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MENSAGEM FORTE

NA PELE DA DEPENDENTE QUÍMICA AMANDA, LETÍCIA COLIN VALORIZA PEGADA SOCIAL DE “ONDE ESTÁ MEU CORAÇÃO”

por Caroline Borges / TV Press

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Adependência química é assunto recorrente na teledramaturgia. Letícia Colin, porém, vê a série “Onde Está Meu Coração” como uma guinada sobre a temática diante das câmeras. Na pele da jovem de classe média-alta Amanda, a atriz interpreta uma brilhante médica que se envolve com o mundo das drogas. Letícia, que gravou a série há mais de três anos, celebra a oportunidade de ver a urgente discussão chegar à tevê aberta na grade da Globo. “A dependência química é uma doença. A série vai fundo no tema. Precisamos avançar na maneira de tratar a adicção química na nossa sociedade, baixar a guarda do preconceito e hipocrisia e partir para um diálogo mais maduro”, defende.

A produção narra a trajetória da idealista Amanda. De uma família estruturada e amorosa, ela se vê imersa em um mergulho profundo na dependência química e acaba carregando junto consigo todos os que ama. Do ponto de vista material, sempre teve tudo, mas, acaba encontrando na droga um alívio para o seu próprio abismo existencial. “É um trabalho de renascimento, de segunda chance, de reconexão com a própria essência, de resgate da dignidade, todos esses assuntos são universais”, afirma.

GRAVADA EM 2019, A TRAMA DE “ONDE ESTÁ MEU CORAÇÃO” CHEGOU PRIMEIRAMENTE AO GLOBOPLAY. COMO É VER O PROJETO ESTREAR FINALMENTE NA TEVÊ ABERTA?

Eu, pessoalmente, comemoro muito porque a gente precisa se conectar com esse tema e essa série ajuda muito às pessoas que vivem esse drama, pois ela traz soluções e aponta para caminhos. Quem gosta de histórias densas, vai gostar demais de “Onde Está Meu Coração”. É um dos trabalhos que eu mais tenho orgulho de ter feito.

QUE TIPO DE REFLEXÕES SOBRE DEPENDÊNCIA QUÍMICA A SÉRIE PODE GERAR NO PÚBLICO?

É um trabalho de renascimento, de segunda chance, de reconexão com a própria essência, de resgate da dignidade, todos esses assuntos são universais. Precisamos avançar na maneira de tratar a adicção química na nossa sociedade, baixar a guarda do preconceito e da hipocrisia e partir para um diálogo mais maduro. As drogas existem, os usuários são vítimas sociais por vários motivos diferentes e a dependência é uma questão de saúde e não de polícia. A dependência química é uma doença. A série vai fundo no tema.

DE QUE FORMA?

A série emociona como uma grande história de renascimento. É um trabalho premiado, reconhecido nacional e internacionalmente, então, quanto mais pessoas tiverem acesso a ele, mais oportunidade de se fazer pensar no assunto de um jeito diferente. É uma série com uma trilha sonora muito forte e linda, com um jeito de filmar especial e ousado da Luísa Lima (diretora artística). É um trabalho com muitas conquistas, então, quando ele chega para novas pessoas na tevê aberta, a gente consegue um monte de vitórias.

POR CONTA DA SÉRIE, VOCÊ CHEGOU A SER INDICADA NA CATEGORIA “MELHOR ATRIZ”, DO EMMY INTERNACIONAL 2022. QUAL A IMPORTÂNCIA DESSA INDICAÇÃO EM SUA TRAJETÓRIA?

São mais aprendizados, né? Os aprendizados são muitos e a indicação ao Emmy foi um momento lindo na minha vida, é uma indicação que fica para sempre. Fiquei imensamente feliz. Nosso trabalho é a vitória do amor, da delicadeza e da força de contar uma história sobre ter uma segunda chance. É possível superar a dependência química e reinventar sua vida. Estar lá (na premiação) vendo atores do mundo inteiro que também levam suas histórias e seus dramas. Foi uma vitória importantíssima do projeto.

A partir do dia 5 de abril, Letícia também poderá ser vista na segunda temporada de “Todas as Flores”, da Globo. A novela já foi inteiramente gravada