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Projeto com jovens surdos busca criar termos matemáticos em Libras

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surdas no país.

Oito pessoas morreram em um tiroteio em Jerusalém e dez ficaram feridas, informou o Ministério das Relações Exteriores de Israel na sexta-feira (27). O tiroteio ocorreu em uma sinagoga, de acordo com o ministério. Os serviços de resgate de emergência de Israel Magen David Adom disseram que o atirador foi neutralizado no local e que alguns dos feridos estão em estado crítico. Os serviços de emergência estavam respondendo a chamadas sobre um tiroteio no bairro de Neve Yaakov, na noite de sexta-feira. O incidente ocorre um dia após o dia mais mortal para palestinos na Cisjordânia em mais de um ano, segundo registros da CNN, quando forças israelenses mataram nove palestinos e feriram vários outros na cidade de Jenin, na Cisjordânia, na quinta-feira (26), segundo o Ministério Palestino da Saúde.

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Estudantes surdos do ensino médio participaram durante duas semanas de um projeto inédito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que consistiu em uma oficina para criar um vocabulário de matemática em Libras. O objetivo do Matemática+Libras foi o de promover e enriquecer o vocabulário de termos matemáticos que não existam ou não sejam disseminados na Língua Brasileira de Sinais (Libras), reduzindo assim as dificuldades do processo de aprendizagem da comunidade de pessoas

Ao todo, participaram 14 estudantes de cinco estados (São Paulo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Pará). Três alunos de escolas privadas e 11 de escolas públicas ficaram hospedados até hoje (27) no campus da Unicamp, em Campinas, no interior de São Paulo. O projeto é totalmente gratuito e a Unicamp arcou com os custos de hospedagem e alimentação.

Os participantes passaram todos os dias estudando e resolvendo problemas matemáticos diversos, em Libras, gerando situações que propiciem o desenvolvimento do vocabulário. Foram gravados vídeos que servirão como registro para divulgação dos novos sinais. “Eles começam soletrando e depois de soletrar algumas vezes eles começam a criar sinais. Eles passaram duas semanas estudando matemática o dia inteiro e todos os dias apareceram sinais novos”, explicou um dos responsáveis pelo projeto e professor do Instituto Matemática Estatística e Computação Científica (IMECC), Marcelo Firer. Segundo Firer, o projeto surgiu a partir da dificuldade dos jovens surdos em aprenderem a disciplina por falta de sinais em Libras para termos matemáticos. O objetivo era criar cenários em que eles apon- tam a falta de sinais, exclusivamente em uma sala de aula de jovens surdos enfrentando os mesmos tipos de desafios.

“Além do aspecto da iniciativa de apontar caminhos para uma política pública, a Unicamp não tem a capacidade de enfrentar esse problema. O que a universidade fez foi buscar um caminho que indique como a questão pode ser enfrentada e isso foi muito bem sucedido. O que temos agora é conversar com as secretarias de Educação e fundações educacionais para que encontros assim ocorram em mais áreas e estados”, apontou o professor.

Boate Kiss: como os moradores de Santa Maria lidaram com a tragédia?

Oano nem tinha começado direito, e diversos vídeos sobre um jovem perdido na Malásia começaram a tomar conta das redes sociais. O conteúdo viral mostrava apenas um garoto saindo de um contêiner em um navio. Assustado, o menino levantou muitas perguntas — que agora começam a ser respondidas.

No dia 12 de janeiro, o navio “MV Integra” saiu do porto de Chittagong, em (um dos maiores de Bangladesh). O destino era o porto de Kelang, na Malásia. A viagem ocorreu sem problemas e o cargueiro chegou ao destino no dia 17 de janeiro. A grande surpresa, contudo, foi que na hora do desembarque, agentes do porto ouviram barulhos e gritos de dentro de um contêiner. Ao abrirem o grande latão de metal, saiu um garoto “de aproximadamente 15 anos”, segundo contou um oficial do porto de Kelang ao portal blangladesh.postsen.

Tonto e desorientado, o garoto não entendia o que as autoridades do porto lhe perguntavam.

Até que uma pessoa no local conseguiu entender que o garoto falava bengali — língua diferente da falada na Malásia, o malaio. Após algumas traduções, o jovem se apresentou como “Fahim”.

Investigação sobre a origem de Fahim Os diversos vídeos que bombaram na internet sobre Fahim na verdade indicavam uma grave suspeita de tráfico humano. Dia 20 de janeiro, contudo, o ministro do Interior da Malásia, Saifuddin Nasushe Ismail, afastou a possibilidade. Em uma entrevista coletiva, Ismail explicou que a viagem de mais de 3 mil quilômetros de Fahim, na verdade, ocorreu por um acidente. O garoto estava brincando na área do porto de Bangladesh, acabou entrando no contêiner, dormiu e ficou trancado dentro do recipiente. Após a viagem, Fahim foi “libertado” na Malásia. “O garoto chamado Fahim não é uma vítima de tráfico humano. Um container de Bangladesh chegou ao porto de Kelang com o menino dentro. A polícia ainda investiga o caso e o governo já avalia o processo para repatria-lo (de volta a Bangladesh)”, disse Ismail. Cobertura do Correio

Atragédia da Boate Kiss marcou a vida e a história das pessoas que perderam um amigo ou familiar, mas não afetou a elas. O caso impactou toda a cidade de Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul. Não é difícil encontrar alguém que tenha algo para contar sobre o que estava fazendo naquele 27 de janeiro de 2013 ou como a cidade mudou depois da tragédia. É o caso de Nicollas Antunes, que tinha 12 anos na época. “Eu era guri, era peque - no, não tenho muita lembrança, mas a principal, que me contam, e que minha mãe era para estar na boate naquele dia. Na última hora, resolveram não ir a boate e ir a um show mais próximo da nossa casa. Naquele dia, minha mãe perdeu duas amigas”.

A moradora Lucy Polidoro Paim conta que o filho foi a boate naquela noite, e sobreviveu. Mesmo com o alívio de ter filho a salvo em casa, ela sente a dor da perda das outras famílias. “A gente viveu um ano de tristeza profunda. Cada dia que passava, quando eu passava pela Kiss, eu revivia tudo. É uma coisa inexplicável, só quem viveu vai saber”, disse.

A professora aposentada da Universidade Federal de Santa Maria, Maria de Lourdes Pippi, morava perto da boate. Ela diz que a tristeza tomou conta da cidade. “A cidade ficou triste de verdade. Não tinha como esquecer. Por onde a gente ia, tinha uma mãe, um pai ou alguém sofrendo. Fizeram aqui na praça, ainda tem, uma barraca onde puseram todas as fotos e ficavam aqui”.

A psicóloga do Eixo Kiss, do coletivo de psicanálise de Santa Maria, Vanes- sa Solis Pereira, diz que esse sentimento coletivo vem de um senso de pertencimento. “Tem essa dimensão de que é com vizinho, com um conhecido. A maioria das pessoas da cidade perdeu alguém no sentido mais direto, e a gente trabalha com a ideia de que todos nós perdemos”. O incêndio na Boate Kiss completou 10 anos na sexta-feira (27). Duzentas e quarenta duas pessoas morreram na tragédia e mais de 630 ficaram feridas, além das marcas deixadas em todo o município.

L O Alpha

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