GAZETA DA ZONA LESTE





O ator retorna à TV no papel de Jão, personagem que explora questões sociais e familiares presentes na realidade brasileira. A trama aborda desafios sobre masculinidade, relações amorosas e a vida no subúrbio, conectando-se com o cotidiano de muitos telespectadores. A novela vai ao ar de segunda a sábado, às 19h30. > VEJA + PÁGINA 6
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JUSTIÇA
Senado aprova projeto que reforça direitos das pessoas com deficiência
A Comissão de Constituição e Justiça aprovou medidas que garantem prioridade no atendimento judicial e educação inclusiva. O projeto de lei propõe sanções para a falta de prioridade processual e amplia a proteção legal para pessoas com deficiência. Além disso, a PEC aprovada visa assegurar o ensino inclusivo em todos os níveis educacionais, garantindo que necessidades específicas sejam atendidas desde a infância até a fase adulta. As propostas seguem para votação no plenário, destacando a importância da igualdade de oportunidades no Brasil. > VEJA + PÁGINA 5
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Banimento dos celulares nas escolas
Aproposta, ainda em estudo, do Ministério da Educação (MEC) de proibir o uso de celulares nas escolas parece, à primeira vista, uma solução direta para combater distrações e melhorar o desempenho acadêmico. No entanto, existe um perigo de que essa medida possa acabar sendo apresentada como uma resposta simplista para um problema que é, na verdade, muito mais profundo e cultural. Sem um apoio logístico adequado para escolas e um projeto pedagógico robusto de conscientização sobre bem-estar digital, essa tentativa de controle corre o risco de ter efeitos limitados e enfrentar resistência tanto de alunos quanto de parte das famílias.
A UNESCO revelou que um em cada quatro países já implementou leis ou políticas de restrição ao uso de celulares nas escolas. Países como França, Itália, Espanha, Austrália e China possuem legislações que proíbem ou limitam esse uso. A França, por exemplo, baniu os celulares nas escolas desde 2018 com o intuito de reduzir distrações em sala de aula, enquanto o Reino Unido anunciou diretrizes similares em 2023. Embora essas políticas sejam amplamente adotadas, sua implementação varia e enfrenta desa os locais, especialmente na scalização.
Enquanto alguns estudos sugerem um aumento nas notas de estudantes após o banimento, especialmente entre alunos com di culdades, a pesquisa ainda é inconclusiva. Uma revisão de estudos globais, publicada neste ano, analisou mais de 22 artigos e descobriu que, embora o impacto positivo nos resultados acadêmicos seja real em alguns casos, os resultados variam. Em muitos países, não houve melhorias signi cativas, e alguns alunos relataram maior ansiedade quando privados de seus celulares, especialmente após o isolamento social da pandemia.
A implementação dessas políticas também não é simples. Embora pareça fácil anunciar um banimento, mudar práticas escolares é muito mais desa ador. Além disso, há o risco de que apenas proibir celulares nas escolas possa não preparar os estudantes para adotar comportamentos digitais mais responsáveis.
As restrições e o banimento do uso de celulares durante o horário escolar podem, sim, ser bené cos, dependendo do contexto. Porém, é importante lembrar que a vida da criança não se limita ao ambiente escolar. Problemas como o cyberbullying, por exemplo, costumam ocorrer fora dos muros das escolas, em momentos de interação online. Por isso, a melhor solução, a longo prazo, é a conscientização tanto dos alunos quanto das famílias sobre o uso responsável da tecnologia. Promover o diálogo e educar sobre hábitos digitais saudáveis ajudam a desenvolver autonomia e senso de responsabilidade, criando uma cultura de bem-estar digital que ultrapassa os limites da sala de aula. Anal, aprender a gerenciar a tecnologia de forma equilibrada é uma habilidade essencial para a vida toda.
Presentes na maioria dos lares e empresas, os equipamentos eletroeletrônicos incluem desde utensílios básicos de cozinha até dispositivos de tecnologias de informação e comunicação, tais como telefones celulares e laptops. Cada produto tem um perfil de vida útil específico, o que significa que possuem diferentes quantidades de resíduos, valores econômicos e potenciais impactos na saúde e no meio ambiente, se reciclados de maneira inadequada. Quando o tempo de vida desse produto termina, ele se torna um resíduo eletroeletrônico (REEE). Desde 2010 os REEEs aumentaram significativamente: isso se deve principalmente ao fato de que mais pessoas estão tendo acesso a celulares e internet. Por exemplo, o mundo conta com mais de 7,7 bilhões de assinaturas de telefone celular e, no Brasil, 83% dos indivíduos com dez anos ou mais possui telefone celular (NIC.br, 2019). Pode-se dizer que cada morador teve em média 3 aparelhos celulares nos últimos 10 anos, o que equivale a uma vida útil de mais ou menos 3 anos por aparelho. A rápida obsolescência de dispositivos eletrônicos somado à constante evolução da tecnologia tem dado mais espaço para o descarte inadequado desses aparelhos, representando uma
ameaça significativa ao meio ambiente e para a saúde humana. Os dispositivos eletrônicos contêm uma variedade de materiais tóxicos, como mercúrio, chumbo, cádmio e substâncias químicas perigosas. Quando esses produtos químicos entram em contato com o solo e a água, podem poluir o ambiente e prejudicar a fauna e flora local. O que acontece é que muitos países desenvolvidos enviam seu lixo eletrônico para nações em desenvolvimento, onde é frequentemente processado e manuseado de maneira inadequada, causando danos ambientais e à saúde das pessoas envolvidas nesse processo. Além disso, os dispositivos eletrônicos contêm recursos preciosos, como ouro, prata e cobre, e quando esses aparelhos são descartados em aterros sanitários, esses recursos valiosos são perdidos.
Existem soluções sustentáveis para lidar com o lixo eletrônico. Isso inclui a reciclagem adequada de eletrônicos, a reutilização de componentes e a doação de dispositivos ainda funcionais para organizações que podem fornecê-los a comunidades carentes. Além disso, muitas empresas agora estão adotando programas de reciclagem e recondicionamento de dispositivos para reduzir o impacto ambiental.
Evidentemente que não se generaliza, mas uma amostragem dessas é preocupante. Afinal, o judiciário é a nossa última esperança, é onde depositamos nossa crença de que se fará justiça e, de repente, até lá é possível comprar justiça, como se compra qualquer objeto. Estamos mesmo desamparados. O fato está ocorrendo no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, foram cinco os afastados de suas funções, dentre eles o presidente da Corte e deverão usar tornozeleiras eletrônicas, inclusive um desembargador aposentado, que teve R$ 3 milhões em espécie apreendidos, em sua casa, pela Polícia Federal. A acusação tem origem na abertura do celular do advogado Roberto Zampieri, que em dezembro do ano de 2023 foi executado por 12 tiros na porta de seu escritório, sendo que o processo subiu para STF e está com o ministro Cristiano Zanin, que será o relator, uma vez que nas conversações de 5 mil diálogos apareceu menção a um ministro do Superior Tribunal de Justiça. Para que se tenha ideia do disparate e da perda incrível de recursos públicos, em salários e benefícios em 2024 até agora, foram pagos em valores brutos a esses magistrados
R$ 6.4 milhões de reais e, se eventualmente forem definitivamente afastados, continuarão a receber seus salários, como estava o juiz aposentado. É uma casta da sociedade privilegiada, muita gente tem “rabo preso”, então prefere ficar calado, porque mais dia menos dia, vai necessitar deles em julgamento de seus processos, não adianta ficar fazendo abaixo as-
De acordo com o escritor Peter Drucker, 60% de todos os problemas das empresas resultam de falha de comunicação. Com base nessa frase, Odirley Rocha, especialista em segurança e futuro condominial, afirmou que a mesma questão se repete no âmbito dos condomínios.
A prova disso, segundo Rocha, é que muitas vezes o síndico não consegue achar a melhor forma de se comunicar e com isso o morador não vê valor naquela situação ou naquele projeto. “Com a falta de comunicação geramos vários problemas dentro do condomínio, como: conflitos entre síndico e morador, conflitos entre os próprios moradores, conflitos entre moradores e prestadores de serviços, projetos não aprovados devido a uma falha de comunicação e a desvalorização do imóvel”, explicou.
Para o especialista, uma das qualidades que o síndico do futuro precisa ter é uma comunicação assertiva e uma boa oratória para com os moradores, funcionários e prestadores de serviço. “Imagine numa assembleia virtual o síndico dando um show na comunicação e também na apresentação”, frisou Rocha.
Conforme ele, para alcançar a excelência o síndico pode preparar slides, treinar o tempo da apresentação várias vezes, simular as possíveis perguntas que poderiam existir e já preparar as respostas. Além disso, pode fazer anotações no PowerPoint de tópicos que não pode esquecer de jeito nenhum, preparar o ambiente de transmissão com uma boa iluminação e entender o
perfil dos moradores. Se tudo isso foi feito, o síndico está no caminho certo. Para explicar como pode funcionar uma Assembleia Digital, Rocha apresentou o exemplo da Amazon, quando lançou sua assistente virtual chamada Alexa. “Ela ajuda você com suas pesquisas na Internet, com sua agenda, te fala sobre o trânsito nesse momento específico, pode se integrar com seus eletrodomésticos. Você está na sala do seu apartamento e pede para ela tocar sua música favorita e, como num passe de mágica, a música começa a tocar. Quanto mais você utiliza, mais a inteligência artificial trabalha para ser mais assertiva nas respostas para suas perguntas”, contou. Seguindo nessa linha, o especialista imagina o condomínio com um "mordomo virtual". Frente a isso, Rocha disse: “Imagina você no elevador e o mordomo virtual interage na tela que está dentro do equipamento informando sobre a assembleia virtual e a respeito da importância de se tomar uma decisão sobre a implantação da portaria remota programada para as 19h30. O computador ainda pergunta se há autorização para fazer uma videochamada nesse horário". Para completar, o especialista revelou ter certeza que a IA (Inteligência Artificial) vai ser uma grande aliada para o síndico do futuro, ajudando na comunicação e também na organização interna do condomínio. Esse seria um passo importante para os condôminos ficarem mais seguros e bem informados. Tudo caminha para que o síndico também tenha mais qualidade de vida.
escolta das urnas eletrônicas e
nos
eleitorais. Diferentemente do 1° turno, em que as forças de segurança trabalharam com
do
em todo o território estadual, agora somente os policiais das cidades onde haverá o pleito estarão empenhados nas ações de proteção e prevenção.
sinado de milhares de assinaturas, que nunca, por exemplo os nossos Congressistas, irão iniciar um processo de impeachment. O descalabro é tal que a Polícia Federal deflagrou no dia 23 de agosto uma operação no Tocantins para apurar a suspeita de envolvimento entre advogados, desembargadores e juízes, tendo sido afastados todos de seus cargos.
E, pasmem, da oitiva de áudios durante a apuração foram encontrados fatos estarrecedores. Segundo as gravações, algumas revelam a insatisfação dos magistrados com pagamentos de propina feitos de forma parcelada além da demora dos repasses, é como se fora a simples compra de um veículo. Dessa forma, sempre ressaltando a lisura e honestidade da maioria dos componentes do judiciário, as “ovelhas negras” são muitas e mancham o sagrado mato da honestidade que deve pautar a conduta daqueles que devem zelar pelo cumprimento da ordem, da disciplina e da justiça.
Todos esses fatos nos atemorizam. Já não podemos andar sossegados pelas ruais em lugar nenhum sob risco de sermos abordados pelos bandidos e, agora também, nem mesmo podemos confiar naqueles que tem por obrigação fazer cumprir a lei com correção e decência. Sem dúvida, além da política suja, sórdida, imunda que temos em todos os sentidos, ainda vivemos um momento da falta de seriedade do órgão que tem por obrigação cumprir o império da lei, que é o instrumento de equilíbrio da vida em sociedade, sem ela não poderíamos viver, mas com ela estamos vivendo o caos.
Sergio Carreiro de Teves é jornalista, professor e advogado atuante nas áreas civil, trabalhista, tributarista, administrativa e comercial
Moradores do Conjunto José Bonifácio, em Itaquera, protestam contra a falta de conservação do Córrego Jacu, no trecho de cerca de 500 metros, paralelo à Rua Bartolomeu Ferrari. Um verdadeiro matagal tomou conta do local, que também foi transformado em depósito de entulho e lixo. O calçamento não existe e em dias de chuva intensa, parte do asfalto começa a ceder. O medo dos pedestres é constante, principalmente à noite. Eles têm dificuldade até para ficar no ponto de ônibus, pois não existem cobertura ou bancos. Moradores como José Carlos, não entendem porque a Subprefeitura Itaquera não toma providências a respeito do problema. A extensão do córrego poderia, segundo ele, ser canalizada e restaurada para a instalação de áreas de lazer, por exemplo. "Não há motivos para convivermos com essa sujeira e mau cheiro, sob o risco ainda de assaltos ou outro tipo de violência pior, refletiu Carlos. O OUTRO LADO De acordo com o subprefeito de Itaquera, Roberto Massaru Watanabe, esta área faz parte da Operação Urbana Rio Verde -
Jacu. Por estar nesta condição, ele avisa que a Prefeitura aceita projetos populares com idéias de como o lugar poderia ser utilizado. "Temos verbas para agir de forma definitiva e deixar as medidas paliativas", afirmou Watanabe Para ele ainda, não adianta simplesmente limpar o mato, retirar restos de material de construção, sem ter objetivos. "A população deve se reunir e propor soluções para a questão; o papel da Subprefeitura agora é se posicionar como parceira das pessoas. Vamos trabalhar juntos", sugeriu o subprefeito. Watanabe convidou aqueles que residem próximos ao Jacu para uma conversa, no sentido de chegar a uma proposta única. PROGRAMA DE INCENTIVOS FISCAIS CELEBRA EMPRESAS DA REGIÃO A Prefeitura, por meio do Conselho Gestor do Programa de Incentivos Fiscais Seletivos para a Área Leste, divulgou, na última quarta-feira, dia 27, os primeiros sete projetos da iniciativa privada que serão beneficiados pelas isenções fiscais previstas no Programa de Desenvolvimento da Zona Leste. O Conselho é formado por representantes da entidade civil- Fiesp/Ciesp e CUT, Fórum para o Desenvolvimento da Zona Leste e da Prefeitura.
Oficinas gratuitas de escrita criativa no Centro Cultural
Opoeta, dramaturgo, fundador do Coletivo Parêntesis de Teatro e autor das obras Teatro à Venda e Poemas de Plástico, Pedro Tancini ministrará duas oficinas gratuitas no Centro Cultural São Paulo. Os ingressos são limitados, e as inscrições podem ser feita via on-line. A primeira oficina, “A dramaturgia do antiteatro: procedimentos de escrita de uma peça-conceito”, ocorrerá nos dias 2, 3, 9 e 10 de novembro. Nesses dias, os participantes poderão exercitar e desenvolver a escrita de dramaturgia, com base na metodologia que originou os livros Teatro à Venda e Professores On-line.
RECICLADO E RECICLÁVEL Já a segunda oficina, “Poematéria: qual a matéria do poema?”, acontecerá nos dias 16, 17 e 24 de novembro e trabalhará a produção de poesia dos participantes, a partir dos procedimentos de escrita do livro Poemas de Plástico. Esta obra de Tancini, a primeira no mundo feita totalmente de plástico
ria do poema?”;
reciclado e reciclável, explora a contradição entre descartabilidade e durabilidade nas sociedades contemporâneas.
SERVIÇO Oficina “A dramaturgia do antiteatro: procedimentos de escrita de uma peça-conceito”; dias 2, 3, 9 e 10 de novembro, das 14 às 17 horas, no Centro Cultural São Paulo. Oficina “Poematéria: qual a maté-
Distrital Tatuapé
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DA REDAÇÃO
Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou no último dia 16, o projeto de lei 1.354/2019. De autoria do deputado Célio Studart (PV-CE), o texto originalmente assegurava prioridade no atendimento judicial e administrativo apenas às pessoas enquadradas no Transtorno do Espectro Autista (TEA). No entanto, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência - Lei 13.146, de 2015) já determina o direito a todas as pessoas com deficiência, inclusive a quem tem autismo, a ter prioridade na tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências, em seu Artigo 9º (Do Atendimento Prioritário), que também garante atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público, recebimento de imposto de renda, entre outros.
A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), relatora do projeto na CCJ, apresentou parecer favorável ao substitutivo apresentado na CDH pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que, adaptou artigos do PL 1354 original e aperfeiçoou a própria Lei Brasileira de Inclusão (LBI), em virtude de o direito à prioridade já estar previsto neste
marco legal de nosso país. Relatada por Gabrilli quando ainda era deputada Federal, a LBI, além do atendimento prioritário, prevê a prioridade que o acesso dessas pessoas à Justiça deve acontecer em igualdade de oportunidades e com a devida adaptação e recursos de tecnologia assistiva (artigo 79). O substitutivo do Senado insere novos parágrafos ao Artigo 79 da LBI e ainda inclui um novo Artigo (88-A) criando um novo delito, cuja sanção será a de multa, quando não for providenciada a tramitação prioritária.
“A população brasileira com deficiência enfrenta várias injustiças, a começar pelo próprio direito de ir e vir, que muitas vezes é tolhido por falta de acessibilidade nas cidades e nos serviços. Garantir prioridade a essas pessoas quando buscam o atendimento judicial é o mínimo que o Estado brasileiro pode fazer. E a nossa LBI, que foi construída pelo próprio segmento, já determinou a previsão desse direito. A aprovação de hoje chancela a importância desse pleito legítimo”, afirmou a senadora.
relatora do projeto na CCJ, apresentou parecer favorável
FEDERAL
Pelo texto, a pessoa com deficiência tem assegurada prioridade, mas caberá ao interessado pedir essa prioridade e a identificação de que há pessoa com deficiência envolvida no processo deverá ser aplicável tanto ao processo eletrônico quanto ao físico. EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA CONSTITUIÇÃO
A CCJ do Senado também aprovou nesta quarta-feira a PEC 52/2023, relatada pela senadora Mara Gabrilli. A medida altera a Constituição e coloca como princípio da Educação a garantia do ensino inclusivo
em todos os seus níveis e modalidades. Ou seja desde os primeiros anos escolares e ao longo da vida, o ensino inclusivo está assegurado e deverá considerar as características, interesses e necessidades de aprendizagem de cada aluno.
“Tive a honra de ser relatora desse texto e sei o quanto essa medida irá impactar positivamente a vida das pessoas com deficiência, que segundo a PNAD/IBGE de 2022, são os brasileiros que menos têm acesso à educação e, por consequência, menos trabalho e renda no Brasil”, afirmou a senadora. A proposta de ensino inclusivo não se restringe apenas a quem tem uma deficiência, mas atende a todas as pessoas em situação de vulnerabilidade, que de algum modo são excluídas do acesso à educação, como minorias étnicas, culturais, religiosas, entre outros. A proposta, de autoria do senador Marcelo Castro (MDB-PI), segue para aprovação em plenário do Senado.
POR CAROLINE BORGES - TV PRESS
Aliberdade é uma conquista árdua dentro do meio audiovisual. Com uma trajetória premiada e respeitada há pelo menos duas décadas, Fabrício Boliveira dá um valor enorme ao livre-arbítrio que tem exercido em suas escolhas profissionais nos últimos anos. Mais do que estrear no posto de protagonista de “Volta por Cima”, nova novela das sete, Fabrício celebra a oportunidade de falar com o grande público na tevê aberta sobre temas que são de extrema importância na sua ideia de construção de sociedade. “Sou um ator que está sempre buscando desafios pessoais e também lidando com questões que estão na sociedade e sabendo que a gente precisa falar delas. Lutei muito pela minha liberdade artística. Sempre busquei projetos que conversam comigo. É uma vitória”, vibra o ator, que vive o protagonista Jão. Criado apenas pela mãe Neuza, papel de Valdinéia Soriano, Jão se habituou desde cedo a ser o responsável pela casa. Aos 18 anos, o rapaz consegue emprego de trocador na Viação Formosa e não entende o fato de sua mãe não gostar que ele trabalhe lá. Sua dedicação na empresa logo o faz subir de posto, indo para o lugar de fiscal. Sente atração por Madá, de Jéssica Ellen, mas ela só briga com ele, o que desperta ainda mais sua curiosidade. “A relação do Jão com a mãe Dona Neusa tem muita cumplicidade. Ele sente falta da figura do pai, mas essa ausência acende nele a escuta para o feminino. A dificuldade que a mãe tem o deixa atento”, analisa.
P – Após cinco anos, “Volta por Cima” marca seu retorno aos folhetins e também sua estreia no posto de protagonista. O que motivou essa volta neste momento?
R – Eu já estou conversando com o André (Câmara, dire-
tor) desde o ano passado. Ele é um diretor com quem eu já tinha trabalhado em “Boogie Oogie”. O André já tinha me convidado para a novela anterior dele que era “Amor Perfeito”, mas eu tinha um filme na Itália que não podia perder e as datas eram muito em cima. Quando ele me chamou de novo, achei que esse era um bom momento para a gente continuar a conversa. Tinha muita coisa me chamando para esse projeto. P – O que, por exemplo? R – É uma novela escrita pela Claudia Souto, que também é minha amiga. Eu fiz a primeira peça de teatro da Claudia e aí, quando chegaram esses dois nomes (Claudia e André), e eu li um pouco da sinopse. Falei para o André que tinha uma sugestão de atriz para viver a Madá. Falei que era uma amiga minha que tenho muita admiração. Mas não era pela amizade, mas sim porque achei a personagem a cara dela. Então, falei da Jéssica Ellen e ele me disse que era exatamente o que eles estavam pensando. Foram muitas confluências e muito tempo de conversa também. P – Apesar de estar longe das novelas, você enfileirou outros trabalhos no cinema e streaming. Você sente uma diferença grande de formatos ao retornar aos folhetins?
R – Sim. Eu estava morrendo de saudade de fazer novela e ter essa relação direta com o público. E poder representar as pessoas, juntar as minhas questões ali. Quem eu sou hoje e o que isso liga com as pessoas desse país, dos subúrbios desse país, tem muita afinidade e tem muitos pontos em que a gente se assemelha. Está sendo um grande desafio e um grande prazer também. O Jão fala muito com o povo brasileiro. Era isso que eu buscava. P – Por quê? R – Eu queria voltar a falar com o público diretamente e em um trabalho que fizesse sentido. Eu sou
protagonismo na novela “Volta por Cima”
um ator que está sempre buscando desafios pessoais e também lidando com questões que estão na sociedade e sabendo que a gente precisa falar delas. Essa novela traz essa questão sobre masculinidade, sobre essas relações amorosas, esse homem do subúrbio me atrai bastante. O Jão é o típico homem brasileiro. É o trabalhador que tem três trabalhos para ajudar na renda e pagar as contas no final do mês. O Jão é um cara que tem uma característica de escutar bastante o outro. Está pensando em seus privilégios como homem. Acho que essa é uma caminhada interessante para o público acompanhar também.
P – Esse protagonismo tem um peso diferente?
R – Protagonizar uma novela é um desafio pela quantidade de trabalho que a gente tem e pela responsabilidade de estar em um elenco tão incrível. Temos a Isabel Teixeira, o Ailton Graça, a Tereza
Seiblitz... A gente visita todos os núcleos. Então, a gente beija como um beija-flor, como uma abelha, um pouquinho do outro núcleo, com algum jeito ou alguma linguagem. Muito feliz por todas as escolhas que fiz ao longo da minha carreira até aqui. Porque lutei muito pela minha liberdade artística, buscar projetos que conversam comigo. É uma vitória. Todos os trabalhos que participei até aqui me orgulham muito, mas confesso: é muito bom fazer parte desse novo momento do audiovisual, no qual as pessoas pretas estão tendo a oportunidade de ocupar novos espaços e demonstrar o talento. P – Inicialmente, o Jão e a Madá travam algumas batalhas. Como acontece essa aproximação amorosa entre os protagonistas?
R – Tem umas questões com as relações amorosas que são bastante delicadas para o Jão. Ele tem alguns triângulos amorosos. Na verdade, são quartetos ou até
quintetos (risos). Vai aparecer muita gente dentro dessa relação para atrapalhar, mas também para desviar e abrir o Jão para outros lugares. Então, tem muitas questões aí do Jão em relação a esse espaço amoroso. Ele é um cara bastante impulsivo também. Isso pode ser o Calcanhar de Aquiles dele. O Jão e a Madá começam ali se implicando com coisas que eles nem sabem de onde surgem. É uma delícia.
P – A questão da orfandade paterna também é um traço importante do enredo do Jão. Qual a influência dessa ausência do pai para o personagem? R – É uma questão nada resolvida para o Jão. Isso é uma questão do país, né? Existem números enormes de mães solo. Eu acho que isso fez com que o Jão abrisse ainda mais o olhar dele para ter empatia com o espaço feminino. Então, acho que ele realmente traz algumas características por conta da falta desse pai na vida dele. E
isso vai apontá-lo para outros lugares durante a novela também. P – Você chegou a buscar histórias ou referências de pessoas que foram criadas por mães solo? R – Eu conheço muita gente que foi criado só pela mãe. Isso é um retrato brasileiro, mas acho que só da gente estar ouvindo, estar lendo, estar conversando com as pessoas, principalmente ouvindo as mulheres a gente consegue perceber a falta que faz. O homem hoje está começando a entender o seu espaço de privilégio e se descontruindo a partir daí. É só olhar um pouquinho para a realidade no nosso entorno e escutar as mulheres que a gente vai aprender muito. "Volta por Cima" – Globo – Segunda a sábado, às 19h30. CABEÇA FEITA Fabrício Boliveira não precisou passar muitas horas no setor de caracterização para encontrar o visual do batalhador Jão. Os dreads do personagem já acompanhavam o ator há alguns anos. “Uso dreads há bastante tempo. Acho que não corto meu cabelo desde 2018. Então, pelo menos até abril, eu devo seguir com eles”, aposta. Para o ator, o visual com dreadlocks caiu como uma verdadeira luva para Jão. “Fiz diversos personagens com dreads. E cada papel muito diferente um do outro. É bom para mostrar que pessoas com dreads podem exercer qualquer função. É a cara do Brasil”, defende.
BONS SONHOS A Viação Formosa abriga boa parte dos enredos de “Volta Por Cima”. Ao longo de seus 42 anos de vida, Fabrício Boliveira dependeu bastante do transporte público – para chegar ao colégio, por exemplo. “Andei muito de ônibus. Quando criança e adolescente, eu andava sozinho para ir até a escolha. Era conhecido como Fabrício Dorminhoco. Eu dormia demais. Não conseguia controlar. Dormia, inclusive, no ombro das pessoas (risos)”, relembra.