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Semana de 24 a 30 de abril de 2014 | Gazeta Brazilian News
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Brasileira que resgatava animais doentes e sem dono é presa acusada de crueldade
Gisela Tacao, fundadora do Gigi’s Rescue, está presa em Miami desde o dia 17. Ela era investigada pela polícia desde 2012 Uma brasileira que se dedica ao resgate de animais destinados a serem sacrificados em Miami está sendo acusada de crueldade contra animais e foi presa no dia 17. Dezenas de cães e gatos foram removidos da casa da carioca Gisela Tacao, de 40 anos, depois que policiais compareceram com um pedido de busca e apreensão em sua casa, em Hialeah. De acordo com noticiários locais, havia pelo menos 50 cães e gatos na casa, no momento da prisão. Gisela foi presa e permanecia na cadeia de Miami-Dade, no Turner Guilford Knight Correctional Center, até o fechamento desta edição. Sua fiança foi estipulada em $265 mil dólares. Oficiais disseram que Gisela estava sendo investigada desde setembro de 2012, pela polícia de Hialeah e a procuradoria do Estado por crueldade contra animais, quando vizinhos fizeram uma denúncia. Gisele tinha um abrigo de resgate de animais chamado Gigi’s Rescue e, na época, doou seus animais a outros abrigos da região. Um amigo de Gisela, Steve
Gisela resgatava animais destinados a serem sacrificados pela cidade de Miami.
Stuart, a defende. “Ela sempre resgatou os cães doentes, aleijados e machucados, aqueles que ninguém quer”, disse ele. Em 2012, o GAZETA entrevistou Gisela: “Minha prioridade é, a princípio, ficar com os velhinhos e doentes, que geralmente são sacrificados”, disse. “É comum eu tirar um do shelter e ele passar apenas duas semanas comigo e morrer.
Mas morre feliz, com amor e em um ambiente melhor do que o do shelter”, disse ela na época. Depois dessa matéria, seguida por uma entrevista dada à Coluna então do Portal Ig, “Direto de Miami” Gisela chegou a contar ao GAZETA que conseguiu doações de comida. Ela vivia sozinha com os animais e tinha poucos recursos, mas
ao contrário das acusações feitas à polícia de Hialeah, de que os animais pareciam desidratados, Steve garante que eles tinham água, comida e medicamentos. Ele entrou na casa e tirou fotos para mostrar aos noticiários locais. “Tinha tanta água que eles tropeçavam nos baldes”, disse Steve. “Gisela ia constantemente ao veterinário e inclusive estava de saída no momento em que os policiais apareceram em sua casa, no dia 17”. Steve conta que a dedicação de Gisela sempre foi tão grande, que ela gastava todo o dinheiro que tinha com os animais. “Eu levava uma refeição para ela comer todos os dias, para ela se alimentar decentemente, pois se dependesse dela, nem comia”, disse Steve ao GAZETA, completando que a meta dela era encontrar lares para os animais. No mandado de prisão, o detetive de polícia de Hialeah, Frank Caldera, disse que o odor forte de fezes e urina parecia empestear a casa toda e, dentro, havia cães e gatos por toda a parte. Voluntários foram buscar os animais, que fo-
ram acolhidos por vários abrigos da região, incluindo a Humane Society of Broward County, que irão colocá-los para adoção. De acordo com o Miami Herald, a organização de Gisela não tinha um certificado de organização sem fins lucrativos – não está claro se ela perdeu a licença na época da investigação em 2012 - e por isso não podia pegar os animais diretamente do abrigo do condado. Por isso, ela os pegava de grupos privados locais. Kathleen Labrada, chefe de operações do abrigo de Miami-Dade, disse que o condado tem contratos com essas organizações de resgate, que eram proibidas de entregar cachorros a outras organizações sem licença. Mas ela disse que procuradores ainda não pediram que o condado investigasse se essas organizações violaram esta regra ou não. De acordo com Steve, Gisela está contando com a ajuda de um defensor público, enquanto amigos se organizam para conseguir dinheiro para um advogado privado para ela.