Edição 772 - De 29 de março a 4 de abril

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Gazeta Brazilian News | Semana de 29 de março a 4 de abril de 2012

BOA CAUSA

Americano cruza EUA a pé em campanha por doação de órgãos Um americano, que doou dois órgãos, está fazendo uma caminhada pelos Estados Unidos em campanha para estimular que mais pessoas façam doações ainda em vida. Harry Kiernan, 58 anos, doou um rim e parte de seu fígado a pacientes em lista de espera. Fundador da National Living Organ Donor Foundation, Fundação Nacional de Doadores Vivos, Kiernan disse que a inconveniência para ele foi mínima, diante do que as doações representam. Segundo dados da fundação, hoje, nos Estados Unidos, há 113,5 mil pessoas na fila de espera por uma doação de órgão. A cada dia, 20 delas morrem. De acordo com o “Terra”, a caminhada de Kiernan para tentar mudar essa realidade teve início, no dia 18 de março, em Glastonbury, em Connecticut, na costa leste dos Estados Unidos, e deverá terminar em Los Angeles, Califórnia, no oeste do país, na primeira semana de julho. Kiernan planejava andar cerca de 3,2 mil km, passando por cidades como Nova York, Baltimore, Washington e St. Louis, até seu destino final. Em e-mail à BBC Brasil, no entanto, ele explicou que desde o início da campanha recebeu pedidos de visitas de outras cidades. Como resultado, a rota original deverá ser estendida para incluir paradas em Boston e Chicago, por exemplo.

Terceira doação

Em uma parada mais longa para se recuperar de bolhas nos pés, Kiernan escreveu que as duas doações que fez até hoje

não tiveram qualquer impacto sobre sua vida. “Fiz check ups completos duas vezes. Que presente pode ser melhor do que receber duas vezes um atestado de saúde perfeita?” “Além disso, tenho duas cicatrizes legais”, brincou. Acredita-se que Kiernan seja a única pessoa a ter doado, em vida, dois de seus órgãos. Ele diz que uma terceira doação não seria impossível. “Eu poderia doar um lóbulo do meu pulmão esquerdo. Acho que as recomendações de idade para doações de pulmão são as mesmas que as (recomendações para doações) de fígado, ou seja, não após os 60”. “Vou fazer 60 no dia 20 de junho de 2013. Claro que eu faria (a terceira doação) se houvesse um receptor”, diz. “Infelizmente, sempre haverá a necessidade”. Graças a Kiernan, porém, duas americanas já não vivem a angústia de esperar na fila por um doador. Elas são Eileen Branciforte - diretora de uma biblioteca pública que recebeu um rim, e a menina Arianna, que recebeu uma parte do fígado de Kiernan. Arianna tinha apenas um ano de idade quando recebeu o transplante. Na última sexta-feira, 23 de março, a menina completou três anos. Harry Kierman está sendo acompanhado em sua caminhada por simpatizantes da causa e uma equipe de filmagem. Ele disse esperar que, por meio de educação, conscientização e apoio, mais pessoas façam como ele e se voluntariem, em vida, para doar órgãos.

Harry Kiernan posa ao lado da menina Arianna, uma das receptoras de suas doações.

Ataque de Romney ‘cheira a Hollywood’, diz presidente russo O presidente russo, Dmitry Medvedev, rebateu o pré-candidato presidencial norte-americano, Mitt Romney, na terça-feira, 27, por qualificar a Rússia como “inimigo geopolítico número 1”. “Com relação aos clichês ideológicos, toda vez que este ou aquele lado usa frases como ‘inimigo número 1”, isso sempre me alarma, isso cheira a Hollywood e a certas épocas (da Guerra Fria)”, disse Medvedev, ao final de uma cúpula sobre segurança nuclear em Seul. De acordo com o “Estadão”, Romney, pré-candidato a presidente pelo Partido Republicano, fez a declaração à CNN, comentando a reunião que Medvedev

e o presidente norte-americano, Barack Obama, mantiveram em Seul para discutir a defesa antimísseis. Participantes ouviram Obama prometer “mais flexibilidade” na questão dos controles armamentistas depois da eleição presidencial de 6 de novembro, o que gerou duras críticas da oposição republicana. Medvedev disse que teria duas recomendações aos pré-candidatos presidenciais norte-americanos: “Primeira, quando declarar sua posição, é preciso usar a cabeça, usar a razão, sem prejudicar um candidato a presidente; além disso, olhem o relógio: estamos em 2012, não em meados da década de 1970.”


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