Documento informativo sobre a Bacia de Pelotas

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Pesquisas Sísmicas

Atividades de na Bacia de Pelotas

Introdução

Esse documento pretende apresentar ao público interessado, informações sobre como a pesquisa sísmica é realizada, como o meio ambiente poderá ser influenciado pela atividade, quais são os riscos e impactos desta atividade e as ações e projetos planejadas para prevenir, minimizar, controlar e monitorar os riscos e impactos identificados.

Atividades de Pesquisas Sísmicas são licenciadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, a partir da avaliação da viabilidade ambiental do empreendimento pela Coordenação-Geral de

Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Marinhos e Costeiros (CGMAC/IBAMA), com base no Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) apresentados nos processos de licenciamento. Caso os empreendimentos sejam avaliados como ambientalmente viáveis, o Órgão Licenciador emitirá as Licenças de Pesquisa Sísmica (LPS), com as condições e medidas de monitoramento ambiental que deverão ser implementadas durante as atividades.

Boa leitura!

Entendendo a atividade de pesquisa sísmica

A atividade de Pesquisa Sísmica é a etapa inicial do processo de exploração de petróleo e/ou gás natural em ambientes marinhos. É como se fosse uma ultrassonografia do fundo marinho, que tem como principal objetivo investigar e/ ou monitorar os reservatórios de petróleo e gás natural. Embora a pesquisa sísmica não determine a exata localização dos recursos petróleo e gás natural, ela é extremamente eficaz as áreas com maior probabilidade de conter sua concentração.

As pesquisas sísmicas são realizadas em áreas pré-definidas no oceano e aprovadas pelo IBAMA, através do processo de licenciamento ambiental. Essas atividades são executadas por um navio sísmico (Figura 1) , que reboca, a partir da sua popa, os instrumentos necessários para aquisição dos dados, sendo eles o arranjo das fontes sonoras e os cabos sísmicos. A Figura 2 apresenta um desenho esquemático de uma atividade sísmica.

Embarcações sísmicas apresentam em torno de 100m a 120m de comprimento, com largura de 25 a 70m. A partir da popa dessas embarcações são rebocados os equipamentos responsáveis pela aquisição dos dados.

Exemplo de uma embarcação sísmica

REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE UMA ATIVIDADE SÍSMICA

Navio Sísmico 1

Fonte sonora 2

Cabos sísmicos e hidrofones 3

4 Ondas sonoras emitidas

6 Rochas e estruturas abaixo do mar

Ondas sonoras refletidas e captadas pelos hidrofones 5 7 Reserva de petróleo

Os arranjos de fontes sonoras são compostos por até 6 sub arranjos. Os cabos sísmicos, por sua vez, são compostos pelos hidrofones, responsáveis por detectar as ondas emitidas pelas fontes sonoras, refletidas e transmitidas no fundo do mar e nas camadas abaixo dele.

A quantidade de cabos varia entre atividades, podendo ser de 10 a 16. Esses cabos são sólidos e flutuantes, com extensão de 10 a 12 km cada um, espaçados entre si por aproximadamente 150 metros. Os mesmos são posicionados em profundidades que podem variar entre 10 e 30 m.

Embarcações envolvidas na atividade

De maneira geral, além da embarcação sísmica, são previstas a presença de duas ou três embarcações, de menor porte, atuando na atividade, sendo uma embarcação de apoio e uma ou duas embarcações assistentes.

As embarcações de apoio são responsáveis pelo abastecimento de combustível e suprimentos do navio sísmico, remoção de resíduos e troca de tripulação.

Exemplo de uma embarcação de apoio

As embarcações assistentes são responsáveis por escoltar os navios sísmicos, garantindo a segurança da operação, atuando principalmente na comunicação com as embarcações de pesca que encontram-se no local, de modo a informar onde o navio passará, evitando a interação entre as embarcações de pesca e os equipamentos sísmicos.

É previsto que a embarcação de apoio e assistente realizem de 2 a 3 viagens mensais para as bases portuárias, cada uma.

!

É importante informar que o navio sísmico permanecerá continuamente na área designada para desenvolvimento da sua atividade, sendo prevista sua navegação entre a base portuária e a área da atividade apenas no início e fim do projeto ou em situações de manutenções emergências.

Outro ponto relevante de ressaltar é que as embarcações sísmicas navegam com os cabos sísmicos exclusivamente na área da atividade ou em águas profundas, distantes da costa, quando esses cabos necessitam ser lançados, recolhidos ou reparados.

Atividades de Pesquisas Sísmicas na Bacia de Pelotas
Exemplo de uma embarcação assistente

Sobre as atividades de Pesquisas Sísmicas na bacia de Pelotas

Atualmente, estão em avançado processo de licenciamento ambiental, pelo menos cinco atividades de pesquisas sísmicas na bacia de Pelotas, sendo uma da empresa PGS, uma da empresa SLB WesternGeco, uma da empresa TGS e duas da empresa Viridien. Duas dessas atividades encontram-se no norte da bacia de Pelotas e três ao Sul. O mapa apresenta a localização de cada um desses empreendimentos.

Considerando a localização das áreas dessas atividades, conforme apresentado no mapa, é importante destacar que todas se encontram em uma distância mínima de 96 km da costa e em coluna d’água com profundidade mínima de 200 m, sendo a profundidade máxima de 4.000 m.

1 - Área de Manobra (PGS - Pelotas NE)

2 - Área de Manobra (TGS - Pelotas Sul)

3 - Área Manobra (SLB Pelotas 3D)

4 - Área Manobra (Viridien - Pelotas Sul)

5

Área

Rota de Navegação (PGS - Pelotas NE)

Rota Navegação Itajaí (TGS - Pelotas Sul)

Rota Navegação Itajaí (SLB - Pelotas 3D)

Rota Navegação Itajaí (Viridien - Pelotas Sul)

Área de Navegação

Menor distância PGSPelotas NE

Menor distância TGSPelotas Sul

distância SLBPelotras 3D

Menor distância ViridienPelotas Sul

Menor distância ViridienSantos e Pelotas Fase XI

Limite estadual

Municípios costeiros mais próximo

Municípios costeiros

Bacias marítimas

Batimetria

Batimetria de 200m

Rota de Navegação
Menor Distância da Costa
Menor
Legenda
Área da Atividade
-
Manobra (ViridienSantos e Pelotas Fase XI)

Atividades de Pesquisas Sísmicas na Bacia de Pelotas

Embora estejam sendo licenciados diversos empreendimentos na bacia de Pelotas, alguns inclusive com sobreposição entre as áreas, não significa que todos serão realizados, tampouco que serão realizadas ao mesmo tempo.

A realização das pesquisas sísmicas depende da aprovação do IBAMA, através do processo de licenciamento ambiental e, em um segundo momento, do interesse comercial das operadoras em adquirir dados nas áreas licenciadas.

No caso da ocorrência de operações simultâneas, as empresas seguirão a restrição de distanciamento definida pelo IBAMA, que consite em manter no minimo 60 km entre dois ou mais navios sísmicos quando as fontes sonoras estiverem acionadas.

Caso as atividades ocorram simultaneamente, o detalhamento de como as mesmas serão executadas será apresentado oportunamente às comunidades e instituições de pesca, a partir do Projeto de Comunicação Social.

Cronogramas das atividades

As atividades estão previstas pra serem iniciadas entre 2025 e 2028, conforme cronograma apresentado na tabela abaixo:

Pelotas NE/PGS

Início: Julho

Sul/TGS

Início: Julho

Santos e Pelotas Fase XI/Viridien

Início: Outubro

Pelotas Sul/Viridien

Início: Outubro

Pelotas 3D/SLB WesternGeco

Início: Outubro

Setembro

Final: Janeiro

Final: Janeiro

A seguir é apresentado um resumo de informações de cada uma dessas atividades

Área de Manobra: Área na qual a embarcação realiza as manobras para trocas de linhas da pesquisa sísmica, sendo representada por um polígono externo à área de aquisição de dados sísmicos.

Área de Aquisição: Área onde é realizada a coleta e pesquisa dos dados sísmicos, incluindo as áreas necessárias para seções de início e fim de linhas sísmicas.

Nome Empreendimento: Pelotas NE

Distância da costa: 52 MN (96 km) de Laguna-SC

Bases portuárias: Paranaguá/SC, São Francisco do Sul/SC, Itajaí/SC, Navegantes/SC, Imbituba/SC e Rio Grande/RS

Profundidades mínima e máxima (m): 200-3.000

Área manobra (km2): 61.902,00

Área aquisição (km2): 51.632,00

Nome Empreendimento: Pelotas 3D

Distância da costa: 54 MN (101 km) de Mostardas-RS

Bases portuárias: Porto de Rio Grande/RS e Porto de Itajaí/SC

Profundidades mínima e máxima (m): 200-4.000

Área manobra (km2): 112.207

Área aquisição (km2): 96.622

Nome Empreendimento: Pelotas Sul

Distância da costa: 54 MN (99,44 km) de Mostardas-RS

Bases portuárias: Porto do Rio Grande/RS e Porto de Itajaí/SC

Profundidades mínima e máxima (m): 200-4.000

Área manobra (km2): 105.369

Área aquisição (km2): 97.747

Nome Empreendimento: Projeto Santos e Pelotas Fase XI

Distância da costa: 52 MN (97 km) de Laguna/SC

Bases portuárias: Porto de Navegantes/SC e Porto de   Itajaí/SC

Profundidades mínima e máxima (m): 200- 3.500

Área manobra (km2): 98.633,23

Área aquisição (km2): 53.920,83

Nome Empreendimento: Pelotas Sul

Distância da costa: 55 MN (102 km) de Mostardas/RS

Bases portuárias: Porto de Rio Grande/RS e Porto de   Itajaí/SC

Profundidades mínima e máxima (m): 200 -3.500

Área manobra (km2): 138.762

Área aquisição (km2): 115.947

Atividades de Pesquisas Sísmicas na Bacia de Pelotas

Área de Estudo

A área de estudo das atividades de pesquisas sísmicas, abrange um território extenso que considera principalmente os municípios que possuem atividade pesqueira que possam sofrer interferência da atividade sísmica. Para delimitação da mesma, foram levados em consideração os critérios: área da atividade (área de manobra, aquisição e área de segurança de navegação), rotas de todas as embarcações envolvidas na atividade e os municípios cuja infraestrutura (portos, p.ex.), serviços e equipamentos urbanos possam ser demandados durante a realização das atividades.

Nesse sentido, a Tabela a seguir apresenta a lista de municípios que fazem parte da área de estudo dos empreendimentos de acordo com os critérios estabelecidos, destacando, em cinza, aqueles que são comuns a todas as atividades, verde, os que são exclusivos de uma única atividade e laranja, os que são de parte das atividades.

ES Itapemirim

RJ Niterói

São Gonçalo

Todas as atividades

Todas as atividades

Todas as atividades

Todas as atividades

Guarujá

SP Santos

Cananéia

Guaraqueçaba

PR

Todas as atividades

Todas as atividades

Pelotas NE-PGS

Paranaguá Pelotas NE-PGS

Pontal do Paraná Pelotas NE-PGS

Matinhos Pelotas NE-PGS

Guaratuba Pelotas NE e Santos Pelotas CGG

Itapoá Pelotas NE-PGS

São Francisco do Sul Todas as atividades

Araquari Pelotas NE-PGS

Balneário Barra do Sul Todas as atividades

Barra Velha Todas as atividades

Balneário Piçarras Todas as atividades

Penha Todas as atividades

Navegantes Todas as atividades Todas as atividades

Pelotas NE-PGS

SC

Apenas para as atividades do Norte de Pelotas

Apenas para as atividades do Norte de Pelotas

Itajaí Todas as atividades Todas as atividades Todas as atividades Todas as atividades

Balneário Camboriú Todas as atividades

Itapema Todas as atividades

Porto Belo Todas as atividades Todas as atividades

Bombinhas Todas as atividades

Governador Celso Ramos Todas as atividades

Florianópolis Todas as atividades

Laguna Todas as atividades

São José do Norte

RS

Apenas para as atividades do Sul de Pelotas

Apenas para as atividades do Sul de Pelotas Todas as atividades

Rio Grande Apenas para as atividades do Sul de Pelotas Todas as atividades

Apenas para as atividades do Sul de Pelotas

Apenas para as atividades do Sul de Pelotas

UF Municípios da Área de Estudo
Critérios do TR/IBAMA
Pesca (*)
Bases
Portuárias
Recebimento de Resíduos

Atividade Pesqueira na bacia de Pelotas

A bacia de Pelotas concentra uma importante atividade pesqueira artesanal e industrial, com maior expressividade da pesca industrial.

A pesca artesanal na área de estudo, de modo geral, ocorre na região costeira, em águas rasas, sobre a plataforma continental, não se estendendo à profundidades superiores da 100m. Para essa modalidade de pesca, são utilizadas predominantemente embarcações de pequeno porte (canoas, baiteiras, botes, barcos pequenos motorizados ou não), que utilizam, principalmente, como petrechos de pescarias, redes de emalhe (fixas ou de deriva das correntes marinhas), linhas de mão diversas, redes de arrasto de praia, covos e tarrafas. Na região marinha, pode-se observar a presença também de embarcações com maior porte e autonomia, voltadas para a captura de recursos costeiros com o uso de redes de arrasto, de emalhe, espinhéis e linhas de mão diversas.

Considerando que a pesca artesanal não alcança profundidades superiores a 100m, não é prevista interferência da atividade sísmica sobre essa modalidade de pesca. A interseção entre a pesca artesanal e a atividade de pesquisa sísmica se dá exclusivamente na área de navegação” das embarcações assistente e de apoio para as bases portuárias, cuja frequência (de 2 a 3 viagens mensais), não causará um incremento significativo no tráfego de embarcações da região.

Atividades de Pesquisas Sísmicas na Bacia de Pelotas

A pesca industrial na Bacia de Pelotas é desenvolvida tanto em águas costeiras quanto oceânicas, tendo algumas modalidades com atuação concentrada em áreas sobre o talude superior e regiões em águas profundas e ultra profundas. A pesca industrial nas bacias de Santos e de Pelotas é realizadas tanto por embarcações de pequeno porte (até 8,0 m de comprimento), quanto por embarcações de médio (8,0 a 12,0 m) e grande portes (> 12 m). Quanto ao tipo de pescaria, em ordem de importância, destacam-se em primeiro lugar as embarcações que atuam com espinhéis de superfície e vara com isca viva sobre grandes peixes pelágicos, seguido das embarcações que operam com espinhel de fundo para a captura de peixes demersais, as embarcações de emalhe de fundo, que exploram espécies demersais, as embarcações de arrasto duplo, arrasto de parelha e arrasto simples, que atuam sobre espécies demersais e por fim, as embarcações que operam com potes para a captura de polvos. Os principais recursos alvo são peixes pelágicos, como o dourado, meca, atuns e outros afins, assim como espécies demersais de interesse comercial como a merluza, abrótea-de profundidade, cherne, namorado, peixe-batata, peixe-sapo e galo-de-profundidade, dentre outras.

As frotas pesqueiras industriais dos 12 municípios apontados na Área de Estudo possuem amplas áreas de abrangência, com algumas atuando não apenas nas bacias de Pelotas e de Santos, mas também nas bacias de Campos, Espírito Santo e outras.

Considerando essa abrangência, as frotas industriais apresentam possibilidades de interfaces de suas áreas de pesca industrial com as áreas das atividades de pesquisa sísmica e/ou com os corredores de navegação das embarcações assistente e de apoio.

Aspectos Socioeconômicos da bacia de Pelotas – Pesca Artesanal e Industrial

Conforme acima exposto, a Bacia de Pelotas detém de uma ativa atividade pesqueira, tanto artesanal quanto industrial. A pesca artesanal é concentrada em área costeira, não alcançando a área dos empreendimentos, sendo provável a interseção apenas nas rotas de navegação das embarcações assistente e de apoio para as bases portuárias. Já para pesca industrial praticada em alguns municípios, há sobreposição entre as áreas de realização dessas pescarias e as áreas previstas para realização das atividades de pesquisas sísmicas. Portanto, com o objetivo de minimizar a interferência nas atividades de pesca e consequentemente conflito com os pescadores locais, as empresas pretendem estreitar seus contatos com as instituições pesqueiras envolvidas, através do Projeto de Comunicação Social – PCS. Abaixo, são apresentados os possíveis impactos associados ao meio socioeconômico e uma descrição das ações que serão realizadas no âmbito do PCS.

Impactos sobre a pesca: interferência da atividade sobre os peixes.

Impactos sobre a pesca: interferência na pesca, principalmente industrial; intensificação do tráfego marinho da região; potencial danos aos petrechos de pesca; e restrições temporárias de acesso a parte do território pesqueiro.

Projetos: Projeto de Monitoramento de Praias, a partir da observação de eventos anormais relacionados a mortalidade de peixes. Imagem Ilustrativa

Projetos: Projeto de Comunicação Social, cujo principal objetivo é manter uma divulgação continua a respeito das atividades de pesquisa sísmica para as partes interessadas, especialmente relacionada aos seguintes aspectos: -Informação sobre o cronograma das atividades; -Atualizações diárias sobre o posicionamento da embarcação sísmica, através de diferentes meios, de forma que as embarcações de pesca tenham conhecimento da área de restrição temporária de navegação, para que possam planejar com segurança as suas atividades de pesca; -canais diretos de comunicação com os empreendedores para eventuais dúvidas, reclamações ou comunicação sobre perda e ressarcimento de petrechos de pesca. -comunicação in loco com as embarcações de pesca, de forma a garantir a segurança das mesmas no ambiente marítimo.

!Como navegar com segurança na área da atividade?

De modo a manter os cabos sísmicos, o navio mantém uma velocidade baixa e constante, de aproximadamente 4,5 NÓS, mantendo assim o alinhamento e o espaçamento adequados dos equipamentos. Devido ao comprimento dessas estruturas rebocadas e a necessidade de manter a velocidade baixa, a capacidade de manobra do navio se torna restrita. Portanto, para manter a segurança de todos durante a navegação, é solicitada uma distância segura de pelo menos 3 milhas náuticas dos bordos, 6 milhas náuticas da proa e 2 milhas náuticas a partir do final dos equipamentos rebocados pela popa do navio. Para garantir essa segurança, as embarcações de apoio e assistente se manterão sempre próximas ao navio sísmico para evitar que outras embarcações ultrapassem essa zona de segurança.

ÁREA DE SEGURANÇA

3 milhas náuticas

6 milhas náuticas

3 milhas náuticas

2 milhas náuticas

Biodiversidade na Bacia de Pelotas

A Bacia de Pelotas agrega uma diversidade de espécies marinhas, incluindo os mamíferos marinhos, representados pelas baleias, golfinhos, leões marinhos e elefantes marinhos; tartarugas marinhas; aves marinhas; peixes, dentre outros.

Esses grupos de animais ocorrem na região ao longo do ano, porém, algumas espécies, principalmente de baleias, apresentam ocorrência sazonal, estando presentes na região maioritariamente durante o período de migração, compreendido entre junho e novembro.

Para as tartarugas marinhas a bacia de Pelotas é considerada área de alimentação e migração, não havendo registros relevantes de desovas de nenhuma espécie.

As aves marinhas migratórias também ocorrem na região ao longo do ano. Os períodos de migração ocorrem tanto na época chuvosa quanto na época de seca, de acordo com os diferentes grupos de visitantes austrais e boreais.

Considerando a ocorrência de diferentes grupos faunísticos na região e os possíveis impactos que a atividade pode causar sobre os mesmos, serão desenvolvidos projetos ambientais ao longo do desenvolvimento das atividades de pesquisas sísmicas.

Aspectos Biológicos da bacia de Pelotas

Considerando a importância da região para a fauna marinha, em especial mamíferos, tartarugas, aves marinhas e peixes, e os possíveis impactos que a atividade pode causar sobre esses animais, para todas as pesquisas sísmicas são previstos projetos de monitoramento e mitigação ambiental, além de projetos de cunho científico, para ampliar o conhecimento sobre as espécies de ocorrência na região e a dinâmica ambiental. Abaixo, são apresentados os possíveis impactos associados à fauna local e os projetos atrelados a cada grupo de animais.

Impactos sobre mamíferos e tartarugas marinhas: Alteração do comportamento de animais marinhos, por influência do som da atividade sísmica.

Projetos: Projeto de Monitoramento da Biota Marinha e Projeto de Monitoramento Acústico Passivo, que serão implementados dentro da embarcação sísmica e visam na aplicação de medidas mitigadoras de impactos acústicos sobre esses animais, a partir da paralisação temporária da atividade caso algum animal for observado ao redor do navio.

Para esses grupos de animais, ainda serão realizados diversos projetos adicionais, com o objetivo de conhecer melhor as espécies da região e avaliar os possíveis impactos da atividade sobre eles, tais como: Projeto de Monitoramento de Praias, para verificar se os encalhes de mamíferos marinhos, tartarugas e aves ou peixes tiveram alguma relação com a atividade; Projeto de Telemetria de Tartarugas Marinhas e de Mamíferos Marinhos, para verificar se esses animais ocorrem na área da atividade ou se alteraram o padrão de deslocamento em decorrência da mesma; Projeto de Biodiversidade, que tem como principal objetivo caracterizar o ecossistema da região como um todo, desde os microorganismos até as grandes baleias e por fim, o Projeto de Monitoramento de Cetáceos, que a partir de diferentes metodologias irá levantar as áreas de ocorrências das espécies, com foco nas mais susceptíveis aos impactos da atividade de pesquisa sísmica.

Impactos sobre aves: Possíveis incidentes envolvendo aves marinhas ou terrestres que utilizam as estruturas das embarcações como base de descanso; Colisão de aves marinhas com os cabos sísmicos.

Projetos: Projeto de Monitoramento de Impactos de Plataformas e Embarcações sobre Avifauna (PMAVE), cujo objetivo é realizar o manejo e procedimentos para assegurar o bem-estar das aves;

Projeto de Monitoramento e Mitigação da colisão de aves com equipamentos sísmicos, com objetivo de aplicar medidas mitigadoras que evitem as aves marinhas colidirem com os equipamentos rebocados pelo navio sísmico.

Impactos: Poluição do mar por lançamento de efluentes e geração de resíduos sólidos.

Impactos sobre espécies nativas:

Alteração da ecologia local e introdução de espécies exóticas, ou seja, espécies de animais marinhos que não são naturais da região e podem ser trazidas aderidas no casco do navio.

Projetos: Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas, que consiste na inspeção do casco do navio, para garantir que o mesmo não apresente espécies exóticas, antes do mesmo chegar na área da atividade.

Projetos: Projeto de Controle da Poluição (PCP), através da segregação dos resíduos gerado pela atividade e tratamento dos efluentes sanitários antes de descartá-los ao mar.

Todas as pessoas envolvidas na atividade participam do Projeto de Educação Ambiental para os Trabalhadores (PEAT), tendo conhecimento sobre suas responsabilidades e situações de ameaça ao meio ambiente.

As empresas de pesquisa sísmica tem como objetivo que suas atividades sejam realizadas de maneira responsável e sustentavel com as demais atividades realizadas na regiao, de forma a compartilhar o espaço entre as atividades de pesca de maneira respeitosa, sem prejuiso para ambas as partes. A comunicação ativa e dialogo entre os setores é fundamental!

Caso você tenha alguma dúvida sobre essas atividades, por favor, entre em contato através do telefone (21) 99853-3285 ou através do e-mail sismicaspelotas@environpact.com

Este material faz parte do Projeto de Comunicação Social, uma exigência do Licenciamento Ambiental Federal.

Atividades de Pesquisas Sísmicas na Bacia de Pelotas

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