A Chacina de Realengo

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Literatura de Cordel

A CHACINA DO REALENGO Era uma manhã bonita Quinta feira por sinal Chegava um fim de semana Todos estavam legal Muitos na classe estudando Outros ainda chegando E muita paz no local. Adolescentes se olhavam Abraços e cumprimentos Sorriso em cada degrau Alguns na classe escrevendo Outros prestando atenção Ou corrigindo a lição De alegria fervendo. Afinal quarenta anos A escola comemorava Era um grande momento Alguém ali comentava Pra registrar essa história 40 anos de glória Ninguém ali esperava.

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Escola Tasso Silveira No Bairro do Realengo Cidade Rio de Janeiro Um fato triste e horrendo O Brasil todo chocou O mundo noticiou Deixando a muitos tremendo. Dia sete de abril 2011 o ano Um dia triste na história Deste país que amamos Um fato horripilante Veio mudar num instante Muitas famílias clamando. Um ex-aluno maluco Wellington Menezes Oliveira Chegava ali na escola Que freqüentou a vida inteira Com jeito desconfiado Estranho e sem ser notado Fez uma traição sem fronteira.

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Armando com dois revólveres Em uma classe entrou Falando com a professora Depois das armas sacou E começou atirando Um bicho se agonizando Várias crianças matou. Não teve dó nem piedade Era um feroz animal Matava mais as meninas E ali naquele local Um verdadeiro tormento Se fez naquele momento Ninguém não viu nada igual. Uma dos alunos correu E um tenente chamou Ele com outros colegas Naquela escola chegou Encontrou logo o bandido Que era tão atrevido Que nos PMs atirou.

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Mas o soldado experiente Sacou de sua pistola Acertando aquele débil Na coxa naquela hora O louco se vendo preso Entrando em desespero Logo se suicidou. Deu um tiro na cabeça Caiu ali na escada Mas um grande alvoroço Naquele bairro já estava A tragédia foi tamanha Que até na Alemanha A notícia se espalhava. Sangue sujou cadernos Bolsas jogadas ao chão Crianças desesperadas Pais abre braços em vão Muito choro se ouvia Naquela grande agonia Querendo uma explicação.

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Notícias pela TV Na internet também E indagavam por que? Muitos tremiam e além Daquele grande tormento Muitos choravam ali dentro Da violência refém. A carta que o assassino Deixou escrita a mão Confundiu a toda gente Gerou e mais confusão Um pouco só de loucura E n'outra parte uma mistura Com muita religião. Presto a minha homenagem Aqueles jovens inocentes Que partiram desta vida Anjinhos incandescentes Indo La no céu morar Papai do céu a esperar Os braços do Onipotente.

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O nome de cada um Quero citar com oração Pedindo a graça de Deus Para os seus pais e irmãos E a todos os coleguinhas Que viram em sua turminha Cortado seu coração. 1.Karine Corraine Chagas 2.Também Rafael Pereira 3.E a Milena dos Santos 4.Luzia Paula Silveira 5.Larissa Santos Atanásio 6.Bianca Rocha Tavares 7.Samira Pires Ribeiro. 8-Géssica Guedes Pereira 9-Também o Ígor Morais 10-Ana C arolina Pacheco 11.Larissa Silva, e outra mais 12.Por nome de Mariana Rocha de Souza, e a semana Foi triste e forte demais.

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Uma atleta era Dayanne Com Olimpíadas Sonhava Levou um tiro e seu sonho Ali se paralisava Segundo o médico alerta Pode ficar paraplégica Que Deus mude essa estrada! Tenente Ibis Pereira É ouro que não corrói Recebeu logo a comenda A honra ninguém destrói O seu ato de braveza Já lhe rendeu com certeza Um título de grande herói. Deus devolva a alegria Conforte a cada amiguinho Faça esquecer dessas cenas Com o tempo e mande um anjinho Trazer pra todos a paz E que esse fato jamais Lhe escureça o caminho.

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Resta apenas a saudade Daquelas jovens crianças E os sonhos que o embalavam Vamos guardar na lembrança E aos professores e pais Oremos cada vez mais Deus lhes dê paz e esperança. Parabéns aos professores E também à direção Aos alunos e amigos Digo assim, de coração Pelos seus 40 anos Aos cariocas educando Dando ao jovem a formação. Vamos arregaçar as mangas As aulas recomeçar Brasileiro é povo forte Não é de desanimar Limpar os olhos e a mente E o pai Onipotente Nos ajuda e restaurar.

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Aos alunos e professores Daquela escola marcada Desejo que logo em breve A triste cena passada Seja apagada e então Volte a paz e união Não teve culpa de nada. Volte a cumprir seu papel Que sempre fez e muito bem Quarenta anos não pode Ficar à cena refém Vamos assim dar as mãos Brasil é grande nação Na paz de Deus, digo amém! Buíque, 07 de abril de 2011 Paulo Tarciso Autor Buíque - Pernambuco E-mail: ptarcisofreire@hotmail.com

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