Gazeta do Rio Pardo 2541

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A 12 - 23 de abril de 2010

Banca Folharini muda e amigos vão atrás

Agora na Rodoviária, Banca Folharini atrai novos clientes e até vende mais jornais EDUARDO ERON

A tradicional Banca Folharini, de Batista Folharini, está agora na Rodoviária local depois de permanecer mais de 40 anos na rua dr. João Gabriel Ribeiro. O espaço é menor, a localização é mais afastada do centro, mas, surpreendentemente, a procura está aumentando pouco a pouco, principalmente por parte de clientes novos. Prestes a completar 82 anos, Batista Folharini não lamenta a mudança de endereço. Ele chegou a ser aconselhado pelos filhos a parar com a atividade porque o lucro diminuiu muito nos últimos anos e, no espaço anterior, estava até dando prejuízo. Entre aluguel, imposto, água e luz, a despesa chegava perto de R$ 1 mil e agora, na Rodoviária, a sala é dele, que tem ainda outro box no prédio e está alugado como barbearia. Com a pequena renda dessa barbearia ele paga a água e a luz de seu espaço próprio e, assim, não tem despesa alguma com o lugar (exceto IPTU). Batista explica que a queda nas vendas da banca já vinha ocorrendo há tempos e os próprios distribui-

dores de revistas,que são seus fornecedores, tornaram-se seus maiores concorrentes. “Eles colocam seus produtos em supermercados, padarias, mercearias e lojas em geral, sem contar as vendas pela Internet”, lembrou. “Chegou a um ponto que meu ramo de atividade estava no vermelho”. O filho de Batista que o auxiliava, Batistinha, foi convidado e está trabalhando em um Cartório da cidade. Quanto à proposta feita pela família no sentido de o próprio Batista parar de trabalhar, a reação dele foi curiosa: “Eu disse para meus filhos: se eu parar de trabalhar será melhor vocês encomendarem um caixão pra mim no Riolli, pois isso aqui (a banca) é meu ponto de encontro diário com os meus amigos”. Como já é aposentado, Batista diz que o que recebe do governo, mesmo sendo muito pouco, “dá para garantir o arroz com a mulher”. Assim, houve consenso na família e ele instalou a banca na Rodoviária. Mesmo com o espaço menor, a organização das revistas e jornais continuou muito apresentável e passou a atrair novos clientes. No dia

da entrevista à Gazeta, algumas clientes novas passaram pela banca atrás de revistas sobre novela ou do tipo “caça-palavras”, enquanto aguardavam a chegada de ônibus. Outro detalhe interessante é que as vendas dos jornais cresceram no novo endereço. “Não só a Gazeta e o Democrata, mas até os jornais diários, como a Folha de S.Paulo, estão vendendo mais aqui”, assegurou. “Mas o melhor de tudo é que os meus amigos, com quem converso há anos, continuam vindo diariamente para cá. Eu não conseguiria ficar sem esse contato diário com eles”.

REPORTAGEM

Batista Folharini se recusou a parar com a banca, que é seu ponto de encontro com os amigos

Educandário recebe a doação de 200 ovos A franquia rio-pardense da Cacau Show realizou, esta semana, a doação de 200 ovos de chocolate de 80g (foto) para as crianças do Educandário São José. A ação social foi promovida em parceria com alguns comerciantes locais. De acordo com a proprietária Jussara Petrocelli Simonetti, em todos os anos a empresa realiza esta doação. “Para parti-

cipar deste projeto a franquia precisa apresentar à fábrica uma documentação da entidade a ser beneficiada, mas infelizmente eu não consegui mandar em tempo, então, para não deixar de fazer a doação resolvi recorrer aos amigos comerciantes”, explica. As doações foram entregues no prédio da instituição, no final da tarde de quarta, pela proprietária da loja.

REPORTAGEM


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