Gazeta Rio - Caderno G - Edição de Sábado 26 a Segunda-Feira 28 de Novembro de 2022

Ella Fernandes no Teatro Municipal de São Gonçalo

ISSO É PELÉ

Na Copa do mundo de 1974 na Alema nha Ocidental, nesta época a Alemanha era dividida, a seleção brasileira não contava com sua maior figura, que foi um dos responsáveis pelo tri campeo nato mundial, sendo protagonista em 58 e 70, Edson Arantes o Pelé. Talvez por este motivo estreia o filme “Isso é Pelé” de Eduardo Escorel e Luís Carlos Bar reto, documentário que relembrava os melhores momentos de um dos craques do futebol brasileiro e mundial, o filme narrado por entrevista pelo próprio jo gador que virou anos depois o Atleta do Século. O filme é simples com imagens de época e depoimento que alinha a trajetória de uma carreira vitoriosa nas duas copas em que Pelé virou estrela, sem dúvida nenhuma um dos maiores jogadores de futebol que o Brasil já viu, despontando para o mundo com 17 anos de idade na Copa do Mundo da Su écia. Pelé esteve em vários filmes como ator, Foi protagonista em “Pedro Mico” do cineasta Ipojuca Pontes em 1985, e coadjuvante em vários outros, em “O Barão Otelo no Barato dos Bilhões” de 1971 dirigido por Miguel Borges e pro duzido por Luís Carlos Barreto, faz uma participação mais que especial ao lado do grande ator preto Grande Otelo, em “Os Trapalhões e o Rei do Futebol” interpreta um repórter que vira goleiro, posição que maltratou muito quando jogava bola. Também fez um soldado de Trinidad e Tobago no filme “Fuga para Vitoria” do norte americano Jonh Huston que a coluna já retratou, foi escravo revolucionário em “A Marcha” de Oswaldo Sampaio em 1972. Em três filmes de ficção Pelé interpreta a si pró prio um no Brasil outro dois nos USA, no Brasil foi em 1979 no filme “Os Trombadinhas” de Anselmo Duarte, o mesmo que ganhou a Palma de Ouro em Cannes por “O Pagador de Promessas”, e nos filme norte americanos “Hotshot” de 1987 dirigido por Rick King e no filme A Vitoria do mais Fraco em 1983 dirigido por Terrell Tannen, Pelé trabalhou em outro filme de ficção aqui no Brasil em 1988, dirigido pela também atriz Maria Leticia o filme “Primeiro de Abril, Bra sil” foi este último desta lista.

CINEMA

PAULO SILVA

Depois de 10 anos, Crepúsculo volta aos cinemas em dezembro

Em comemoração ao décimo aniversário do fim da saga, os cinco filmes serão relançados nas telonas brasileiras a partir do dia 1º

Em documentários Pelé foi retratado em muitas formas e maneiras, algumas no meio de outros assuntos ou sobre o próprio futebol, como o primeiro deles em 1962 dirigido pelo jornalista Carlos Hugo Christensen que já anunciava sua majestade com o título “O Rei Pelé”, onde o diretor já coloca o jogador como O Rei do futebol, baseado no livro Eu Sou Pelé de Benedito Ruy Barbosa, mos tra uma longa entrevista onde o joga dor reconstrói sua trajetória narrando sua árdua jornada até chegar ao posto de melhor jogador de futebol do mundo e suas conquistas com a camisa do San tos Futebol Clube e a Seleção brasileira. Em “Subterrâneos do Futebol”, curta que componha o longa “Brasil Verdade” e dirigido por Maurice Capovilla que faz uma crítica acida contra o futebol brasi leiro nos tempos de intervenção militar em 1964, Pelé aparece como símbolo maior de uma maneira de alienação das massas. Em 1974 “Passe Livre” de Oswaldo Caldeira, o jogador opina so bre a lei que causou muita polemica na época. Pelé voltaria sua fama na virada do século ao ser considerado o maior atleta do século XX, então o produtor e diretor Anibal Massaini Neto produzia o filme “Pelé Eterno” em 2004 com de poimentos de jogadores que estiveram com ele em vários momentos de con quista dos seus vários títulos. No ano de 2006 um documentário sobre o Cosmos time em que Pele jogou e ajudou a di vulgar, dirigido por Paul Crowder e Jonh Dower, retratam a lenda do time de fu tebol de Nova York, intitulado “Once in a Lifetime - The Extraordinary Story the of New York Cosmos” dedica ao jogador brasileiro uma boa parte da película, afinal é quase impossível falar de Cos mos sem falar de Pelé.

E o último filme, este de ficção, sobre O Rei, traz um brasil falado em inglês, produzido e dirigido pelos irmãos Michael e Jeff Zimbalist “Pelé - O Nascimento de Uma Lenda” transforma a cinebiografia do jogador dos tempos de menino em Três Corações, cidade mineira onde o craque nasceu, até sua estreia na sele ção brasileira com apenas 17 anos, em um filme falado em inglês nas terras de um Rei dos campos de futebol.

No dia 15 de novembro, o úl timo filme da saga Crepús culo completou dez anos de lançamento. Em home nagem aos fãs e ao suces so da franquia no Brasil, a Paris Filmes vai relançar todos os longa-metragens nas telonas neste mês de dezembro. O relançamento começa no dia 1º, quan do estreará novamente nos cinemas o primeiro filme, Crepúsculo, até o dia 27, quando o ciclo terminará com a transmissão da parte 2 de Amanhecer. A saga, baseada em uma série de livros de mesmo nome, conta a história de Bella Swan (Kristen Stewart), uma jo vem que acaba de se mudar para uma nova cidade e se apaixona pelo miste rioso Edward Cullen (Robert Pattinson), um vampiro de 104 anos no corpo de um jovem de 17. A história deles se de senrola ao longo dos anos e é possível acompanhar, ao longo dos filmes, des

de o início do romance até o casamen to, a lua de mel, a chegada da primeira filha e a transformação de Bella em vampira.

Tanto a saga de filmes quanto a de li vros fez extremo sucesso entre jovens dos anos 2000 e 2010, desde o lança mento do primeiro filme, em 2008, até o último, em 2012. Juntos, os cinco lon gas acumulam uma bilheteria de mais de 3,3 bilhões de dólares.

Haverá um relançamento por semana em dezembro: Crepúsculo será exibido a partir do dia 1º; Lua nova, a partir do dia 8; Eclipse, a partir do dia 15; Ama nhecer: parte 1, a partir do dia 22; e Amanhecer: parte 2, a partir do dia 29.

A programação com horários de ses sões e cinemas participantes ainda não foi liberada.

Outras franquias como Harry Potter e E.T., o extraterrestre também estão sen do reexibidas neste mês de novembro.

“ÁDIL E OS LEÕES” ESTREIA NO CENTRO DE CULTURA RAUL DE LEONI EM PETRÓPOLIS

OCentro de Cultura Raul de Leoni em Petrópolis recebe, nos dias 26 e 27 de novembro, “Ádil e os Leões”, primeiro espetáculo da Cia. Papa Vento encenado no palco de um teatro depois de 34 anos se apresentando em escolas, praças, empre sas e outros espaços alternativos. Adapta da, idealizada e dirigida pela fundadora do coletivo Cristiana Lacerda, a montagem é um conto da tradição oral oriental que tem como tema o medo.

Bonecos de silhueta e sombra manipulados pelas atrizes Cristiana Lacerda e Júlia Sarraf levam à cena a história de Ádil, um prínci pe que precisa passar por uma prova para se tornar rei: enfrentar um leão selvagem. Com medo, decide fugir e parte para uma longa viagem. Porém, a cada novo lugar que chega, encontra um leão, vendo-se obriga do a fugir uma e outra vez. Até que, no fim, conhece a princesa Nur, por quem se apai xona, e percebe que tem de enfrentar de uma vez por todas o leão de seu reino. No fim, uma surpresa acontece.

O cenário é composto por uma caverna má gica que transporta o público para um pe queno universo repleto de ludicidade. Um trabalho artesanal onde cada elemento é pensado para que essa “viagem” seja sur preendente para crianças e adultos.

Para Cristiana, a montagem marca também uma expansão da linguagem artística da companhia, que vai além do conhecido bo neco Papa Vento (criado em 1988).

“Criamos em família o boneco Papa Vento,

ele cresceu e amadureceu, lá se vão mais de 30 anos! Olhei para o boneco e ele sor riu, sabia que eu deveria partir para novas aventuras! Assim está sendo esse momento de descoberta, brincando com as linguagens e deixando a história desenhar sua forma de ser contada, desta vez numa estrutura maior que é o palco de um teatro.”, afirma.

A trilha sonora de Pedro Dias Carneiro e Bru no Danton traz canções autorais que reme tem ao universo oriental, além de composi ções originais de Tinamei e Renato Rezende.

Algumas músicas serão executadas ao vivo por Júlia Sarraf na sanfona e no violão.

“Adil e os Leões” faz parte da trilogia “Histó rias que Curam”, composta também pelos espetáculos “A Princesa e o Rouxinol” e “A Princesa da Água da Vida” com estreias pre vistas para o primeiro semestre de 2023 no estado do Rio de Janeiro. O projeto conta com patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cul tura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Edital Retomada Cultural RJ 2.

Sinopse

O príncipe Ádil precisa passar por uma pro va para se tornar rei: enfrentar um leão selvagem. Com medo, decide fugir e par te para uma longa viagem. Porém, a cada novo lugar que chega, encontra um leão, vendo-se obrigado a fugir uma e outra vez. Até que, no fim, conhece a princesa Nur, por quem se apaixona, e percebe que tem de enfrentar de uma vez por todas o leão de seu reino. No fim, uma surpresa acontece.

Cia. Papa Vento

Criada e dirigida pela atriz e contadora de histórias Cristiana Lacerda, a cia. Papa Vento tem um repertório de mais de 20 histórias com fantoches e é amplamente conhecido pelo público infantil carioca, se apresentan do em eventos particulares, praças, escolas, parques, clubes e empresas. Em 2022 a Cia. completou 34 anos de atividades, colecio nando diversas experiências com crianças e projetos educativos, sempre com uma ma nipulação de bonecos de excelência.

Cristiana Larcerda

Atriz, diretora e contadora de histórias es pecializada em fantoches há 38 anos. Atuou na peça “História Encontra Ponto”, que ganhou os prêmios Molière e Mambembe em 1987. Em 1996 criou o grupo “Os Tro vadores” com o qual montou 5 espetáculos que circularam em escolas e teatros do Rio de Janeiro. Em 1988 criou a cia. Papa Vento Teatro de Bonecos, que existe até hoje e en canta crianças e adultos.

Júlia Sarraf

Bonequeira e produtora cultural, há 15 anos faz teatro de bonecos e coordena os projetos de saúde e educação da Cia. Papa Vento. Em 2022 esteve à frente da produção executiva de dois espetáculos: “Saco de Batata”, da Cia. Teatro Voador Não Identificado (da qual faz parte), apresentado no Sesc Copacabana; e do espetáculo de dança “Casa”, dirigido por Gustavo Gelmini, com temporada no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro.

Deo Garcez e Soraia Arnoni encenam “Luiz Gama – Uma

Voz pela Liberdade” no Mês da Consciência Negra

25, 26 e 27/11 no Teatro do Centro Cultural Justiça Federal

Para quem ainda não viu é tem po de conhecer o espetáculo “Luiz Gama – Uma voz Pela Li berdade”. Há 7 anos em cartaz, a peça volta ao Rio no Centro Cultural Justiça Federal. O espaço tem a honra de receber pela terceira vez essa peça impactante, que conta a história de uma das maiores vozes na luta pela liberdade das pessoas negras escraviza das no país.

O espetáculo “Luiz Gama – Uma Voz pela Liberdade” é uma biografia drama tizada sobre vida e obra de Luiz Gama, um homem brasileiro, negro, do século XIX, filho de Luiza Mahin (figura femini na histórica da luta abolicionista no Bra sil). Na função de rábula, ele conquista sua carta de alforria e liberta gratuita mente mais de 500 escravizados, basea do na Lei de 1831, que proibia o tráfico de escravos para o Brasil.

É considerado também a primeira voz negra da literatura brasileira. Gama, em homenagens póstumas, foi oficialmente reconhecido como advogado pela OAB em 2015, e em 2018 foi nomeado por leis federais como o Patrono da Aboli cionismo Brasileiro e inscrito no Livro

dos Heróis da Pátria. No espetáculo, além de contar a vida desse brasileiro que foi intencionalmente apagado de nossa História, fazem-se comparações entre a situação dos negros à época e na situação atual, demonstrando que a verdadeira Abolição da Escravidão ain da não foi totalmente implementada.

Serviço

“Luiz Gama – Uma Voz pela Liberdade”

Dias: 25, 26 e 27 de novembro Sextas, sábados e domingos, às 19h

Dramaturgia: Deo Garcez

Com Deo Garcez, Soraia Arnoni e Carlos Maia (stand-in)

Direção: Ricardo Torres

Local: Teatro do CCJF (Centro Cultural Justiça Federal)

Endereço: Av. Rio Branco, 241 – Centro (Cinelândia) – Rio de Janeiro

Telefone: (21) 3261-2550

Ingressos: Sympla Inteira R$ 50,00 Meia-entrada R$ 25

Capacidade: 141 lugares

Duração: 1 hora

Classificação: Livre

Cantora Ella Fernandes no Teatro Municipal de São Gonçalo

O “Sarau Ella”, que acontecerá às 20h, irá mostrar a diversidade da música brasileira

Acantora Ella Fernandes apresentará o show com banda ao vivo, no Teatro Municipal George Savalla Gomes, em São Gonçalo, na próxima quarta-feira (30). O “Sa rau Ella”, que acontecerá às 20h, irá mostrar a diversidade da música bra sileira independente e promover no vos artistas, através de convite para participar do show.

Ella Fernandes é cantora, atriz e poeta, moradora do município de São Gon çalo. A autora das canções “Barbie de rua”, “Vai ficar tudo bem”, “Deixa brilhar”a em parceria com o Dj Ango lano Joss Dee, foi finalista do concur so “Draft Mood” na rádio Mood, em 2020, e já passou por grandes palcos como “Vivo Rio”, “Circo Voador”. Em 2022, apresentou o show “A vedete da favElla” no Rock in Rio.

O “Sarau da Ella” teve sua primeira edição na cidade do Rio de Janeiro, mas chega agora em São Gonçalo. O palco do Teatro Municipal foi o local de estreia da cantora, em setembro de 2021, após ser a artista mais vota da pelo público para realizar um show de estreia no equipamento público. Os ingressos antecipados cus tam R$ 10 (inteira) e podem ser adquiridos através do e-mail: ellafernandesarte@gmail.com .

Para proporcionar oportunidades culturais para o público gonçalense, a Secretaria de Turismo e Cultura irá distribuir, através do Instagram (@tu rismoculturasg), nesta segunda-feira (28), às 11h, sete pares de ingressos para o show “Sarau Ella”.

Serviço:

O Teatro Municipal fica na Rua Dr. Feliciano

Sodré, 100, no Centro de São Gonçalo. Quarta-feira (30), às 20h, show "Sarau Ella".

Classificação etária: 14 anos.

“1899”, a nova série alemã da Netflix envolta em mistérios

Lizandra Oliveira

uando se clama por séries com personagens femininas fortes,o que isso significa exatamen te? Em muitos casos, isso pode ser traduzido como uma persona gem feminina que pode socar e bater como um homem, mas ainda é salva por um. A série 1899 que estreou na Netflix recentemente não está aqui para mostrar uma versão performativa da personagem feminina.

Em 1899, temos Maura, uma mulher que embarca em um navio típico da época de 1899, que está em busca de respostas sobre o que aconteceu com o seu irmão e quais segredos obscuros o seu pai estaria guardando. E assim que entra no navio ... .coisas muito estranhas acontecem e parece que apenas Maura pode decifrar esses segredos, mas será mesmo?

(Não daremos spoiler aqui não por que acredito na cultura do spoiler,mas porque você precisa ver para acreditar) A série é alemã, e sim tem dublagem em português. Foi criada por Jantje Friese, Baron Bo Odar. A dupla já teria criado

outra série para a Netflix que virou um culto, me refiro a série “Dark”. Embora ambas as histórias sejam diferentes é possível ver alguma semelhanças, por exemplo:

● Um plot twist bem elaborado

● Temas religiosos entrando em conflito com visões ateístas

● Protagonistas que não são o que aparentam

Mas de volta para 1899, essa é uma his tória onde Maura é permitida ser apenas humana. Não há necessidade de fazer ela virar uma mulher maravilha para entreter os telespectadores. Na verdade, não há nem mesmo uma necessidade de criar ships ou romances, existe uma confiança de que a história por si só já é o suficiente para entreter você.

É uma série que acredito que não pre cisa de uma segunda temporada, pode acontecer (quem sabe?) Mas não há uma necessidade para isso.

Por fim, digo que se você estiver can sado da mesma fórmula que Marvel e Disney usam, recomendo assistir 1899.

É uma história que vai realmente levar você para uma viagem