Crateús-Ce. Terça-feira, 15 de julho de 2014 - Ano XVIII - No 380 - R$ 2,50 Acesse nosso site: www.gazetacrateus.com.br | E-mail: gazetaco@yahoo.com.br
A AUSÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO Por toda a cidade de Crateús, da cabeça de cada cidadão com o mínimo de entendimento, diante de uma realidade visível e palpável, experimentada e sentida por todos; diante de um clima de denúncias de desmandos, de alta corrupção, de pilhagem de recursos públicos, de descaso e incúria, de gritantes insucessos se refletindo na vida do município, mormente na saúde e na educação públicas; diante de um clima de incontido empreguismo para atender a fins pessoais e eleitoreiros e ainda de gritantes irregularidades praticadas na gestão pública passada, respingando na gestão atual, emerge uma pergunta que não quer calar, uma indagação recheada de revolta e decepção, saída de bocas silenciosas e amedrontadas: ‘Cadê o Ministério Público, que não aparece, que não age, não enfrenta, que não toma uma atitude, mesmo diante de um amontoado de denúncias encaminhadas por cidadãos e pela Câmara Municipal? Cadê o Ministério Público, que, salvo melhor juízo, durante mais de cinco anos, parece ter ignorado as falcatruas da gestão municipal, a roubalheira generalizada de recursos públicos que acontece
através de bem elaborados artifícios contábeis, de superfaturamento de bens e de serviços, tudo “coisa documentada”, explícita, praticada ininterruptamente à crua luz do dia? Cadê o Ministério Público, que só age em outras cidades, sempre acompanhado de técnicos que vasculham contabilidades municipais, arrastam computadores e papeladas para análise? Onde está a eficiente PROCAP que ainda não aprendeu o caminho para chegar à cidade de Crateús, com seus dignos procuradores, técnicos e com policiais civis? Onde se encontra esta valorosa instituição que afasta prefeitos, que os levam à prisão juntamente com secretários municipais e pessoas suspeitas ou implicadas em corrupção? Qual a causa de tanta ausência do Ministério Público em Crateús, quando o assunto diz respeito à corrupção no Executivo Municipal? Seria o desconhecimento do que ocorre, demonstrando, assim, ineficiência de sua parte? Seria omissão mesmo? Estaria em jogo alguma cor partidária denotando corporativismo e dificultando processos investigativos ou de suspeição? Seria ação protetora em forma de escudo ao então mandatário do município?
Haveria exageros nas denúncias e, portanto, por não merecerem crédito, teriam sido arquivadas? Poderíamos falar de prevaricação? De vista grossa? De conivência, de proteção e amparo? Certo é que, ao Ministério Público é reservada como uma de suas tarefas constitucionais a ação na defesa de direitos sociais, como aqueles relativos à saúde, à educação, aos direitos das crianças e dos adolescentes e, cremos ainda, a ação no sentido de fiscalizar a lei, agindo contra corruptos e corruptores e contra a malversação dos dinheiros públicos. Pode o Ministério Público agir extrajudicialmente ou perante o Judiciário. Se por um lado, a Promotoria se sentir constrangida a tomar determinadas providências, (o que não pode acontecer) em função desta ou daquela pessoa amiga, que ela busque outro meio, que apele para a Procuradoria-Geral, para os superiores, porém, que encontre uma solução, uma maneira de tomar providências ainda que tardias. Assim entendemos. Por este meio de comunicação deixamos as interrogações. Não acusamos pessoas. Queremos e buscamos a verdade.
COPA DO MUNDO DE FUTEBOL FIFA 2014
DUELO DE GIGANTES: ALEMANHA É TETRA 13/JULHO/2014
ALEMANHA
Sonho realizado
1x0
ARGENTINA
Sonho desfeito em 120 minutos
FUTEBOL
Estoura escândalo financeiro na Secretaria de Esporte
Escândalo financeiro de largas proporções estourou na Secretaria de Esportes da Prefeitura de Crateús. É uma história de roubos e patifarias, de desonestidades e falcatruas, contada no último dia 02/07/14, com os mínimos detalhes, nos microfones da Rádio Poty, pelo radialista Irapuan Monteiro, em entrevista concedida ao também radialista e vereador Conegundes Soares, gerente da citada emissora de rádio. Toda a entrevista foi gravada e o seu teor atinge frontalmente a figura do ex-prefeito Carlos Felipe, do secretário de Esportes Quimides e outras pessoas ligadas ao setor esportivo de Crateús. O vereador Arnaldo Minelvino, que juntamente com o vereador Toré, não votaram favoráveis à concessão de R$ 200 mil em oito parcelas, para o futsal, já se movimentam no seio da oposição na Câmara Municipal, para implantar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), tão logo a Câmara termine o recesso de julho, para apurar as responsabilidades neste e em outro possível escândalo. Leia o teor da entrevista de Irapuan Monteiro, oriundo do trabalho de “degravação” do CD produzido nos estúdios da Rádio Poty de Crateús. Página 04 SECRETARIA DE FINANÇAS
Rebenta novo escândalo: 2.000 resmas papel A4 adquiridas Rebenta na Secretaria de Finanças o escândalo do papel A4. Duas mil resmas deste papel, equivalente a um milhão de folhas, foram compradas e pagas a duas microempresas locais. Tal quantidade de papel seria suficiente para abastecer todas as secretarias municipais juntas. Além do papel, completa o escândalo outras quantidades exageradas de mercadorias. Página 08
Estrada Boa
Com a realização do projeto “Estrada Boa”, certamente uma necessidade ao trafego de veículos nas estradas municipais, que venha agora o projeto “Calçamento Bom”, para recuperar nossas ruas que, em sua quase totalidade, se encontram esburacadas e intrafegáveis. É um projeto tão importante quando o primeiro e, com certeza, bem mais necessário. Leia editorial na página 02
A República por um minuto
Em genial artigo do jornalista e professor Eugênio Bucci(foto) o leitor pode ler: “Consta que Dilma Rousseff permitiu algo assim. Deu, segundo relatos, um ministério a um sujeito, e o partido do tal sujeito lhe deu de volta uns instantes a mais no horário eleitoral que vem aí”. Página 02
Educação
Ultimamente o município de Novo Oriente tem ocupado nossas páginas pelo mérito no ensino público. Nesta edição mostramos uma escola das mais simples daquele município, situada em bairro pobre e de população humilde, como destaque estadual e nacional e apontada como referência escolar. Página 03