Somente seu Brooke J. Sullivan

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Olho para ela já carrancudo. — Nem pensar. Você vai comigo e Maria também. — Mas Adrian... – ela tenta falar e eu a corto. — Não Verônica – digo e saio da cama, direto para o chuveiro. Ela me segue balbuciando um monte de palavras que nem dou ouvidos. — Sua mãe me odeia Adrian, não vou ficar na casa dela – ela diz emburrada. — Não vai mesmo. Vou ver se ficamos em um hotel. Tudo bem assim? – digo e ela concorda. — Não vou deixá-la sozinha com aquele maluco solto por aí. Não quero que vá a lugar nenhum sem mim. Entendeu? — Entendi. Tomamos nosso banho e ela foi a primeira a sair. Quando entrei no quarto, ela havia retirado as tigelas de doce. Depois de algum tempo, ela entra com uma jarra de água e dois copos. Ela coloca tudo em cima do criado ao lado da cama e apaga a luz do abajur. — Vou sair cedo amanhã. Preciso passar na Miller´s para pegar alguns contratos – digo abraçando-a e me posicionando atrás dela. — Mas você disse que estava viajando. — Sim. Farei de conta que voltei de viagem e viajaremos depois de amanhã. — Tudo bem. Você ainda tem meu passaporte? – ela pergunta. — Sim. Tenho tudo – digo dando um beijo em seu rosto. — Agora é melhor dormimos. Já é tarde – digo olhando no relógio que marcava duas da manhã. — Bom dia Maria – digo sentando-me a mesa. — Bom dia. Verônica não vem para tomar o café? — Não. Ainda está dormindo. Estou indo para a empresa. Vou pegar alguns documentos e contratos – digo dando um gole em meu café. — Sim. — Maria… Preciso que vá a Los Angeles conosco – digo esperando sua reação. Maria nunca viajou comigo. Ela me olha intrigada, mas logo relaxa. — Tudo bem. Terry e eu conversamos logo cedo. Eu havia dito a ela que se o senhor quisesse que os acompanhasse nessa viagem, eu iria. — Obrigado, Maria. Você sabe como é minha mãe. Quero manter Verônica o mais afastado possível dela. Terry vai com Jonas, então queria que fizesse companhia a ela. — Com o maior prazer – ela diz sorrindo. — Vou até o quarto ver como ela está. Ela não passou muito bem na madrugada – digo me levantando. — O que ela teve? Não é melhor chamar um médico? – ela pergunta preocupada. — Não – sorrio. — Ela só comeu pavê demais – digo lembrando-me da nossa noite magnífica. Maria me olha e sorri. Se ela soubesse em quais circunstâncias comemos aquele pavê… — Vou vê-la e depois vou trabalhar. Não deixe que saia. Ela precisa de descanso – digo e saio. Assim que chego ao quarto, Verônica não está na cama. A porta do banheiro está trancada e me preocupo. — Verônica? – digo batendo na porta. Ela abre e me olha.


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