Edição 698 - 19 a 25 de outubro de 2010 - Gazeta Brazilian News

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Internacional

Semana de 19 a 25 de outubro de 2010

Resgatados, mineiros voltam à mina para missa Para a maioria dos resgatados, o dia da missa de agradecimento foi a primeira vez que voltaram ao local do acidente.

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uan Carlos Aguilar foi o primeiro dos 33 a chegar à cerimônia, seguido por Luis Urzúa, Dario Segovia, Alex Vega, Daniel Herrera, Pablo Rojas, Jimmy Sánchez e Carlos Mamani. Um outro grupo de mineiros protestava no acampamento Esperança, pedindo atenção à classe e melhores condições de trabalho. Um dos manifestantes carrega va um cartaz que diz “não somos 33, somos 300”. Desmoronamento Em 5 de agosto, um desmoronamento

Juan Carlos Aguilar chega à mina com sua família para participar da missa.

na mina San José, em Copiapó, deixou 33 trabalhadores presos em uma galeria a quase 700 m de profundidade. Após 17 dias, as equipes de resgate conseguiram contato com o grupo e descobriram que estavam todos vivos por meio de um bilhete enviado à superfície. A partir daí, começou a operação para retirá-los da mina em segurança. A escavação do duto que alcançou os mineiros durou 33 dias. O processo terminou no dia 9 de outubro, sábado, quando os martelos das perfuradoras chegaram até o abrigo onde eles estavam. Concluída esta etapa, as equipes de resgate decidiram revestir o duto - ainda que parcialmente - para aumentar a segurança antes de retirá-los. Este trabalho terminou no dia 10, pela manhã.

Depois de muitos testes, o esforço final de resgate teve início às 23h19 do dia 12 de outubro, quando a cápsula desceu pela primeira vez ao refúgio dos mineiros carregando o socorrista Manuel González - e durou menos de 24 horas. Os trabalhos terminaram às 21h55 do dia 13. A missão durou pouco menos da metade do tempo estimado pelas autoridades, que era de 48 horas. Os trabalhadores foram içados dentro da cápsula Fênix II, que tem 53 cm de diâmetro. Durante todo o percurso de subida, eles tiveram suas condições de saúde monitoradas, usaram tubos de oxigênio e se comunicaram com as equipes da superfície por meio de microfones instalados nos capacetes.

Cidades em rápido crescimento podem sofrer catástrofe, diz ONU Em ocasião do dia internacional da prevenção de catástrofes, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que as cidades com crescimento rápido estão cada vez mais expostas a catástrofes naturais. “Os regimes meteorológicos não são os únicos que têm mudado, as sociedades humanas também evoluíram. Foram urbanizadas”, disse Ban Ki-moon. “Se os terremotos, as inundações e as tempestades eram devastadores antes, são ainda mais em um mundo cada vez mais dominado pela cidade”, completa. Seis das maiores cidades do planeta ficam sobre

falhas sísmicas, segundo a ONU. Mais de um bilhão de pessoas vivem em localidades de moradias precárias, especialmente expostas aos deslizamentos de terra, tempestades e inundações. No total, 3.351 cidades estão situadas em zonas costeiras baixas, que podem ser afetadas pelo aumento do nível do mar. Desde o início do ano, mais de 236.000 pessoas morreram em diversas catástrofes e 256 milhões foram afetadas por desastres naturais, segundo a ONU, que citou dados do Centro de Investigação de Epidemiologia das Catástrofes (CRED).

Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante discurso na Assembleia Geral.


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