Nova edição do "Rússia", 18 de setembro

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Paranauê a la russa Praticantes do esporte aprendem a língua e tornam-se mestres no país P.4 SHUTTERSTOCK/LEGION-MEDIA

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Este suplemento é produzido e publicado pelo jornal Rossiyskaya Gazeta (Rússia), sem participação da redação da Folha de S.Paulo. Concluído em 16 de setembro de 2015. Publicado e distribuído com The New York Times (EUA), The Washington Post (EUA), The Daily Telegraph (Reino Unido), Le Figaro (França), La Repubblica (Itália), El País (Espanha), La Nacion (Argentina) e outros.

Sem crise Países incrementam parceria

Segundo lar Quase 12 mil sírios residem oficialmente ou se refugiam no país

EKATERINA SHTUKINA / TASS

Em Moscou, Temer fecha acordos bilaterais

Vice-presidente encontrou-se com premiê russo Medvedev

Visita de comitiva oficial com cinco ministros foi marcada por abertura de escritório da Embratur na capital russa e renovação de cooperações. GETTY IMAGES

Maior parte dos que receberam asilo no país são circassianos sírios, originários do Cáucaso do Norte e expulsos de seu território na guerra russo-caucasiana

Sírios encontram respiro na Rússia Além dos poucos que usam o país como rota para UE, sírios encontram abrigo temporário na Rússia, que lhes concede vistos para estudos e trabalho com relativa facilidade. MARINA OBRAZKOVA GAZETA RUSSA

Neste ano, mais de 150 refugiados sírios entraram na Noruega por meio da fronteira russa, de acordo com o jornal russo “Vedomosti”. O núme-

ro é modesto, considerando-se que 500 mil buscaram refúgio na Europa no período, mas ainda assim significativo. A Rússia ainda é caminho para os sírios, mas especialistas acreditam que tanto o número dos que passam por ali partindo para Europa, como o dos que permanecem no país ainda seja pequeno. De acordo com documento divulgado pelo Serviço Fede-

ral de Migração em 4 de setembro, encontram-se hoje na Rússia cerca de 12 mil cidadãos sírios. Desses, dois mil receberam asilo temporário; 4.691 estão inscritos no registro de migração; 2.666 pediram residência temporária e 2.029 receberam essa. A maior parte dos receptores de asilo, porém, pertence ao grupo étnico dos circassianos. Originários de região que hoje compõe o Cáucaso do

Norte, no sul da Rússia, muitos partiram para a Damasco otomana durante a guerra russo-caucasiana (1763-1864), quando a Turquia os apoiava contra o Império Russo. Outra grande quantidade de circassianos, de maioria sunita, fugiu para a Síria após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando foram expulsos das 12 vilas fundadas em Israel após dispersão anterior. De 2011, quando o conflito

sírio se iniciou, até 2014, já eram 1.600 os circassianos sírios refugiados na Rússia. Mas, apesar dos dados oficiais, o número de sírios na Rússia pode ser muito maior: ainda em 2009, o Ministério da Migração da Síria falava em 25 mil cidadãos do país vivendo na Rússia. “Para os sírios em geral, receber um visto para a Rússia é muito mais fácil e mais barato do que para qualquer país da Europa. Por isso, como vêm com visto, os sírios que vêm para cá não são refugiados formais, parte dos que vieram para o país para trabalhar agora não tem para onde regressar”, explica a defensora dos direitos humanos Svetlana Gannuchkina. A opinião dela é compartilhada por outros especialisCONTINUA NA PÁGINA 2

MARNA DARMAROS GAZETA RUSSA

Em visita oficial a Moscou, onde encontrou-se com o premiê russo Dmítri Medvedev na última quarta-feira (16), o vice-presidente brasileiro Michel Temer participou de reuniões com empresários, parla menta res r ussos e representantes da chancelaria do país e outros, intensificando ainda mais a agenda russo-brasileira. Um dos principais pontos tratados entre Temer e Medvedev foi a criação de uma aliança tecnológica. “As partes darão atenção especial à discussão de projetos prioritários de parcerias russo-brasileiras em setores como a energia, inclusive atômica, o uso do território espacial com objetivos pacíficos, e parcerias técnico-militares, que devem se tornar a principal aliança tecnológica entre os dois países”, anunciou Medvedev durante o encontro. Na capital russa, Temer também encontrou-se com bailarinos brasileiros do balé

Bolshoi e ex-estudantes da filial do teatro russo em Joinville (SC), considerada a maior bandeira das relações bilaterais no setor cultural. A comitiva, composta por cinco ministros (de Minas e Energia, Eduardo Braga; do Turismo, Henrique Eduardo Alves; da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, da Secretaria dos Portos, Edinho Araújo, e da Aviação Civil, Eliseu Padilha), foi acompanhada por um turbilhão de assessores, além de dois deputados, a vice-governadora do Paraná e outros, e foi marcada pela assinatura de diversos acordos. A vice do Paraná, Cida Borghetti, por exemplo, assinou acordos para a implantação de uma planta farmacêutica, além de um centro de operações da fabricante de aeronaves Irkut. “Será um centro de operações para manutenção, treinamento de pilotos e suporte logístico para toda a América Latina da Irkut. O Irkut MC-21, paralelo do Airbus A319-320, deve entrar em breve no mercado brasileiro, já que grandes companhias brasileiras estão negociando CONTINUA NA PÁGINA 2

Pets à própria sorte Apesar de maior popularidade da adoção de animais, número não cai porque abandono continua a crescer

Animais domésticos viram alvo de caçadores BIchos de estimação abandonados caem na mira de grupos de extermínio que buscam reduzir número de animais de rua. MARIA KARNAÚKHOVA ESPECIAL PARA GAZETA RUSSA

animais abandonados nas ruas não diminui, segundo informou o Centro de Defesa dos Direitos dos Animais Vita. De acordo com funcionários do centro, isso acontece porque as pessoas estão constantemente deixando novos animais nas ruas das cidades russas.

© RUSLAN KRIVOBOK / RIA NOVOSTI

Não existem dados oficiais sobre o número total de animais de rua na Rússia, mas especialistas veterinários estimam que sejam milhões de gatos e cachorros sem dono. Apesar disso, a tendência inversa também se verifica. “Meu gato salvou minha vida”, conta a moscovita Olessia Moskóvskaia, que

resgatou o bichano de um abrigo. “Sou sonâmbula e, durante períodos de estresse, começo a caminhar muito à noite. Durante um verão, a varanda do meu apartamento, no 14º andar, estava aberta. Acordei e me dei conta de que estava no parapeito, com meu gato miando furiosamente enquanto arranhava minhas pernas. Se não fosse por ele, eu teria caído”, conta a moscovita. Mas, embora haja cada vez ma is r u ssos que, como Moskóvskaia, estão dispostos a adotar, o número de

Caçadores de cães Na Rússia pós-soviética introduziram-se tentativas de controle humanizado do número de animais de rua por meio da esterilização obrigatória e da proibição da eu-

Durante URSS, tentou-se introduzir o controle ‘humanizado’

GAZETA RUSSA, FONTE CONFIÁVEL DE NOTÍCIAS 83% consideram a gazetarussa.com.br como fonte para novos pontos de vista de especialistas russos

81% acreditam que a gazetarussa.com.br fornece informações e análises que vão além da cobertura tradicional da mídia sobre o país 77% dizem que nossos projetos on-line são relevantes para todos - e não apenas a quem tem algum interesse especial pela Rússia * P e s q u i s a re a l i z a d a co m l e i to re s d a G a ze t a R u ss a e d o p ro j e to R BT H e m m a rço d e 2 0 1 5

tanásia. Mas nenhuma das iniciativas foi levada a cabo. Assim, surgiu um movimento de caça aos cães, fenômeno que se verifica hoje tanto na Rússia, como na Ucrânia e na Bulgária. O extermínio, porém, não se detém a cachorros, mas também se estende a outros animais de rua - ratos, corvos e gatos - e é executado pelos próprios cidadãos locais. Esses “caçadores urbanos” costumam usar meios que podem afetar também animais de estimação que têm donos, pois, entre suas ações, eles costumam espalhar em

U M P O N T O D E V I S TA B A L A N C E A D O S O B R E A R Ú S S I A

áreas públicas, como parques, ração envenenada. Segundo uma pesquisa da Fundação Opinião Pública, realizada em janeiro de 2013, os caçadores de cães têm apoio de apenas 9% da população russa, contra os 72% que desaprovam suas iniciativas e 19% de indecisos. Grande parte dos entrevistados (48%) é contra o movimento porque, segundo os próprios, “amam os animais”. Mas, apesar de se declarar fã de gatos e cachorros, de acordo com o centro Vita, CONTINUA NA PÁGINA 2

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Política e Sociedade

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Sírios em busca de um lugar seguro Presença militar russa na Síria divide observadores Enquanto parte dos analistas destaca apoio a regime de Assad, outra aponta para atuação de Moscou na luta contra Estado Islâmico. EKATERINA TCHULKÔVSKAIA EPA/VOSTOCK-PHOTO

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Aumento do número de universitários sírios é reflexo do fluxo de cidadãos que buscam um respiro fora do país em guerra CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 1

tas em migração, que afirmam que muitos sírios fugindo da guerra entram no país com vistos de estudante e de trabalho. “Conheci no aeroporto um grupo de meninas sírias que tinham vistos de um ano na Rússia. Elas diziam ter vindo aprender russo. Mas me pareceu que elas se agarraram à única oportunidade de fugir da guerra”, disse à Gazeta Russa o jornalista sírio Munzer Hallum, que vive em São Petersburgo. O aumento do número de estudantes sírios na Universidade Russa da Amizade dos Povos, divulgado pela vice-reitora Olga Andreeva, corrobora a ideia. Se em 2013 eles eram 162, em 2014 subiram para 190 e, para o ano letivo de 2015, que se inicia em setembro, prevê-se que sejam 208. Segundo Hallum, os sírios que chegam à Rússia se dividem em três categorias: os que

estão em trânsito e cujo objetivo final é a Europa; os universitários que após os estudos querem permanecer no país; e aqueles que vivem na Rússia já há muito tempo e que, aproveitando a onda geral, também pretendem partir para um país que lhes dê melhores condições de vida.

“Em 2012, Moscou acatou pedido da ONU, mas, com fluxo de ucranianos, esqueceu dos sírios” “Os refugiados sírios não querem ficar na Rússia porque aqui não recebem benefícios sociais, habitação ou trabalho. E, claro, também é muito difícil conseguir a residência”, explica Hallum. O presidente do movimento “Declaração de Damasco no Exterior”, Mahmoud al-Hamza, confirma as dificuldades encontradas pelos sírios no país.

“A Rússia recebe muito poucos refugiados da Síria e também concede pouca ajuda. Durante a adaptação no país, eles passam por procedimentos muito difíceis e precisam pagar propinas. Soube de casos em que, logo na fronteira russa, interrogavam os sírios para saber qual seu ponto de vista político e quais regras islâmicas eles obedeciam. Na Europa, há uma atitude completamente diferente.”

Reviravolta de números De 2009 a 2014, 293.652 estrangeiros pediram refúgio no país, segundo o Serviço Federal de Migração. A maioria foi de ucranianos (271.319), seguidos por afegãos (6.742) e sírios (5.124). Hoje, há mais de 1 milhão de ucranianos na Rússia.

6.742

mudou-se novamente com ele para Moscou, onde se encontravam quando eclodiu a guerra civil na terra natal.

Escasseando Gannuchkina, porém, diz ser pouco provável que o número de refugiados sírios oficiais ultrapasse os 10 mil. “Em 2012, quando a agência para refugiados da ONU se dirigiu aos governos de todos os países-membros da Convenção dos Refugiados

Animais abandonados no alvo de caçadores urbanos CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 1

a maior parte dos russos abriga esses e outros bichos não por um ato de caridade, mas por prestígio ou para entretenimento. Daí o aumento constante de vira-latas na rua: quando o bichinho começa a dar trabalho, os donos facilmente o abandonam.

Pouca informação

REUTERS

Para a presidente do Vita, Irina Novojílova, atualmente já se discute mais abertamente o problema dos animais de rua na Rússia, mas as informações sobre a situação deles ainda não são divulgadas o suficiente. Os voluntários que trabalham nos abrigos para animais abandonados, porém, já veem mudanças positivas. “Há cinco anos ninguém falava de vira-latas. Agora, a situação está bem melhor”, diz Natália Tchaplin, funda-

De SOS Malibu a SOS ecologia O ministro da Ecologia russo, Serguêi Donskoi, convidou a atriz Pamela Anderson para o Fórum Econômico Oriental, em Vladivostok, para discutir questões como a da caça de ursos polares no Canadá. Recentemente, Anderson escreveu carta ao presidente Vladímir Pútin pedindo um encontro para discutir perspectivas de proteção do meio ambiente. “Almoçar ou jantar com o presidente me permitiria saber em detalhes o quão interessada a Rússia está na proteção do meio ambiente”, lê-se na carta. No documento, a atriz ainda elogia a Rússia por sua proposta de boicotar produtos canadenses, já que o país é alvo de críticas pela caça a baleias.

Atriz quer ser porta-voz de questões ambientais no país

dora do projeto voluntário Dádiva do Destino, que ajuda animais abandonados em Moscou.

Esforços das ONGs Para veterinários, o problema dos animais abandonados não pode ser resolvido apenas com esforços da so-

ciedade, e as instituições não-governamentais precisam interagir com o Estado. O membro da Câmara Pública da Rússia Anton Tsvetkov sugere ser preciso no país uma estrutura que atraia organizações sem fins lucrativos e que tenha um conselho público para coordenar

5.124

6.557

Exceção? Baseado na Rússia, Hamza afirma que é difícil usar o país como caminho para a Europa. “As pessoas costumavam vir para cá com esse objetivo, mas eram enganadas por falsos atravessadores, que tomavam seu dinheiro e depois desapareciam do mapa”, diz. Hamza chegou à Rússia em 1974, formou-se em matemática e partiu para países árabes como professor. Quando seu filho estava em idade para ingressar na universidade,

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A imprensa europeia e norte-americana divulgou que a Rússia enviou uma força expedicionária à Síria e iniciou a construção de uma base aérea militar próxima ao aeroporto internacional de Latakia, no norte do país árabe. Enquanto Moscou rebate as alegações, não nega o for ne ci me nto de armas ao regime de da Ucrânia Bashar al-Assad. “Sempre fornecemos [às autoridades sírias] equipamento para combater terroristas”, diz a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, da Síria Maria Zakhárova. do Afeganistão O reforço da presença militar de Moscou na Síria é, porém, motivo de preocupação em Washington. Desde agosto do ano passado, os EUA lideram uma coalizão internacional da Geórgia para conter o avanço do grupo terrorista Estado Islâmico FONTE: SERVIÇO (EI), que já controla grandes FEDERAL DE MIGRAÇÃO DA áreas nos territórios da Síria RÚSSIA, 2014 e do Iraque. Em conversa telefônica em para que suspendessem as deportações de sírios, a ati- 5 de setembro, o secretário de tude das autoridades russas Estado dos EUA, John Kerry, foi muito correta, e passou- reiterou ao chanceler russo -se até mesmo a fazer docu- Serguêi Lavrov que o envio mentos pa ra eles. Mas, de equipamento militar à requando enormes quantida- gião pode levar a uma nova des de ucranianos começa- escalada do conflito e à morte ram a chegar ao país em de um número ainda maior 2014, os sírios foram prati- de civis, além de intensificar camente esquecidos”, conta. o fluxo de refugiados e o risco

as atividades de agentes estatais. A presidente do Centro de Proteção Jurídica dos Animais, Svetlana Elínskaia, acredita que a primeira coisa a se fazer é lutar contra o mito existente na Rússia de que “matar os animais é cruel, mas deixá-los na rua é humanitário, já que esse é seu ambiente natural”. Elínskaia propõe que todos os animais abandonados sejam recolhidos, e que os abrigos sejam forçados a mantê-los por, no máximo, duas semanas. Caso não sejam adotados nesse período, os animais devem ser abatidos ou sustentados com verba de patrocinadores. Irina Novojílova acredita que mais importante que combater as consequências do abandono é lutar contra sua causa, ou seja, a reprodução descontrolada desses animais. Para resolver o problema, ela propõe métodos que mexeriam no bolso dos cidadãos: aqueles que não esterilizassem seus bichinhos teriam que pagar uma taxa elevada, enquanto aqueles que recolhessem animais dos abrigos seriam recompensados.

de confronto com a coalizão que atua contra o EI. Também para conter a atuação da Rússia na região, os EUA pediram recentemente à Grécia, seu aliado na Otan, que feche o espaço aéreo para aviões russos com destino à Síria.

Parceria ou provocação? Para grande parte dos observadores russos, o possível reforço da presença militar da Rússia na Síria tem por objetivo principal prestar apoio ao presidente sírio Bashar al-Assad. Segundo a professora da Mgimo (Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou) Tatiana Tiukaeva, o contingente militar russo na Síria pode ser visto como uma resposta à política norte-americana de apoio a grupos de oposição síria e a oposicionistas na Turquia e na Arábia Saudita, entre os quais figuram grupos extremistas. “Também levando em conta a declaração de Assad de que as forças do regime enfrentam escassez de pessoal e armas, Moscou reforça sua imagem como parceiro de confiança e não altera sua posição, o que é importante para a região”, acrescenta. Já o presidente do Fórum do Oriente Médio, Daniel Pipes, não acredita que as ações da Rússia na Síria estejam orientadas para apoiar o regime de Assad, mas para “conquistar simpatia entre a liderança iraniana e irritar os norte-americanos”. O Irã é o principal aliado do regime sírio na região, e as forças do país já estiveram envolvidas em combates ao lado das tropas de Assad.

Temer assina novos acordos em Moscou CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 1

a compra de dezenas dessas aeronaves”, disse à Gazeta Russa o presidente da Invest Paraná, Adalberto Netto, que acompanhou Borghetti em Moscou. A legislação do Paraná tem vantagens para o setor aéreo, e o governo local pretende fazer de Maringá o “segundo polo aeronáutico do Brasil”, segundo Netto. Já o ministro da Pesca, Helder Barbalho, assinou com o presidente da agência russa de pesca um acordo para criação de um grupo de trabalho que vai incrementar a balança bilateral no setor. “Queremos aproveitar em prol do Brasil o embargo [a produtos alimentícios de países europeus], que diminuiu consideravelmente a importação russa de pescado de outros países. A Rússia exporta fundamentalmente bacalhau e merlusa, e nós queremos fazer o inverso, principalmen-

8 raças de gatos nativas da Rússia gazetarussa.com.br/395067

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te com camarão, pelo qual eles mostraram absoluto interesse, e com espécies da Amazônia”, disse Barbalho. Outros acordos dão conta ainda da implantação de uma terceira estação do sistema de navegação Glonass no Brasil e de uma parceria com a Russian Railways para a construção de ferrovias no Brasil.

Empresários Paralelamente à visita do vice-presidente, realizou-se, como de praxe, o Fórum Empresarial Brasil-Rússia. Dezenas de representantes do empresariado brasileiro estiveram na capital russa, e presentes também na World Food Moscou, onde Temer proferiu discurso de apoio ao setor. Os principais exportadores brasileiros à Rússia, do setor de carnes, apesar de terem tido frustradas as expectativas de aumento da exportação à Rússia (ver p.3), estavam confiantes com a abertura dos mercados de tripas e miúdos.

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DE OUTUBRO


Economia e Negócios

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Fôlego Após 14 anos, Rússia apresenta estudos para provar direito à área

País reivindica 1,2 milhão de 2 km no Ártico Comprovação é exigida por Convenção de 1982 sobre o Direito do Mar da ONU, que promete rever pedido a partir de fevereiro de 2016. ALEKSÊI LOSSAN GAZETA RUSSA

No início de agosto, a Rússia voltou a reivindicar junto à ONU 1,2 milhão de quilômetros quadrados adjacentes a sua área no Ártico, que chega a 350 milhas marítimas a partir da costa, segundo documento divulgado no site do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país. “Para justificar o pedido, a Rússia usou uma imensa quantidade de dados científicos levantada ao longo de anos de pesquisas no Ártico”, lê-se no comunicado. No caso de uma outorga da região submarina, os benefícios econômicos ao país seriam enormes, de acordo com especialistas. “O mar de Laptev tem um canal de diamantes na superfície de sua plataforma, o que tornaria o país ainda mais competitivo na extração dessas pedras”, explica a pesquisadora da Academia Russa Presidencial de Economia Nacional e Administ r a ç ã o P ú b l i c a , Ve r a Smortchkova. O território, conhecido como “dorsal de Lomonossov”, já é alvo da ambição russa desde 2001. Então, o país requisitou posse de parte dele, sem poder provar, porém, que o trecho é uma extensão do continente e lhe

pertence. A comprovação de que o solo oceânico é uma extensão natural do território continental é necessária pois essa permite a expansão de zonas econômicas com base na Convenção de 1982 da ONU sobre o Direito do Mar. Países como a Dinamarca, o Canadá, a Noruega e os EUA também têm reivindicado territórios do Ártico, muitas vezes convergentes. Essas áreas despertam interesse porque concentram

Disputa entre países é despertada por riquezas naturais na região e preocupa ecologistas quase 30% das reservas de gás natural mundiais inexploradas e 15% das de petróleo. Os locais requeridos pela Rússia incluem partes da dorsal de Lomonossov, da dorsal de Alpha e do platô de Tchúktchi, assim como as bacias oceânicas Podvodnik e Tchú k tch i, que os separam. De acordo com o porta-voz das Nações Unidas Farhan Haq, a Rússia não deve ver esses espaços incorporados a seu território em um futuro próximo por razões legais, mas seu pedido será incluído na agenda provisória da organização, a ser discutida entre fevereiro e março de 2016.

As consequências geopolíticas da requisição russa, porém, podem ser negativas no cenário atual. “O ímpeto russo em expandir sua área de domínio não é apenas de natureza geográfica e econômica, e a questão ainda corre o risco de se tornar política”, afirma o analista sênior da UFS Investment Company, Aleksêi Kozlov. Segundo ele, com o aumento das tensões entre a Rússia e o Ocidente, a decisão final sobre a ampliação da área russa poderia ser adiada sob vários pretextos. “Muito provavelmente, a questão deverá se resolver de forma positiva, mas haverá uma luta para que a plataforma se torne território da Rússia”, diz Kozlov.

Perspectivas A reivindicação russa deverá ser rebatida por Canadá e EUA devido à abundância de jazidas ricas lá existentes. O presidente do Comitê da Câmara dos EUA para Assuntos Externos, Ed Royce, diz que o país deve estar preparado para enfrentar a Rússia nesse sentido. “A Rússia tem sido agressiva em sua pressão acerca do Ártico, sobretudo com a plataforma continental, rica em recursos naturais. Agora, ela ainda conta com um comando ártico para reforçar sua presença militar na região. É preciso que os EUA e outros países que fazem fronteira com o Ártico mantenham-se unidos contra as

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ambições de Moscou nessa região vital.” Ecologistas afi rmam que as pretensões de outros países também ameaçam o Ártico. O diretor do programa de energia do Greenpeace na Russia, Vladímir Tchuprov, explica que o derretimento das calotas polares abre grandes extensões nos mares do Nor t e, t or n a ndo - o s vulneráveis. “Milhões de pessoas estão pedindo que governos criem um território de reserva in-

ternacional em torno do Polo Norte, para que a área permaneça intocada pela indústria e a natureza, selvagem”, disse Tchuprov à Gazeta Russa. “Também não tem sentido econômico a extração de petróleo da plataforma ártica, já que não existe tecnologia para a perfuração do solo congelado em grandes profundidades”, acrescenta.

Posição oficial A assessoria de imprensa da

embaixada russa em Washington (EUA) disse à Gazeta Russa que o país vê o Ártico como um território de diálogo e cooperação. “Não vemos quaisquer contradições sem resolução possível na região ou, principalmente, questões que possam exigir solução militar. O ministro [dos Negócios Estrangeiros] Serguêi Lavrov reiterou isso repetidas vezes. Sabemos que todas as nossas atividades na região devem ser regulamentadas no âm-

bito do direito internacional”, lê-se em declaração emitida pelo órgão diplomático. A Rússia tem se colocado contra a politização da questão e em prol de uma aliança na região. “O futuro da região, a implementação de medidas de proteção ambiental e a melhoria das condições para os habitantes do Extremo Norte devem se desenvolver independentemente de acontecimentos externos”, diz o o órgão russo.

Crise do rublo Mudança resultou em redução de salários reais e alta da inflação

Troca Paquistão, Bielorrússia e Sérvia tiveram maior alta

Economistas culpam reforma por queda do rublo

Fatia brasileira no mercado russo cai, apesar de potencial

financiar o deficit orçamentário e atrair investimentos estrangeiros. Mas havia o outro lado da estabilização da taxa: valorização excessiva da moeda”, diz. Apesar de considerar a reforma questionável, Soroko destaca que a decisão do Banco Central ajudou os fabricantes nacionais e reduziu a pressão sobre as reservas internacionais. Além disso, a partir de maio deste ano, o Banco Central começou a injetar dólares no mercado para repor as reservas.

Aumento esperado com troca de fornecedores após sanções a alimentos europeus ficou concentrado no Chile, entre sul-americanos.

Efeito dominó

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População tem reação negativa e acredita que inflação chegue aos 28%

Adotado pelo Brasil desde 1999, câmbio flutuante se iniciou na Rússia no final de 2014, momento considerado impróprio por especialistas. ALEKSÊI LOSSAN GAZETA RUSSA

Desde maio passado, a moeda russa, que já tinha sofrido uma desvalorização de cerca de 30% em relação ao dólar e ao euro, vem atingindo mínimos históricos. A tendência de depreciação do rublo é, segundo economistas, motivada sobretudo pela adoção do regime de câmbio flutuante pelo Banco Central, em novembro de 2014. “Diria que o governo não escolheu uma boa hora para realizar a reforma. O drástico colapso da moeda russa no final de 2014 ocorreu de-

vido à recusa do Banco Central em apoiar a estabilidade do rublo”, diz o analista da holding de investimentos Finam, Anton Soroko. “Seria lógico adiar a liberalização da taxa de câmbio do rublo até que as relações geopolíticas melhorem”, acrescenta Soroko. Um mês antes da alteração, o Banco Central da Rússia vendeu 27,2 bilhões de dólares para apoiar a moeda nacional. Mas a iniciativa não teve efeito significativo sobre a taxa de câmbio. Em resposta à drástica queda do rublo, o órgão regulador decidiu adotar o regime de câmbio flutuante, deixou de intervir no mercado e parou de vender dólares para apoiar a moeda nacional.

“A transição para a flutuação livre do rublo é, sem dúvidas, uma das principais decisões macroeconômicas da Rússia moderna”, diz o ex-vice-presidente do Banco Central da Rússia, Konstantin Koríschenko.

Empresas, bancos e pessoas físicas tentam se adaptar à nova conjuntura e converter poupanças O Banco Central precisou ajustar o nível da taxa de câmbio entre 1995 e 2014. “A necessidade de regular a taxa surgiu no início dos anos 1990. A intenção era lutar contra a inflação, aumentar a confiança no rublo,

Em junho passado, uma queixa foi apresentada no Tribunal de Moscou contra a decisão do banco de adotar o regime de câmbio flutuante. Mas o pedido acabou indeferido. Além de promover a queda abrupta da moeda, a adoção do regime de câmbio flutuante também levou à redução dos salários reais e ao aumento da inflação, provocando uma reação negativa na população. De acordo com o Centro de Análise Macroeconômica e de Previsão de Curto Prazo, até o final de 2015, os salários reais deverão cair 8% na Rússia. Pesquisas de opinião pública ainda revelam que os cidadãos acreditam que a inflação chegará aos 28% neste ano, e, em 2016, ficará em torno dos 15%. Segundo dados do Banco Central, quase 45% dos depósitos de pessoas jurídicas no país são feitos em moedas estrangeiras. “Empresas, bancos e população estão tentando se adaptar às novas condições, convertendo as poupanças em moedas estrangeiras e solicitando mais financiamento estatal”, diz Koríschenko. Para ele, o sucesso da taxa de câmbio flutuante do rublo requer mudanças na estrutura econômica e menor dependência de exportações de commodities.

RBC

A Rússia ainda não conseguiu substituir completamente as importações de alimentos europeus após o embargo instituído como resposta às sanções que o continente impôs ao país devido à crise ucraniana. Os fornecimentos foram redirecionados a outros países, apesar de exportadores tradicionais, como o Brasil, terem tido suas expectativas frustradas. Quem teve o maior aumento de exportações à Rússia dos produtos da lista de embargados foi a Bielorrússia. Durante os cinco primeiros meses de 2015, o país exportou ao vizinho 916 mil toneladas de alimentos da lista de embargos. No mesmo período do ano anterior, o volume total foi de 568 mil toneladas. Já o Equador, que expressou intenções de aumentar as exportações de frutos do mar, frutas, legumes e flores em agosto do ano passado, também não alcançou seus objetivos. As importações russas provenientes do país caíram consideravelmente, de 577 mil para 532 mil toneladas. Como resultado, o Equador ficou em terceiro lugar na lista de fornecedores de produtos sancionados - apesar de tê-la encabeçado em 2014. De acordo com o diretor-geral da consultoria Centro Internacional de Comércio de Moscou, Vladímir Salamatov,

a queda na substituição de produtos importados teve velocidade proporcional à da queda total de importações russas. “A crise financeira levou à redução do consumo interno, que afetou principalmente os produtos importados, cujos preços estão subindo devido à desvalorização do rublo”, explica Salamatov.

Queda brasileira O Brasil, que foi caracterizado por economistas como potencial beneficiário do embargo russo, também não t eve s u a s e x p e c t at iva s correspondidas. Apesar do acordo de fornecimento de produtos lácteos, assinado no ano passado, e das

esperanças de dobrar os fornecimentos de frango, o volume das exportações brasileiras à Rússia caiu: de janeiro a maio de 2015, 164 mil toneladas de alimentos brasileiros chegaram ao país, contra as 167,7 mil toneladas no mesmo período do ano anterior. A China também apresentou queda, de 418 mil para 390 mil toneladas, apesar de suas intenções de aumento nas exportações de frutas e legumes. Movimento similar foi verificado na Argentina, especialmente no fornecimento de carnes. Em 2015, o volume de importações argentinas à Rússia caiu mais de 30% em relação ao ano anterior, de 111 mil para 76 mil toneladas.

Queda das importações

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Em Foco

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Capoeira Mais de 50 mil se dedicam a esporte na Rússia

Paranauê com sotaque russo dido, hoje os capoeiristas do país podem receber título oficial de “mestre” sem sair da Rússia. “Nós, russos, parecemos muito com os brasileiros. Se tivéssemos um clima quente o ano todo, certamente seríamos irmãos. Gostamos de brincar em público e chamar a atenção através da beleza do esporte, o que nos aproxima muito dos brasileiros”, afirma “Mestre Leão”.

Com escolas de Sevastopol, na Crimeia, a Vladivostok, no Extremo Oriente, luta se dissemina no país e estimula ensino da língua portuguesa. EKATERINA PUZIKOVA MARIA AZÁLINA GAZETA RUSSA

A partir dos anos 1970, capoeiristas brasileiros começaram a sair mundo afora para divulgar sua arte, que hoje já está difundida em, pelo menos, 150 países. A Rússia, claro, não ficou de fora, e hoje a capoeira é uma das maiores propagadoras da língua e da cultura brasileira no país. Apesar das dificuldades encontradas pela Embaixada do Brasil em Moscou para precisar o número de escolas do esporte no país, o número de praticantes ultrapassa os 50 mil, de acordo com seu adido cultural e de imprensa, Igor Germano. “Em 2011, segundo informação do representante da ‘Federação Russa de Capoeira’, os maiores grupos de capoeiristas no país encontravam-se, além da capital, nas cidades de São Petersburgo, Anapa, Sôtchi, Volgogrado, Omsk, Tiumen e Barnaul”, disse Germano à Gazeta Russa. Hoje, para além das visitas e intercâmbios de capoeiristas brasileiros, que foram facilitadas com a queda do regime de vistos de turismo entre os países a partir de 2010, quem lidera a maior parte dessas escolas são os próprios russos. Maria “Onça Branca” Cherstneva, 34, uma das fundadoras da escola “Sabotage Capoeira”, criada em 2007, em Moscou, incentiva seus alunos a se aprofundar na filosofia do esporte e aprender o português e a cultura do Brasil. Especialista em tecnologia da informação e design g ráf ico, “Onça Branca” ainda pratica surfe e mergulho, mas isso não lhe impede de se dedicar com afinco ao estudo

Estilo de vida FOTO DO ARQUIVO PESSOAL

Alunos da escola “Sabotage Capoeira”, fundada pela designer Maria “Onça Branca”

Até capoeiristas mirins mostram sua ginga na Rússia, onde aulas estão abertas para crianças a partir dos 3 anos de idade

do português brasileiro. “Ainda não falo tão bem a língua, mas o mestre já se acostumou com meu sotaque. Além disso, já consigo conjugar bem os verbos, não fico só no infinitivo”, conta. Já o fundador da Federação Russa de Capoeira, Roman Belov “Mestre Leão”, domina a língua e se dedica integralmente ao esporte. Em 2002, a federação empreendeu esforços para que a capoeira fosse reconhecida oficialmente pelo Ministério dos Esportes russo. Com o credenciamento conce-

Até encontrar seu caminho como treinador de capoeira na federação, o moscovita Denis Okhótnikov, 29, tocava t rompet e e e st ud ava engenharia. “Não terminei a universidade porque escolhi a engenharia sem pensar, mas as artes marciais e a capoeira me ajudaram a colocar a cabeça no lugar”, diz. Em 2013, Okhótnikov conquistou segundo lugar no Campeonato Mundial de Capoeira em Baku, no Azerbaijão. Na Rússia, até os capoeiristas mirins mostram sua ginga. A escola “Abadá-Capoeira”, em Tcheliabinsk, tem um grupo para crianças a partir dos 3 anos. “As mães incentivam os filhos na luta. A capoeira é o esporte ideal para as crianças gastarem a energia em excesso”, diz o treinador Serguêi Lvov “Mestre Gato”. “Mestre Gato” já não consegue conceber a vida fora da cultura da capoeira. “Como muitos na Rússia, me interessei depois que vi o fi lme ‘Esporte Sangrento’ (Only the Strong, 1993). Comecei só por curiosidade, mas depois fui arrebatado pela capoeira e por tudo que se rel ac ion a a ela”, diz.

Denis Okhótnikov e “Mestre Leão” lutam em roda da escola “Só Força”, de Moscou KRISTINA KIS @ZAPOMNITE

O festival internacional “Circle of Light”, em Moscou, completa 5 anos em 2015. Para celebrar, nove pontos da capital russa receberão projeções em complexos arquitetônicos e espetáculos de luz.

COMPLEXO DE EDIFÍCIOS DO MINISTÉRIO DA DEFESA DA FEDERAÇÃO RUSSA, RUA FRUNZENSKAIA NABERÊJNAIA

De 26 de setembro a 4 de outubro

EM MOSCOU

Iluminadores da Rússia, França, Grã-Bretanha e Emirados Árabes Unidos exibirão uma série de contos curtos animados nesses prédios históricos. A ponte Andrêievski deverá integrar o espetáculo.

LAGO DO PATRIARCA Os protagonistas do romance satírico de Mikhail Bulgákov “Mestre e Margarida” ganharão vida na superfície das águas no centro de Moscou.

RIO MOSCOU

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A fachada do teatro Bolshoi será a tela de projeção de duas variações sobre o tema da ópera “Carmen’ e do balé “Lago dos Cisnes”. O espaço teve as melhores projeções do projeto em anos anteriores.

O modernizado parque VDNKh exibirá seu show de luzes no gelo, com participação de estrelas russas da patinação artística, enquanto seu pavilhão de exibições abrigará um show musical luminoso de Dmítri Malikov. Os visitantes serão recebidos com instalações luminosas já na entrada do parque.

LOJA CENTRAL INFANTIL NA LUBIANKA

EXPEDIENTE

TEATRO BOLSHOI

VDNKH

As luzes darão forma a histórias extraordinárias sobre seres fantásticos, conjugada a um desfile de brinquedos que transformará a fachada da principal loja infantil do país em um mundo de conto de fadas e fantasia.

Um “barco de video-projeção” navegará da Casa da Música (metrô Pavelektskaia) até a rua Lujnetskaia Naberejnaia reproduzindo projeções multimídia dinâmicas nas margens do rio Moscou.

lightfest.ru

TCHÍSTIE PRUDI

T R AV E L 2 M O S C O W. C O M

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“Vida na cidade” é o título dado à instalação luminosa que enfeitará o principal ponto de encontro dos jovens da capital, Tchístie Prudi.

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