GAZETA DA ZONA LESTE

O WhatsApp pode ser um recurso poderoso de comunicação para ultrapassar a barreira da solidão. Nesse sentido, a rede social deve contribuir positivamente para a melhoria de quadros de depressão em idosos. Isso foi o que mostrou um estudo realizado com usuários de Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Guarulhos. > VEJA + PÁGINA 3
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BATERIAS DE 25 MINUTOS
BANCO DO POVO Opção de crédito a quem empreende
Micro e pequenos empreendedores, que buscam um tipo de financiamento acessível, podem recorrer ao Banco do Povo Paulista (BPP). O microcrédito tem o objetivo de apoiar a aquisição de mercadoria, novos equipamentos, entre outros itens, e estimular a geração de emprego e renda. > VEJA + PÁGINA 3
Variação é um alerta à saúde
Nos últimos anos, o período de outono/inverno tem sido marcado por mudanças bruscas de temperatura. Um estudo encabeçado por médicos da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, demonstrou que as baixas temperaturas prejudicam a ação do sistema imunológico nas vias aéreas superiores. > VEJA + PÁGINA 4
Ocampeão do concurso na capital paulista foi o “Deck Snooker Bar”, que fica na Av. Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello, 1820 - Vila Prudente, com o petisco: Deck’n Cheese - cubos de mussarela à milanesa com um toque de gergelim, acompanhados de geleia de hortelã com gengibre e creme de goiabada com cream cheese. O segundo colocado foi o Buteco da Vila, que fica na Avenida Melchert, 676 - Vila Matilde, com o petisco: Lampião e Maria Bonita - mix de bolinhos nas versões Jabá com Jerimum (bolinho de abóbora recheado com carne seca e catupiry) e Macaxeira com Carne de Sol (bolinho de aipim recheado com carne sol puxada na manteiga de garrafa e requeijão de corte), acompanha Molho Xaxado (creme a base de coalhada seca e infusão de manjericão) e Geleia do Padre Cícero (geleia de umbu com mix de pimenta – pimenta dedo de moça e pimenta de cheiro). De cortesia, servimos Maria Bonita, nossa caipirinha com cachaça de umburana feita de cajá com caju, alecrim e xarope de açúcar com especiarias e rapadura.
Bastante aguardada pelo público e, claro, pelos participantes, a premiação do Comida di Buteco é sempre motivo de alegria, afinal, é dela que sai o grande vencedor. Em São Paulo, esta é a 12ª edição do concurso e os vencedores foram anunciados do primeiro ao quinto lugar nesta terça-feira. Em uma noite de muita expectativa, o boteco Deck Snooker Bar consagrou o título de “Melhor Buteco de São Paulo”; o Buteco da Vila ficou em segundo lugar, seguido pelo Gibas Baixaria em terceiro, Bar Bambu em quarto e Bar e Mercearia Carauari em quinto.
Confira a lista com todos os premiados da noite:
- Campeão - Deck Snooker Bar
- Segundo lugar - Buteco da Vila
- Terceiro lugar - Gibas Baixaria
- Quarto lugar - Bar Bambu
- Quinto lugar - Bar e Mercearia Carauari
O Comida di Buteco 2024 aconteceu entre os dias 05 de abril e 05 de maio com 139 bares participantes — o recorde de São Paulo —, sendo 78 novatos. O valor do petisco foi nivelado em R$ 35,00 em todo o País e os critérios avaliados foram os mesmos em todos os bares: a higiene do bar, a temperatura da bebida, a qualidade do petisco e o serviço.
O slogan "Somos Todos Buteco", que marca o ano de comemoração dos 24 anos de existência do concurso no Brasil, reitera o boteco como um protagonista da sociabilidade brasileira e um grande símbolo nacional. Do norte ao sul do País, em todas as regiões, o público é convidado a se engajar nesta eleição, que envolve mais de 1.100 butecos em 40 municípios diferentes.
DA ZONA LESTE
Os participantes do estudo foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos
DA REDAÇÃOTrata-se de um tipo de financiamento que tem o objetivo de apoiar o desenvolvimento de atividades produtivas
É preciso realizar um curso de capacitação promovido gratuitamente pelo Qualifica SP DA REDAÇÃO
Quase 30% dos empreendimentos fechados em até cinco anos são de microempreendedores individuais. Os MEIs apresentam a menor taxa de sobrevivência no mercado neste período e uma das causas é a falta do crédito inicial, segundo aponta levantamento do Sebrae. Para atender a esta demanda, micro e pequenos empreendedores que buscam um tipo de financiamento acessível e com condições especiais, bem abaixo do que é praticado no mercado, podem recorrer ao Banco do Povo Paulista (BPP), programa de microcrédito produtivo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do Estado de São Paulo, que desde a sua implementação, em 1998, já desembolsou R$ 3,4 bilhões em mais de 550 mil operações.
O microcrédito produtivo é um tipo de financiamento que tem o objetivo de apoiar o desenvolvimento de atividades produtivas, como
aquisição de mercadoria, novos equipamentos, entre outros itens, e estimular a geração de emprego e renda, promovendo a inclusão financeira e reduzindo a pobreza. Com valores entre R$ 200 e R$ 21 mil, o BPP oferece condições facilitadas para empreendedores formais e informais em três linhas de crédito exclusivas: “Empreenda Rápido”, “Empreenda Mulher” e “Empreenda Afro”. Tais recursos podem ser utilizados para capital de giro, investimento fixo ou misto, como: aquisição de mercadorias em geral, matérias-primas, máquinas e equipamentos, ferramentas, itens para publicidade e divulgação do empreendimento, além de software e hardware. COMO CONSEGUIR? Para solicitar o microcrédito, os interessados devem realizar uma atividade produtiva nos municípios contemplados pelo BPP e não possuir restrições cadastrais no Serasa e/ou Cadin Estadual. É preciso realizar um curso de capacitação
empreendedora, promovido gratuitamente pelo Qualifica SP nas modalidades presencial e virtual. Ao comparecer a uma unidade conveniada, o empreendedor precisa levar os documentos exigidos e o certificado de conclusão do curso.
A cozinheira e empreendedora Bruna Gauss, de 37 anos, conta que utilizou o microcrédito do Banco do Povo pela primeira vez há quase 20 anos. “Foi um recurso que ajudou muito no começo do meu negócio e também recentemente. Em outubro do ano passado, utilizei para um reforço na compra de materiais para uma produção de Natal”, afirma.
A “Bruna Gauss – Confeitaria” começou em meados de 2004 como uma cozinha domiciliar no município de Avaré. Atualmente, a loja conta com quase 100 mil seguidores nas redes sociais e é considerada uma referência do setor no estado, ao promover experiências gastronômicas internacionais em confeitarias de Paris.
OWhatsApp pode ser um recurso poderoso para ultrapassar a barreira da solidão. E contribuir positivamente para a melhoria de quadros de depressão em idosos. Foi o que mostrou um estudo realizado com usuários de Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Guarulhos. A pesquisa, realizada por Marcia Scazufca e colaboradores, foi publicada no periódico Nature Medicine. Scazufca é professora na pós-graduação do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e pesquisadora científica no Hospital das Clínicas. “Nosso ensaio clínico, randomizado e controlado, envolveu 603 participantes com idade superior a 60 anos, registrados em 24 clínicas de atenção primária [UBS] do Sistema Único de Saúde [SUS], que apresentavam sintomas depressi-
vos significativos. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos. O grupo de intervenção, com 298 participantes, recebeu, por meio do programa ‘Viva a Vida’, mensagens de WhatsApp duas vezes por dia, quatro dias por semana, durante seis semanas, com conteúdo de educação sobre depressão e ativação comportamental. O grupo-controle, com 305 pessoas, recebeu uma única mensagem de caráter educacional. Nenhum dos grupos teve suporte de profissionais de saúde”, conta a pesquisadora. A média etária dos participantes era de 65,1 anos. E a distribuição por sexos foi de 74,8%, para mulheres, e 25,2%, para homens. Scazufca informa que, dos 603 participantes inscritos, 527 (87,4%) completaram a avaliação de seguimento. No grupo de intervenção, 42,4% dos participantes apresentaram melhora nos sintomas depressivos. Já no grupo-
-controle, a melhora foi significativamente menor, de 32,2%. “Este resultado sugere que a intervenção por mensagens móveis foi eficaz no tratamento de curto prazo da depressão em idosos em áreas com recursos limitados de saúde”, diz. O programa recebeu o nome de “Viva a Vida”. E, considerando o ainda baixo índice de alfabetização da população idosa de baixa renda, os comunicados enviados às pessoas do grupo de intervenção eram mensagens de voz, de três minutos de duração, ou imagens. Não havia mensagens de texto. E os pesquisadores tomaram o cuidado de usar uma linguagem de fácil compreensão, baseada no modelo dos programas de rádio mais populares. Dois artistas, a Ana e o Léo, liam alternadamente as mensagens, que evoluíram de frases educacionais sobre depressão a incentivos à ativação do comportamento e alertas de prevenção de recaída.
A pesquisa envolveu 603 participantes com idade superior a 60 anos, registrados em 24
Metrô e CPTM exibem ilustrações de como as pessoas estariam anos após o fato
Divulgação
As secretarias da Segurança Pública e dos Transportes Metropolitanos promovem uma campanha para marcar o Dia Internacional da Criança Desaparecida. Até 8 de junho, passageiros do Metrô e da CPTM vão acompanhar em monitores dos vagões dos trens e estações imagens de crianças desaparecidas. Os vídeos mostram a foto de quando foi registrado odesaparecimento e como essas pessoas estariam atualmente, a partir de retratos elaborados pelo Laboratório de Arte Forense do DHPP, da Polícia Civil. O objetivo é mobilizar a população e alertar para a relevância do tema. No estado de São Paulo, só neste ano, foram registrados 197 desaparecimentos de crianças de até 12 anos.
REGISTRO
O desaparecimento de uma criança ou adolescente precisa ser comunicado à polícia imediatamente. “Nunca espere 24 horas. Quanto mais rápido for a comunicação do desaparecimento, maiores as chances de encontrar”, alerta a delegada Bárbara Travassos, da 5ª Delegacia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas. De acordo com a Polícia Civil, a comunicação do sumiço de uma criança ou adolescente deve acontecer a partir dos primeiros comportamentos fora do padrão. Ainda conforme a delegada, odesaparecimento é a ausência não justificada de uma pessoa ou criança de casa ou algum outro local familiar. Há vários motivos para o desaparecimento, mas, na maioria das vezes, os familiares não sabem apontar as razões. Desse modo, o registro é necessário
para que a Polícia Civil investigue a situação e as causas da ausência. BOLETIM DE OCORRÊNCIA
O registro do boletim de ocorrência pode ser feito em qualquer delegacia ou por meio da Delegacia Eletrônica. É fundamental que sejam fornecidas todas as informações que possam auxiliar no encontro, como pertences pessoais, recado informando que iria se ausentar, conflito do desaparecido com alguém, características físicas, como cor da pele, cor dos olhos, cor e comprimento dos cabelos, além de cicatriz, mancha ou qualquer outro detalhe físico. É importante que o declarante deixe telefones de contato e que atendam números desconhecidos, um deles poderá ser de um policial civil informando o encontro. O não atendimento do telefone dificulta o contato da polícia.
Variabilidade térmica aumenta o risco de morte, pois gera falha na termorregulação
DA REDAÇÃO
Nos últimos anos, o período de outono/inverno tem sido marcado por mudanças bruscas de temperatura – um padrão que tende a se repetir por conta das mudanças climáticas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, o inverno de 2023 foi o mais quente das últimas seis décadas, com termômetros superando os 30 °C e, muitas vezes, seguidos de um frio intenso. O fenômeno se repetiu há pouco no Rio Grande do Sul. Após dias de chuvas torrenciais, que provocaram a pior enchente da história do estado, as temperaturas despencaram e ficaram próximas a zero em muitas regiões.
OSCILAÇÃO TÉRMICA
Um estudo encabeçado por médicos da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, demonstrou que as baixas temperaturas prejudicam a ação do sistema imuno-
lógico nas vias aéreas superiores, sobretudo da resposta imunológica inata antiviral – espécie de “primeira linha” de defesa, formada por proteínas receptoras que ficam de prontidão na superfície das células imunológicas para “pegar” um vírus. Isso porque é preciso uma temperatura ideal para que as reações químicas envolvidas no processo aconteçam de forma satisfatória.
“No frio, essa resposta se torna bem mais lenta. É como se tivéssemos metade do efetivo policial para guardar uma cidade inteira”, compara Érique Miranda, infectologista e gestor médico de Desenvolvimento Clínico do Butantan. A partir daí, é comum odesenvolvimento de um quadro febril a fim de acelerar os processos de divisão celular, produção de hormônios e migração das células imunológicas para o local onde está ocorrendo a invasão
microbiana. “A diferença aqui é que pessoas que estão com a saúde em dia e, claro, vacinadas vão ter o melhor da sua ‘artilharia’ a postos”, completa. Já nos dias muito quentes pode ocorrer o chamado estresse pelo calor. Isso porque os mamíferos são seres homeotérmicos, ou seja, capazes de manter a sua temperatura corporal ideal, e o empenho imposto pela necessidade de regulação pode acabar comprometendo ofuncionamento de vários órgãos. O organismo também sofre quando dias de frio e calor extremo se sobrepõem rapidamente. Uma pesquisa coordenada pela Universidade de Queensland, na Austrália, apontou que a variabilidade térmica aumenta o risco de morte, uma vez que o sistema de termorregulação dos seres humanos pode não responder de maneira eficiente diante de mudanças bruscas de temperatura.