito também que seria interessante cursos com menos tempo de duração a dias e horários mais exíveis. É necessário olhar mais para a necessidade do aut nomo.”

Arthur confessa que sente necessidade de fazer curso de transporte de produtos perigosos, mas nunca tem tempo para fazer. E essa falta de iniciativa de atender essa necessidade para a realiza-

ção dos cursos, propicia trabalho ilícito. “ árias escolas fornecem cursos falsos de produtos perigos e indivisíveis. omo muitos motoristas não consegue se encaixar acabam comprando esses cursos falsos de escolas não especializadas. Acho que é um trabalho bem importante todo motorista precisa de direção defensiva, econ mica e manutenção básica para ajudar em caso de imprevisto”.

O relato de João Preis, anos de idade, de Francisco eltrão P , é um exemplo de que o treinamento ajuda no crescimento do negócio. Seu pai Jose Preis, está há 0 anos na estrada e é um apaixonado por caminhão. É o fundador da empresa e começou com apenas um caminhão. ma das lembranças de João era ver o pai sempre com um livro na mão onde controlava as despesas e os ganhos.

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PROFISSÃO

“Toda vez que ele chegava em casa ele anotava nesse caderno. Meu pai tinha visão e sempre entendeu que um negócio só vai para frente com uma boa gestão. Se não fosse esse gerenciamento do meu pai logo no início, com certeza não teria dado certo. Toda essa organização e dedicação dele foram responsáveis pelo sucesso da nossa frota”, explicou.

Atualmente a empresa tem 10 caminhões e é administrada pela família. O pai é o único que permanece como motorista. “Eu e meu irmão Tiago Preis, também somos apaixonados por caminhão, porém foi necessário nos dedicarmos a administração. Hoje além de uma gestão eficiente entendemos ser importante promover a segurança dos nossos motoristas para ajudar a manter o nosso negócio funcionando de maneira saudável.

Para João, a questão dos cursos é essencial para tornar mais eficiente o negócio de transporte. “Fizemos vários treinamentos para nos ajudar na administração. E, também estamos preparando nossos motoristas. O conhecimento tem que ser repassado e não pode ficar concentrado. Nos últimos 10 anos percebemos a evolução dos caminhoneiros. Eles são preocupados com a segurança e hoje temos motoristas muito mais qualificados. E essa formação tem que ser contínua. Fazemos treinamento de mecânica para os motoristas para ajudá-los no dia a dia. É uma pena que a maioria dos caminhoneiros não tenham essa oportunidade. Pois para o negócio dar certo seja de grandes e pequenas frotas ou até mesmo empresa de apenas um caminhão é necessário capacitação e profissionalização”.

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Arthur Lima sabe da importância de se a ua i a mas i n o e em o e a a iniciativa para atender os autônomos o o eis afii ma ue a a o i a o e treinamentos e cursos sempre esteve esen es nos negócios a ami ia

8X2 NA MEDIDA

Motor, transmissão e cabine dimensionados às operações que o caminhão se destina, tornam o Atego 8x2 um semipesado competitivo para atender operações com diferente tipos de cargas em percursos de curtas, médias e longas distâncias

JOÃO GERALDO
AVALIAÇÃO

DO MERCADO

Caminhões semipesados pertencem a uma categoria que combina a versatilidade dos médios com a robustez dos pesados e contam com e i ilidade para atender a uma gama de aplicações. Isso implica em uso urbano, fora de estrada e no transporte de cargas em rotas de curtas, médias e longas distâncias. Dispon eis nas configura es de ei o e atendem a um segmento caracterizado por veículos com peso bruto total entre 15 e 30 toneladas. Além disso, normalmente são disponibilizados pelas fabricantes nas versões cavalo mecânico e veículos vocacionais para maiores demandas de carga.

AVALIAÇÃO

Esta categoria atende a diversas configurações que permitem a adeuação do veículo necessidade do cliente diferentes cabines, entre eixos e suspensão, relação e bloqueio de diferencial. Tudo baseado baseado no tipo operação, na cidade, rodovias, estradas de terra, terrenos de baixa ader ncia, atoleiros etc.

Os motores utilizados atualmente pelos semipesados, especialmente os modelos x e x superam os 00cv e garantem excelente relação peso pot ncia. aixas de câmbio automatizadas de última geração e eixos de tração bem dimensionados aplicação completam o trem de força e proporcionam alto desempenho e facilitam a condução.

Painel de instrumentos moderno, descomplicado e simples apresenta facilidade de leitura para o motorista

Pudemos constatar essa performance no Mercedes- enz Atego 0 x carregado no peso de balança. Nossa experi ncia foi vivida em cerca de 100 quil metros a bordo de um caminhão cedido pela montadora. A maior parte da rodagem se desenvolveu em rodovias com diferentes relevos.

uardadas as devidas proporções em relação a tamanho e capacidade de carga, entre outros itens, a proposta de oferecer uma cabine com os mesmos requintes de um extrapesado é facilmente observada. Essa percepção passa a impressão de ser mais evidente na versão rodoviária do Atego x com cabine teto alto e leito, graças a elementos essenciais para valorizar o motorista. Espaço, rádio, vidros elétricos, ar-condicionado, it multimídia e até mesmo a ergonomia proporcionam bem-estar durante o turno de trabalho do profissional

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Como outros caminhões de sua categoria, o Atego reúne diversos itens no volante e coluna de direção que facilitam a condução do veículo

m motor com boa relação peso pot ncia, e que trabalhe com folga, também é imprescindível em um segmento competitivo. Por isso, o Atego x é tracionado pelo OM A de , litros e cilindros. Esse propulsor entrega 0cv a . 00 rpm e torque máximo de 1. 0Nm na faixa de 1. 00 a 1. 00rpm. Por opção da Mercedes- enz, é o mesmo motor da geração P Euro , porém com os várias mudanças necessárias para atender legislação P Euro . Os principais ajustes estão no brunimento dos pistões, novos bicos injetores, nova turbina e mudanças no sistema de vedação. om as atualizações, o motor saltou de para 0cv.

A caixa de câmbio do Atego é a PoerShift M 11 automatizada de 1 marchas. É item de série nos modelos x e x . Essa transmissão revela sua boa sincronia com o motor logo no pri-

meiro quil metro rodado. A performance do trem de força permite ao motorista obter o melhor aproveitamento dos recursos do caminhão nos diferentes relevos da estrada, favorecido pelo torque do motor, Top ra e de estágios e o Eco oll. E, por fim, tirar uma boa média de consumo do veículo.

Assim como o motor, essa caixa de marchas também recebeu várias melhorias e a denominação Po er Shift Advanced. Mudanças na arquitetura eletr nica proporcionaram mais intelig ncia e maior precisão nas informações. Já em relação parte mecânica, a caixa recebeu novos atuadores hidráulicose e outras melhorias que reduziram o tempo de acoplagem e maior rapidez nos engates de marchas. As trocas acontecem imperceptíveis graças harmionia no funcionamento entre a caixa de marchas e o motor.

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AVALIAÇÃO

Atego 3033

Euro 6 traz avanços na caixa de câmbio, motor e embreagem

Outros itens do Atego são o freio com Sistema Anti Travamento das odas A S , istribuição Eletr nica de Frenagem E , ontrole de Aceleração AS , Assist ncia de Partida em ampa Hill Holder e uzes de Frenagem de Emerg ncia ESS . abe lembrar que a Mercedes- enz também disponibiliza o Atego x 0 para betoneiras que operam em centros urbanos e a 0 plataforma basculante, utilizada geralmente para tanques, basculantes, comboio de lubrificação e caminhões pipa. Em ambas as versões, o motor é o OM A de , litros e cilindros de cv. Apesar No entanto, apesar da menor pot nciam nessas aplicações o que conta é a disponibilidade de torque

1.1 0Nm , transmissão e embreagem mais robusta 0mm .

ale lembrar também das diferentes opções de cabine da linha Atego. A cur-

ta oferece maior espaço na plataforma de carga a de teto baixo costuma suprir aplicações com baús frigoríficos, pois permite a instalação do equipamento de refrigeração acima do teto. O semipesado x da Mercedes oferece ainda a opção de um pouco mais de espaço com a cabine estendida e, por fim, a de teto alto e leito. Esta tem o maior foco nas aplicações rodoviárias como a do caminhão cedido pela Mercedes para nossa experi ncia de avaliação.

Justamente por ser uma versão preparada para percursos de curtas, médias e longas distâncias, o Atego x conta com os quesitos necessários para um caminhão de sua categoria ser competitivo frente a modelos de outros fabricantes. O que facilmente se observa é que todo o ambiente interno da cabine e equipamentos foram preparados, como já foi dito, para oferecer parte do re-

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quinte encontrado nos modelos extrapesados, principalmente se tratando de quesitos como espaço interno com cama, cortinas, acabamento e iluminação, entre outros detalhes.

Ainda sobre o conforto do motorista, cabe vale acrescentar certos elementos comuns aos caminhões dessa categoria, como o climatizador, vidros das janelas e espelhos retrovisores elétricos. onta também o baixo nível de ruídos, proporcionado em boa parte pelo motor e pela vedação eficiente da cabine. Outro item que merece citação é a suspensão pneumática, uma solução bastante conhecida por preservar cargas frágeis pela capacidade de reduzir impactos, vibrações e garantir mais estabilidade ao caminhão, comparada ao sistema comum de molas metálicas. No caso do Atego 0 x , o conjunto de suspensão a ar foi desenvolvido pelo entro de ustomização T da fábrica em São ernardo do ampo, a partir da suspensão utilizada em chassi de nibus da marca.

DIFERENÇA DO 2º EIXO – aminhão rígido com quatro eixos com os dois primeiros direcionais é configuração antiga coisa do começo do século . No início da década de 1 0 essa solução já era disponibilizada no rasil pelo FNM 11.000. Os semipesados bitruc x t m P T legal até toneladas e se sobressaem em operações com diferentes plataformas de carga, como baú, tanque, carga seca e porta cont ineres, entre outros tipos de implementos.

Não raramente, o caminhão chassi x é opção para carretas puxadas por cavalos mecânicos leves x . Apesar de não atingir a mesma capacidade legal de carga, por outro lado o bitruc apresenta vantagens. Algumas delas são me-

nos despesa com P A, por ter uma placa apenas cobrança de menos eixos no pedágio, condução com NH categoria ou e maior facilidade de manobras devido ao comprimento de 1 metros. No entanto, comparado s demais configurações de semipesados disponibilizados dentro do segmento, principalmente aos x , o volume de x vendidos é baixo.

Todas as grandes montadoras de caminhões instaladas no País AF, Mercedes- enz, Scania, ol s agen e olvo t m x em seus portifólios de semipesados. A veco disponibilizou o Tector x até a linha Euro , porém essa opção não consta na linha Euro . Segundo informação da montadora, o pessoal do mar eting analisa a curto médio prazos a a viabilidade de voltar a disponibilizar esta versão.

A ol s agen, líder no segmento de semipesados, licenciou . 10 caminhões dessa categoria no primeiro semestre de 0 , esse total, 0 são x equipados com motores de 0 a 0cv. A Mercedes- enz, por sua vez, informou o registro de 1 licenciamentos do Atego

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Interior da cabine leito com teto alto procura oferecer espaços que atendam as necessidades do motorista

AVALIAÇÃO

0 0 x no primeiro semestre. Foram unidades da versão Euro e mais da Euro .

A AF disponibiliza o F x com diferentes opções de trem de força e duas opções de cabines Sleeper ab e a Space ab . A montadora tem os motores PA A M -11 nas pot ncias de 0cv, 0cv e 10cv, e PA A P - de 10cv.

A transmissão automatizada F EcoTronic de velocidades é item de série na versão x com motor de 10cv.No caso do AF F FA M -11, com maiores pot ncias, a transmissão é a F Traxon automatizada de 1 velocidades frente e duas ré. Outro detalhe desse motor de 11 litros é o freio motor de tr s estágios com pot ncia de 0cv a .100 rpm.

Os bitruc s da marca contam com controle de tração, sistema de suporte a condução desligamento automático se ocioso ar-condicionado digital e comando de iluminação interna com tr s modos. A cabine Space ab disponibiliza itens exclusivos como os faróis S light e a possibilidade de incluir uma segunda cama tipo beliche.

omo opcionais são oferecidos ontrole de ruzeiro Adaptativo ontrole de ruzeiro Preditivo Auxiliar de Partida em Aclives suporte para estepe Monitoramento da Pressão dos Pneus espelho frontal de aproximação faróis E com lentes exan Air ag suspensão traseira pneumática Sistema de Auxílio de Frenagem Emergencial ontrole Eletr nico de Estabilidade sistema de monitoramento de bateria Aviso Sonoro de Saída de Faixa farol de neblina com lentes exan e função ornering aviso sonoro de marcha ré climatizador de teto rodas de alumínio ou de aço na cor preta geladeira interna buzina pneumática de teto bancos em couro.

Acima, linha de produção do semipesado Volvo VM 8x2. A montadora está se destacando no segmento. Ao lado, o DAF CF, é disponível com diferentes motores, potências e transmissões

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lendunt lind lindaguim

O Iveco Tector 8x2 (acima) é indisponível na linha Euro 6, segundo a montadora. Abaixo, o Scania Série P é oferecido com motores de 7 e 9 litros em diferentes potências de 250 a 360cv

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TRANSIT CHASSI-CABINE

Disponível

desde o início de setembro, a Transit chassicabine amplia as opções da Ford no mercado brasileiro de veículos comerciais na faixa de 3,5 a 5,0 toneladas de PBT. Como as demais versões da marca, o modelo traz de série conectividade de fábrica

AFord Transit completou dois anos de presença no mercado brasileiro desde o seu retorno País em setembro de 2021 e segue com forte disposição de continuar crescendo no segmento de veículos comerciais de 3,5 a 5,0 toneladas de PBT. O produto mais recente da marca para essa faixa de carga é a Transit chassi-cabine, disponível desde o início de setembro.

Assim como as demais versões, o novo veículo é oferecido com motor diesel 2.0 de quatro válvulas por cilindro, 165cv a 3.500rpm e torque de 39,7 Kgfm na faixa de 1.750 a 2.750rpm. A tração é pelo eixo traseiro como todas as versões da linha Transit disponibilizadas no Brasil.

O principal diferencial no trem de força é a caixa de câmbio manual de seis ve-

locidades, porque todos os demais modelos disponibilizam transmissão automática de 10 velocidades. De acordo com a Ford, a cabine da nova versão segue o conceito monobloco, com o mesmo nível de segurança do Furgão.

A Transit chassi-cabine é disponibilizada em duas versões de comprimento: 6,1mm (PBT legal 3,5 ton, PBT técnico, 4,7 ton e capacidade de carga 1.401Kg) e 6,6mm (PBT legal 4,7 ton, PBT técnico 4,7 ton e capacidade de carga 2.601Kg). As principais aplicações do veículo são com baú, carga seca e plataforma. Outros detalhes técnicos da plataforma de carga são a longarina reforçada, balanço traseiro ajustável e rodado duplo.

Assim como as demais versões (miniônibus e furgão), o lançamento traz de

28 LANÇAMENTO

Nova opção é equipada com caixa de câmbio manual de 10 velocidades

série conectividade via aplicativo FordPass™, bem como computador de bordo em tela de 2,3 polegadas, alertas de funcionamento, travamento e destravamento remoto do veículo, localização e status do hodômetro e do combustível.

O pacote inclui também o sistema start & stop (motor desliga quando o veículo para e volta a ser acionado quando o motorista retira o pé do pedal de freio).

A Transit chassi-cabine conta com o Ford Pro, a estrutura global de serviço aos veículos comerciais da marca. Lançado no Brasil em março desse ano, essa estrutura de atendimento é parte da estratégia da Ford de assegurar a fidelidade dos clientes no segmento de veículos comerciais leves.

O lançamento da Transit chassi-cabi-

ne é parte da estratégia da Ford de fortalecer a presença da Transit nas ruas do País bem como aumentar a a participação da marca no segmento de veículos urbanos. A ação impulsionada em maior parte ao tamanho do mercado brasileiro de veículos comerciais leves, o maior da América do Sul, com 63% das vendas de modelos para o transporte de mercadorias e 37% para passageiros.

O novo produto chegou para concorrer em um nicho de mercado de 10 mil unidades, que segundo levantamento da marca representa 25% do mercado total de veículos do tipo chassi cabine, furgão e Minibus. Uma das ações da Ford tem sido convidar frotistas para conhecer a linha de produtos e sua no campo de provas da empresa em Tatui/SP.

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ROTINA

A rotina do caminhoneiro brasileiro em sua maioria é composta por longas jornadas ao volante, estradas precárias e locais inadequados de paradas. Esses fatores contri uem tornar a profissão insegura des alorizada e com pouco poder de atrair no os profissionais

DANIELA GIOPATO

30 PROFISSÃO

PERIGOSA

As difíceis condições de trabalho dos caminhoneiros não são novidades para ninguém. Os profissionais diariamente vivem submetidos a longas jornadas e períodos insuficientes de descanso, além da falta de segurança e infraestrutura precária. Esses fatores negativos desvalorizam a profissão e contribuem para reforçar o problema da falta de mão de obra. Isso

porque, apesar de toda tecnologia incorporada nos caminhões, os jovens, diante de todos os desafios se sentem pouco motivados a seguirem na profissão.

Outra consequência causada pela pesada rotina de trabalho é o comprometimento da saúde. A falta de locais seguros para descansar, por exemplo, afeta diretamente a qualidade do sono dos motoristas. Assim, aumenta o risco de

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SHUTTERSTOCK E ARQUIVO O CARRETEIRO
Fotos

acidentes e o surgimento de doenças como obesidade, depressão, pressão alta e AVC entre outros males.

“Todos nós indivíduos adultos devemos dormir entre sete e nove horas por noite. E dormir deve ser um ato diário, não apenas quando é possível ou no final de semana”, explicou egina Margis, da Associação rasileira de Medicina de Tráfego, a Abramet.

As longas jornadas de trabalho, s quais os caminhoneiros são submetidos diariamente para poder cumprir os prazos curtos estabelecidos para a entrega da carga, contribuem para as péssimas condições de trabalho. A Lei 13.103 de

de março de 01 , conhecida como ei do aminhoneiro, determina jornada de trabalho de oito horas por dia com máximo de quatro horas excedentes combinadas previamente); uma hora de refeição e 11 horas de descanso seguidas sem fracionamento. Entretanto, muitos motoristas dizem que a fiscalização não é eficiente e, portanto, acabam não descansando o suficiente. Sem mencionar os aut nomos que ficam sem qualquer resguardo.

Além da falta de fiscalização, existe ainda o desafio de encontrar locais seguros e adequados para parar, descansar e cumprir os horários de descanso.

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PROFISSÃO

Os caminhoneiros afirmam que na prática, os locais existentes são os tradicionais postos de serviços que muitas vezes impedem a parada para descanso de quem não é cliente. Quando acontece de perderem o horário por algum imprevisto, o pátio do posto está lotado e sem vaga para estacionar. E expectativa da grande maioria dos motoristas, é que os locais de descanso e pernoite ofereçam tranquilidade, segurança, banheiros com chuveiro e espaço para as refeições.

E quando se trata de segurança, vale lembrar que o roubo de carga, diretamente ligado a uma fiscalização ineficiente, também contribui para aumen-

Falta de locais adequados para descanso dos carreteiros e acidentes nas envolvendo caminhões estão entre os principais problemas de segurança nas rodovias brasileiras

tar o clima de insegurança nas estradas. Apesar do número de registros estar em queda, as ocorr ncias ainda são bastante preocupantes. A Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística NT ogística divulgou os resultados de sua pesquisa abordando o panorama do roubo de cargas no Brasil em 2022. De acordo com os dados coletados pela entidade, em parceria com órgãos públicos e privados, houve uma redução significativa de ,1 em relação ao ano anterior, totalizando 1 .0 registros.

A região Sudeste continuou concentrando o maior número de casos, representando ,1 das ocorr ncias, se-

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guida pelas regiões Sul ,1 , Nordeste , , entro-Oeste , 1 e Norte 1, . Em termos monetários, as perdas ocasionadas por cargas roubadas somaram cerca de 1, bilhão em todo o país.

Sobre a falta de infraestrutura e segurança, as estradas precárias e malconservadas - com problemas na pavimentação e sinalização ineficienteatrapalham a rotina dos caminhoneiros e aumentam o risco de acidentes. Além disso, aumentam a manutenção do caminhão, resultando em acréscimo de até 0 na operação do transporte. ependendo da rota a ser cumprida, a via-

gem pode não valer a pena diante do risco de o caminhão vir a sofrer algum tipo de problemas que trará custo de reparo e prejuízo.

odovia deteriorada, em estado precário, impacta no bolso, aumenta o consumo de combustível e a necessidade de reposição de peças. Os itens mais afetados são os sistemas de embreagem e de freios, molas, pneus além do aumento do tempo de viagem, redução das condições de segurança dos usuários da via, conforto e paci ncia do motorista. Enfim, as estradas precárias reduzem as condições de trabalho dos caminhoneiros.

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PROFISSÃO

Estradas sem manutenção e em condições precárias, além de outros problemas de infraestrutura viária, entre outras situações de trabalho desfavoráveis, contribuem para o desinteresse de gen e no a ing essa na ofiss o e mo o is a

Todas essas questões ligadas as condições de trabalho do caminhoneiro interferem diretamente na saúde física e mental dos profissionais. Muitos acidentes registrados nas rodovias federais do País nos últimos anos pela Polícia odoviária Federal P F , mostra que a causa principal, ou secundária, são questões relacionadas saúde dos condutores no momento da ocorrência.

Manter hábitos saudáveis com horários exíveis de alimentação ainda está longe de fazer parte do dia a dia de maioria da categoria. Por conta disso, os motoristas de caminhão são fortes candidatos a desenvolverem doenças

que, principalmente aquelas que agem de maneira silenciosa e podem até levar o indivíduo morte se não tratadas de maneira correta.

A saúde emocional em dia também é importante para garantir a segurança na estrada. O desânimo, sensação de medo, de tristeza e ins nia, entre outros males, provoca falta de atenção e, consequentemente, aumenta a chances de acidentes. Segundo a Abramet, a presença de doenças orgânicas nos caminhoneiros é responsável por cerca de 1 dos acidentes de trânsito fatais, incluindo as doenças cardiovasculares e, inclusive, as doenças mentais, como a depressão.

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VALORIZAÇÃO URGENTE

E
Fotos SHUTTERSTOCK, ARQUIVO PESSOAL
O CARRETEIRO
PROFISSÃO
Para Alan Medeiros, da CNTA, as condições precárias de trabalho são fundamentais para a falta de motoristas

URGENTE

Caminhoneiros se sentem cada vez mais desvalorizados, reclamam da falta de condições básicas na estrada para e ercer a profissão com efici ncia e dignidade e acreditam que dentro de anos poderão estar fora da atividade

DANIELA GIOPATO

Aalta de aloriza ão sentida pelos caminhoneiros nos últimos anos, vem contribuindo para o d ficit de mão de o ra o em e a desist ncia da profissão por parte de alguns motoristas. Pesquisa realizada pelo Clube da Estrada, com 500 motoristas, no m s de un o mostrou ue dos camin oneiros não se eem e ercendo a profissão nos pr imos dez anos ara a grande maioria dos profissionais preciso mel orar a seguran a nas estradas o erta de pontos de parada e descanso e in raestrutura

Estudo promovido pelo Instituto aulista do ransporte de arga com ase nos dados coletados entre e pelo aged etran e enatran mostraram ue desde o número de motoristas habilitados para categoria e complementares em diminuindo t então o crescimento era modesto cerca de ao ano porém nos últimos anos tem caído a taas em at ao ano o n mero de

s inci ais esafios a a ona o da Silva são os horários para carregar, descarregar e insegurança. Mesmo assim, e e e en e con inua na ofiss o

condição de trabalho precária e a falta de estrutura adequada, somadas aos custos e aos riscos da profissão, t m sido fatores decisivos para o não ingresso e perman ncia desses profissionais na área.

“O interesse pela profissão por parte dos jovens a partir do incentivo de pais e familiares que atuam na área, não tem sido algo comum. Diferente do que sempre vimos nessa profissão, a maioria dos caminhoneiros atuais diz que não incentiva os filhos a seguir a mesma profissão em virtude das dificuldades e da falta de reconhecimento”, explica.

registros. São Paulo tem quedas ainda mais acentuadas, chegando a registrar uma diminuição de 8,9% nos motoristas habilitados entre 2017 e 2018. No ano de 2022, o Brasil registrou o menor número de motoristas habilitados na categoria C, com uma queda de 1,67% em comparação com 2021.

Outro dado que chama a atenção para a urgência de ações para incentivar o ingresso de motoristas é o perfil da idade desses profissionais que mudou nos últimos 10 anos. Em 2010, a grande maioria se encontrava na faixa de 4150 anos de idade, enquanto em 2022 observa-se o envelhecimento da categoria, passando a se concentrar na faixa entre 51-60 anos. O número de novos motoristas na primeira faixa (18-21) anos caiu 68,6%, mesma proporção da faixa 22-25 anos (67,6%). A tendência segue o panorama nacional.

Para Alan Medeiros, assessor institucional da CNTA – Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos- fatores como baixa remuneração baixa, a

Em relação a ações urgentes, a CNTA acredita que é necessário preservar a segurança, a autonomia e o conforto desses profissionais e garantir que as leis existentes que asseguram os direitos básicos da categoria sejam, de fato, cumpridas. “Paralelo a isso, é preciso investimento em infraestrutura rodoviária, com melhorias nas estradas e nos pontos de parada e descanso, além do reforço na segurança. Atualmente a categoria é lesada mesmo tendo seus direitos garantidos através de leis específicas. ma remuneração adequada também seria reexo de um trabalho valorizado”.

Na estrada, os caminhoneiros dizem ser necessários algumas ações para melhorar o dia a dia na profissão e ajudá-los a se sentirem mais valorizados e, principalmente, terem expectativas de melhora e assim manter a paixão pelo caminhão. É o caso de Ronaldo da Silva, anos, de profissão, de arra Mansa J. Ele acredita que a profissão é boa e tem muitas coisas positivas. Mas, também, é carregada de desafios e um pouco de sofrimento. “Horários para carregar e descarregar, insegurança, são algumas coisas que me acompanham desde o início há 30 anos. Hoje, mes-

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PROFISSÃO

iciana mo im se ê na ofiss o nos próximos anos, mas pensa que os postos de serviço poderiam permitir a permanência mesmo sem abastecer

mo aposentado pretendo seguir na profissão. Trabalho em uma transportadora em Barra Mansa/RJ e faço a linha Rio de Janeiro e São Paulo, o que me permite ficar mais tempo em casa. Me vejo dirigindo pois eu gosto da profissão e sou motorista por paixão”.

Criciana Amorim Maleski, de 39 anos, QRA Cigana, de Porto Velho/RO. Ela iniciou a carreira em caminhão frigorífico e hoje atua no transporte de câmara fria como agregada e viaja o Brasil inteiro. Para ela a profissão de caminhoneira proporciona uma boa remuneração e a possibilidade de conhecer lugares diferentes. Nos próximos anos, Criciana se imagina atrás do volante na estrada em

os caminhões evoluiram bastante, porém, infraestrutura não acompanhou toda essa mu an a no e fi o ans o e

Na

busca de mais um compromisso.

“Não me vejo em outra profissão, pois foi aqui que me encontrei, me conheci melhor e tive a certeza de sermos capazes de mudar a maneira que vemos as coisas e isso faz toda a diferença. Sou apaixonada pela profissão. Mas algumas coisas precisam melhorar, entre elas que os postos permitam permanecer no pátio mesmo sem abastecer”, opinou.

Luciano Cândido de Souza, 44 anos de idade, Formiga/MG, acredita que as coisas não mudaram muito desde que começou no caminhão há 17 anos. “A grande mudança que eu observo diz respeito a evolução dos caminhões e o rodotrem que tomou conta das estradas. Porém, a infraestrutura não acompanhou essas mudanças, pois os locais para descarga não comportam o tamanho desses veículos e as estradas, principalmente as de Minas Gerais onde atuo, estão cada vez mais precários e sem investimento adequando, dificultando o dia a dia do caminhoneiro”.

Em relação ao futuro, Luciano acre-

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opinião de Luciano Cândido,

É uma atividade cansativa, perigosa e muitas vezes sem retorno financei o Mas continuo apaixonado e a ofiss o afi ma e o

faturamento baixo e o desgaste físico e emocional acumulado ao longo dos anos. “É uma profissão cansativa, perigosa

sico. Trabalhamos o tempo todo para os

cando para alimentação, pedágio, diesel, guia tirar um dinheiro. Porém o cansaço

metida. O caminhoneiro não dorme bem, viaja por muitas horas seguidas, no frio,

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PROFISSÃO 40
59 anos, de Capetinga/MG, deixou a profissão na época da greve dos caminhoneiros, em 2018, e conta que o principal motivo foi não ter conseguido dar conta de honrar os pagamentos devido ao
metida. O caminhoneiro não dorme bem, viaja por muitas horas seguidas, no frio, na chuva, e não tem tempo para se cuidar. E não conseguimos ser valorizados”. Apesar de todas as dificuldades en-
Falta mais consciência de que somos peça fundamental para a economia, diz Ana Paula

frentadas por Pedro, que o afastaram das estradas, ele garante ser um apaixonado pela profissão. “Eu amo o cheiro do caminhão, o barulho do motor, as estradas e pretendo comprar um caminhão. Além de passear, quero poder trabalhar na agropecuária, onde estou atualmente. Viajei muito por essas estradas e posso dizer que realmente gosto de estar em um caminhão, cuidar, equipar. É um prazer, um hobby. E essa paixão foi que me moveu e permanecer apesar de todas as dificuldades que passei. Mas, eu jamais voltaria a ser autônomo para prestar serviço para transportadora. É muita exigência para pouca valorização. Voltaria apenas para transportar as minhas coisas”, afirmou.

Ana Paula é de Mato Grosso, tem 40 anos de idade e há seis trabalha como motorista. Iniciou a carreira no rodotrem e hoje atua na câmara fria. A história dela se mistura com a de outras gerações da família como pai, tios e primos, que também são do ramo do transporte. A paixão por caminhão vem desde a infância. “É um amor incondicional. A estrada me ensinou a ter paciência, a ser seletiva com as situações, pois nem tudo é fácil, tem muitos desafios. É importante trabalhar o psicológico pois corremos riscos todos os dias, Além disso, você vai encontrar pessoas que não têm a mesma humildade. Infelizmente a nossa classe é muito malvista em alguns lugares. Graças a Deus em outros somos muito bem tratados. Ainda é preciso uma conscientização maior que somos a peça fundamental para a economia do Brasil girar. Eu não sei o que o futuro me reserva. Mas, não me vejo em outra profissão. Amo essa profissão. em de sangue.

Outro motorista que apesar das dificuldades não t m intenção de parar é

ean o un o se c assifica como um a ai ona o e a ofiss o pretende continuar por muitos anos e se aperfeiçoar cada vez mais

eandro Munhoz, anos, 1 de profissão, de Itapetininga/SP. Nos próximos anos a expectativa dele é se tornar mais experiente. “Eu amo o que faço. Adoro minha profissão. Meus companheiros de estrada. Nossa! São muitas coisas boas de ser caminhoneiro. Gosto de saber que estou levando uma carga que vai ajudar alguém. Que levo uma carga de trilho de trem que vai contribuir para o ferroviário funcionar. De saber que levo o adubo para deixar a soja ficar bonita. Não tenho intenção de sair dessa profissão, pois tenho paixão pelo que faço e quero continuar por muitos anos e me aperfeiçoar”.

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TRANSPORTE MAIS

ntelig ncia rtificial contri ui para tornar mais

eficiente a rotina dentro do transporte rodo i rio de cargas u ilia na condu ão do e culo reduz o

ndice de rou o de carga acidentes e at mesmo a manuten ão pre enti a do camin ão

DANIELA GIOPATO

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TECNOLOGIA

MAIS INTELIGENTE

Otermo ntelig ncia Artificial A estás cada vez mais comum no dia a dia dos brasileiros. A tecnologia é utilizada com frequência nos assistentes de comando de voz, redes sociais, sistemas de buscas, aplicativos entre outros, e trazem facilidade e agilidade para a rotina. No segmento de transporte rodoviário de cargas não é diferente e hoje já é possível observar

a IA contribuindo para uma condução eficiente dos motoristas e como forte aliada no combate ao roubo de carga e também na manutenção preventiva.

A Bracell – produtora de celulose solúvel e especial- inseriu câmeras com IA nas cabines dos caminhões, que são monitoradas 24 horas por uma central integrada. O gerente de logística orestal, Jaime Heidgger Júnior, explica

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Fotos

Sistema com câmeras com in e igência a ifica emi e a e a sonoro ao detectar cansaço ou desvio de atenção do motorista

que o sistema com as câmeras com intelig ncia artificial monitora e auxilia, com alertas sonoros, em tempo real, 24 horas por dia, ao detectar que o motorista apresenta eventuais sinais de cansaço, sonolência e quaisquer outros desvios de atenção. O sinal emitido do veículo chega para os profissionais qualificados da Central Integrada de Monitoramento que, ao perceberem qualquer indício de fadiga mais grave, orientam o motorista a parar o caminhão em local seguro para descansar.

O monitoramento também permite criar “cercas virtuais” que delimitam regiões habitadas, especialmente na zona rural, em que o motorista deve respeitar o limite máximo de velocidade para evitar poeira, ruídos excessivos e riscos à segurança de moradores e animais domésticos. “Toda nova tecnologia precisa ser muito bem trabalhada com os usuários. Por isso, fizemos um intenso trabalho de apresentação dos benefícios do sistema para os motoristas, além dos períodos de testes com as equipes, sanando quaisquer dúvidas. De forma geral, percebemos uma boa recepção dos profissionais, que avaliam que o sistema oferece mais confiança e segurança para a atividade do transporte de madeira”, explicou.

Para Jaime Heidgger esse sistemaadotado em 100% da frota da Bracell - permite uma maior conscientização de todos os envolvidos na operação de transporte sobre a importância de tratar a fadiga e outros pontos de atenção

que envolvem a atividade já diante dos primeiros sinais, fazendo com que possíveis problemas sejam evitados no início, sem trazer danos para os condutores e para as comunidades que estão no entorno das operações da empresa.

“Essa tecnologia está se tornando cada vez mais viável e acessível e, quando se coloca na balança o custo x benefício, ela se mostra muito atrativa, porque garante mais segurança para os condutores e para a operação de transporte de madeira. Além disso, a IA já ajuda muito o setor e torna a opera-

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TECNOLOGIA

ção mais eficiente e segura, tanto para os motoristas como também para a empresa, que se preocupa em atuar de modo cada vez mais sustentável, e para as comunidades por onde trafegam os veículos a serviço da empresa”, destacou.

Além de auxiliar os motoristas, a IA também está sendo usada para combater o roubo de carga. Afinal, além da interceptação de caminhões nas rodovias, uma das táticas empregadas pelas quadrilhas é a tentativa de infiltrar seus membros nas equipes das empresas de

transporte e logística. Assim é possível atuar nas atividades do dia a dia e ter acesso às informações para facilitar as abordagens. Outra estratégia dos criminosos é acompanhar sites com publicações de fretes e participar dessas contratações.

A empresa CargOn tem investido em softwares de logística para tentar bloquear esse tipo de ação. A logtech integra e automatiza processos operacionais logísticos, proporcionando uma visão on-line de dados, informações e desempenho de cada operação. "Es-

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Sistema possibilita o monitoramento do transporte de carga, reduz o tempo ocioso da frota e aumenta a segurança da operação, diz Denny Mews

se diagnóstico em tempo real atua como um incremento, um 'plus', inclusive para empresas que não possuem tecnologia, proporcionando mais segurança ao processo logístico tanto para o embarcador quanto para as transportadoras , afirma o fundador e EO da argOn, Denny Mews.

Conforme explica Mews, o sistema possibilita o monitoramento do transporte da carga por meio de um aplicativo de celular. A gestão do processo de carga e descarga calcula o tempo necessário para essas operações, reduzindo o

tempo ocioso da frota. Além disso, toda a documentação relacionada ao processo de transporte e logística, incluindo os documentos dos condutores, também passa por checagem e monitoramento através dessa ferramenta.

“Ou seja, tudo o que acontece na operação é acompanhado e organizado em tempo real. O dashboard, painel de informações com métricas e indicadores, é constantemente atualizado. Então, a empresa responsável pela carga enxerga o processo de ponta a ponta, com condições de identificar alguma anormalidade, e assim tomar decisões que possam minimizar riscos”, observa Mews. Além disso, o uso de Inteligência Artificial para validar documentos e fotos dos condutores tem sido um aliado

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TECNOLOGIA

para mitigar riscos.

Outro ponto de benefício do uso da ntelig ncia Artificial está na gestão de operações logísticas que permite identificar vícios e problemas que, quando corrigidos, diminuem a frequência de reparos necessários. Isso resulta na redução dos custos com oficinas e manutenção. Assim, o que costumava ser considerado uma despesa rotineira está começando a ser reconhecido como desperdício. “Os gastos com manutenção podem representar 20% dos custos de uma frota, então reduzir isso é importante para a sustentabilidade financeira da empresa, sem contar os impactos socioambientais”, avalia Mews.

A plataforma não faz a gestão da manutenção porém, fornece um leque

n e igência ificia a u a na gestão de operações logísticas e mi in o i en ifica cios e possíveis problemas mecânicos

de dados e diagnóstico para o aprimoramento da gestão. De maneira online, incluindo o uso de aplicativos móveis, todo o processo pode ser acessado em tempo real. Utilizando o aprendizado de máquina, a intelig ncia artificial identifica os gargalos e intervenções necessárias. “Com esse monitoramento e a tomada de decisões precisas, ocorre uma redução no consumo de combustível e menor desgaste da frota. É nesse ponto que a necessidade de manutenção é minimizada”, conforme destacado por Mews.

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FIM

DA JORNADA

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FROTA

Plano de Renovação de Frota do Governo Federal para caminhões, ônibus e outros veículos comerciais com idade acima de 20 anos de fabricação, enviou at o final de agosto mais de modelos pesados para serem destruidos e o aço reciclado

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JOÃO GERALDO
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Desde o mês de julho, já está em atividade uma das mais promissoras ações para iniciar a renovação da frota brasileira de caminhões, ônibus e implementos rodoviários. Trata-se do programa de renovação de frota do Governo Federal, ação sob comando do Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços, válido para pessoas físicas e jurídicas. O objetivo é retirar de circulação e transformar em sucata veículos com idades acima de 20 anos e substituí-los por modelos novos, seminovos ou com menos tempo de fabricação, bem como mais eficientes, seguros e menos poluentes.

Editado em junho desse ano pela Medida Provisória 1175/23, o foco principal

do programa é o caminhoneiro autônomo, porque é nas mãos desse profissional que se encontra a frota de caminhões mais antiga em circulação no País. A dinâmica do programa propões a venda do caminhão usado por um valor na faixa de R$ 30 a R$ 90 mil para ser transformado em sucata. Obrigatoriamente, o comprador do caminhão antigo tem de enviá-lo para ser desmontado e reciclado.

O valor recebido pelo caminhoneiro pela venda de seu caminhão antigo pode ser usado para compor a aquisição de um caminhão zero quilômetro com o desconto concedido às montadoras via crédito tributário, de R$ 33,6 a 99,4 mil reais. No entanto, a realidade é que de-

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FROTA
Primeira operação da Mercedes-Benz anunciou envolveu 110 ônibus e 10 caminhões

caminhões via Programa e a Iveco 20 caminhões e 10 ônibus

Volkswagen vendeu 140 caminhões via Programa e a Iveco 20 caminhões e 10 ônibus

de preço entre o um modelo novo, provável para a grande transportadores com menos tempo condições que o grandes opeusados para serem sucata foi anunciada 14 de julho desprograma, o desnovo está vincudo antigo. A opeônibus (90 urbanos rodoviários para a seis caminhões (5 pesados para a em-

vido à grande diferença de preço entre o caminhão sucateado e um modelo novo, a solução mais provável para a grande maioria dos pequenos transportadores é a compra de outro com menos tempo de uso e em melhores condições que o veículo anterior.

presa do Espírito Santo, Carga Pesada Engenharia e Transportes. A Iveco, por sua vez, entrou no programa de renovação de frota do governo com a venda

presa do Espírito Santo, Carga Pesada Engenharia e Transportes. A Iveco, por sua vez, entrou no programa de renovação de frota do governo com a venda

Uma das primeiras grandes ope rações de compra usados para serem transformados em sucata foi anunciada pela Mercedes-Benz dia 14 de julho des se ano. Pelas regras do programa, o des conto de cada veículo novo está vincu lado ao sucateamento do antigo. A ope ração envolveu 110 ônibus (90 urbanos para a Suzantur e 20 rodoviários para a Viação Itapemirim) e seis caminhões (5 Axor e um Actros) pesados para a em-

Caminhão antigo tem de ser enviado a a a suca a afim e ge a o i ei o a compra de um modelo Okm com desconto

Caminhão antigo tem de ser enviado a a a suca a afim e ge a o i ei o a compra de um modelo Okm com desconto

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de 20 caminhões para o Grupo Sada e 10 ônibus para a Autoviação Nossa Senhora da Piedade.

Outra grande operação realizada até o final de agosto, e que dá andamento ao programa contou com a participação da Volkswagen e envolveu a compra de 140 caminhões usados pela Vamos, empresa do Grupo Simpar, com atuação em locação e venda de caminhões, máquinas, e equipamentos e rede de concessionárias de veículos novos e seminovos.

A Vamos providenciou a baixa na documentação entregou os veículos antigos para a Gerdau encerrar o ciclo de vida do caminhão transformando o veículo em matéria-prima para a produção de aço 100% reciclável. Como parte do pro-

cesso, a empresa emitiu o certificado para a Volkswagen Caminhões conceder à Vamos os benefícios do governo federal para aquisição de 140 caminhões novos.

O anúncio da parceria entre as três empresas aconteceu dia 22 de agosto na unidade de produção de aço da Gerdau, em Araçariguama/SP e contou com a presença do Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; CEO do Grupo Simpa, Fernando Simões, e o CEO da Volkswagen e Ônibus, Roberto Cortês. Na ocasião, Cortes lembrou que há mais de 20 anos a Volkswagen defende a renovação da frota de caminhões e ônibus.

Fernando Simões, disse que o pro-

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FROTA
Caminhões antigos envolvidos na operação da VW e Vamos foram destruidos na Gerdau

grama pode possibilitar a um motorista autônomo a oportunidade de sair de um caminhão com mais de 30 anos para outro de 12 anos. A ideia é que próxima seja por veículo com menos tempo de fabricação e assim sucessivamente, dentro de um processo que pode levar anos.

A Concessionária Volkswagen TransRio, pertencente ao Grupo Vamos, diz ter investido R$ 5,6 milhões de reais na aquisição dos 140 caminhões com idades de 28 a 53 anos. O veículo mais antigo (53 anos) movimentava mercadorias entre armazéns no Porto de Santos.

Segundo o Rubens Pereira, vice-presidente da Gerdau, o aço é um material infinitamente reciclável e, para cada tonelada de sucata reciclada, é evitada a

emissão de 1, toneladas de O e. e acordo com o executivo, a empresa recicla anualmente 11 milhões de toneladas de sucata metálica, o equivalente ao volume de carros produzidos em um período de cinco anos.

O valor destinado pelo governo para caminhões e ônibus é de R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus. O vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, disse na ocasião que o Programa de Renovação de Frota previsto para terminar em outubro seria prorrogado. Alckmin falou também em estender planos de financiamento pelo anco Nacional de Desenvolvimento Econômico para o Programa via Finame.

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Reciclagem de aço reduz as emissões e permite reaproveitanto do material

SEMINOVOS EM

A valorização de caminhões, utilitários de carga passageiros com até com três anos de uso fortalece vez mais o segmento de veículos seminovos. Entre caminhões, o menor índice de depreciação registrado Mercedes-Benz Accelo 1016. Entre os modelos toneladas de PBT, a camioneta Kia K2500 é a mais

JOÃO GERALDO

Acompra e venda de veículos comerciais seminovos representa mercado bastante movimen-

Acompra e venda de veículos comerciais seminovos representa mercado bastante movimen-

tado, mas de uns anos para cá a valorização de modelos com até três anos de uso tem sido bastante alta. Isso inclui caminhões e modelos a partir de 3,5 toneladas de PBT destinados ao transporte de cargas e de passageiros. A alta

tado, mas de uns anos rização de modelos de uso tem sido bastante clui caminhões e modelos toneladas de PBT destinados porte de cargas e de

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54 USADOS
Fotos ARQUIVO O CARRETEIRO e DIVULGAÇÃO

ALTA

surpreendido até mesmo índices próximos a quando não supe-

de preços tem surpreendido até mesmo as montadoras, com índices próximos a 50% de valorização, quando não superam esse percentual.

disparada de preços dos em maior par-

Em 2022, a disparada de preços dos seminovos foi creditada em maior par-

te à reduzida oferta de produtos zero quilômetro para atender a demanda do mercado. A escassez de componentes para a finalização dos veículos, devido a problemas causados pela covid-19, havia reduzido a produção de novos.

te à reduzida oferta de produtos zero quilômetro para atender a demanda do mercado. A escassez de componentes para a finalização dos veículos, devido a problemas causados pela covid-19, havia reduzido a produção de novos.

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USADOS

Mercedes-Benz Accelo 1016 seminovo apresentou valorização de 50,8% após três anos de uso. O Volkswagen semipesado 24.280 atingiu alta 49,4%

Entre os motivos da alta citados para alta valorização de seminovos no estudo deste ano consta a redução nas vendas de modelos Euro 6 por conta da alta de preço em razão da tecnologia de emissões. Segundo Joel Leite, diretor da Autoinforme, agência coordenadora da pesquisa de preços de seminovos, é a importância dada pelas montadoras ao serviço pós-venda. O objetivo do estudo é reconhecer anualmente os caminhões e veículos comerciais mais valorizados, com o Selo Maior Valor de Revenda (SMVR).

O estudo de mercado de seminovos para a edição deste ano envolveu

99 modelos: 82 caminhões e 17 de utilitários. Desse total, 11 foram reconhecidos com o Selo. Segundo Leite, somente quatro entre os veículos pesquisados não alcançaram índices de valorização estabelecidos pelo estudo, bem como aqueles que tiveram mudanças técnicas e acabaram sendo descaracterizados. A formação dos índices de valorização considerou os preços médios dos veículos zero quilômetro praticados em julho de 2020 e seus modelos correspondentes em junho de 2023. O estudo também subdividiu os veículos em dois grupos distintos: o de Utilitários de Carga e Passageiros, em quatro categorias;

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é o pesado mais valorizado na faixa de pesados de 400 a 450cv de potência

e de Caminhões em outras cinco (Semileves, Leves, Médios, Semipesados e Pesados subdivididos em modelos de até 440, 500cv e acima de 500cv.

Entre os caminhões Leves, o Mercedes-Benz 1016 se sobressaiu com a maior valorização de 50,8% após três anos de uso. Já o Mercedes-Benz Accelo 1316 obteve o maior índice entre os médios, de 49,4%. Entre os semipesados, o modelo reconhecido pelo selo é o Volkswagen Constellation 24.280, com 49,4% de valorização.

Os pesados, por sua vez, foram subdivididos em três grupos. O modelo com até 400cv com até três anos de uso

mais valorizado, segundo a pesquisa, é o Volkswagen Constellation 30-330 8x2 (38,8%). Na faixa de 401 a 500cv, o selo ficou com o Scania - 0 x 1, e acima de 500 o Volvo FH 540 6x4 com 24,1% de valorização.

MODELOS LEVES - A pesquisa de veículos comerciais na faixa de 3,5 a 6 toneladas de PBT com até três anos de uso apontou o Kia Bongo K2500 como a Camioneta de Carga mais valorizada. O índice de valorização atingiu 48,3%. A nova versão comercializada no Brasil desse VUC tem tração nas quatro rodas e pode ser conduzido por motoristas com

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Scania G 450 6X2

USADOS

O FH 540 6x4, campeão de vendas da Volvo, e também líder do segmento de pesados, atingiu valorização de 24,1% após três anos de uso.

CNH categoria B. Outros dois modelos destacados na categoria são Mercedes-Benz Sprinter Truck e Iveco Daily, ambos chassi-cabine.

Na categoria Furgão de Carga, o maior índice de valorização é do Renault Master, com índice de 37,7%. Entre as Furgoneta de Carga, a campeã é a Fiat Fiorino (19,9%) e a Sprinter 516 Van se sobressaiu na categoria Minibus com 28,7% de valorização. Veículos comerciais de outros fabricantes, como Fiat, Peugeot, Citroën e Iveco também foram relacionados entre os seminovos com maior valorização no mercado.

A valorização (ou a baixa deprecia-

ção) de um modelo de veículo, depende de vários fatores. Volume de vendas e aceitação no mercado t m forte in u ncia na formação do preço do seminovos. Conforme observou o diretor da Agência Autoinforme, Joel Leite, a rede de revendedores e o cuidado do fabricante em relação ao pós-vendas, bem como a marca, também contribuem a formação de preço de um veículo seminovo.

“Nossa expectativa, sobretudo, é que a certificação possa servir de balizador para uso de fabricantes e distribuidores de veículos, administradores e proprietários de frotas, bancos, financeiras e seguradoras”, conclui.

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MERCEDES-BENZ TEM MAIS SELOSEntre caminhões e utilitários, nos nove anos de realização do Selo Maior Valor de Revenda, veículos Mercedes-Benz receberam a certificação vezes, das quais em oito delas um modelo da marca foi o campeão de valorização. “Os resultados obtidos pela Mercedes-Benz se devem especialmente aos serviços de pós-venda oferecidos pela montadora”, justifica uiz ippoli Junior, responsável pelo estudo do SMVR, lembrando também da importância da qualidade na valorização do veículo.

Outra marca também com destaque é a Volkswagen Caminhões e ôni-

Os modelos de distribuição Kia K2500 e as versões Sprinter chassi-cabine furgão se destacaram pela baixa depreciação

bus, certificada 11 vezes. A terceira fabricante de veículos comerciais em número de certificações é a enault, com sete selos recebidos. A Hyundai, por sua vez, acumula três conquistas, em quatro edições do SMVR, com o utilitário mais valorizado. Fiat, Ford, Iveco, Scania e Volvo também já foram reconhecidas por seus veículos com maior valorização. No entanto, ainda não conquistaram o selo de maior valor de revenda na classificação geral.

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O OLHAR DO CARRETEIRO NA

PROTEÇÃO DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

No mês de agosto, comemoramos o Dia dos Pais, uma data que nos convida a re etir sobre o significado da paternidade. Ser pai vai além da mera presença física é um compromisso de cuidado, amor e proteção aos filhos e filhas, assegurando seus direitos e desempenhando um papel fundamental em sua educação e desenvolvimento. Por isso, reforçamos a importância de cultivar uma relação baseada no respeito, no apoio mútuo e no carinho, contribuindo para um ambiente familiar saudável.

ompreendemos que na vida de um carreteiro, nem sempre é viável estar fisicamente próximo da família. números profissionais do volante percorrem extensas jornadas, distantes de seus lares, para desempenhar suas funções, porém, mantendo seus corações e emoções interligados aos seus entes queridos. iante disso, apresentamos uma re exão de que maneira o seu olhar vigilante como

pai pode fazer a diferença para meninas e meninos nas rodovias do rasil

Foram identificados . pontos vulneráveis a exploração sexual de crianças e adolescentes ao longo das rodovias federais brasileiras. Estes dados são do Projeto Mapear, um estudo conduzido pela Polícia odoviária Federal P F em colaboração com a hildhood rasil, realizado durante os anos de 0 1 e 0 . entro desse panorama, foram identificados 0 pontos críticos representando , e 1. áreas de alto risco correspondendo a 1 , .

É por isso que contamos com voc , carreteiro, e com o seu olhar de pai zeloso e vigilante para auxiliar na proteção das meninas e meninos em situação vulnerável ao longo das estradas do nosso país. Se perceber qualquer situação suspeita, não hesite em agir asta fazer uma ligação an nima e gratuita para o isque 100.

Sua ação pode fazer toda a diferença na vida de nossas crianças

Para saber mais, acesse: Childhood Brasil – www.childhood.org.br

Programa Na Mão Certa – www.namaocerta.org.br

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Anuário de Ônibus e de Caminhões 2023

Amigo motorista, mande sua mensagem para Revista O Carreteiro redacao@ocarreteiro. com.br

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(11) 95428-8803

facebook. com ocarreteiro. Rua Palacete dasÁguias,395 -Vila

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SEM MOTORISTA

Sete caminhões Volvo fora de estrada começaram a operar de modo autônomo na mina de Brönnöy Kalk, na Noruega. Os veículos atuam no transporte de calcário entre a mina e o britador num trecho de cinco quilômetros, passando por túneis além do ambiente externo. De acordo com a Volvo, o operador da máquina carregadora usa uma tela sensível ao toque para chamar os caminhões que serão carregados e também gerenciar a operação. Essa solução implementada na mineração vinha sendo desenvolvida desde 2018.

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CONSÓRCIO EM ALTA

A Associação Brasileira de Administradores de Consórcio (ABAC), informou que nos últimos três anos (2020-2023) a adesão ao consórcio cresceu 194,9% e o número de consorciados e 98,3%. Segundo a ABAC, os participantes aderem à cota de R$ 185 mil, em média, com taxa de administração de 0,145% e prazo de 98 meses.

ANJOS DA CARGA

A empresa de tecnologia T4S desenvolveu um sistema que utiliza ntelig ncia Artificial para impedir roubos de carga. lassificado como inédito no Brasil, e batizado de Anjos da Carga, a solução possui câmeras com transmissão de imagens 360 graus em, tempo real. Além disso conta com capacidade de detecção de armas, de pessoas através de reconhecimento faciaol, de leitua de placas de veículos próximos ao veículo protegido pelo sistema. O lançamento do Anjos da Carga aconteceu há cerca de dois meses em parceria com a FedEx.

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Todo mundo quer ir para o céu, mas ninguém tem pressa de partir

MERCADO DE CAMINHÕES

QUEDA NO AN0, ALTA EM AGOSTO

Até o mês de agosto, o emplacamento total de caminhões apresentou queda de 14% em relação ao mesmo período de 2022. Parte da retração é creditada a efeitos do aumento de preço dos modelos com a tecnologia de emissões Euro 6. No entanto, se comparado a julho desse ano, o mês de agosto apresentou uma alta de 11,3%, sinalizando que as vendas de Euro começaram a ganhar tração após o estoque de Euro 5 ter acabado. O caminhão com maior volume de licenciamentos em 2023 continua a ser disparado o Volvo FH 540, com 4.251 unidades, seguido pelo Volkswagen Delivery 11.180 com 2.914 unidades. Quando se trata do total acumulado no ano, incluindo veículos de todas as categorias (dos Semileves aos Pesados), o maior volume é da Volkswagen, com o total de 17.835 unidades emplacadas; o segundo lugar é da Mercedes-Benz, com 17.625 unidades licenciadas. Vale lembrar que as duas montadoras participam de todos os segmentos.

MODELOS MAIS LICENCIADOS POR MARCA

ATÉ AGOSTO/2023

ACUMULADO 2023

A DAF encerrou o mês de agosto com com 4.639 caminhões pesados licenciados nos primeiros oito meses deste ano. Este volume garantiu à marca a quarta posição no ranking de veículos pesados, fican o a s a Volvo, Scania e Mercedes-Benz

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POS.FABRICANTE AGOSTO JAN/AGO 1º VOLVO FH 540 639 4.251 2º VW 11.180 375 2.914 3º DAF XF 530 361 2.413 4º VOLVO FH 460 395 2.306 5º DAF XF 480 3602.109 6º VOLVO VM 270 521.655 7º MBENZ ACCELO 1016 601.496 8º SCANIA R 460 2291.466 9º VW 24.280 173 1.542 10º SCANIA R 450 151 1.285 POS.FABRICANTE QUANT. PARTIC. 1ºVOLKSWAGEN 17.835 26,45% 2ºMERCEDES-BENZ17.625 26,14% 3º VOLVO 12.483 18,51% 4ºSCANIA 6.965 10,33% 5ºIVECO 6.694 9,93% 6º DAF 5.123 7,60% 7º HYUNDAI 231 0,34% 8º FOTON 157 0,23%
Foto : DIVULGAÇÃO Fonte: FENABRAVE

LICENCIAMENTOS: JAN/AGOSTO - 2023

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UNIDADES JULHO/2023AGOSTO/2023JAN-AGOSTO/2023 TOTAL DE CAMINHÕES 8.370 9.314 70.231 SEMILEVES 653 778 6.002 FCA (DODGE) 335 458 3.575 IVECO 42 40 410 VOLKSWAGEN 81 61 335 MERCEDES-BENZ 181 193 1.564 LEVES 754 718 6.017 AGRALE 1 21 44 CAOA HYUNDAI 28 28 231 IVECO 118 103 780 VOLKSWAGEN 306 190 1.724 MERCEDES-BENZ 290 364 3.024 OUTROS FABRICANTES 11 11 205 MÉDIOS 632 672 5.621 AGRALE 0 2 9 IVECO 104 114 865 VOLKSWAGEN 431 470 3.809 MERCEDES-BENZ 82 61 809 OUTROS FABRICANTES 14 25 128 SEMIPESADOS 2.119 2.516 18.838 AGRALE 0 0 7 DAF 61 66 484 IVECO 387 400 3.046 VOLKSWAGEN 950 1.153 8.313 MERCEDE-BENZ 447 567 4.266 SCANIA 0 0 0 VOLVO 274 328 2.710 OUTROS FABRICANTES 0 1 6 5 PESADOS 4.212 4.630 33.753 DAF 667 749 4.639 IVECO 187 225 1.565 VOLKSWAGEN 391 391 3.653 MERCEDES-BENZ 669 768 7.143 SCANIA 964 958 6.967 VOLVO 1.334 1.538 9.775 OUTROS FABRICANTES 0 1 11 Fonte: ANFAVEA
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