Somente seu Brooke J. Sullivan

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— Ele é bem grandinho, Verônica – ela ri. — Pode ir, eu termino aqui. Vou descansar também. Se precisar de algo, é só me chamar – diz acariciando meu ombro e me abraça. — Boa noite – digo e saio. Entro em meu quarto e vou até a pequena estante onde guardo meus livros. Pego um livro qualquer e me jogo na cama. O tempo passa enquanto leio os capítulos tensos de No Escuro. As horas voam e quando dou por mim, já estou na metade do livro. Olho no relógio que marcam dez da noite. Fecho o livro e devolvo-o para seu devido lugar. Preciso de um bom banho para relaxar e cair na cama. Após o banho, agora totalmente relaxada, pego o celular para ver se há alguma mensagem dele. Me decepciono. Ele não ligou e nem enviou uma mensagem sequer. Deve estar cansado e acabou adormecendo. Penso comigo mesma. A única coisa que resta, é fazer o mesmo. Dormir para ver se hora passa mais rápido. Acordo assustada. Meu telefone toca desesperadamente. Olho no relógio e já é de madrugada. Acendo o abajur ao meu lado e atendo rapidamente sem olhar no visor. Deve ser ele. — Adrian – digo com a voz sonolenta. — Verônica, por favor, me ajude – uma voz assustada e embargada pelo choro toca meus ouvidos. — Alô? Quem está falando? – pergunto confusa. — Sou eu, Sônia. — Sônia? – me espanto. — O que foi? — Eu preciso da sua ajuda. Por favor – ela chora. — Sônia, o que aconteceu? — Eu estou com medo – diz descontrolada. — Não estou me sentindo bem, preciso ir pro hospital. — Oh Merda! Onde você está? – pergunto pulando rapidamente da cama e procuro uma roupa. — Em casa. Por favor, Verônica. Eu não tenho mais ninguém pra pedir ajuda. Só você – ela implorava aos prantos. — Não saia daí. Já estou indo – digo e desligo. Merda! Quando ela irá parar de usar essas merdas? Aposto que deve estar drogada outra vez. Coloco meu jeans, sapatilha e uma mini blusa azul. Pego um casaco e as chaves do carro. Desço correndo as escadas. Droga! Droga! Droga! Eu prometi a ele que não sairia de casa, merda! Olho no relógio de parede, uma da manhã. Abro a porta da sala e saio. Merda! Não posso deixá-la assim. Pego o telefone e ligo para Terry. — Vamos Terry, atenda! Nada. Ligo outra vez. Caixa postal. Droga!


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