Gazeta da Zona Leste

Brincadeiras típicas merecem atenção

Para muitos brasileiros, junho está invariavelmente associado às comidas típicas, danças, músicas e símbolos regionais das festas juninas, mas risco de acidentes com fogueiras e fogos de artifício é eminente e merece atenção. > VEJA + PÁGINA 5

fique ainda + conectado com a região:

Muita atividade no 'Junho Verde' Em celebração ao mês do Meio Ambiente, a Prefeitura de São Paulo realiza mais de 500 atividades ao longo do "Junho Verde". A programação será realizada nos parques e planetários municipais e em diversos pontos da cidade. > VEJA + PÁGINA 6

DIVULGAÇÃO

Todo dia é um 7 a 1 diferente?

NPOR ANDRÉ NAVES

o silêncio acolhedor de uma manhã que misturava o antigo e o novo, José se via diante de uma tela que mais parecia uma janela para o seu passado. Recém-promovido CEO da maior corporação brasileira do agronegócio, ele não conseguia escapar do perfume envolvente de café e bolo de fubá.

Na simplicidade de um gesto tecnológico, o aroma digital despertava memórias que eram, ao mesmo tempo, doces e amargas. Lembrava-se dos dias de fome e medo, mas também da dor transformada em força, de um sofrimento que, mesmo duro, moldara o homem que ele se tornara. Seus irmãos, trabalhando nos vastos campos de soja e milho, eram parte inevitável dessa história: como peças de um quebra-cabeça invisível, eles traziam à tona questões profundas, como se fossem instrumentos da vontade Divina, responsáveis tanto pelo seu triunfo quanto pelas cicatrizes da alma.

Enquanto observava essas imagens em holograma, a sensação de estar entre dois mundos – o futurístico e o ancestral – tomava conta de José. Era como se, num mesmo instante, o cheiro do bolo e o calor de um abraço perdido se misturassem aos brilhos arti ciais e aos comandos digitais. E nesse turbilhão de sentimentos, ele se via lutando contra seus próprios con itos internos. Cada lembrança do pai Jacó, da mãe Raquel, e a saudade apertada das risadas simples do passado, lembrava-o de que a vida sempre foi feita de luz e sombra.

Com o coração apertado e a mente repleta de dilemas, José entendia que o sofrimento o havia levado até ali – àquele cargo que tanto prezava, mas que também vinha carregado dos ecos de um tempo em que as emoções eram mais genuínas, menos calculadas. E então, num ato de coragem e de desejo de resgatar o que parecia estar se perdendo, ele ordenou, com a voz trêmula, mas decidida: "Chamar os irmãos!"

Naquele comando, mais que um simples ato empresarial, havia um pedido de reencontro com um passado que, mesmo marcado pela dor, era essencial para se reconhecer e compreender. E, entre o som das máquinas e as pulsações de um coração que insistia em lembrar, José percebeu que, apesar de toda a tecnologia e dos dias modernos, era o calor humano – o cheiro do café, o sabor do bolo, o abraço dos entes queridos – que realmente fazia a vida valer a pena.

POR GUTO ARAÚJO

“Esse governo parece a seleção na Copa de 2014, todo mundo cheio de esperança, a confiança de jogar em casa, e um gol da Alemanha a cada 10 minutos”. Esse foi o trecho que mais me chamou a atenção no papo, entre dois amigos após uma suposta noite de drinks entusiasmados para comemorar algo, em um balcão da padoca paulistana.

Na TV, as notícias do dia, a prévia da estreia de Carlo Ancelotti como o Mister da amarelinha e a divulgação da pesquisa Quaest do dia 5 de junho, com as possíveis disputas entre os presidenciáveis num segundo turno em 2026.

Tudo isso poucos dias depois de mais uma bola nas costas da nossa zaga, a ressaca do indigesto escândalo dos bilhões desviados do INSS.

Para não ser literal no diálogo dos amigos e já prestando atenção em outras tantas conversas se fundindo nos 360 graus da arquitetura clássica de padaria, penso, tomando meu expresso modesto, que o conjunto de bolas nas costas e fatores desastrosos ocorridos desde o início desse governo não se detém somente à economia, à desatualização de perso-

nagens históricos importantes do PT ou ao pastiche da comunicação governamental, presa aos anos dourados “Santanistas” dos governos Lula 1 e 2. É tudo isso junto e misturado, como num clássico virado a paulista, prato de almoço das padocas às segundas, porém, nesse caso muito mal-feito, gorduroso e indigesto.

Saindo do balcão e voltando à política, a sensação é uma só, o placar marca ligeira vantagem do presidente Lula contra todos os adversários: Tarcísio, Ratinho, Caiado, Michelle, Zema e empate com o inelegível “Mito”. No segundo expresso, pensando como estrategista, a visão parece clara, o conjunto de centro-direita unido pode muito bem formar um timaço campeão.

E pergunto: “Num sistema 4-4-2, o Mister escalaria Tarcísio e Michelle juntos no ataque? Seria um hat-trick em mais um 7 a 1?”.

Para fechar a conta, o Felipe Nunes, meu colega, conterrâneo e ilustre torcedor do Clube Atlético Mineiro, faz análises precisas de suas ótimas pesquisas.

Quando pediram meu ponto de vista, preferi me inspirar na visão daqueles que sustentam a economia cotidiana do café com pão…e queijo minas.

Guto Araújo é publicitário e estrategista de

EMPREENDEDORISMO

Empreendedor precisa aprender a delegar para focar no estratégico

POR HAROLDO MATSUMOTO

Empreender é uma jornada repleta de desafios. Tanto, que não é difícil encontrar empresários sobrecarregados por uma série de tarefas operacionais, administrativas e estratégicas. Os desafios costumam surgir justamente como consequência da falta de uma habilidade fundamental: saber delegar tarefas. Embora seja frequentemente vista como uma prática comum em grandes empresas, delegar é essencial, também, para o sucesso de pequenos e médios negócios. Ocorre, no entanto, que os empreendedores geralmente começam suas empresas precisando colocar as mãos na massa e necessitam fazer de tudo um pouco. A paixão e a visão objetiva em relação ao futuro impulsionam o trabalho. À medida que o negócio se desenvolve, as tarefas também aumentam. No meio desse verdadeiro 'mar' de tarefas, é relativamente simples que esses empreendedores acabem imersos em atividades do dia a dia e percam o foco em relação às questões mais estratégicas, caso da expansão dos negócios, da inovação, desenvolvimento de novos produtos e abertura de mercado. Ao aprender a delegar, o empreendedor tem a chance de liberar tempo em agenda, além de 'espaço mental' para questões de longo prazo. Isso inclui a análise de tendências de mercado, a formulação de estratégias de crescimento e

a construção de alianças e parcerias, que são essenciais para o futuro do negócio. Outro aspecto importante relacionado ao crescimento da empresa está diretamente ligado ao posicionamento do empreendedor como líder. Aliás, quando um empreendedor confia e delega responsabilidades aos membros da equipe, ele permite que esses colaboradores se especializem e se destaquem em áreas específicas, o que resulta em maior eficiência e inovação nos processos internos e também em relação às questões externas. Uma equipe bem treinada e capacitada pode tomar decisões mais rápidas e assertivas, sem a necessidade de supervisão constante, o que, por sua vez, libera o empreendedor para se concentrar em atividades que exigem mais sua atenção estratégica.

Além de todos esses pontos, ao delegar tarefas, o empreendedor evita o chamado microgerenciamento ou a 'gestão excessivamente detalhada', que é um dos principais obstáculos para o crescimento das empresas. Delegar é uma habilidade essencial que todo empreendedor deve dominar para garantir o crescimento e a sustentabilidade de seu negócio. Aprender a delegar não se trata apenas de distribuir tarefas, mas de construir uma base sólida para o futuro da empresa.

Haroldo Matsumoto é especialista em marketing

identificadas no Brasil, encontra

A ineficiência e as consequências de um governo sem rumo

POR SERGIO CARREIRO DE TEVES

Traçar rumos e buscar alcançar as metas é fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável, a estabilidade social e o bem-estar de uma nação. Entretanto, a ausência de direção clara por parte de um governo pode levar à estagnação, à desordem e, em casos extremos, a crises severas que afetam todos os aspectos da vida dos cidadãos. Sem sombra de dúvida, é o que vivemos hoje. Mais de 54% estão insatisfeitos com este governo Lula; até mesmo seus fiéis seguidores não o suportam mais. Sua retórica ultrapassada não entoa mais, e seus trejeitos e artimanhas irritam até os seus mais próximos aliados. Trata-se de um governo que começou sem rumo e que, hoje, não tem nem pé nem cabeça, não se sabendo para onde caminha. Desde a posse, o presidente declarou não ter um plano de governo ou estratégia definida. A ausência de planejamento estratégico é uma das principais causas da ineficiência governamental. É um governo desorientado, adotando políticas reativas, respondendo apenas às crises e emergências imediatas em vez de estruturar iniciativas que promovam o bem-estar de longo prazo. Desperdiçando recursos, vivemos um momento de completa estagnação: estamos como “zumbis” no escuro, sem rumo, sem saber o que fazer e batendo cabeça. A corrupção voltou. Aí está a questão do INSS, que foi a maior roubalheira deste governo, corroendo as bases em um jogo de empurra que já custou a cabeça de um ministro e deveria custar a do próprio presidente, que certamente, como no “mensalão”, sabia de tudo e diz que não sabia de nada. Quando interesses pessoais ou políticos dominam a agenda pública, os recursos destinados a projetos essenciais são desviados, e as

decisões tomadas não atendem às necessidades reais da população. Hoje, só com o orçamento secreto se consegue aprovar alguma coisa; já dissemos no início: governo que não tem maioria no Congresso não governa. Além disso, a má gestão - caracterizada por práticas ineficientes, estruturas burocráticas inchadas e falta de transparência - agrava ainda mais a incapacidade de o governo funcionar de forma adequada. Lula perdeu a liderança e a graça; não adianta falar, pois ninguém mais acredita em suas palavras. O papel de liderança é crucial na definição de um rumo claro, e ele já não exerce mais essa função — tampouco há alguém em seu partido que a assuma. O PT sem Lula não vive e certamente morrerá quando ele desaparecer. Seus líderes são despreparados ou têm uma visão desconexa: não sabem se devem obedecer ao presidente, tomam decisões e depois voltam atrás. Veja o que acontece com Haddad: está completamente atônito e perdido, também sem planejamento, governando na crise. Quer aumentar impostos, mas não tem o apoio do Congresso; quer cortar gastos, mas o presidente só sabe aumentá-los, alegando que são investimentos. Assim, os esforços do governo tornam-se fragmentados, dificultando a implementação de políticas coerentes e eficazes. Há soluções, mas não com o governo Lula. Um novo governo deve estabelecer estratégias claras e metas alcançáveis para o curto, médio e longo prazos. Combater a corrupção e criar instituições robustas para investigar e punir práticas corruptas é indispensável — algo que eles jamais farão, pois os próprios homens do governo são os principais implicados. Para se protegerem, fortalecem o Judiciário: é exatamente isso que vivemos hoje. Ninguém pode com o nosso Judiciário, o “dono da verdade”.

Sergio Carreiro de Teves é jornalista, professor e advogado atuante nas áreas civil, trabalhista, tributarista, administrativa e comercial

Planetário do Carmo Só no 2° semestre

OPlanetário do Carmo deve ser oficialmente inaugurado no segundo semestre deste ano, segundo informou a assessoria de imprensa da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Entretanto, o prédio, que teve patrocínio da Telefônica para a sua construção, não está fechado. Lá são ministrados alguns cursos da Escola de Astro-física e são feitas observações monitoradas do céu. Mas, o que falta para o mesmo ser oficialmente inaugurado? De acordo com a Secretaria, precisa ser feita a instalação do projetor, os testes de projeção, colocar o mobiliário e resolver pendências de obras, como acabamento do piso. O equipamento destinado ao Planetário do Carmo, comprado em 1996, foi armazenado em depósitos até o ano passado. Técnicos da fabricante alemã Zeiss, ao abrirem o equipamento, verificaram que alguns apresentavam problemas devido à falta de uso e armazenamento e fizeram os reparos. A Telefônica também contribuiu para a atualização do equipamento adquirido e patrocinou novas aquisições de periféricos. A empresa já doou à Prefeitura, R$ 11 milhões.

Onúmero de acidentes com escorpiões explodiu no Brasil nos últimos anos. Um estudo publicado na revista Frontiers in Public Health aponta um aumento de 250% nos casos de picadas em menos de uma década. Entre 2014 e 2023, o país registrou cerca de 1,17 milhão de ocorrências, com previsão de ultrapassar os 2 milhões até 2033, se o ritmo continuar. Com esse cenário, surge a preocupação da população com a presença cada vez mais frequente desses animais em áreas urbanas.

IPIRANGA

Metrô realiza demolições

A área da futura estação Ipiranga, uma das três novas estações do Metrô que serão inauguradas no próximo ano, na expansão da Linha 2 Verde (Vila Madalena Ipiranga), está em processo de desapropriação e inclui a demolição de 14 imóveis, com aporte de RS 5 milhões de recursos do governo do Estado. Dos 14 imóveis, localizados em área de 31.622 m², oito estão liberados para desapropriação, seis de pendem de imissão na posse, um já foi demolido e outros dois já estão em processo de demolição.

Tão logo encerre a demolição desses imóveis, será iniciada a escavação de um poço para a construção da estação, com 32 metros de diâmetro e 30 metros de profundidade, construído pelo método New Austrian Tunneling Method (NATM). Entre as estações Imigrantes e Ipiranga, o Metrô já constrói o poço de ventilação Domingos Ferreira. A estação Ipiranga, que será implantada no cruzamento da Avenida Dr. Gentil de Moura com a Rua Visconde de Pirajá, terá dois acessos, uma bilheteria, sete bloqueios, sete escadas fixas e seis escadas rolantes.

Segundo Leonardo Marconato, biólogo, o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), o mais perigoso entre as mais de 150 espécies identificadas no Brasil, encontra nas cidades um ambiente ideal para se proliferar. "Eles se reproduzem por partenogênese, ou seja, fêmeas geram filhotes sozinhas, sem necessidade de machos. Com oferta de comida e esconderijo, eles se multiplicam com facilidade", explica. A presença de lixo, entulho e terrenos baldios cria o cenário perfeito para que esses animais se abriguem e encontrem alimento, especialmente baratas. Além disso, as altas temperaturas favorecem a atividade dos escorpiões, tornando o verão um período mais crítico para acidentes. Marconato reforça que, apesar de desempenharem um papel importante no controle de insetos em seu ambiente natural, esses aracnídeos representam um risco à saúde pública em áreas densamente povoadas.

De acordo com o professor, a prevenção passa por ações simples, como vedar frestas, manter os ambientes limpos, sem entulhos, e combater focos de insetos que servem de alimento para os escorpiões. Em algumas regiões, o uso de predadores naturais, como galinhas, tem sido adotado como forma alternativa de controle. Em caso de picada, é essencial buscar atendimento médico imediato, além de limpar o local da picada com água e sabão e fazer compressa com água quente para aliviar a dor. Se possível, com segurança, capturar o escorpião para identificação e aplicação do soro específico. Crianças pequenas e idosos são os mais vulneráveis às complicações.

DA REDAÇÃO

André Naves é defensor público federal

Divulgação

O escorpião amarelo, o mais perigoso entre as mais de 150 espécies

comunicação e marketing político

VITRINENEGOCIOS

de sustentabilidade

Festa Junina une alegria, talentos infantis e consciência ambiental

Neste domingo, dia 15 de junho, entre 11 e 18 horas, o Lar

Sírio Pró-Infância realiza a sua tradicional Festa Junina. O evento promete encantar crianças e adultos com uma programação recheada de ludicidade, cultura, responsabilidade social e ambiental. Com entrada gratuita, o evento convida o público a doar 1 quilo de alimento não perecível, gesto solidário que será revertido em cestas básicas para famílias atendidas e projetos sociais da entidade.

Muito além das bandeirinhas e das delícias típicas, a Festa Junina do Lar Sírio se destaca por promover experiências transformadoras. As crianças atendidas pela organização sobem ao palco como protagonistas, apresentando números de ginástica rítmica, percussão, violino, ﬂauta, coral e musicalização infantil – uma verdadeira celebração dos talentos desenvolvidos ao longo do ano em projetos de educação, arte e cultura.

FUSÃO CULTURAL

As barracas, claro, trazem os sabores tradicionais da época, mas com um toque especial: o público também poderá experimentar pratos da culinária Síria, como shawarma e falafel, em uma deliciosa fusão cultural. As brincadeiras típicas juninas ganham uma nova roupagem com propostas mais inclusivas, seguras e educativas, como a “pesca ao lixo”, que visa retirar resíduos do mar e cuidar do meio ambiente.

O grande diferencial é o compromisso com a sustentabilidade, de forma que as crianças atendidas também participem da Agenda 2030. Toda a decoração é feita com materiais reciclados ou reaproveitáveis, há orientação para separação correta dos resíduos durante o evento, com lixeiras de orgânicos e recicláveis, e até uma barraca de prendas reutilizadas para incentivar a economia circular, onde o consumo consciente se torna parte da diversão. É uma festa que diverte, transforma e inspira.

O Lar Sírio Pró-Infância está localizado na Rua Serra de Bragança, 1086 – Tatuapé.

FESTAS JUNINAS

Como trabalhar a tradição na escola

Divulgação

Para muitos brasileiros, junho está invariavelmente associado às comidas típicas, danças, músicas e símbolos regionais das festas juninas, uma das manifestações culturais mais ricas do País. Na educação, essas festas representam muito mais do que uma ação do calendário escolar, são oportunidades de aprendizado interdisciplinar, valorização da cultura popular e fortalecimento do vínculo entre escola, alunos e comunidade.

Na opinião da pedagoga, Audrey Taguti, abrir a escola à comunidade durante as festas juninas fortalece vínculos, aproxima as famílias e transforma a celebração em um espaço de pertencimento. "A Festa Junina, quando pensada de forma inclusiva, pedagógica e sensível às realidades dos alunos, transforma-se em um instrumento valioso para a formação de cidadãos críticos, conscientes e orgulhosos de suas raízes", aﬁrma.

POSSIBILIDADES

PEDAGÓGICAS

Para Audrey, a festa pode ser o ponto de partida para projetos integradores que envolvem diversas

áreas do conhecimento: em Matemática, é possível trabalhar medidas e cálculos com receitas típicas; em Língua Portuguesa, há espaço para leitura de cordéis e contos populares; em Geograﬁa e História, os alunos podem investigar as origens da festa, a cultura nordestina e as inﬂuências das festas de colheita. Já nas aulas de Arte e Música, o universo caipira inspira produções criativas e explorações sonoras ricas em repertório tradicional.

IDENTIDADE CULTURAL

"A data também favorece o desenvolvimento de competências socioemocionais, como cooperação, empatia e respeito às diferenças. Preparar coletivamente uma festa escolar, mesmo que simples, envolve planejamento, escuta ativa, criatividade e resolução de conﬂitos, habilidades fundamentais na formação integral dos estudantes", acrescenta Audrey.

Até mesmo em contextos de escolas bilíngues ou que possuem currículos internacionais, as festas juninas seguem como um recurso pedagógico potente para ensinar sobre identidade cultural, diversidade, história e valores sociais. "Ao promover essas celebrações, a escola reconhece a importância

de integrar elementos do cotidiano e da tradição nacional ao ambiente de aprendizagem, oferecendo às crianças e adolescentes um senso de pertencimento e valorização das raízes brasileiras", diz a pedagoga, Lena Cypriano.

INCLUSÃO E RESPEITO

Por ser uma celebração com origem na Igreja Católica – as festas juninas celebram três santos católicos, Santo Antônio, São João e São Pedro – algumas famílias que processam fés e credos que possuem outras tradições podem preferir que seus ﬁlhos não participem das atividades ou não se sentir à vontade em participar das festividades.

DIÁLOGO RESPEITOSO E ABERTO

Não são incomuns instituições de ensino que alteram o nome da festa para "festas brasileiras" ou "festas tradicionais", como uma forma de incluir a todos. A pedagoga, Teca Antunes aﬁrma que é importante que as escolas reconheçam e acolham essas famílias e alunos. "A partir da relação de proximidade e parceria, escola e família podem alinhar como será a participação do aluno e da família, sempre respeitando crenças, valores e culturas individuais. Se a escola ti-

GRUPO EUROPA 2025

ver essa possibilidade, pode oferecer atividades paralelas com o mesmo valor pedagógico, garantindo o acesso a conteúdo culturais relevantes. O diálogo respeitoso e aberto deve sempre prevalecer", opina. As educadoras orientam formas para educadores trabalharem a data de forma diferente e personalizada a depender de cada segmento e faixa etária das turmas de alunos. Conﬁra.

EDUCAÇÃO INFANTIL

Com crianças pequenas, o foco está na vivência sensorial e simbólica. Cantar, dançar, brincar e experimentar os sabores juninos promovem a imersão no imaginário cultural. Atividades como construção de bandeirinhas, ensaios de quadrilha e rodas de conversa sobre costumes familiares ajudam as crianças pequenas a compreenderem e valorizarem a tradição de forma lúdica e acolhedora.

ENSINO FUNDAMENTAL

Com alunos maiores, as propostas de atividades podem se expandir para projetos interdisciplinares, oﬁcinas temáticas e produção de materiais artísticos e jornalísticos sobre as festas. Trabalhar com textos informativos, maquetes de arraiais, pesquisas sobre diferentes regiões do Brasil e apresentações musicais torna o aprendizado signiﬁcativo e colaborativo.

ENSINO MÉDIO

Com os adolescentes, é possível propor reﬂexões mais aprofundadas sobre a apropriação cultural, as transformações da festa ao longo do tempo, os impactos sociais da urbanização nas tradições rurais, além de debates sobre pluralidade religiosa e respeito às diferentes visões de mundo. Há espaço ainda para fomentar o protagonismo juvenil, incentivando exposições, apresentações e ações solidárias.

DA REDAÇÃO

Junho é mês de brincadeiras ligadas a fogos e fogueiras, típicas das festas juninas. Por isso a Secretaria de Estado da Saúde preparou uma série de dicas para evitar que as festas tradicionais terminem em tragédias.

O primeiro passo, muito importante, é observar a origem dos fogos adquiridos e não usar materiais de fabricação caseira.

“Não se deve guardar grande quantidade de fogos em um único local, pois um acidente será certamente fatal”, orienta José Antonio Cezaretti, médico da Unidade de Queimados do Hospital Estadual de Vila Penteado.

DICAS

Na hora de soltar fogos, o médico destaca alguns cuidados que podem evitar lesões nas mãos, braços, rosto ou mesmo auditivas. Conﬁra.

• Nunca soltar rojão segurando diretamente na mão: o ideal é interpor com vários rojões já usados ou mesmo varetas, deixando uma distância de pelo menos 60 cm da mão e afastado do rosto;

não são somente os fogos de artifício que podem provocar acidentes. Mesmo na hora de acender fogueiras, o médico recomenda atenção redobrada.

“As bebidas típicas de festa junina, como o vinho quente e o quentão, também são inﬂamáveis, e sua proximidade às fogueiras pode resultar em acidentes”, explica Cezaretti. Além disso, o médico recomenda evitar a combinação álcool e fogos de artifício: “se beber, não solte fogos ou mesmo brinque nas proximidades de fogueiras”, diz. CRIANÇAS É importante especial atenção às crianças nesta época do ano, principalmente com as tradicionais “biribinhas”.

“As faíscas podem acabar atingindo substâncias com potencial para incêndio, como o álcool utilizado para iniciar o fogo das fogueiras, por exemplo”, esclarece o médico.

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Na educação, essas festas representam muito mais do que uma ação do calendário escolar

DA REDAÇÃO

‘JUNHO

VERDE’

Inscrições abertas até hoje, dia 15

Artesãos e manualistas credenciados no programa Mãos e Mentes Paulistanas já podem se inscrever para eventos na Zona Leste

DA REDAÇÃO

APrefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, abriu as inscrições para as feiras de artesanato do Mãos e Mentes Paulistanas que serão realizadas no mês de julho. O programa municipal tem o objetivo de dar apoio e fortalecer a economia criativa na Zona Leste da Capital oferecendo cursos de qualificação profissional e acesso a oportunidades de comercialização para artesãos e manualistas credenciados.

Serão realizadas feiras em três pontos diferentes na Zona Leste da Capital. A seleção dos participantes será feita por meio de sorteios online que podem ser assistidos pelo canal do Youtube do Mãos e Mentes.

SUPORTE E APOIO

A inscrição e participação nas feiras é gratuita e o programa também oferece a estrutura de barracas para exibição dos produtos, além disso, gestores de feiras acompanham os eventos do início ao fim, dando suporte e apoio aos artesãos e manualistas

participantes. Em julho as feiras acontecem no Mercado Municipal da Penha e Mercado Municipal de São Miguel Paulista.

REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO

Para participar das feiras, o empreendedor manual deve ser credenciado no Mãos e Mentes Paulistanas; vender apenas peças feitas à mão pelo próprio artesão; possuir certificado de uma das turmas de 01 a 15 ou ter concluído os cursos "Coleção Organizada: Do Planejamento à Produção" (antigo: Planejamento de Coleção) e Modelagem de Negócio. da qualificação empreendedora do programa e ter a disponibilidade de estar presente no evento durante todo o período de realização.

SOBRE O MÃOS E MENTES

PAULISTANAS

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, conta com um programa de apoio ao setor de artesanato e manualidades da Capital, o Mãos e Mentes Paulistanas. Lançada em 2019, a iniciativa tem como objetivo a melhoria

da atividade econômica e social de empreendedores artesanais da cidade. O programa promove diversas atividades que buscam desenvolver o setor de artesanato e manualidades, além de estimular a inclusão produtiva, o acesso ao mercado e a geração de renda dos trabalhadores manuais.

O Mãos e Mentes atua por três eixos principais, como o cadastramento municipal de empreendedores do setor; a promoção de cursos de capacitação empreendedora; e o acesso ao mercado e participação em eventos. Para utilizar os serviços e recursos oferecidos, é necessário estar credenciado no programa.

SERVIÇO

Feira de Artesanato Mercado Municipal da Penha

Inscrições até 15 de junho pelo link. Datas do evento: 12 e 26 de julho. Horário: 10 às 19 horas. Vagas: 10 vagas. Local: Mercado Municipal da Penha. Endereço: Avenida Gabriela Mistral, 160, Penha de França. Feira de Artesanato Parque do Carmo

Inscrições até 15 de junho pelo link. Datas do evento: 13 de julho. Horário: 10 às 17 horas. Vagas: 10 vagas. Local: Parque do Carmo. Endereço: Avenida Afonso de Sampaio e Souza, 951, Itaquera. Feira de Artesanato Mercado

Municipal de São Miguel Paulista

Inscrições até 15 de junho pelo link. Datas do evento: 11 e 12, 18 e 19, 25 e 26 de julho. Horário: 10 às 17 horas. Vagas: 10 vagas. Local: Mercado Municipal de São Miguel Paulista. Endereço: Avenida Marechal Tito, 567, Cidade Nitro Operária.

Atividades durante o mês do Meio Ambiente

Programação conta com inauguração de parques, ações educativas, plantios e seminários em todas as regiões da cidade

REDAÇÃO

Em celebração ao mês do Meio Ambiente, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente - SVMA, realiza mais de 500 atividades ao longo do "Junho Verde".

A programação será realizada nos parques e planetários municipais, na Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz –Umapaz e em diversos pontos da cidade, com ações de plantio, atividades de educação ambiental, práticas sustentáveis e incentivo ao contato com a natureza.

A cerimônia oficial de abertura da programação especial aconteceu, no último dia 2, com o seminário sobre Educação Ambiental, na Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz - Umapaz, que propõe uma ampla explanação sobre as políticas públicas adotadas para o fomento a este importante instrumento de transformação social.

SUSTENTÁVEL, ACOLHEDORA E RESILIENTE

"Mais do que celebrar o Meio Ambiente, estamos a gestão está fazendo história por meio da união de diversas secretarias e a mobilização da população como um todo. Compartilhamos do mesmo propósito de garantir que a maior cidade da América Latina seja cada dia mais sustentável, acolhedora e resiliente. Estamos deixando um importante legado para as próximas gerações", afirma o secretário municipal do

Verde e do Meio Ambiente. No último dia 3, no auditório da Uninove, na unidade Vergueiro, aconteceu a abertura do "Diálogos VerdeAzul", uma iniciativa que conta com quatro encontros para ampliar o debate sobre os eixos do Programa Município VerdeAzul, do Governo do Estado.

‘PACOTE VERDE’

No Dia do Meio Ambiente, 5 de junho, a Prefeitura de São Paulo realizou um evento no Parque da Independência, onde anunciou um "pacote verde", com importantes iniciativas voltadas à descarbonização e sustentabilidade na capital paulista. Neste dia, todos os parques municipais de São Paulo, escolas municipais e unidades de saúde, realizaram, simultaneamente, o plantio de mais de 1.200 mudas arbóreas.

ATIVIDADES GRATUITAS

Ao longo do mês, os parques da cidade ainda vão oferecer uma série de atividades gratui-

tas, como aulas de yoga, trilhas, meditação, ginástica, dança, caminhadas educativas, distribuição de mudas, contação de histórias e oficinas artísticas.

As ações acontecem em todas as regiões da capital e têm como objetivo sensibilizar a população sobre a importância da preservação ambiental e da construção de uma cidade mais sustentável. Entre os destaques da programação estão a reinauguração dos parques Consciência Negra,M'Boi Mirim e a inauguração do 120º parque municipal, oParque Morumbi Sul, com 84 mil m² de área verde e equipamentos de lazer e convivência.

AGENDA ESPECIAL

A Umapaz participa do “Junho Verde” com uma agenda especial de atividades, incluindo oficinas de plantio, rodas de conversa, cursos de jardinagem e temas relacionados a plantas medicinais e aromáticas, botânica, reciclagem e gestão de resíduos sólidos.

Serão realizadas feiras em três pontos diferentes na Zona Leste da Capital

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As ações acontecem em todas as regiões da capital e têm como objetivo sensibilizar a população sobre a importância da preservação ambiental

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