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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU | ARQUITETURA E URBANISMO

Ensaio sobre pertencimento: a cultura caetiteense

GABRIELA GARCIA PRATES | ORIENTADORA: PROFª DRA. ANDRÉA DE OLIVEIRA TOURINHO SÃO PAULO | MAIO DE 2019

Dona Chica e sua Neta no quintal de casa, descascando feijĂŁo.

Fonte: Acervo da autora. 1999

Caetité Já se finda a madrugada!

Pela insônia torturada, “Vou cantar a minha terra E as riquezas que ela encerra!”

Caetité tradicional, És tu meu berço natal!

Tens passado glorioso, Que fez teu nome famoso, Foste princesa adorada, pela fama bafejada, Porém, cidade querida, Vives tão longe, escondida…

Tu guardas nos teus rincões O ouro todo dos sertões!

Daria pra libertar Todo o Brasil secular!

Nas areias dos teus rios, Como a lançar desafios A quem o queira ir buscar, Na bateia o peneirar!

Na raiz das tuas gramas Quais fios de filigranas, Se o sertanejo as capina, Ele descobre uma mina!

E os veios grossos que encerras No seio das tuas serrras?

Minérios em profusão, Tens debaixo do teu chão!

Tu vives, princesa amada, Entre as serras debruçada, Ouvindo o vento cantar, Entre as palmas estalar, Na profusão dos coqueiros Que se contam aos milheiros!

Minha cidade bonita, Mesmo antiga, és tão catita!

No pensamento a rever, A saudade faz doer!

Recordo as manhãs brumosas, Onde neves vaporosas Levantam de tuas fontes, Cobrem o cimo dos montes!

Tu foste o berço natal De César Zama imortal!

Plínio de Lima e João Gumes Foram chispas dos teus lumes!

Aquele grande poeta Teve lirismo de esteta!

Anísio, Rodrigues Lima Nomes que a fama sublima, E muitos nomes famosos De filhos teus, valorosos!

No teu seio, sepultados Estão meus pais muito amados, Meus irmãos muito queridos, Jamais serão esquecidos!

Adeus, cidade bonita, Ó terra minha, bendita!

Com teu passado de glória, Estás na minha memória Embora eu viva distante, Jamais te esqueço um instante, Tudo o que é teu rememoro, Ó mater que eu tanto adoro!

Nicodema Alves

Sumário Considerações Iniciais

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Levantamento de Campo

08

1. Compreender História Linha do Tempo Cultura Exploração

13 14 17 19

2. Conhecer Território Cidade Recorte Topografia Zoneamento Identidade do Território

25 27 29 32 33 35

3. Conhecer Situação das Vias Observatório Meteorológico Professor Alfredo José da Silva Helena Lima Santo Casa do Barão de Caetité

41 45 51 55 57

4. Propor Linha de Ônibus Tipologias Viárias Percurso da Memória Observatório Meteorológico Casa do Barão Professor Alfredo José da Silva Helena Lima Santos

60 63 65 66 68 70 72

Próximos Passos

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Referências

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O céu anil e um edifício em ruínas.

Fonte: Acervo da autora. 2019.

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Considerações Iniciais o pertencimento .

Caetité é uma cidade pertencente ao Alto Sertão Baiano, que uma vez já foi muito conhecida por ser referência em educação. Nos dias atuais, é alvo de exploração: produção de energia eólica, extração de urânio e num futuro próximo, a extração de minério de ferro.

Tais operações trarão riscos à cidade que não possui estruturas ou planejamento.

Por isso, este trabalho se trata sobre o pertencer.

O pertencer no sentido de um resgate à memória; a população precisa estar ciente do que é seu. Precisa conhecer a sua história e assim, preservá-la.

Ter o conhecimento de sua história e cultura é direito de todos.

Mas porquê, apesar de morar em São Paulo e viver todos os dias os problemas que a cidade apresenta, defini uma área de estudo tão longe?

A motivação pelo tema surgiu a partir de uma relação afetiva que tenho com a cidade: meu pai é natural de lá e cresci ouvindo suas histórias. Das vezes que visitei, ainda quando criança, tive a oportunidade de participar de festas e costumes locais.

E ao estudar mais a fundo sua cultura, vi que é uma terra de muitas oportunidades.

O centro histórico guarda muitas construções de arquitetura característica da região, mas a degradação dessas construções históricas é evidente. E com o futuro desenvolvimento econômico, suas principais características podem se perder, uma vez que tais construções estão em mãos de proprietários que visam o lucro.

Em busca de resgatar essa cultura e conscientizar a população sobre os riscos que a cidade corre, foram definidas quatro construções que guardam a memória. Tais construções pertenceram à figuras importantes no decorrer da história: 1. O terreno onde, há pouco, estava a casa de Helena Lima Santos, professora que dedicou a vida à Escola Normal, instituição de ensino levada à região por Anísio Teixeira; 2. A casa do Professor Alfredo da Silva Santos: Primeiro professor negro da Escola Normal e também diretor. Sua casa hoje está em estado crítico, apesar de estar localizada numa região de alta visibilidade.

3. A casa do Barão de Caetité, tombada pelo IPAC, mas hoje sem uso.

4. O antigo observatório, edifício que foi definido ainda por D. Pedro II para medir as mudanças climáticas de toda a região do Alto Sertão, mas que hoje está em ruínas e sem futuro certo.

Foram definidas também alguma diretrizes urbanas com foco na mobilidade, buscando qualificar este território: uma linha de ônibus, dando acesso às partes mais afastadas ao centro histórico; ruas exclusivas de pedestres e ciclistas, além travessias adequadas à sua circulação, qualificando o percurso.

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Levantamento de Campo e Dados Este trabalho é resultado de uma série de pesquisas, mas o que mais me influenciou na etapa de planejamento para o projeto, foi a experiência que tive ao visitar o local: foram nove dias na cidade, que me proporcionaram descobertas e uma verdadeira imersão na cultura local.

Antes de realizar a viagem, já havia reunido uma série de informações sobre a cidade, o que me deram um direcionamento a respeito de como seria a visita.

Como se trata de uma cidade pouco explorada, suas informações não são de fácil acesso. Portanto, como resultado da viagem, obtive um dossiê da cidade e alguns de seus edifícios históricos, que serão apresentados nos capítulos seguintes.

Abaixo, listarei as etapas importantes para reunir as bases utilizadas no projeto.

o ponto de partida

1.

A ideia inicial para o desenvolvimento do trabalho era a de intervir no edifício do antigo Observatório Meteorológico, construído em 1909, atualmente em ruínas. Portanto, antes de iniciar os levantamentos gerais da cidade, a prioridade era visitar tal edifício e levantar suas medidas.

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Croqui elaborado no local, na tentativa de levantar medidas do Observatório Meteorológico.

Fonte: Elaborado pela autora. 2019.

2.

O Acervo Público Municipal de Caetité reúne uma série de

documentos e arquivos utilizados durante toda a história da cidade.

Ao visitá-lo, tive acesso aos documentos emitidos pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), que relatam cada edifício que já está tombado pelo Instituto, assim como imóveis de interesse de preservação, que serão apresentados no capítulo “Identidade do Território”.

Ali conheci Rosália Junqueira, funcionária do Acervo e uma das diretoras da Associação Amigos do Museu do Alto Sertão Baiano (AMASB), que relatou as angústias de querer preservar o patrimônio de sua cidade e ao mesmo tempo, vê-lo sendo destruído pelos interesses particulares de cada proprietário.

O Acervo está localizado no antigo edifício da Cadeia (tombado pelo IPAC), em frente à uma edificação muito notável e em ruínas: a casa do Professor Alfredo José da Silva. Foi quando decidi adicioná-la aos meus lotes de intervenção, em busca de ressignificar a memória da cidade.

Fonte:Foto da Autora do Registro do Acervo Público Municipal de Caetité. 2019.

3.

A visita ao Museu do Alto Sertão da Bahia (MASB) me muito.

ensinou

Ali, além de conhecer a Casa da Chácara, antiga residência histórica fora do centro da cidade, participei de uma reunião da AMASB. A AMASB é uma Associação mantida por pessoas com o interesse de preservar a sua história e cultura: foram eles que, com muita luta, conseguiram inaugurar o MASB. Sua história começou quando, durante as escavações para a instalção das torres de energia eólica, realizadas pela empresa Renova, foram descobertos achados arqueológicos da região. A intenção da empresa era de enviá-los à um museu localizado em Ilhéus. Em contrapartida, um grupo de moradores da região interviu e lutou para que tais achados fossem guardados no município pertencente, com a intenção de preservar o que é seu.

A sua narrativa tem muita semelhança com o tema deste trabalho: o pertencer.

4.

A Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa) foi responsável pelo desenvolvimento dos mapas digitais da cidade, inclusive usados pela Prefeitura. Em conversa com Carlos Paulo Santana da Silva, gerente da unidade de Caetité, obtive um relato de uma pessoa que não é natural da cidade, não tem olhos voltados ao Patrimônio, mas tem uma posição crítica sobre as atividades de lazer, que pouco são ofertadas na região.

Ali, tive acesso ao mapa digital da cidade com informações de pontos de distribuição de água.

5.

Em visita à Prefeitura Municipal, no Departamento de Engenharia Civil, obtive acesso aos mapas digitais com informações sobre o zoneamento da cidade.

No mesmo dia, na Secretaria da Cultura, Educação e Turismo, conheci Edimilson Brito Gomes, com quem tive uma verdadeira aula sobre o patrimônio e indentidade da cidade. Edimilson é também diretor da Associação de Memória e Patrimônio Cultural de Caetité e também faz parte de uma iniciativa para o desenvolvimento de um projeto para o Observatório Meteorológico. O mesmo me permitiu acesso aos registros feitos até o momento sobre o edifício.

A Casa da Chácara. Fonte:Foto da Autora. 2019.

6.

9 Os locais e pessoas apresentados foram de extrema importância para o desenvolvimento deste trabalho.

Além desses cinco passos, também fiz um levantamento geral em toda área de intervenção: usos, gabaritos, registros fotográficos, etc.

10

11

1.Compreender

Registro de CaetitĂŠ e suas montanhas.

Fonte: Acervo digital do IBGE.

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História Neste capítulo, irei situar o leitor sobre as etapas que foram importantes para a construção da cidade que existe hoje, para contextualizar o trabalho, antes de entendermos melhor sobre a estrutura da cidade em si.

A história que é contada foi construída por uma série de acontecimentos e sociedades.

Por isso, nas seguintes páginas, há uma linha do tempo que conta os principais acontecimentos: passando de seus princípios, suas comunidades indígenas, ao golpe de 64, que teve grande influência no reconhecimento de Caetité.

Reconhecida por ser um pequeno núcleo povoado com uma situação geográfica privilegiada ao estar situada nas elevações da Serra Geral. Foi um estratégico ponto de pouso e abastecimento para os exploradores que estavam à procura de ouro e pedras preciosas no interior da Bahia.

A cidade é berço de figuras como Anísio Teixeira, Rodrigues Lima, Nestor Duarte, a pintora Lucília Fraga, os escritores Marcelino Neves, João Gumes, Nicodema Alves, entre outros.

Fonte: Acervo digital do IBGE.

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A “Princesinha do Sertão”, como é descrita na Plataforma Digital do IBGE, decaiu muito em relação ao que era. Assim como afirma Lima (2016, p.52): Muitos foram os motivos que justificam o processo pelo qual Caetité perdesse o alto status social e político sustentado por décadas. Os fluxos migratórios tornaram-se frequentes, as estradas reais foram substituídas por rodovias, as acentuadas crises de secas que assolavam a região em longas estiagens, a expansão comercial voltada para Salvador, que, consequentemente, acentuou a distância desta cidade com outros centros comerciais, tudo acrescido da crise aurífera e diminuição de rotas viajadas por garimpeiros, tropeiros e vaqueiros, além da total queda comercial escravista. Tudo isso foi motivo para que Caetité cedesse espaço para centros emergentes.

Fonte: Acervo digital do IBGE.

Início De acordo com o Arquivo da História da Cidade de Caetité, o território era originalmente habitado por indígenas da linhagem Jê, mas há autores que referem que no final do século XVI os índios Maracás ocupavam a região entre a serra do Sincorá e a serra de Caetité, havendo também a referência de que no século seguinte a região entre Minas do Rio de Contas e Caetité era ocupada pelos índios Aracapás.

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Porém, quando a terra era habitada por estes grupos, era conhecida por ser uma região de medo, onde habitavam povos bárbaros.

Como Lima afirma, “os índios, primeiros e legítimos moradores da região, eram, muitas vezes, tratados como rebeldes e selvagens desordeiros submetidos ao trabalho escravo (grifo nosso) de “desbravadores”.

Tratados como “gentios bárbaros”, eles foram condenados ao “castigo”, à escravidão e ao extermínio. ” (LIMA, 2016, p.29)

Século XVI

As terras da região do Alto Sertão foram alcançadas pelo movimento colonizador baiano. Nomes importantes dessa colonização são o de Antônio Guedes de Brito e Francisco Dias D’Ávila, “sendo estes os senhores conhecidos por possuírem inúmeros currais de gado e atuarem como importantes fornecedores de animais a várias regiões sertanejas tomadas de povos indígenas” (LIMA, 2016, p.28)

A Catedral de Sant’Anna. Acima, em sua forma original e à direita, depois de sua reforma, ocorrida em 1910.

Fonte: Arquivo Público Municipal de Caetité.

Século XVII

Século marcado pelas guerras contra os povos indígenas nativos. As comunidades foram aniquiladas. Se tornou ponto de interesse também aos bandeirantes, em busca de riquezas.

A região, agora, passou a ser local de transição. Era conhecida também como os currais da Bahia, para a criação de gado. Portanto, “foi o trânsito a principal marca da região, tanto pela comercialização de produtos como pelo deslocamento de animais” (IBGE, 2009, p.78) No início do século também, foram descobertas as jazidas de ouro nas minas de Rio de Contas, no leito do rio Brumado, próximo à atual cidade de Caetité.

Na época, a cidade era apenas um pequeno núcleo povoado, conhecido por possuir uma situação geográfica privilegiada ao estar situada nas elevações da Serra Geral, como afirma Lima.

Era ponto de apoio para os viajantes e tropeiros que vinham da região do médio São Francisco com destino a Feira de Santana ou ao Estado de Minas Gerais.

Século XVIII

A origem da Vila é ligada à uma das fazendas da região. No ano de 1740, a família Carvalho, edificou uma capela para a santa católica Santa Ana, “ doando terras para a criação de uma freguesia, o que foi feito no ano de 1754.

Foi assim que, sob um forte contexto catolicista à época e local, sob a invocação da santa católica Santa Ana, que a capela, após passar por melhorias e reformas necessárias, serviu de matriz.” (LIMA, 2016, p.38) Em 1754, foi criada a Freguesia de Santa Ana do Caitaté. Até hoje, a Sant’Ana é vista como a padroeira local e é realizada uma festa anualmente em sua homenagem.

Século XX

Em 1913, a cidade tronou-se sede de Diocese, desmembrando-se da Arquidiocese de Salvador. Tornou-se o centro religioso regional.

Com a diocese instalada em 1925, a cidade recebeu vários benefícios, como o primeiro aeroporto do sertão baiano.

Na educação, Anísio Teixeira lutava para reerguer a Escola Normal, que depois fora transformada no Instituto que leva seu nome.

A ditadura militar de 1964 foi um importante episódio para a cidade: Anísio Teixeira e o poeta Camilo de Jesus de Lima foram assassinados, o que levou este polo educacional e cultural ao declínio, depois de 1970.

Século XIX

Em sentido horário: O Jornal A Penna, a Prefeitura Municipal e o Teatro.

Fonte: IBGE, biblioteca virtual.

Em 5 de abril de 1810, se tornou a Vila Nova do Príncipe.

Foi elevada a cidade em 1867. De seu território, originaram-se 47 municípios. A vila participou indiretamente das lutas pela Independência da Bahia, apoiando o Governo Provisório instalado na Vila de Cachoeira.

Após as lutas, Caetité foi palco das batalhas do Mata-Maroto, em 1823.

No final do século, foi visitada por Teodoro Sampaio, importante engenheiro brasileiro, que denominou Caetité como “Corte do sertão”.

A cidade é terra natal de Rodrigues Lima (genro do Barão de Caetité), primeiro governador do estado da Bahia. O mesmo trouxe a modernização com instalações públicas: foi a primeira cidade do interior baiano a ter uma rede de energia elétrica, rede de água, teatro, construção de açudes, cemitério municipal, mercado, a primeira Escola Normal do Alto Serão, entre outros.

A política local se dividia entre os Rodrigues Lima, o coronel Cazuzinha e o coronel Deocleciano Pires Teixeira (pai de Anísio Teixeira).

João Gumes foi o responsável por instalar em Caetité o primeiro jornal do alto sertão: o periódico “A Penna”, em 1897.

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MILHÕE S O D O BEC

S

16

AVENIDA SANTANA

TÉ

RUA

ETI DE CA O Ã R BA

Fonte: Elaborado pela autora com base do Google Earth

Cultura

A Festa de Santana, em volta da Matriz.

Fonte:Claudio Amaral

A cidade é conhecida na região por ser palco de muitas festas populares que acontecem durante o ano. O carnaval, a Emancipação da Bahia, a festa de Santana, o aniversário de Caetité, entre outras.

Além disso, é muito comum assistir à disfiles em datas comemorativas, seja de escolas ou de organizações.

Nessas festas, a população das cidades vizinhas se faz presente. São motivo de orgulho aos cidadãos. É importante observar que as principais comemorações possuem o mesmo itinerário: Iniciam na Igreja da Matriz, seguindo pela Avenida Santana, descendo pelo Beco dos Milhões, passando pela Rua Barão de Caetité e terminam na Praça da Matriz.

Algumas das principais festas são: 1. Festa de Santana: último final de semana de julho; 2. Independência da Bahia: 2 de julho; 3. Lavagem da Esquina do Padre: Janeiro 4. Carnaval: Fevereiro 5. Aniversário de Caetité: 5de abril

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Torres de energia eรณlica em funcionamento.

Fonte: Acervo da autora. 2019.

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Exploração Caetité além de ser muito ligada à cultura e à educação, é terra de grandes reservas minerais.

Atualmente, o município é dono da maior mina de urânio a céu aberto da América Latina, que é explorada pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e também é palco das instalações das enormes torres de energia eólica, que foram implantadas pela RENOVA. Como se não bastasse, ainda receberá uma Barragem de Minérios, entre o Município de Caetité e Pindaí, pela BAMIN.

MINÉRIO DE FERRO

A BAMIN (Bahia Mineração S.A.) é uma empresa cujo controle acionário é do Eurasian Resources Gorup (ERG), um grupo com sede no Cazaquistão.

A empresa é responsável pelo Projeto Mineração Pedra de Ferro, nos municípios de Caetité e Pindaí.

O minério de Ferro que será extraído, segundo a BAMIN, será comercializado para a indústria siderúrgica.

De acordo com a página oficial da empresa: O empreendimento denominado Projeto Pedra de Ferro pretende produzir 18 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, ser uma das mineradoras mais modernas do mundo e contribuir para transformar a Bahia no terceiro maior produtor de minério de ferro do Brasil.

Um dos pontos mencionados pela empresa, é que o empreendimento gerará certa de 20 mil empregos para a cidade.

Ainda, em relação às “vantagens” mencionadas na página oficial, está a construção da FIOL: Ferrovia de Integração Oeste Leste.

Trata-se de uma obra do Governo Federal, que ligará o Porto Sul e as cidades de Caetité e Barreiras a Figueirópolis, no Tocantins.

MINA DE URÂNIO

A INB é uma instituição estatal brasileira, criada em 1988, que é responsável pela extração e produção de combustível nuclear no Brasil.

Essa exploração de urânio é causa de muitas denúncias realizadas pelas populações de Caetité e Lagoa Real, município vizinho.

O urânio é um metal radioativo que, ao depender do grau de enriquecimento, pode ser utilizado em usinas nucleares e bombas atômicas.

Portanto, os impactos ambientais dessa exploração são imensos.

Em 1970, foi encontrado no município de Caetité jazidas uraníferas economicamente exploráveis.

Após o esgotamento da exploração de urânio em Poços de Caldas, Minas Gerais, a INB “Esta exploração já foi tema de inúmeras denúncias, destacando-se a realizada pelo INGA e Greenpeace, que detectou uma quantidade imprópria de radiação em poços localizados no entorno das minas.” (p.12)

IMPACTOS AMBIENTAIS

Apesar das empresas responsáveis propagarem somente vantagens sobre a exploração na região, na prática não é bem assim.

O urânio é um metal altamente radioativo. O Projeto Mineração Pedra de Ferro acarretará com a construção de uma Barragem de Rejeitos e com os casos de Brumadinho e Mariana, sabemos os danos que podem ser causados.

Além desses riscos, os impactos gerados ao meio ambiente também são enormes.

O Projeto Pedra de Ferro pretende extrair 15 milhões de toneladas de concentrados de minério, durante 15 anos, o que resulta em 32 milhões de toneladas.

Para a ocupação da mina, é necessário fazer-se o rebaixamento do lençol freático da área.

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Como é apontado pelo MAM (Movimento pela Soberania Popular na Mineração), existem contradições nas informações fornecidas pela empresa em relação aos impactos ambientais:

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1- A área destinada à mineração para empresa Bamin tem um grande potencial hídrico e fonte de abastecimento e recarga de 26 nascentes, além de ser um divisor de águas das bacias do São Francisco e Rio de Contas.

Essa fonte hídrica é necessária para o abastecimento de milhares de famílias nos municípios de Caetité, Pindaí e Licínio de Almeida, que utilizam água do Poço da Cachoeira, mapeado onde está prevista a instalação da Barragem.

2- Para iniciar e manter a operação da Mina, a empresa pretende realizar o rebaixamento do lençol freático, isso implica reduzir o nível de água que atualmente se encontra em 900 metros para 300 metros através da perfuração de poços profundos.

3- O consumo de água apresentado pela empresa é de um nível estratosférico, e , considerando-se o fato de localizar-se no Polígono das secas, a quantidade de água requerida para o Projeto Pedra de Ferro chega a ser assustadora. Vejamos alguns dados: 480 m³/h, ou seja 480000 mil de litros retirados do rebaixamento do lençol freático. 765m³/h- 765000 mil de litros de água a serem retirados do Rio São Francisco no Município de Malhada, por hora. Além de outras quantidades mencionadas pela própria empresa no RIMA. Para realizar a exploração do minério de Ferro a empresa fará uso de aproximadamente 114.000.000.000 (cento e quatorze bilhões) de litros de água por ano, o que daria para se construir 2.192.307 cisternas de produção (52.000 litros cada cisterna para o consumo humano.

(CPT; MAM , 2017) 4- A instalação da Barragem de Rejeito destruiria uma área de vegetação nativa preservada de 719 hectares.

Nessa área se localiza o Riacho Pedra de Ferro , responsável pela formação do maior córrego conhecido

na área como Rio Grande , e um dos afluentes do Rio Carnaíba de Dentro (afluente da Bacia do Rio São Francisco), um dos principais responsáveis pelo abastecimento e irrigação de inúmeros agricultores familiares em Ceraíma, Guanambi, além de outras localidades.

5- A área da Alternativa 2, além de suas nascentes como o Pedra de Ferro e o Poço Cachoeira é composta por uma área florestal de grande riqueza em termos de biodiversidade, e por se tratar de uma área de ecótono apresenta tanto espécies endêmicas de flora de Cerrado e Caatinga, como contém vegetação de porte arbóreo remanescente de Mata Atlântica.

Trecho da matéria disponível em: http://mamnacional.org. br/2018/07/27/mineracao-em-caetite-bahia-contradicoes-de-uma-tragedia-anunciada/. Acesso em 20 de março de 2019.

Muitas comunidades tradicionais da região utilizam dessas áreas para extrativismo de plantas medicinais e frutos, além do pastoreio do gado. Além de serem áreas que estão localizados rios e riachos que abastecem as famílias. O projeto prevê uma supressão vegetal de uma área de 719 hectares.

Segundo relatório de impacto ambiental, apresentado pela BAMIN em 2009 e indicado pela Agência Sertão: “a construção da barragem afetará os moradores dos distritos de Guirapá e Brejinho das Ametistas, além das comunidades de Cana Brava, Açoita Cavalo, Açoita Cavalo II, Fazenda da Mata, Fazenda da Mata de Baixo, Rio da Faca, Rio da Faca de Cima, Fazenda das Flores, João Barroca e Brejo. No entanto, um estudo da Comissão Pastoral da Terra apontou que a barragem também afetaria moradores das comunidades de Araticum, Casa da Roda, Olho D’água dos Pires, Rancho do Meio, Baixa Preta, Barra dos Crioulos, Barriguda, Cachoeira de Baixo, Pedro Antônio, Novo Horizonte, Cachoeira de Cima, Pau Ferro, Piripiri, Poço Cumprido, Rega Pé e Tabuas, todas localizadas entre os municípios de Caetité e Pindaí.

Trecho retirado de https://agenciasertao.com/2019/01/27/barragem-de-rejeitos-caetite-pindai/. Acesso em 20 de março de 2019.

Caso aconteça o desmoronamento da barragem, o caminho da lama será o rio São Francisco. A mesma está localizada a 115 quilômetros do rio, na sub-bacia do Rio das Rãs.

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22

23

2.Conhecer Os capítulos a seguir apresentam o território, a cidade e a aproximação do Centro Histórico.

Território Este capítulo é dedicado ao entendimento da região em que a cidade de Caetité está inserida.

Loacalizada a 757km de Salvador, a cidade está situada na região Sudoeste do estado da Bahia.

A partir da divisão de Territórios por Identidade do Estado, a cidade faz parte do Sertão Produtivo.

Porém, a região é popularmente denominada como Alto Sertão Baiano.

Alto Sertão Baiano

24

O Alto Sertão Baiano se trata de uma divisão imaginária, que é considerada muito mais por pesquisadores, historiadores e antigos habitantes. Existem diversas explicações sobre essa divisão: alguns dizem que se trata da distância das terras entre o Sul da Bahia e o Norte de Minas Gerais. Outros, explicam que essa denominação se dá por serem terras mais afastadas da capital, da costa e do Recôncavo.

De acordo com Guimarães (2012, p. ), essa expressão ganha o que o autor chama de “uma elasticidade histórica” que, de certo modo, contribui e “dá conta de expressar as dinâmicas socioculturais de uma porção do território baiano”.

Brasil

Sertão Produtivo O Sertão Produtivo é a divisão oficial. Se trata de uma denominação dada pelo Estado.

A formação das vilas do Alto Sertão se deram, em grande parte, por conta do Rio São Francisco. De acordo com dados do IBGE, a população total é de 439.455 habitantes, onde 51% se concentra em áreas rurais.

O território tem sua economia em grande parte baseada na agricultura familiar.

Atualmente, é composto por 19 municípios: Guanambi, Brumado, Caetité, Palmas de Monte Alto, Iuiú, Candiba, Pindaí, Urandi, Sebastião Laranjeiras, Caculé, Rio do Antônio, Malhada de Pedras, Tanhaçu, Ituaçu, Contendas do Sincorá, Dom Basílio, Livramento de Nossa Senhora e Lagoa Real.

Bahia

Município de Caetité

Cidade de Caetité

O município que existe hoje é resultado de diversas transformações

do território: como era uma região administrativa importante, diversos povoados se originaram dali. Ao longo dos anos, tais povoados foram se desenvolvendo, emanciparam-se e se tornaram próprios municípios.

Atualmente, é composto por cinco distritos: Caetité, Bejinho das Ametistas, Caldeiras, Maniassu e Pajeú do Vento.

O mapa ao lado ilustra os limites do município e seus vizinhos, assim como seus distritos.

TANQUE NOVO

PARAMIRIM

LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA

IGAPORÃ

Área Territorial: 2442 km²

25

Poupulação: 5861 habitantes

LAGOA REAL

CAETITÉ

Densidade: 19,45 hab/km² Fonte: dados obtidos a partir da estimativa do IBGE para 2018

GUANAMBI

Vila de Caldeiras Vila de Maniassu Vila de Pajeú do Vento

IBIASSUCÊ

Cidade de Caetité Vila de Brejinho das Ametistas

Fonte: Mapa elaborado pela Autora com base do Google Earth.

PINDAÍ

CACULÉ

Cidade BR 122

BR 4

26

BR

030

26

BA

A cidade de Caetité é a maior e mais importante da região.

A zona urbana é dividida em 14 bairros.

O sistema viário principal é composto pelas Rodovias BR-30, BR-264, BR-122 e BR-156.

O sistema hidrográfico é formado pelo Rio São João (demarcado no mapa ao lado), que faz parte da Bacia do Rio São Francisco.

6

15

LEGENDA Rodovias Vias Mais Movimentadas .

Fonte: Elaborado pela autora com base do Google Earth.

Hidrografia

BR 122

BR

264

O mapa ao lado identifica os principais equipamentos públicos presentes em toda a cidade. É possível observar uma concentração da oferta de equipamentos na regão central, onde também estão localizados os principais edifícios históricos.

BR 030

27 LEGENDA

Equipamentos de grande porte Hospital Cemitério Universidade Prefeitura Estádio

Equipamentos Educação Cultura .

Fonte: Elaborado pela autora com base do Google Earth.

56

1 BA

Áreas Verdes

Recorte de Aproximação

6 7

8 28

5

9 10

11

12 13 14

4 Bairros

1 2

3

1.Centro 2. Observatório 3. São Vicente 4. Ovidio Teixeira 5. Alto Buenos Aires 6. Nossa Senhora da Paz 7. Santo Antônio 8. Loteamento Rancho Alegre 9. Chácara 10. Alto do Cristo 11. Baruana 12. São José 13. Santa Rita 14. Rancho Alegre

IDA W. T EIXE IRA AVE N

RUA

RUI

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BOS

A

AVENIDA SANTANA

ITÉ DE CAET O Ã R A RUA B

A ID

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AVENIDA PARAMIRIM

29

O

RN TO

N CO O mapa acima representa o recorte de aproximação onde serão localizadas as principais intervenções. Nele, estão marcadas as principais vias, com maior movimento. Nos mapas a seguir, estarão representadas as principais características da região.

.

ESCALA 1:5000

30

PREDOMINÂNCIA COMÉRCIO E SERVIÇO

DE

O mapa acima representa a predominância de usos na região. Observa-se que há uma boa distribuição de comércio, serviço e residências nos lotes lindeiros às .

ESCALA 1:5000 principais avenidas.

31

Igreja da Matriz: Nossa Senhora de Santana

Parques e Praças

Instituições de Ensino

Acervo Público Municipal Casa Anísio Teixeira

.

Lotes de Intervenção

ESCALA 1:5000

.

ESCALA 1:5000

Topografia A síntese topográfica do território: Uma cidade em meio às montanhas do Alto Sertão Baiano, o que proporciona altas declividades nas vias, principalmente nas áreas mais afastadas.

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Zoneamento O Plano de Desenvolvimento do Município de Caetité é o instrumento que estabelece diretrizes e estratégias para a ordenação do território.

De acordo com o Plano, a região do recorte está entre duas zonas: A ZUM I e a ZRS, que direcionam e relação ao gabarito e usos que cada lote poderá ter.

São eles: ZUM I: Zona de Usos Mistos. De acordo com o Plano de Desenvolvimento do Município (2006,p.3): Corresponde à área urbana hoje ocupada tanto por residências, como por atividades comerciais, industriais e de serviços, compatíveis com o uso residencial predominante pelo seu porte, sendo a região que apresenta melhores condições de adensamento e verticalização, pelo seu relevo, pela infra estrutura disponível, pela possibilidade de expansão e pela articulação com as outras zonas. O teto máximo nesta zona será de três pavimentos, acima do nível da rua.

ZRS: Zona Residencial Sul. Como é indicado no Plano de Desenvolvimento(2006,p.4): Área destinada ao uso exclusivo de residências. Só serão permitidas atividades comerciais de apoio aos bairros, tais como, padarias, super mercados,clinicas, farmácias, bares e serviços. Nesta zona o teto máximo será de dois pavimentos acima do nível da rua.

ZUM I 33

ZRS

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SEM ESCALA

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Identidade do território Caetité é cidade de uma identidade muito marcante. O tipo de uso do solo é de predominância residencial, com casas em sua maioria térreas e sem garagem.

Como ainda estão preservadas algumas de suas antigas residências, principalmente em bairros mais antigos (como no centro), ainda podemos ver como era o estilo de vida de épocas passadas.

Observa-se uma repetição de tipologia por toda a cidade. Como já informado, residências térreas, porém sem recuos frontais ou laterais. Como de costume, a população mais antiga preserva suas casas de campo (as chamadas “roças”), onde plantam e colhem o que consomem.

Como as distâncias são curtas, a população tem o costume de caminhar, apesar das péssimas condições de caminhabilidade (que serão apresentadas nos capítulos seguintes)

preservação O órgão responsável pela presevação dessas características históricas da cidade é o Instituto de Preservação Artística e Cultural da Bahia (IPAC).

No Centro Histórico, estão tombados dez edifícios e mais 32 construções estão indicadas como Interesse de Preservação, além de ter sido traçada uma poligonal de preservação.

Fonte: Acervo da autora. 2019.

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Hotel de Caetité Casa Natal de Cezar Zama

Casa de Anísio Teixeira

Casa de Câmara e Cadeia

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Igreja de São Benedito

Casa do Barão de Caetité

Casa da Praça Rodrigues Lima, 178

Casa do Coronel Cazuzinha

Casa da Praça Rodrigues Lima, 76

Casa da Praça Rodrigues Lima, 105 Fonte: Acervo da autora. 2019.

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O mapa acima representa o perímetro definido pelo IPAC para a preservação da memória da cidade.

IMÓVEIS TOMBADOS

IMÓVEIS DE INTERESSE DE PRESERVAÇÃO

POLIGONAL IPAC

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3. Conhecer Os capítulos a seguir aproximam ainda mais as informaçþes importantes para justificar as propostas de projeto: da escala urbana ao lote.

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500 metros

Situação das Vias Apesar da grande declividade de algumas vias, as distâncias necessárias para chegar aos principais pontos são curtas.

Como o mapa ao lado representa, um raio de 500 metros equivale de cinco a dez minutos de caminhada. Ou seja, toda a área do centro é de rápido acesso a pé.

Durante a visita ao lugar observei que, apesar da cidade ter essa enorme oportunidade (de poder ser transformada em uma cidade caminhável e, consequentemente, com uma população mais saudável), o uso do carro é muito frequente. Mesmo as pessoas que já residem no centro ainda um o carro para se locomover até a feira ou mercado.

Por isso, esse capítulo mostra uma análise das vias existentes e suas condições de caminhabilidade, relacionando os números marcados no mapa com a fotografia do respectivo trecho.

Vista da Avenida do Contorno: calçadas estreitas e coms obstruções. vFonte: Acervo da autora. 2019.

3

Paramirim. Observa-se a relação da largura do leito car1 Avenida 2 roçável com a oferta de calçadas, que muitas vezes são obstruídas por

Aina na Avenida Paramirim, um trecho com alta declividade e calçadas ainda mais estreitas. Fonte: Acervo da autora. 2019.

rampas de acesso às residências. Fonte: Acervo da autora. 2019.

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do Alto do Observatório. A situação do arruamento e 4 Vista calçadas estreitas. Fonte: Acervo da autora. 2019.

na Rua Helena Lima Santos. Observa-se mais a frente a na Rua Helena Lima Santos, agora a relação do leito carroçável 5 Calçada 6 Ainda existência de um poste no meio do passeio. Fonte: Acervo da autora. com a oferta de calçadas. Fonte: Acervo da autora. 2019.

2019.

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7 e 8, ambas na Rua Helena Lima Santos: A obstrução da Dom José Terceiro. Uma via com lotes residenciaisapresentando 8 Figuras 9 Rua calçada e o alinhamento das árvores no leito carroçável. Fonte: Acervo os mesmos problemas das imagens anteriores: o leito carroçável é da autora. 2019.

7

muito mais amplo do que o espaço do pedestre. Observa-se À direira uma residência que foi construída no alinhamento da rua, diminuindo ainda mais a área de passeio. Fonte: Acervo da autora. 2019.

Vista da mesma travessa, olhando para a Rua Barão de Caetité.

A principal Avenida da cidade: a Avenida Santana. Em de uma das tantas travessas existentes na cidade. Alta 10 Vista 11 12 Fonte: Acervo da autora.

2019. todo o seu comprimento, estão distribuídas vagas de declividade e calçadas estreitas. Fonte: Acervo da autora. 2019. estacionamento.Fonte: Acervo da autora. 2019.

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O observatรณrio Meteorolรณgico

Fonte: Acervo da autora. 2019.

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Observatório Meteorológico O observatório Meteorológico de Caetité teve seu início ainda na época da Monarquia. O último Imperador do Brasil, D. Pedro II, teve a iniciativa de construir uma rede de medição meteorológica em todo o país e a cidade de Caetité foi considerada ideal para receber um dos pontos dessa rede.

A ideia do Imperador era de analisar as mudanças climáticas em todo o país.

Portanto, sua construção aconteceu somente em 1908, quando o Brasil já havia se tornado República, pelo então Ministério da Agricultura.

O observatório era encarregado de registrar toda a mudança climática do Alto Sertão da Bahia.

Um casal Alemão, Bernardo e Olga Ohlsen, ficou encarregado por sua direção, local que também se tornou a casa deles. Tiveram seus cinco filhos ali. O casal veio de Santa Catarina, em 1908. Segundo Lima, “ é comum registrar informações que indicam o péssimo português desses alemães. ” O prédio, originalmente, possuía duas torres. O telescópio ficava na segunda torre, que hoje não existe mais.

Possuía também cata-vento, barômetro, barógrafo, termógrafo, heliógrafo e pluviômetro.

Atualmente, o prédio está abandonado e em aparente estado de deterioração.

As imagens ao lado mostram as laterais e os fundos do lote que o observatório ocupa.

Fonte: Acervo da autora. 2019.

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Fonte: DossiĂŞ do ObservatĂłrio cedido por Edimilson Brito Gomes. Sem data.

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Fonte: Acervo da autora. 2019.

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A CIDADE E O OBSERVATÓRIO Os moradores de Caetité se mobilizam para a recuperação do observatório. E a Prefeitura não está atrás, demonstrando interesse em adicionar o edifício à seus patrimônios municipais.

O pedido de tombamento, segundo relatos, foi realizado há mais de 20 anos. Em reportagem realizada pelo jornal Sudoeste Bahia, Luiz Benevides, atual superintendente de Patrimônio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer de Caetité afirma: Eles (a União, atual responsável pelo edifício) têm ciência da situação do prédio, porém não se manifestam. Infelizmente, a Prefeitura se encontra de pés e mãos atadas, pois não se pode fazer nenhuma intervenção no prédio sem a devida autorização da União. (...) Desde que eu cheguei à Secretaria de Cultura, estamos lutando para que isso (o processo de tombamento) venha a acontecer, pois todos em Caetité sabem o estado em que está o imóvel.

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Em Maio de 2017, o prefeito Aldo Godim deu início à uma parceria da Prefeitura com Universidades para a recuperação do observatório. Em reunião, o Prefeito determinou que fosse feito o tombamento do edifício.

Em contato com o arquiteto e professor João Maurício Ramos, o mesmo informou que existe uma parceria entre a Universidade do Estado da Bahia, a Prefeitura de Caetité e a Associação de Memória e Patrimônio Cultural de Caetité, para a elaboração de um anteprojeto do Observatório de Ciências, Tecnologia e Culturas. Porém, esse projeto ainda está em fase de desenvolvimento.

Fonte: Acervo da autora. 2019.

Fonte: Acervo da autora. 2019.

Corte AA Planta Baixa: Pavimento TĂŠrreo

Planta Baixa: Pavimento Superior

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Fachada Frontal

Fachada Posterior

Levantamentos do ObservatĂłrio, realizados pela equipe da UFBA, cedidos por Edimilson Gomes.

Fachada Lateral Esquerda

Fachada Lateral Direita

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Vista Frontal da fachada da ResidĂŞncia do Prof. Alfredo.

Fonte: Acervo da autora. 2019.

Residência do Professor Alfredo José da Silva Uma das residências com maior visibilidade na cidade por estar situada em frente ao Acervo Público Municipal, na antiga Cadeia.

O que mais chama atenção não é só o tipo de arquitetura característica das casas baianas, mas o estado a que chegou. Do lado de fora, é possível ver a estrutura usada no forro da sala. Com a fachada muito prejudicada pelas ações do tempo, a residência do Professor Alfredo José da Silva chama muita atenção de quem passa ali.

As imagens a seguir mostram a situação da casa.

quem foi Alfredo?

Alfredo José da Silva (1887-1985) foi o primeiro professor negro e segundo diretor da Escola Normal de Caetité (criada em 1926).

Também foi diretor do Instituto de Educação Anísio Teixeira e chegou a ser Prefeito da cidade de Caetité entre 1947 e 1948.

Toda sua vida foi dedicada à educação e como a cidade tem um grande elo com isso, sua figura se faz ainda mais importante no contexto deste trabalho.

Fonte: Acervo da autora. 2019.

51 Fonte: Acervo da autora. 2019.

Fonte: Acervo da autora. 2019.

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Vista Lateral da fachada da ResidĂŞncia do Prof. Alfredo.

Fonte: Acervo da autora. 2019.

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Fonte: Acervo da autora. 2019.

Fonte: Acervo da autora. 2019.

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O terreno onde ficava a casa de Helena Lima Santos.

Fonte: Acervo da autora. 2019.

Vazio de Helena Lima Santos Mais uma residência de outra figura importante para a educação em Caetité.

Helena Lima Santos (1904-2000) foi professora e diretora na Escola Normal.

Autora de uma importante peça da historiografia caetiteense, “Caetité:Ilustre e Pequenina”, estudou e escreveu sobre Caetité a partir de conversas com os próprios moradores.

Sua residência é objeto de estudo por possuir grande visibilidade e ser um exemplo do que pode acontecer com as demais residências que são a cara da cidade: em 2014, foi demolida.

Fazia parte de um dos imóveis com interesse de preservação pelo IPAC, inclusive estando dentro do perímetro da Poligonal.

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Trecho de reportagem do Jornal Virtual Sudoeste Bahia. O dia que uma das residências que fazia parte do Centro Histórico foi demolida. Um lugar com visibilidade, que por muitos anos, abrigou uma das figuras mais importantes para a educação em Caetité.

A situação da fachada antes da demolição.

Fonte: Sudoeste Bahia

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Fonte: Acervo da autora. 2019.

Casa do Barão de Caetité A Casa do Barão está localizada na rua de mesmo nome, uma das mais movimentadas da cidade e faz esquina com uma pequena travessa, que a liga à Avenida de Santana.

Hoje, encontra-se fechada, sem qualquer uso, mas foi palco da formação da sociedade da Cidade.

Há relatos de que no acervo guardado no porão da casa, estão registros de compra e venda de escravos.

A casa foi construída no início do século XIX, para abrigar a família do Barão da cidade, mas também viveram figuras como Joaquim Manoel Rodrigues Lima, primeiro governador eleito na Bahia.

Hoje, a casa faz parte do conjunto tombado pelo IPAC em 1979.

Abaixo, as plantas que representam a distribuição dos espaços na Casa do Barão.

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Fonte: Acervo da autora. 2019.

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4. Propor Aqui, serão apresentados os projetos, a nível de ideias e diretrizes, para intervenções no território.

Todos os projetos visam valorizar o percurso histórico proposto, melhorar a mobilidade, ligando os pontos mais afastados ao centro e qualificar o passeio do pedestre.

1. Linha de Ônibus A primeira intervenção a ser feita, na escala urbana, é a inserção de uma Linha de ônibus.

A cidade não possui nenhum tipo de transporte público e a maioria dos deslocamentos acontecem de carro ou a pé.

Portanto, foi pensada uma linha de ônibus que permite o acesso das partes mais afastadas às principais vias de distribuição e ao centro.

Para sua inserção, foram considerados equipamentos que concentram uma grande quantidade de pessoas: além dos loteamentos residenciais, a Prefeitura, o Estádio e o Centro Histórico.

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Prefeitura Estรกdio Loteamento Minha Casa Minha Vida Centro Histรณrico Linha de ร nibus Proposta

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TIPO A TIPO B TIPO C TIPO D

2. Novas Tipologias de Vias A segunda etapa da proposta urbana é aproximar nas vias. A ideia é oferecer uma cidade caminhável para todos os habitantes e, por mais que a proposta incialmente, foi pensada para a região central, as mesmas tipologias podem ser aplicadas em outras regiões da cidade.

Após analisar as vias existentes, observei uma necessidade urgente de transformar essa cidade para quem mais importa: as pessoas. Portanto, proporcionar uma caminhada confortável, segura e atrativa, é essencial para qualificar os percursos a pé.

Abaixo, apresento quatro tipos de via. Suas localizações no Recorte estão indicados no mapa ao lado.

A intenção é, além de qualificar o percurso, valorizar o Centro Histórico. A intervenções nas vias acabam sendo um atrativo.

~~~Fry-King~~~

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TIPO A Na via de Tipo A, o acesso de carros não é permitido. Foram escolhidas ruas de grande fluxo no coração da cidade, com uma grande oferta de comércio e serviço. Foram retiradas faixas de estacionamento.

A estrutura da via é a de um calçadão para pedestres e ao centro, uma ciclofaixa.

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3.84

TIPO B A via de Tipo B é exclusiva de pedestres. Com uma faixa de arborização central, proporcionando sombra e conforto térmico (importante em Caetité por ter muito sol e ser muito quente).

Esse tipo será distribuído nas travessas entre as ruas. O uso do solo dos lotes lindeiros deve ser misto (comércio/ residência) com aberturas voltadas às travessas.

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TIPO C A via de Tipo C permite o acesso de carros, mas de forma controlada. Somente uma faixxa de veículo é ofertada, visando diminuir o fluxo na região.

Ciclofaixas também estão presentes, dando novas possibilidades de transporte.

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TIPO D A via de Tipo D é distribuída nas faixas de ônibus propostas. Nela, as calçadas são mais largas para abrigar os pontos de ônibus. Também oferece ciclofaixas amplas.

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3. Percurso da Memória O Percurso da Memória é um caminho que busca a valorização do Patrimônio.

Uma rota foi traçada, ligando os quatro edifícios de intervenção e passando pelas ruas do Centro Histórico, onde também foram propostas as novas tipologias de via.

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Observatório Meteorológico O Observatório carrega uma história muito ligada às tecnologias e ciências. Nos seus princípios, era espaço de educação e inovação.

Por isso, para o ponto de partida do Percurso da Memória, a proposta é a construção de um Centro de Estudos do Meio Ambiente.

Uma parceria das empresas exploradoras da região, que causarão um enorme estrago ambiental, com o Ministério do Meio Ambiente.

A ideia é que o espaço seja construído atrás do edifício existente e que os aparelhos de medição (já antigos) sejam retirados.

Uma extensão para os estudantes e pesquisadores da Universidade Estadual da Bahia, com a oferta de salas de aula multiuso e laboratórios.

O espaço também será de uso da população: no nível da Praça, um espaço de exposições aberta ao público.

O antigo Observatório será restaurado, abrindo espaço para uma biblioteca e espaço de estudos.

A circulação acontece por meio de uma rampa helicoidal, fazendo referência à escadaria original do edifício pré existente.

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Área do Terreno: 2003,82m²

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Planta Pavimento Térreo Refeitório Exposição

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Rua A lto do Obser va

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ESCALA 1:500 Planta Primeiro Pavimento 7 5 Espaço Multiuso 6 Salas de Aula 8 9

Sanitários Biblioteca Sala de Estudo

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ESCALA 1:500 Planta SegundoPavimento Laboratórios Sanitários

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Casa do Barão de Caetité

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O próximo passo no Percurso da Memória é relacionado ao descanso: a proposta para a Casa do Barão de Caetité é dar um novo uso: transformá-la em restaurante. É um edifício tombado pelo IPAC, com Grau de Proteção 1.

Ou seja, todas as características da casa devem ser mantidas durante as intervenções.

No porão, estão guardados diversos móveis usados pelos moradores originais.

Então a prosposta de trazer este novo uso tem intenção de utilizar também estes móveis guardados.

Uma parte da casa será cedida à uma área de exposição, onde as pessoas poderão conhecer mais sobre a história do lugar.

Para a implantação da cozinha, foi pensado em um anexo, que se liga á casa por meio de uma passarela.

O patio já existente será ocupado por mesas e cadeiras, o salão aberto do restaurante.

Área do Terreno: 743,73m² As plantas originais da Casa. Esc. 1:250

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de Caetité Rua Barão

de Caetité Rua Barão

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Planta Pavimento Térreo Exposição ExposiçãRecepção

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Salão Coberto Anexo: Cozinha

ESCALA 1:500 Planta Subsolo 5 Salão Aberto 6 Bar

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Depósitos

Professor Alfredo A Casa do Professor Alfredo é a próxima parada.

Para oferecer um espaço de lazer, é proposto um cinema no local.

Como o registro do interior do imóvel não foi possível na visita e também considerando o seu estado de deterioração, somente as fachadas serão preservadas. Como uma casca.

O interior será completamente transformado e adaptado para oferecer uma sala de cinema com 142 lugares.

No nível mais baixo do terreno, é proposto um café.

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Área do Terreno: 443,37m² 2

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Planta Primeiro Pavimento Sala de Projeção

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Planta Nível Intermediário 6 Bilheteria Pipoca

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Helena Lima Santos Para o terreno vazio existente, e a para final a proposta é a inserção de um teatro a céu aberto.

Ele servirá de apoio nos dias de festas tradicionais, assim como poderá receber peças e shows.

O espaço abrigará espetáculos e será mais uma opção de lazer para a população.

A oferta de uma praça no nível da rua e uma arquibancada descoberta, que poderão ser utilizados nos dias comuns.

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Área do Terreno: 1165,22m²

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Praça Arquibancada Palco Camarim Apoio Sanitários Coxia Planta Palco

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Próximos Passos Esta etapa do desenvolvimento de trabalho se concetrou no levantamento de dados e pesquisa de campo.

Com essas informações, foram propostas diretrizes para a implantação de equipamentos de apoio à cidade e que visam a preservação da memória.

No próximo semestre, pretendo focar na parte de desenvolvimento dos projetos, assim como continuar a pesquisar sobre os assuntos abordados nesta etapa, que muito me interessam.

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Referências AGUIAR, Lielva Azevedo. Em meu Caetité: a cidade através dos livros de memorialistas. Disponível em: http://vencontro.anpuhba.org/anaisvencontro/L/Lielva_Azevedo_Aguiar.pdf.

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GUIMARÃES, Eudes Marciel Barros. Um Painel com Cangalhas e Bicicletas: Os (Des)Caminhos da Modernidade no Alto Sertão da Bahia (Caetité, 1910-1930). Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Programa de Pós-Graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Franca. 2012. Disponível em file:///C:/Users/user/Downloads/CAETITE%20guimaraes_emb_me_fran%20(1).pdf.

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LIMA, Zamana Brisa Souza. Museu do Alto Sertão da Bahia: diálogos entre museu de território e culturas digitais. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Bahia. Programa de Pós-Graduação em Museologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Salvador. 2016. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/22646/1/dissertacao%20mestrado%20zamana%20brisa.pdf . Acesso em 06 de março de 2019.

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SUDOESTE BAHIA. Reportagens sobre o Observatório e a casa de Helena Lima Santos. http://www.sudoestebahia.com/noticias/22766-observatorio-de-caetite-pede-socorro--mas-a-quem e http://www.sudoestebahia.com/ noticias/10094-2014/11/14/caetite--pequenina-e-ilustre---por-luzmar-oliveira.

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