Gazeta do Rio Pardo 2576 Parte 1

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A-16 - 24 de dezembro de 2011

Município tem 450 pacientes com câncer Cabeça e pescoço são as doenças mais comuns, diz a enfermeira Márcia Moreno

Doenças bacterianas aumentam 30% no verão CONTEXTO ASSESSORIA

A mudança de rotina é notável com a chegada do verão, mas é nesta fase que as tão sonhadas férias podem sofrer alguns contratempos com a alta incidência das bactérias, em razão dos banhos de mar ou piscina e até mesmo por intoxicação alimentar, causada geralmente pela má conservação dos alimentos. Segundo o patologista clínico e presidente regional da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica do Rio de Janeiro, Dr. Helio Magarinos Torres (foto), algumas doenças bacterianas como otites, conjuntivites e diarréias lideram o ranking das mais comuns no verão, com um aumento significativo de casos, entre 20% e 30%. “As patologias bacterianas mais corriqueiras estão relacionadas aos germes transmitidos pela água e alimentos e ocorre também por meio do contágio de pessoa para pessoa”, revela. É dever dos pais observar os hábitos dos filhos e não permitir que os jovens tomem banho de mar ou piscina sem a utilização de protetores de ouvido. Entre as crianças, a exposição excessiva à água pro-

voca, essencialmente, a otite (infecção do ouvido). Alguns maus hábitos alimentares como a ingestão de gordura facilitam o surgimento das doenças bacterianas causadoras de diarreia, provocando a desidratação. O Dr. Helio Torres alerta para a importância de analisar os primeiros indícios de enfermidades bacterianas como dor de ouvido, coceira nos olhos e dor de barriga. “Sempre que houver qualquer sintoma diferente, um serviço médico deve ser procurado, pois alguns casos merecem cuidados especiais logo no início do problema”, salienta o médico. Na maioria dos casos, não é necessária a realização de exames clínicos para diagnosticar as doenças bacterianas. Quando

necessários, os testes consistem na identificação de germes e no antibiograma, que determina o melhor medicamento a ser utilizado. Para o tratamento, são recomendados medicamentos antibióticos para alcançar um grande número de germes e exterminá-los. Mesmo que a incidência das bactérias no verão seja alta, algumas medidas preventivas podem combater o risco de se contrair tais doenças. Hábitos de higiene pessoal como lavar as mãos e a manutenção adequada dos alimentos, mantendoos na temperatura ideal para cada tipo, são maneiras de afastar as bactérias e aproveitar plenamente o verão. (Equipe Editorial - Saúde em Pauta Online).

A enfermeira chefe do serviço de Quimioterapia de São José do Rio Pardo, Márcia Moreno, confirmou esta semana que o Termo Aditivo (T.A.) do convênio entre o governo do Estado e a Prefeitura, que venceu este mês, foi prorrogado por mais um ano para continuar com o atendimento a pacientes oncológicos. O município tem hoje cerca de 450 pessoas cadastradas com câncer. Márcia esteve em São Paulo com o prefeito João Luis e outros rio-pardenses, há poucos dias, para solicitar a essa prorrogação do T.A. e pedir o credenciamento. Ela explicou, porém, que a Quimioterapia, a nível de qualquer município isolado, não é mais credenciada pelo Ministério da Saúde. Assim, o pleito de São José é no sentido de regionalizar o serviço, com o credenciamento, ou vindicar a implantação da Unacon. Uma comissão de representantes do governo do Estado vinculados à área da saúde deverá vir ao município e levantar a situação local e regional quanto ao número de casos oncológicos. A enfermeira lembrou que o serviço atual de Quimioterapia é resultado de uma parceria entre o governo estadual,

Prefeitura, Santa Casa e Projeto Renascer, firmado em 2008. O serviço funcionou até agora, porém, sem credenciamento, que só é concedido após minuciosa avaliação técnica feita por representantes do Ministério da Saúde, já que os procedimentos são todos muito caros. Para Márcia, faltou empenho das partes envolvidas no sentido de implementar de fato a Quimioterapia no município. Essa falha a enfermeira disse ter procurado sanar a partir do momento em que começou a trabalhar lá, há um ano, além de ter transformado o local em Centro Oncológico, onde todos os portadores de câncer em São José, independente da patologia, pudessem buscá-lo. “Agora estamos buscando renovar a pactuação e

a ampliação dos serviços com a Unicamp”, reiterou. “E depois partiremos para o credenciamento: ou a regionalização, que creio será o primeiro passo, ou a Unacon, a longo prazo”. A maior parte dos pacientes com câncer avaliados na Quimioterapia riopardense é encaminhada para a Unicamp, em Campinas. Alguns casos, no entanto, são encaminhados para Jaú ou Barretos, dependendo do problema diagnosticado. “A maior parte dos tumores diagnosticados aqui hoje é de cabeça e pescoço, vindo depois os casos de próstata, aparelho digestivo e de mama”, comentou a enfermeira. Cerca de 30 pacientes participam da infusão do quimioterápico em São José, embora nem todos o façam semanalmente.


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