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O QUE O BRASIL TEM QUE A CHINA NÃO TEM?
Ricardo Bernardes
Depois de uma leve pneumonia diagnosticada pelo hospital Sírio Libanês, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, embarca para China nesse domingo.
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Lula na China terá um encontro com empresários e agentes públicos sobre desenvolvimento sustentável, no dia 27, em Pequim.
Os eventos diplomáticos da viagem estão previstos para o dia seguinte, quando terá reuniões com o presidente da China, Xi Jinping, com o primeiro-ministro da China, Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji.
Quarta-feira haverá um even- to empresarial promovido pela Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível e pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com a participação de mais de 240 empresários brasileiros.


No dia 30, em Xangai, a ex-presidenta Dilma Rousseff tomará posse no comando do Novo Banco de Desenvolvimento, entidade criada pelos Brics (grupo formado por Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul) e o presidente Lula estará presente.
A previsão do Ministério das Relações Exteriores é que pelo menos 20 acordos comerciais serão assinados durante a visita.
É preciso ressaltar o crescimento nas Exportações Agropecuárias que somaram US$ 55,19 bilhões; 62,4% na Indústria Extrativa chegaram a US$ 79,64 bilhões e, 26,3% na Indústria de Transformação, alcançou US$ 144,07 bilhões. Os maiores índices de crescimento nos produtos da indústria extrativa (62,4%) ficaram com o minério de ferro (72,9%), petróleo (54,3%) e soja (35,3%). Coadunar esse crescimento com as pautas ambientais é um compromisso político. O uso correto da terra, dos agrotóxicos e o trabalho escravo, sempre causa tensão em alguns setores do agronegócio. Também não é diferente na Indústria Extrativista. O caminho político que vai trilhar o presidente Lula ainda passa por muitos outros obstáculos, entretanto os bons ares precisam soprar da China para área econômica, assim vão compensar essas tensões provocadas pela a nova regra fiscal ainda não apresentada.
Na manhã de ontem (24), a Secretaria de Ordem Pública e a Subprefeitura da Zona Sul fizeram a entrega da Autorização de Uso de Área Pública para 41 ambulantes que comercializam cocos, bebidas, doces, biscoitos e confeitos e que atuam nas áreas de lazer da Lagoa Rodrigo de Freitas. Para o subprefeito da Zona Sul, Flávio Valle, essa ação é extremamente positiva, tanto para a Prefeitura, quanto para os ambulantes: “foi um dia especial, seguimos caminhando com a organização da Lagoa, um dos cartões postais da nossa cidade. A Prefeitura do Rio sabe que quando entrega para um trabalhador a licença do seu negócio, está entregando dignidade! É isso que queremos, uma Lagoa ordenada, com serviços e trabalhadores regularizados, fazendo a economia girar na cidade Maravilhosa”, reforça.
Sonia Guajajara quer plano de carreira da Funai dentro dos 100 primeiros dias de governo
Aministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, quer que o plano de carreira da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) figure no rol das ações que o presidente Lula (PT) pretende apresentar ao Congresso Nacional dentro dos 100 primeiros dias de governo. A mandatária falou sobre o assunto durante conversa com um grupo de trabalhadores da autarquia que fizeram protesto em frente ao prédio da pasta, em Brasília (DF), para pressionar o governo. Guajajara lembrou que o grupo de trabalho da transição havia elencado o plano de carreira como uma das metas prioritárias que deveriam constar no roteiro da nova gestão.
“Quando a gente assumiu, a gente continuou com esse ponto na prioridade de encaminhamento do ministério e a gente colocou já também na pauta como os pontos nossos que precisam estar entre os 100 primeiros dias de governo. Então, daqui a gente encaminhou”, disse, ao afirmar ainda que entregou a proposta de plano de carreira a Lula para avaliação do governo. “Pode ser que não tenha a prioridade que precisa, e a gente precisa estar conversando. Nós queremos muito destravar essa pauta e [espero] até o final do ano ter isso encaminhado, saindo do Executivo e sendo pautado no Legislativo. Vocês sabem que tem algumas etapas a serem seguidas”, emendou Sonia, ao se remeter aos servidores.

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) entregou ao presidente uma minuta de medida provisória (MP) sobre o assunto. Caso a ideia seja aceita pela cúpula do governo, precisará ser aprovada pelo Legislativo para que o plano possa constar no orçamento de 2023. De acordo com a pasta, a proposta cria diferentes padrões de remuneração e gratificação e se baseia em modelos adotados pelas agências reguladoras, já que a natureza jurídica desses órgãos é a mesma da Funai por se tratarem de autarquias.

Ainda segundo cálculos do MPI, a MP exigiria investimentos da ordem de R$ 315,5 milhões no próximo ano, com acréscimos graduais que chegariam a R$ 317,7 milhões em 2026. Atualmente, os valores investidos no funcionalismo do órgão são de R$ 271 milhões. A medida alcançaria os atuais 1.343 servidores ativos, os 1.684 aposentados e os 807 instituidores de pensão.
Sonia Guajajara afirma que a valorização dos servidores da Funai seria também uma forma de beneficiar os povos indígenas, público-alvo da autarquia.
“A gente está na mesma luta. Conheço bem essa necessidade. Sei que aquilo que não atende bem o servidor da Funai vai estourar diretamente como consequência lá na ponta, nos territórios dos povos indígenas, que são o sentido de a gente estar aqui para fazer essa luta, proteger os territórios, garantir a segurança dos servidores, garantir a proteção dos indígenas”, disse a ministra.
