Manual de Orientação para Trabalhos Científicos

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Manual de Orientação para Trabalhos Científicos



Sumário 1 Apresentação ........................................................................................................................... 3 2 TRABALHOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS: UMA CONCEITUAÇÃO ............................................. 4 3 Projeto de pesquisa .............................................................................................................. 4 4 TRABALHOs ACADÊMICOs ....................................................................................................... 6 4.1 Conceituação ..................................................................................................................................... 6 4.2 Elementos e Estrutura de Trabalhos Acadêmicos ....................................................................... 6 4.2.1 Elementos Pré-textuais ................................................................................................................................................. 8 4.2.1.1 Capa .......................................................................................................................................................................... 8 4.2.1.2 Lombada ................................................................................................................................................................. 8 4.2.1.3 Folha de rosto ........................................................................................................................................................ 8 4.2.1.4 Ficha catalográfica ............................................................................................................................................... 9 4.2.1.5 Errata ......................................................................................................................................................................... 9 4.2.1.6 Folha de aprovação .............................................................................................................................................. 9 4.2.1.7 Dedicatória ............................................................................................................................................................. 9 4.2.1.8 Agradecimentos ................................................................................................................................................... 9 4.2.1.9 Epígrafe ................................................................................................................................................................. 10 4.2.1.10 Resumo em língua nacional ........................................................................................................................ 10 4.2.1.11 Resumo em língua estrangeira ................................................................................................................... 10 4.2.1.12 Palavras-chave (Descritores) ........................................................................................................................ 10 4.2.1.13 Listas de ilustrações, de tabelas, de abreviaturas, de siglas e de símbolos .................................. 10 4.2.1.14 Sumário ............................................................................................................................................................... 11 4.2.2 Elementos Textuais ...................................................................................................................................................... 11 4.2.2.1 Introdução ............................................................................................................................................................ 11 4.2.2.2 Objetivo(s) ............................................................................................................................................................ 11 4.2.2.3 Método(s) ............................................................................................................................................................. 12 4.2.2.4 Resultado(s) ......................................................................................................................................................... 12 4.2.2.5 Discussão .............................................................................................................................................................. 12 4.2.2.6 Conclusão(ões) ................................................................................................................................................... 12 4.2.3 Elementos Pós-textuais .............................................................................................................................................. 12 4.2.3.1 Referências ........................................................................................................................................................... 12 4.2.3.2 Glossário ............................................................................................................................................................... 12 4.2.3.3 Apêndices ............................................................................................................................................................. 13 4.2.3.4 Anexos ................................................................................................................................................................... 13 4.2.3.5 Índice ...................................................................................................................................................................... 13

4.3 Regras de apresentação ................................................................................................................ 13 4.3.1 Formato ........................................................................................................................................................................... 13 4.3.1.1 Capa ........................................................................................................................................................................ 13 4.3.1.2 Folha de rosto ...................................................................................................................................................... 13 4.3.1.3 Parágrafos ............................................................................................................................................................. 13 4.3.1.4 Seções .................................................................................................................................................................... 13 4.3.1.5 Notas ...................................................................................................................................................................... 13 4.3.1.5.1 Notas de rodapé .............................................................................................................................................. 13 4.3.1.5.2 Notas de referência ........................................................................................................................................ 14 4.3.2 Numeração das Seções e Sub-seções .................................................................................................................... 14 4.3.3 Paginação ................................................................................................................................................................. 14

4.4 Dados ................................................................................................................................................ 14 4.4.1 Tabelas ............................................................................................................................................................................. 14 4.4.2 Gráficos ............................................................................................................................................................................ 15

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4.4.3 Figuras .............................................................................................................................................................................. 16 4.4.4 Quadros ........................................................................................................................................................................... 16

4.5 Encadernação e Mídia eletrônica ................................................................................................ 16 4.5.1 Trabalhos de Conclusão de Curso ........................................................................................................................... 16 4.5.2 Monografias ................................................................................................................................................................... 16 4.5.3 Dissertações e teses ..................................................................................................................................................... 16

5 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO ......................................................................................... 17 5.1 Citações ............................................................................................................................................ 17 5.1.1 Sistema numérico ........................................................................................................................................................ 17 5.1.2 Sistema autor-data ...................................................................................................................................................... 17 5.1.2.1 Citação direta ou textual ................................................................................................................................. 17 5.1.2.2 Citação direta até 3 linhas ............................................................................................................................... 17 5.1.2.3 Citação direta com mais de 3 linhas ............................................................................................................ 17 5.1.2.4 Citação com destaques, supressões e interpolações no texto ........................................................... 18 5.1.2.5 Citação em língua estrangeira ....................................................................................................................... 18 5.1.2.6 Citação indireta ................................................................................................................................................... 18 5.1.2.7 Citação pelo título do documento ............................................................................................................... 18 5.1.2.8 Citação de autores ............................................................................................................................................. 18 5.1.2.9 Citação de comunicação pessoal ................................................................................................................. 19 5.1.2.10 Citação de citação ........................................................................................................................................... 19

6 Referências ............................................................................................................................. 20 6.1 Elementos essenciais ..................................................................................................................... 20 6.2 Elementos complementares ......................................................................................................... 20 6.3 Localização ...................................................................................................................................... 20 6.4 Ordem dos elementos .................................................................................................................... 20 6.5 Normas Bibliográficas .................................................................................................................... 20 6.5.1 Norma ABNT 6023/2002 ............................................................................................................................................ 20 6.5.2 Estilo Vancouver ........................................................................................................................................................... 30

7 OUTROS TRABALHOS: CONCEITUAÇÃO E ESTRUTURA .................................................... 34 7.1 Esquema ........................................................................................................................................... 34 7.2 Resumo ............................................................................................................................................. 34 7.2.1 Redação do resumo ..................................................................................................................................................... 34 7.2.2 Tipos de resumo ............................................................................................................................................................ 35

7.3 Resenha ............................................................................................................................................ 35 7.4 Fichamento ...................................................................................................................................... 36 7.5 Trabalho de revisão e atualização (pesquisa bibliográfica) ..................................................... 37 7.6 Relatórios ......................................................................................................................................... 37 7.7 Trabalhos publicáveis em periódicos científicos ....................................................................... 39

8 considerações finais ......................................................................................................... 40 9 referências ............................................................................................................................. 43

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1 Apresentação

O Grupo Saúde Bandeirantes (GSB), preocupado com a produção acadêmica e disseminação de conhecimento produzidos em suas unidades elaborou Manual de Orientação para Trabalhos Acadêmicos, a fim de padronizar suas publicações científicas. A normalização ou padronização é uma exigência da comunidade de pesquisadores como forma de facilitar a escrita, a leitura e a difusão dos trabalhos de natureza científica. O Manual de Orientação para Trabalhos Acadêmicos que colocamos à disposição é resultado do esforço conjugado de membros do Comitê de Ética em Pesquisa e da Comissão Científica do GSB, equipe multidisciplinar do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) e do Departamento de Comunicação e Marketing do Grupo, responsáveis pelos conteúdos de metodologia científica e revisão gramatical. O objetivo deste Manual é auxiliar todos aqueles que desejam orientação na elaboração de trabalhos acadêmicos, facilitando a escrita e a leitura para as comunidades acadêmica e científica. Destaca-se que as normas aqui apresentadas podem e devem continuar sendo revisadas, ampliadas e melhoradas, o que deverá ser feito sempre que necessário, em atendimento às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e o International Committee of Medical Journal Editors para as normas Vancouver. Por fim, este Manual representa o alinhamento às normas nacionais e internacionais na construção de uma identidade e unificação de procedimentos dos trabalhos acadêmico-científicos dos alunos formados no Grupo Bandeirantes. Agradecemos a todos que, de forma direta ou indireta, participaram da realização deste material.

Cynthia Helena Merlin Coordenação de Ensino e Pesquisa Grupo Saúde Bandeirantes

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2 TRABALHOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS: UMA CONCEITUAÇÃO De modo geral, pode-se afirmar que trabalhos técnico-científicos são textos que expressam determinado conhecimento do mundo e que se diferenciam de outras expressões simbólicas e do conhecimento, pois se constituem de textos sistematizados (frutos de pesquisa, elaboração e compreensão) e organizados considerando orientações que sustentam as produções da comunidade científica. Nesse sentido, devem ser elaborados de acordo com as normas preestabelecidas e com os fins a que se destinam contribuindo, dessa forma, para a compreensão dos saberes produzidos pelos homens, refletindo suas dúvidas, suas certezas e, mais ainda, os processos resultantes do enfrentamento com o mundo. É por meio da produção desses trabalhos que se torna possível participar dos espaços de conquista nas diversas áreas do saber, inserindo-se na história da formação do conhecimento. Produzir conhecimento pressupõe produzir textos escritos – e é nessa escrita que o conhecimento se manifesta, revelando a compreensão da realidade, considerando-se os elementos constitutivos do universo de relações culturais, sociais e interpessoais vivenciadas, condicionantes da produção escrita dos indivíduos. O mundo pós-moderno exige do sujeito a habilidade de saber comunicar aos outros os posicionamentos, os argumentos, os pontos-de-vista a respeito de um assunto, independentemente de estar em uma universidade. Tal comunicação, prioritariamente escrita, exige, e pressupõe, uma participação mais efetiva na cultura do mundo letrado. Trata-se, em suma, do lugar da sistematização, em que a organização do pensamento se faz abrindo-se a possibilidade de uma formulação própria. É por meio da produção escrita de trabalhos técnico-científicos que se desenvolve a autonomia e se adquire a capacidade de aprender e de socializar o saber produzido. São, pois, trabalhos que exigem sempre fundamentação, questionamento e diálogo permanente com autores e teorias distintos. Trabalhos técnico-científicos podem constituir-se em observações e (re)produções das experiências e dos resultados já apresentados por outro, em trabalhos experimentais, cobrindo os mais variados campos do conhecimento, bem como em trabalhos teóricos, reveladores de análise ou de síntese de informações, levando à produção de conhecimentos novos. Além do respeito à especificidade própria de cada produção (a ser apresentada a seguir), esses trabalhos deverão respeitar a funcionalidade da redação no que diz respeito aos princípios de textualidade, quais sejam, a articulação e a coerência. Devem apresentar-se com vocabulário próprio e o estilo de redação deverá contemplar brevidade (usar palavras, frases e parágrafos curtos), concretude (dizer claramente, minimizando interpretações), consistência (termos correntes e aceitos), objetividade, fluência (vocabulário, gramática, pontuação e composição adequados) e, quando for o caso, impessoalidade, elementos que caracterizam a cientificidade do que se quer apresentar.

3 Projeto de pesquisa Projeto de pesquisa é o meio utilizado para comunicar ou explicitar o rumo de uma pesquisa a ser desenvolvida. Não é possível pesquisar sem, antes, projetar, ou seja, o que transforma uma investigação em ciência é exatamente o seu caráter de planejamento, de orientação, de reflexão e sistematização considerando uma base teórica. Para evitar imprevisto e garantir a objetividade necessária, é preciso explicitar os passos a serem seguidos e o que se pretende alcançar com tal pesquisa. É importante ressaltar que qualquer atividade pedagógica desenvolvida, obedecendo a critérios de observação, comparação e interpretação, é considerada atividade de pesquisa.

Elementos necessários à constituição de um Projeto de pesquisa: Título Sintetiza o conteúdo do trabalho. Instituição executora Nome: Endereço: Telefone e ou fax: E-mail: Localização Mencionar o local e/ou região onde o projeto será executado.

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Período de execução Registra o período (mês e ano) necessário para o desenvolvimento do projeto com previsão de início e término de execução. Introdução Tem a função de introduzir o leitor ao assunto. Deve explicitar os pressupostos teóricos, descrevendo o que é conhecido sobre o tema, quais as questões já respondidas por outras pesquisas. O referencial tem ainda a função de fornecer subsídios para a problematização do tema ou a realidade observada. Deve-se esclarecer que o conhecimento acumulado não é suficiente para a solução do problema em foco. Formulação do problema O pesquisador, diante de um tema mais geral, realiza escolhas, faz um recorte e seleciona um aspecto, um dado da questão para realizar seus estudos de aprofundamento. Após definir e delimitar o problema de pesquisa, este deverá ser enunciado de forma interrogativa. A pergunta deve ser clara e objetiva, indicando os aspectos e/ou variáveis que o pesquisador pretende trabalhar. É importante ter em mente as seguintes indagações: esse é realmente um problema que merece investigação? Trata-se de uma pergunta que atende às indagações que realmente me coloco? Tal pergunta possibilita a investigação? Justificativa Trata-se de procurar explicar a importância de se pesquisar o que se pretende. A justificativa deve dar conta, com clareza, das razões para a realização da pesquisa. Deve conter informações, tais como, necessidade e viabilidade do projeto, relevância social, econômica, cultural ou ambiental do problema a ser pesquisado; contribuição da pesquisa para o avanço do conhecimento; descrição da situação atual e análise sucinta do passado e do presente, com informações quantitativas e qualitativas sobre a área a que o projeto se destina; abrangência geopolítica. Formulação de hipóteses As hipóteses são formulações de soluções provisórias a respeito de determinado problema em estudo. Portanto, são formulações que serão confirmadas ou não, considerando a pesquisa feita. A hipótese deve ser enunciada de forma clara, indicando a relação entre as variáveis que deram origem ao problema de pesquisa. Deve, também, ser formulada com fundamento em conhecimento teórico e raciocínio lógico, sendo, por isso, denominada hipótese científica. Faz-se necessário atentar para o fato de que existem hipóteses de partida (as iniciais) e as de chegada (finais); e cuidar para que, na tentativa de demonstrar as hipóteses, o trabalho não fique tendencioso. Objetivos Depois de delinear os elementos anteriores, fica mais fácil determinar os objetivos a serem alcançados com a pesquisa. Pode-se formular um objetivo mais amplo, articulando-o a específicos. Os objetivos devem ser centrados na busca de respostas para as questões relevantes identificadas no problema de pesquisa e que ainda não foram respondidas por outras pesquisas. Devem ser bem definidos, claros e realistas, mantendo coerência com o problema que deu origem ao projeto. Os objetivos geral e específico apresentam as seguintes características: Objetivo geral Define, de modo geral, o que se pretende alcançar com a realização do projeto. Objetivo específico Define etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objetivo geral, ações que devem ser desenvolvidas. Material e métodos ou Casuística e métodos Deve-se apresentar o tipo de pesquisa quanto à natureza, aos objetivos, aos procedimentos e ao(s) objeto(s). Neste último caso, explicitar se a pesquisa confirma-se como de campo, bibliográfica ou laboratorial. Deve-se informar a respeito dos métodos de procedimento, de abordagem e das técnicas utilizadas. Considerando que todos os experimentos envolvem variáveis, deve-se explicitá-las, fixando, portanto, as variáveis dependentes e independentes e o objeto material ou formal da pesquisa, esclarecendo, ainda, os critérios de inclusão e exclusão que levaram à escolha da amostra, (objeto) da pesquisa. O investigador deve apresentar quais procedimentos serão empregados na busca das respostas às indagações formuladas. Para tanto, deverá apresentar uma definição da amostra e quais técnicas serão utilizadas na coleta de dados (entrevista, observação, formulário, consulta a arquivos e outros). Referências Relacionar a literatura citada no corpo do projeto, seguindo orientação contida neste guia, item 6, pág. 19.

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Orçamento Este item estará presente nos projetos que pleiteiam financiamento para sua realização. Deve prever: gastos com pessoal, material de consumo, material permanente e demais serviços, o cronograma de desembolso. Recursos humanos Relacionar o responsável (coordenador) pelo projeto e os demais colaboradores, com respectiva formação acadêmica, titulação e percentual de dedicação ao projeto. Anexos e Apêndices Conforme itens 4.2.3.3 e 4.2.3.4, pág. 13.

4 TRABALHOs ACADÊMICOs 4.1 Conceituação Trabalho de Conclusão de Curso: resultado de um estudo visando à conclusão de um curso de graduação. Monografia: resultado de um estudo visando à obtenção do título de Especialista. Dissertação: documento escrito visando à obtenção do título de Mestre, que representa o resultado de um trabalho experimental, de tema único, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações ou a exposição de um estudo cientifico retrospectivo (trabalho de revisão de literatura). Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a supervisão de um orientador com título de Doutor. Tese: documento escrito visando à obtenção do título de Doutor, que representa um estudo científico de tema único, bem delimitado e original. Deve ser elaborado com base em investigação, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. É feito sob a supervisão de um orientador com título de Doutor.

4.2 Elementos e Estrutura de Trabalhos Acadêmicos Existem elementos que são obrigatórios em trabalhos acadêmicos e outros que podem constar conforme o desenvolvimento do trabalho. Recomendamos a consulta à tabela abaixo onde são apresentados todos os itens que compõem o trabalho acadêmico, inclusive na ordem em que devem ser apresentados.

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Elementos pré-textuais

Obrigatório

Opcional

Capa Lombada Folha de rosto Ficha catalográfica Errata Folha de aprovação Dedicatória Agradecimentos Epígrafe Resumo em língua nacional Reusmo em língua estrangeira Palavras-chave (descritores) Lista de ilustrações (quadros, gráficos, etc) Lista de tabelas Lista de abreviaturas e de siglas Lista de símbolos Sumário Elementos textuais Introdução Objetivo Método Resultados Discussão Conclusões Elementos pós-textuais Bibliografia Glossário Apêndices Anexos Índice

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4.2.1 Elementos Pré-textuais 4.2.1.1 Capa Elemento obrigatório que visa proteger e dar melhor apresentação ao trabalho. Deve apresentar o nome da instituição, nome completo do autor, título e subtítulo do trabalho, local (da instituição de apresentação do trabalho) e ano de depósito (ou entrega).

Hospital Bandeirantes Trabalho de conclusão de curso - 2010

NOME COMPLETO DO AUTOR Sofrimento e contradição: o significado de morte, do morrer e da humanização para enfermeiros que trabalham no processo de doação de orgãos para transplante Trabalho de conclusão de curso

São Paulo 2010

4.2.1.2 Lombada A lombada dos trabalhos impressos deve conter as seguintes informações: nome completo do autor, título do trabalho conforme apresentado na página de rosto e ano. 2010

NOME DO AUTOR QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE

4.2.1.3 Folha de rosto Elemento obrigatório. Apresenta os elementos essenciais à identificação do trabalho na seguinte ordem: Nome completo do autor: centralizado e situado na margem superior do papel; Título: em destaque e centralizado na página; se houver subtítulo, este deve ser precedido por dois pontos (:); Nota Explicativa: relata acerca do caráter acadêmico do documento (trabalho acadêmico, trabalho de conclusão de curso, monografia, dissertação, etc), o objetivo, o grau pretendido, a instituição onde foi apresentado, a disciplina ou área e o nome do orientador. Essa nota é transcrita com espaçamento simples e alinhada a partir do centro da página; Local e Ano: nome da cidade de apresentação do trabalho e ano (de entrega), ambos indicados ao centro da margem inferior da página.

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Nome do Autor

Qualidade de vida na terceira idade

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista no programa de Pós-graduação em Enfermagem Cardiovascular Clínica e Intervencionista, Universidade Cruzeiro do Sul e Hospital Bandeirantes. Sob orientação de: XXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXX

São Paulo 2010

4.2.1.4 Ficha Catalográfica A ficha catalográfica deve constar no verso da folha de rosto, na parte inferior. Sua elaboração deve ser feita por profissional bibliotecário, em conformidade com o Código de Catalogação Anglo-Americano vigente. 4.2.1.5 Errata Lista das folhas e linhas onde ocorreram erros, seguidas das devidas correções; apresenta-se quase sempre em papel avulso, por ser acrescido ao trabalho depois deste finalizado. Cuidado! Ao confeccionar a errata, todos os erros deverão ser corrigidos. Folha

Parágrafo

Linha

Onde se lê

Leia-se

3

1

2

altura

alvura

4.2.1.6 Folha de aprovação Elemento obrigatório para Trabalhos de Conclusão de Curso e Monografias. As assinaturas dos componentes da banca examinadora são colocadas após a aprovação do trabalho ou defesa da dissertação. 4.2.1.7 Dedicatória Espaço reservado para que o autor preste homenagem a alguém. 4.2.1.8 Agradecimentos Dirigidos àqueles que contribuíram para a elaboração do trabalho.

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4.2.1.9 Epígrafe Citação seguida de indicação de autoria, relacionada ao assunto abordado no trabalho. 4.2.1.10 Resumo em língua nacional Elemento obrigatório. Figurando em folha separada, o resumo apresenta concisamente o conteúdo do texto, destacando o objetivo, a metodologia, os resultados e as conclusões do trabalho. Deve ocupar apenas um parágrafo, dando se preferência a verbo na voz ativa, não devendo ultrapassar 250 palavras. Deve-se evitar o uso de frases negativas, símbolos, fórmulas que não sejam de uso corrente, bem como comentários, críticas e julgamento pessoal do resumidor. Deve-se evitar também palavras e/ou expressões supérfluas como: “O presente trabalho...”; “O autor do trabalho descreve...”. 4.2.1.11 Resumo em língua estrangeira Versões em outras línguas são localizadas após a folha do resumo na língua original, em folhas distintas: Abstract (inglês), Résumé (francês). 4.2.1.12 Palavras-chave (Descritores) Após o Resumo, seguem-se as palavras-chave (key-words, em inglês, ou mot-clés, em francês), unitermos ou descritores científicos do conteúdo do trabalho. As palavras-chave devem constar logo abaixo do texto do resumo, separadas entre si por ponto e vírgula e finalizadas por ponto. A definição das palavras-chave deve ter base em vocabulários controlados, ou seja, Decs/Bireme para a área da saúde (Acesso: http://decs.bvs.br). 4.2.1.13 Listas de ilustrações, de tabelas, de abreviaturas, de siglas e de símbolos São opcionais; entretanto, recomenda-se listar os elementos quando o número de itens por tipologia for superior a cinco, respeitando-se a ordem de ocorrência no texto. As listas de ilustrações e de tabelas são as relações desses itens, numerados em algarismos arábicos, na ordem em que aparecem no texto; cada item deve ser identificado por seu título específico, seguido do número da página onde está inserido. Os diversos tipos de ilustrações (desenhos, esquemas, figuras, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos, etc) são identificados por sua denominação específica e devem compor listas separadas. Exemplo LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Os significados da morte e da doação de órgãos para os enfermeiros das OPOs ............ 58 Figura 2 – Conflitos vivenciados pelo enfermeiro no processo de trabalho de captação de órgãos ...... 36 Exemplo LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Estado nutricional segundo a dobra cutânea tricipital .......................................................... 20 Tabela 2 – Estado nutricional segundo a circunferência do braço .........................................................36 Tabela 3 – Estado nutricional segundo a circunferência muscular do braço ......................................... 42 Lista de abreviaturas, de siglas e de símbolos é a relação alfabética das abreviaturas, siglas e símbolos usados no texto, seguidos da expressão correspondente por extenso. Em relação às siglas, a primeira vez em que aparecerem, seu significado deve ser colocado por extenso, e a seguir em parênteses, e nas demais vezes em que forem mencionadas, apenas a sigla correspondente. Ex: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Exemplo LISTA DE ABREVIATURAS adapt. ---------------------------------------------- adaptador A.C. ------------------------------------------------ Antes de Cristo Dr. -------------------------------------------------- Doutor

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Exemplo LISTA DE SIGLAS ABNT ............................... Associação Brasileira de Normas Técnicas AMB ................................. Associação Médica Brasileira OMS ................................ Organização Mundial da Saúde OPAS .............................. Organização Pan-Americana de Saúde SUS ................................. Sistema Único de Saúde Exemplo LISTA DE SÍMBOLOS h ............................................................. hora kg ........................................................... quilograma m/s ......................................................... metro por segundo = ............................................................. igual a 4.2.1.14 Sumário É um elemento obrigatório. Deve figurar imediatamente após a(s) folha(s) de lista(s), com o título centralizado na folha. O sumário deve indicar os dados considerando cada divisão e subdivisão na mesma ordem e grafia em que aparecem no corpo do texto: o respectivo indicativo à esquerda do título de cada parte; o título; número da folha, ligado ao título por linha pontilhada. Devem-se destacar os títulos das seções (primárias, secundárias, etc) utilizando-se os recursos de caixa-alta ou versal, negrito, itálico e outros, conforme NBR 6024:2003. De acordo com a NBR 6027:2003, obras em mais de um volume devem apresentar o sumário completo do trabalho em cada um dos volumes. Exemplo

SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS RESUMO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 15 2 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................................. 33 2.1 Tipo de pesquisa ............................................................................................................................. 33 4.2.2 Elementos Textuais 4.2.2.1 Introdução A introdução de um trabalho abre-se com uma declaração inicial que expressa, com concisão, a idéia a partir da qual a abordagem irá se debruçar. Deve ser clara, interessante e em linguagem direta. Em seguida, deve conter o referencial teórico embasado na literatura, esclarecendo o assunto, com referências bibliográficas; delimitando a extensão e a profundidade que se pretende adotar e o enfoque do tema; com as idéias mestras do desenvolvimento do assunto; evidenciando a relevância do assunto a ser tratado, bem como a relevância social, cultural, econômica e ambiental da tarefa empreendida, apresentando claramente as razões da realização da pesquisa e conduzindo o leitor aos objetivos do trabalho. Posteriormente, quando pertinente, esboçam-se a hipóteses. Caso constitua-se desejo dos pesquisadores, é bastante válido citar as dificuldades enfrentadas na realização da tarefa, as quais valorizam sua execução. A introdução, que deve ser redigida após a elaboração do trabalho, destaca-se por conter verbos no pretérito perfeito, atentando-se para a coerência nos tempos em que foram realizadas as ações. 4.2.2.2 Objetivo(s) Declaração exata do que se pretende fazer para responder às questões identificadas no problema de pesquisa. Deve iniciar com verbos cujos resultados possam ser mensurados.

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4.2.2.3 Método(s) Em trabalhos experimentais ou pesquisa exploratória deve apresentar detalhes suficientes, capazes de assegurar que a repetição da investigação, por alguém com experiência na mesma área, leve à obtenção de dados similares. Apresentar o “desenho” da pesquisa com a descrição do tipo de pesquisa, local do estudo, caracterização da população e os critérios utilizados para a definição da amostra, definição de escalas de medida, com detalhamento dos processos e instrumentos de coleta de dados, os procedimentos para mensuração e a que tratamento estatístico os dados foram submetidos. Desenhos e fotos podem ajudar na descrição. Nos trabalhos de revisão bibliográfica devem-se declarar quais os critérios adotados (revisão integrativa ou sistemática, com ou sem metanálise), quando aceito. Devem ser descritos também qual ou quais foram as palavras-chaves utilizadas, bem como as base de dados pesquisadas, com respectivo período da busca e idiomas utilizados. Qualquer restrição deverá ser justificada. Devem ser declaradas as lógicas booleanas escolhidas para a busca (and / or / or not). Explicitar a estrutura do desenvolvimento do trabalho (que capítulos compuseram o desenvolvimento do trabalho). 4.2.2.4 Resultado(s) Nos trabalhos experimentais, exploratórios ou de campo, esse tópico tem a finalidade de organizar os dados coletados e sintetizá-los de forma ordenada para o leitor. Assim, os resultados devem ser apresentados de forma descritiva, ou através de gráficos, tabelas, figuras e quadros, sem outros comentários ou inferências adicionais. Nos trabalhos de revisão bibliográfica, os resultados geralmente concisos referem-se apenas ao relato do número de trabalhos obtidos através da metodologia proposta e quantos foram utilizados. A seguir deve ser apresentado o desenvolvimento, parte essencial do trabalho que visa desenvolver a idéia principal, analisando-a, destacando os pormenores mais relevantes, discutindo as hipóteses e as questões, demonstrando-as. Pode-se dividir o desenvolvimento em capítulos de modo a facilitar a abordagem. Não há necessidade, nesse caso, de apresentar o título “desenvolvimento”, bastando indicar “capítulo” seguido do título e numeração romana, em fonte Arial 12, negrito, alinhado à esquerda da margem. Recomenda-se que os títulos e subtítulos das seções sejam separados do texto por duas entrelinhas. 4.2.2.5 Discussão Neste capítulo, os resultados são analisados, criticados e comparados com os trabalhos de pesquisa já existentes sobre o assunto. Esse tópico pretende a reflexão sobre o resultado tendo em vista a direção obtida, ou melhor, se estes estão ou não de acordo com a hipótese inicial. Deve ligar os novos achados aos conhecimentos anteriores, descritos na literatura, constituindo-se, em uma “conversa” entre diferentes autores, onde se destaca como os resultados e interpretações concordam ou divergem de outros já publicados, chamando a atenção para os fatos novos ou excepcionais, a ausência de correlação ou a falta de determinadas informações. Em certos casos comportará a apresentação de novas perspectivas para o estudo. 4.2.2.6 Conclusão(ões) Deve ser breve, objetiva e ser construída a partir de uma avaliação do próprio aluno pesquisador. Deve, portanto, abster-se do uso de citações. Decorre de tudo que se discutiu, destinando-se a demonstrar se as hipóteses foram confirmadas, quando houver, a responder às perguntas feitas no inicio do trabalho e a esclarecer se os objetivos fixados na introdução foram atingidos. A conclusão não é um resumo do trabalho. 4.2.3 Elementos Pós-textuais 4.2.3.1 Referências Relação das obras efetivamente utilizadas como base na elaboração do trabalho. Por ser um elemento obrigatório no texto, a seção deve ser numerada e seu título alinhado à esquerda. As fontes mencionadas em notas de rodapé devem ser incluídas nests seção, exceto as que indicam os dados obtidos por informação verbal. Considerando que a produção de um trabalho acadêmico, independentemente de sua tipologia, demanda a leitura de outras fontes que vão além daquelas indicadas na seção “Referências”, sugerimos a elaboração de uma lista dessas obras, se houver mais de cinco itens a serem informados. Essa lista deve ser incluída na estrutura do trabalho como apêndice, ficando seu título a critério do autor, podendo ser: “Bibliografia recomendada”, “Sugestões de leitura sobre o tema”, “Leitura complementar sobre o tema”, etc. 4.2.3.2 Glossário É uma lista alfabética de termos de um determinado domínio de conhecimento com suas respectivas definições.

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4.2.3.3 Apêndices De acordo com a NBR 14724:2005, o apêndice é material ou texto elaborado pelo próprio autor do trabalho com objetivo de complementar sua argumentação. Identificados pela palavra APÊNDICE e letras maiúsculas consecutivas, travessão e título, alinhados à esquerda. A paginação deve ser contínua à do texto principal. Exemplo APÊNDICE A – APÊNDICE B – 4.2.3.4 Anexos Segundo a NBR 14724:2005, anexo é texto ou documento, não elaborado pelo autor do trabalho, que contribui para fundamentação, comprovação e ilustração do trabalho. Identificado pela palavra ANEXO e letras maiúsculas consecutivas, travessão e título, alinhado à esquerda. A paginação deve ser contínua à do texto principal. Exemplo ANEXO A – ANEXO B – 4.2.3.5 Índice Segundo a NBR 6034:2004, é a relação de palavras e/ou frases, que ordenadas segundo determinado critério, remetem para informações inseridas no texto. Para a elaboração de Índice e estabelecimento de critério de ordenação, consulte a NBR 6034:2004.

4.3 Regras de apresentação 4.3.1 Formato Os trabalhos monográficos devem ser apresentados em papel branco, formato A4 (210mm x 297mm), digitados em uma só face da folha, respeitando-se as margens superior 3,0 cm, inferior: 2,0 cm, esquerda: 3,0 cm e direita: 2,0 cm, com espaço 1,5 entre linhas e fonte Arial 12 em todo texto, exceto quando houver orientação específica para outro tamanho de fonte. 4.3.1.1 Capa A formatação da capa apresenta-se conforme o item 4.2.1.1, pág. 8. O tamanho da fonte para representar instituição e título deve ser Arial 16 e, para os demais componentes, Arial 14. 4.3.1.2 Folha de rosto A composição da folha de rosto dá-se conforme o item 4.2.1.3, pág. 8. O tamanho da fonte para representar instituição e título deve ser Arial 16, Arial 12 para a descrição do trabalho e Arial 14 para os demais componentes. 4.3.1.3 Parágrafos Os parágrafos devem ser iniciados a seis toques a partir da margem esquerda para todo o texto. 4.3.1.4 Seções Os títulos das seções e sub-seções do trabalho devem ser digitados em negrito, alinhados à esquerda e precedidos da numeração indicativa. Cada seção do trabalho deve ter início em nova folha. 4.3.1.5 Notas Importantes, mas não fundamentais para a compreensão do trabalho, são adotadas com o intuito de esclarecer ou complementar informações, cuja inserção direta no texto pode comprometer seu entendimento. As notas devem ser sempre apresentadas no final da folha em que foi incluída. 4.3.1.5.1 Notas de rodapé As notas de rodapé devem ser colocadas na parte inferior da página, iniciando-se com a chamada numérica sobrescrita (1) recebida no texto. São separadas do texto por um traço horizontal de 17 toques a partir da margem esquerda. Devem ser

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digitadas em espaço simples em fonte Arial 10. Na separação entre notas de rodapé, usar espaço 1,5. A numeração das notas de rodapé deve ser feita em algarismos arábicos, em ordem crescente e consecutiva para cada capítulo ou parte. Exemplo A população e a altura da planta de soja não são afetadas por níveis crescentes de bicudo-da-soja, conforme informado por Beatriz Souza1 (comunicação pessoal). _________________

Entrevista concedida pela bióloga Beatriz de Souza, da EMBRAPA, Londrina (PR), à bióloga Regina Mazzeo, estagiária do CNPq em 26/09/89.

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4.3.1.5.2 Notas de referência Adotadas para indicar fontes consultadas ou para remeter a outras partes do documento nas quais o mesmo assunto foi abordada. São indicadas por algarismos arábicos e seguem numeração única e consecutiva a cada capítulo ou parte do documento. A primeira citação de um documento, em nota de rodapé, deve apresentar sua referência completa e as subseqüentes, do mesmo documento, podem ser referenciadas por expressões latinas de forma abreviada, conforme ABNT 10520:2002. 4.3.2 Numeração das Seções e Sub-seções Deve-se adotar o sistema de numeração progressiva em algarismos arábicos, de acordo com a NBR 6024:2003, para indicar as divisões do trabalho (seções e sub seções), de maneira a apresentar o conteúdo e respectivo relacionamento entre as partes, facilitando sua localização. As divisões de um trabalho devem compreender até o máximo de 5 (cinco) seções. Ex. 1.12.1.1.1 A numeração precede o título de cada seção, e não se utiliza nenhum sinal entre o indicativo numérico e seu título. Exemplo 1.2.4 Relatos 4.3.3 Paginação As páginas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas a numeração só será colocada a partir da Introdução. A numeração, em algarismos arábicos, deverá ser colocada no canto superior direito da folha, respeitandose as margens superior e direita estabelecidas.

4.4 Dados Os dados ilustrativos e complementares ao texto do trabalho podem ser apresentados de diversas formas, ou seja, tabelas, gráficos, figuras, quadros, etc., e devem aparecer próximos ao texto em que foram citados pela primeira vez, podendo ser apresentados como anexo caso sua inserção junto ao texto possa comprometer o seu entendimento. A fonte a ser utilizada na identificação e corpo desses elementos é Arial 12 ou Arial 10, tendo sua identificação numérica e título em negrito. 4.4.1 Tabelas Forma não discursiva de apresentar informações, das quais o dado numérico se destaca como informação central (IBGE, 1993). As tabelas constituem um tipo específico de ilustração e se constituem numa unidade autônoma. Devem ser numeradas consecutivamente com algarismos arábicos que segue a palavra Tabela, escrita em letras minúsculas. Ex.: Tabela 1, Tabela 2, Tabela 3... Se a largura da tabela exigir, pode-se colocá-la no sentido longitudinal da folha, mas de maneira que, para sua leitura, a rotação do volume se efetue no sentido dos ponteiros do relógio (NBR10719/1989). Se a extensão da tabela for superior à página, pode-se continuar na seguinte. Neste caso, não se delimita a tabela e, na folha seguinte, repete-se seu título e cabeçalho, acrescentando a palavra “continuação” ou abreviadamente “cont.”. No caso de uma tabela ser extensa com poucas colunas, ela pode ser dividida verticalmente em duas partes iguais, colocadas lado a lado, separadas por um traço vertical duplo.

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Exemplo

Coluna indicadora: a primeira coluna é a que indica o conteúdo de cada linha. Tabela 5 Distribuição dos ocupados por setor de atividade econômica na Grande São Paulo de 1989 a 92. Índices do nível de ocupação

Corpo da tabela: composto de linhas e colunas, separados por linhas verticais.

Períodos

Setor de atividade econômica indústria

comércio

serviços (1)

outros (2)

Total

jan./dez./89

33,0

14,8

41,3

10,9

100

jan./dez./90

31,2

16,0

42,5

10,3

100

jan./ dez./91

32,4

17,3

39,4

11,0

100

jan./ dez./92

30,9

18,4

38,1

12,6

100

Cabeçalho: conjunto de títulos de cada coluna.

Fonte: ABCDE/SP Nota: Os dados dessa tabela são fictícios. (1) Excluídos os empregados domésticos. (2) Englobam: construção civil, serviços domésticos, etc. Rodapé: localizado imediatamente após o fechamento da tabela, contém a indicação da fonte e dados necessários para a explicação de alguns de seus aspectos. Pode-se utilizar “Nota” para um esclarecimento de ordem geral – quando houver mais de uma podem ser numeradas; ou “Chamadas” para explicitação de dados relativos às linhas ou colunas. As chamadas serão feitas sempre em algarismos arábicos colocados entre parênteses.

4.4.2 Gráficos Adotados como forma gráfica de apresentação de tendências e evolução dos fenômenos abordados, os gráficos são desenhos constituídos de traços e pontos, numerados com algarismos arábicos. Seu título é precedido da palavra “gráfico” em letras maiúsculas. Os gráficos devem conter no título, da mesma forma que as tabelas, informações referentes a “o quê”, “onde” e “quando”. Ainda deve estar expresso abaixo do gráfico a fonte de onde os dados foram extraídos. Exemplo

O título informa “o quê”, “onde” e “quando”.

A legenda facilita a “leitura” dos dados. indústria comércio serviços (1) outros (2)

jan./dez./89

jan./dez./90

jan./dez./91

jan./dez./92

Fonte: Tabela 5 - Distribuição dos ocupados por setor de atividade econômica na Grande São Paulo de 1989 a 92. A fonte explicita de onde foram extraídos os dados.

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4.4.3 Figuras Ilustrações distintas de tabelas, gráficos e quadros, cuja formatação é livre face sua diversidade. As fotografias, quadros, lâminas, plantas, organogramas, esquemas, desenhos e outros são designados e mencionados no texto sempre como “figuras”. O título deve ser breve, porém explicativo, digitado abaixo da ilustração (no caso da revista as figuras devem seguir em arquivo anexo, com indicação de onde devem ser inseridas no texto, o mais próximo possível do trecho a que se referem e é importante que sejam observadas as condições mínimas necessárias para que, posteriormente, seja possível a obtenção de cópias do trabalho. Em vista disso, também é importante que quaisquer ilustrações obedeçam às dimensões do trabalho. As figuras devem ser geradas no formato .jpg, .png ou .tif – preto e branco ou tons de cinza, com 300 dpi de resolução. Arquivos das figuras também devem ser fornecidos em arquivos separados. 4.4.4 Quadros Elemento cujo o objetivo é o de simplificar o entendimento do texto; não contém dados estatísticos e as informações aparecem em forma textual. O quadro e a tabela não devem ser fechados na lateral, e segundo França (2004) (...) tampouco se colocam traços horizontais separando os dados numéricos. Exemplo Quadro 1 - Síntese das respostas dos participantes e não-participantes quinta pergunta do questionário de avaliação final Participantes

Não-participantes

Os alunos sentem-se mais seguros ao discutir o texto com o colega. Os alunos podem aprender com os erros.

Os alunos sentem-se à vontade trabalhando com o colega. Os alunos podem aprender com os erros.

Os alunos sentem-se importantes quando reconhecem que sabem algo.

Os alunos sentem-se importantes quando reconhecem que sabem algo.

Os alunos têm a chance de compartilhar conhecimentos.

Os alunos podem desenvolver o seu lado crítico.

Há uma maior interação entre os alunos.

Os alunos podem ajudar-se a superar dificuldades.

4.5 Encadernação e Mídia eletrônica Todos os trabalhos acadêmicos devem ser encadernados conforme o especificado para cada tipo e, em todos os casos, deverá ser entregue uma via em mídia eletrônica gravada em arquivo único, em formato PDF, devendo estar protegido contra cópias. 4.5.1 Trabalhos de Conclusão de Curso Os Trabalhos de Conclusão de Curso de Pós-graduação devem ser encadernadas com costura em capa dura, revestida com percalux, na cor azul, tendo gravadas em prata as informações conforme 4.2.1.1. O autor deve entregar no Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Grupo Saúde Bandeirantes 2 (duas) vias impressas e encadernadas e um CD ROM contendo a versão na íntegra, incluindo gráficos, figuras e tabelas, devidamente identificados capa e CD ROM. 4.5.2 Monografias As monografias dos Cursos de Especialização devem ser encadernadas com costura em capa dura, revestida com percalux, na cor azul, tendo gravadas em prata as informações conforme 4.2.1.1. O autor deve entregar no Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Grupo Saúde Bandeirantes 2 (duas) vias impressas e encadernadas e um CD ROM contendo a versão na íntegra, incluindo gráficos, figuras e tabelas, devidamente identificados capa e CD ROM. 4.5.3 Dissertações e teses As dissertações e teses de Mestrado, teses de Doutorado devem ser encadernadas com costura em capa dura, revestida com percalux, na cor azul, tendo gravadas em prata, e deverá ser única, sólida, lisa tendo gravadas as informações conforme 4.2.1.1. O autor deve entregar no Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do

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Grupo Saúde Bandeirantes 4 (quatro) vias impressas e encadernadas e um CD ROM contendo a versão na íntegra, incluindo gráficos, figuras e tabelas, devidamente identificados capa e CD ROM.

5 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO 5.1 Citações É a menção, no texto, de uma informação obtida de outra fonte. Pode ser uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, de fonte escrita ou oral. Este tópico tem como base a norma da ABNT NBR 10520:2002 – Citações em documentos – Citações, devendo ser consultado nos casos omissos neste Manual. As citações podem figurar incluídas no texto, em nota de rodapé ou remetendo às referências no final do texto. Representadas pelos sistemas numérico ou autor-data, devendo, o sistema escolhido, ser mantido ao longo de todo o trabalho. 5.1.1 Sistema numérico Neste sistema os documentos citados são representados por números arábicos e em ordem crescente na medida em que aparecem no texto. A indicação numérica no texto deve ser feita situando-a de forma sobrescrita à linha do texto. O documento citado várias vezes será representado pelo mesmo número que lhe foi atribuído na primeira citação. A ordem das referências no sistema numérico também é numérica de acordo com o número que foi atribuído a cada documento. 5.1.2 Sistema autor-data Neste sistema as citações devem incluir o autor, a data de publicação e a(s) página(s) do documento referenciado. No caso da indicação de autoria aparecer no decorrer do texto, apenas a inicial do nome deve aparecer em maiúscula, e quando a citação se apresentar entre parênteses, todas as letras do nome devem ser maiúsculas. Exemplos: Segundo Xavier (2004, p.243) o aquecimento global está só começando. O aquecimento global está só começando. (XAVIER, 2004, p.243). Importante: A entrada da citação deve ser idêntica à entrada estabelecida para a referência bibliográfica do referido documento. 5.1.2.1 Citação direta ou textual É a transcrição fiel de grafia, redação e pontuação do documento consultado. Deve ser apresentada entre aspas e trazer a indicação da página consultada. 5.1.2.2 Citação direta até 3 linhas É inserida no texto, em fonte normal (Arial 12), entre aspas. Exemplo: “[...] a técnica é a maneira mais adequada de se vencer as etapas indicadas pelo método. Por isso dizse que o método equivale a estratégia, enquanto a técnica equivale a tática [...]” (GALIANO, 1986, p.14) 5.1.2.3 Citação direta com mais de 3 linhas A citação direta com mais de 3 linhas deve ser destacada do texto, recuada a 4 cm da margem esquerda, digitada em fonte menor que o texto principal, em espaço simples e sem aspas.

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5.1.2.4 Citação com destaques, supressões e interpolações no texto Usada quando há omissão de parte do texto transcrito no início ou ao final da citação. Havendo omissão no meio do texto, usar reticências entre parênteses. Supressões: [...] Interpolações, acréscimos ou comentários: [ ] Destaque, ênfase: grifo ou negrito. Exemplos: Segundo Moretti (1987, p. 20), o grande problema com a utilização de herbicidas é “[...] a ocorrência dos danos causados à lavoura”. “Devido à grande importância da cafeicultura no Espírito Santo, a influência política dos cafeicultores no estado não se constitui surpresa [...]” (SOUZA,2000, p. 10). 5.1.2.5 Citação em língua estrangeira Na citação direta de trechos em língua estrangeira, deve-se traduzir o trecho citado, seguido da expressão “tradução nossa” entre parênteses. O texto original poderá ser transcrito em nota de rodapé e a referência deverá permanecer em sua forma original. 5.1.2.6 Citação indireta Usada quando são reproduzidas as idéias e informações do documento, sem transcrição das palavras do autor. Não usar aspas. 5.1.2.7 Citação pelo título do documento Fazer a citação pela primeira palavra do título em letras maiúsculas. Exemplo: ..... (ADMINISTRAÇÃO..., 2001, p.33) 5.1.2.8 Citação de autores Se o nome do autor for incluído no texto, apenas a data virá entre parênteses. Exemplo: Como lembra Martins (1984), o futuro desenvolvimento da informação está cada dia mais dependente de um plano unificado de normalização. Se o nome do autor não for incluído no texto, será mencionado no final da frase com sobrenome, data de publicação e páginas entre parênteses. Exemplo: No Brasil, desde o início dos anos 1980, recessão e reestruturação produtiva caminham juntas (KRAYCHETE, 1997, p.45). Citação com 2 até 3 autores Quando a obra for de autoria de até 3 pessoas, estas serão citadas pelos respectivos sobrenomes. Exemplos: Resultado semelhante foi obtido por Santos e Barbosa (1995)... ou A delimitação da área do projeto de assentamento rural e a distribuição dos lotes devem garantir as condições mínimas de vida. (PINHEIRO; MARIAN, 1997). Conforme Moran, Masetto e Behrens (2002, p.37) ... ou “O ver está, na maior parte das vezes, apoiando o falar, narrar, o contar histórias.” (MORAN; MASETTO; BEHRENS, 2002, p.37) Citação com mais de 3 autores Quando a obra for de autoria múltipla, deve ser citada pelo sobrenome do primeiro autor, seguido da expressão “et al.”, o ano e página(s).

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Exemplos: Conforme notam Rodrigues et al. (1990, p.23), a redundância, ao contrário do que geralmente se acredita, nem sempre representa desperdício ou ineficiência. ou .... (RODRIGUES et al., 1990, p.23) Citação de autores corporativos Fazer a citação com o nome da instituição, seguido da data e página(s) Exemplos: Afirma o Institute of Medicine (2003, p.23) ... ... (INSTITUTE OF MEDICINE, 2003, p.23) Citação de vários trabalhos do mesmo autor publicados em anos diferentes Trabalhos diferentes de um mesmo autor devem ser citados pelo sobrenome, e os vários anos de publicação, em ordem cronológica, separados por vírgula (,). Exemplo: Os modelos por meio dos quais foram feitas as comparações denominadas por nós, de modelos I e II, foram as genéticas – estatísticas de cruzamento, [...].(CONSTACK, 1948, 1952). Citação de vários autores com a mesma opinião Para fazer citações de autores e trabalhos diferentes sobre uma mesma opinião, deve-se obedecer à ordem alfabética seguida de ordem cronológica. Exemplos: ... enquanto Crocomo e Parra (1979), Crocomo e Parra (1985), Evendramin et al. (1983) e Silva (1981), verificaram uma oscilação de valores... ou ... (CROCOMO; PARRA, 1979, 1985; EVENDRAMIN et al.,1983; SILVA, 1981). 5.1.2.9 Citação de comunicação pessoal Este tipo de citação deve ser evitado em trabalhos técnico-científicos, pois traz dificuldades para o leitor conferir os dados ou as informações comunicadas pessoalmente. Pode ser feito como nota de rodapé (FRANÇA, 2004). Exemplo: “A população e a altura da planta de soja não são afetadas por níveis crescentes de bicudo-da-soja, conforme informado por Beatriz Souza” 1 (comunicação pessoal). _________________ 1 Entrevista concedida pela bióloga Beatriz de Souza, da EMBRAPA, Londrina (PR), à bióloga Regina Mazzeo, estagiária do CNPq em 26/09/89. 5.1.2.10 Citação de citação É a transcrição de palavras textuais ou conceitos de um autor a cuja obra não se teve acesso direto. A citação de citação é indicada pelas expressões “apud” ou “citado por” e deve ser evitada, uma vez que a obra original não foi consultada e há risco de falsa interpretação e incorreções. Exemplos: Marinho, citado por Markoni e Lakatos (1982, p.150), apresenta a formulação do problema como a fase da pesquisa, que, sendo bem delimitada, simplifica e facilita a maneira de conduzir a investigação. ou Marinho (apud MARKONI; LAKATOS, 1982, p.150) ...

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6 Referências Bibliografia é o conjunto de elementos que permitem a identificação de documentos no todo ou em parte, utilizados como fonte de consulta e citados nos trabalhos elaborados. As referências bibliográficas devem ser alinhadas à esquerda e digitadas utilizando se espaço simples entre suas linhas. Entre uma referência e outra deve-se adotar espaço simples duplo. Todas as regras estabelecidas neste item seguem o preconizado pela NBR 6023:2002 por Patrias e Karen, In: Citing medicine: the NLM style guide for authors, editors, and publishers.

6.1 Elementos essenciais São aqueles elementos indispensáveis à identificação de um documento: autor(es), título, edição, local, editora e data de publicação.

6.2 Elementos complementares São aqueles opcionais que, acrescentados aos essenciais, permitem melhor caracterizar, localizar ou obter publicações: - Indicações de responsabilidade (tradutor, revisor etc). - Descrição física ou notas bibliográficas (nº de páginas ou volumes). - Ilustrações, dimensões. - Série ou coleção. - Notas especiais. - ISBN.

6.3 Localização As referências podem aparecer em notas de rodapé, mas devem compor uma lista alfabética ou numérica, que estará localizada ao fim do trabalho, respeitando-se a ordem estabelecida no texto.

6.4 Ordem dos elementos A apresentação dos elementos das referências deve obedecer a uma seqüência específica para cada tipo de documento referenciado.

6.5 Normas Bibliográficas Referência é o “[ ... ] conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (NBR 6023/2002) no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de suporte. Pode-se separar os documentos bibliográficos de outros tipos de fonte (discos, filmes, fitas, etc.), recebendo o título de FONTES CONSULTADAS. Pode-se incluir, também, como já citado anteriormente, BIBLIOGRAFIA RECOMEDADA onde são indicadas outras referências para aprofundamento do assunto. As referências devem ser listadas em ordem alfabética única de autor(es) e/ou título(s). Em casos específicos, podem ser numeradas e arranjadas por assunto, autor ou correspondendo ao sistema numérico adotados nas citações Pode-se substituir o nome do autor de várias obras referenciadas sucessivamente por um traço equivalente a 6 (seis) toques e ponto (_____.), nas referências seguintes à primeira. As referências devem aparecer, sempre, alinhadas somente à margem esquerda e de forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço simples e separadas entre si por espaço duplo. Os elementos da referência devem ser obtidos na folha de rosto, no próprio capítulo ou artigo e, se possível, em outras fontes equivalentes. 6.5.1 Norma ABNT 6023/2002 Elementos da referência A referência é constituída de elementos essenciais e quando necessário, acrescidos de elementos complementares.

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• Elementos essenciais: são informações indispensáveis à identificação do documento. Estão estritamente vinculados ao suporte documental e variam, portanto, conforme o tipo. • Elementos complementares: são informações que, acrescentadas aos elementos essenciais, permitem melhor caracterizar o documento. Regras gerais de apresentação Os elementos essenciais e complementares da referência devem ser apresentados em seqüência padronizada. As referências são alinhadas somente à margem esquerda e de forma a se identificar individualmente cada documento. O recurso tipográfico (negrito, itálico ou grifo) é utilizado para destacar o elemento título da publicação, e deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento. As referências devem ser digitadas, usando espaço simples entre as linhas e espaço duplo para separá-las. As abreviaturas devem seguir a NBR10522. As referências podem ser ordenadas conforme o sistema utilizado para citação no texto, alfabética, cronológica e sistemática (por assunto), listadas no final do trabalho. Nos trabalhos técnicos e científicos a ordenações mais utilizadas são: numérica (ordem de citação no texto) e alfabético (sistema autor data). Transcrição dos elementos A. Autoria Pessoa(s) física(s) responsável(s) pela criação do conteúdo intelectual ou artístico de um documento. Um autor Indica(m)-se o(s) autor(es) pelo último sobrenome, em letras maiúsculas, seguido(s) do(s) prenome(s) e outro(s) sobrenome(s), abreviados ou não. Exemplo QUEIRÓZ, E. O crime do Padre Amaro. 25. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000. 277 p. Dois ou três autores Quando houver dois ou três autores, os nomes devem ser separados por ponto-e-vírgula, seguido de espaço. Exemplo ADES, L.; KERBAUY, R. R. Obesidade: realidade e indignações. Psicologia USP, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 197-216, 2002. Mais de três autores Quando existirem mais de três autores, indica-se apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão latina et al. Exemplo PETERSON, L. et al. Improvement in quantity and quality of prevention measurement of toddler injuries and parental interventions. Behavior Therapy, New York, v. 33, n. 2, p. 271-297, 2002. Responsabilidade intelectual diferente de autor Quando houver indicação explícita de responsabilidade pelo conjunto da obra, em coletâneas de vários autores, a entrada deve ser feita pelo nome do responsável, seguida pela abreviatura singular do mesmo, (organizador, coordenador, editor etc.), entre parênteses. Exemplos BARTUCCI, G. (Org.). Psicanálise, literatura e estéticas de subjetivação. Rio de Janeiro: Imago, 2001. 408 p. OLIVEIRA, V. B.; BOSSA, N. A. (Org.). Avaliação psicopedagógica da criança de sete a onze anos. Petrópolis: Vozes, 1996. 182 p.

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Autoria desconhecida Em caso de autoria desconhecida, a entrada é feita pelo título. Exemplo CONSULTORIO del amor: edicación sexual, creatividad y promoción de salud. La Habana: Academia, 1994. 137 p. Outros tipos de responsabilidade Quando necessário, acrescentam-se outros tipos de responsabilidade logo após o título, conforme aparecem no documento. Exemplo DAVIS, F. A comunicação não-verbal. Tradução de Antonio Dimas. São Paulo: Summus, 1979. 196 p. Autoria cooperativa As obras de responsabilidade de entidades coletivas (órgão governamentais, empresas, associações, congressos, seminários, etc.) têm entrada pelo seu próprio nome, por extenso em caixa alta considerando a subordinação hierárquica quando houver. Exemplo ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referência – elaboração. Rio de Janeiro, 2000. Entidade com denominação genérica Quando a entidade tem uma denominação genérica, seu nome é precedido pelo nome do órgão superior, ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertence. Exemplo SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Manjuba (Ancharella lepidentostole) no rio Ribeira de Iguape. São Paulo: IBAMA, 1990. 125 p. Pseudônimo Obras onde o autor utilize o pseudônimo o mesmo deve ser considerado para a entrada quando o documento for referenciado. Quando o verdadeiro nome for conhecido, deve-se indicá-lo entre colchetes após o pseudônimo. PSEUDÔNIMO, (Nome verdadeiro). Título: subtítulo se houver. Local de publicação: Editora, Ano. Total de páginas. Exemplo TAHAN, M. (Julio César de Mello e Souza) A arte de ser um perfeito mau professor. Rio de janeiro: Editora Vecchi, 1967. 122p. B. Título e subtítulo Os títulos e subtítulos devem ser separados por dois pontos. Exemplo FOUCAULT, M. História da sexualidade: a vontade de saber. 3. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1980. C. Periódico no todo Quando se referenciam periódicos no todo (coleção), ou integralmente um número ou fascículo, o título da publicação deve ser sempre o primeiro elemento da referência, escrito em caixa alta. Exemplo REVISTA BRASILEIRA DE MUSICOTERAPIA. Rio de Janeiro: União Brasileira das Associações de Musicoterapia, 1996-2001.

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D. Edição Quando houver uma indicação de edição, esta deve ser transcrita, utilizando-se abreviatura dos numerais ordinais e da palavra “edição” (ed.), ambos da forma adotada na língua do documento. Exemplos SILVA, A. C. P. Psiquiatria clínica e forense. 2. ed. São Paulo: Renascença, 1951. ADLER, N. J. International dimensions of organizational behavior. 4th ed. Cincinnati: South-Western, 2002. xv, 391 p. Obs.: Não se menciona a 1ª edição. E. Emendas e acréscimos Indicam-se emendas e acréscimos à edição, de forma abreviada. Exemplo FERREIRA, A. B. H. Aurélio século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. 2128p. F. Local da publicação O nome do local (cidade de publicação) deve ser indicado como figura no documento. Exemplo PFROMM NETO, S. Psicologia: introdução e guia de estudo. 2. ed. São Paulo: EPU, 1990. No caso de homônimos de cidades, acrescenta-se o nome do estado, do país etc. Quando houver mais de um local para uma só editora, indica-se o primeiro ou o mais destacado. Quando a cidade não aparece no documento, utiliza-se a expressão Sine loco, abreviada, entre colchetes [S.l.]. Exemplo CEBOLA, L. Grandes crises do homem: ensaio de psicopatologia. [S. l.]: Temp, 1945. G. Editora O nome da editora deve ser indicado tal como figura no documento, abreviando-se os prenomes e suprimindo-se as palavras que designam a natureza jurídica ou comercial, desde que sejam dispensáveis para a identificação. Exemplo BUSH, C. A. A música e a terapia das imagens: caminhos para o eu interior. Tradução de Afonso Teixeira Filho. São Paulo: Cultrix, 1995. Quando houver mais de uma editora, indica-se a que aparecer com maior destaque na página de rosto. Se os nomes das editoras estiverem com igual destaque, registra-se todas com os respectivos destaques. Exemplo AFONSO-GOLDBARB, A. M.; MAIA, C. A. (Coord.). História da ciência: o mapa do conhecimento. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura; São Paulo: EDUSP, 1995. 968 p. Quando a editora não é identificada, utiliza-se a expressão sine nomine abreviada, entre colchetes [s.n.] Exemplo PETERS, L. H. Administração e sociedade. São Paulo: [s. n.], 1975. 196 p. Quando o local e a editora não puderem ser identificados na publicação, utilizam-se ambas as expressões, abreviadas, entre colchetes. [S.l., s.n.]. Quando a editora é a mesma instituição responsável pela autoria e já tiver sido mencionada, não é indicada. Exemplo AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION. Apa membership register: 1982. Washington, 1982.

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H. Data da publicação A data da publicação deve ser indicada sempre em algarismos arábicos. Por se tratar de um elemento essencial na referência, quando não constar no documento a data da publicação, deve ser indicada uma data, seja da impressão, do copyright ou outra. Se nenhuma data puder ser determinada, registra-se uma data aproximada entre colchetes, conforme indicado: Exemplo • [1974 ou 1975] um ano ou outro • [1968?] data provável • [1984] data certa, não indicada no item • [189-] década certa • [189-?] década provável • [18--] século certo • [18--?] século provável Os meses devem ser indicados de forma abreviada, no idioma original da publicação. Não se abreviam palavras de quatro ou menos letras. Exemplo BERTOLUCCI, P. H. F. Demência em jovens: exame inicial e causas mais comuns. Psicologia: Teoria e Prática, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 31-42, jul./dez. 2000. Caso existam duas data, ambas podem ser indicadas, desde que a relação entre elas sejam mencionadas. Exemplo RUCH, G. História geral da civilização: da Antigüidade ao XX século. Rio d Janeiro: F. Briguet, 1926140. 4v., il. I. Descrição física Deve-se registrar o número que aparece na última página, folha ou coluna de cada seqüência, respeitandose a forma utilizada no documento. Exemplo ADLER, N. J. International dimensions of organizational behavior. 4th ed. Cincinnati: South-Western, 2002. xv, 391 p. J. Documento em um único volume Quando o documento for constituído de apenas uma unidade física (um volume), deve-se indicar o número total de páginas ou folhas seguido da abreviatura “p.” ou “f.”. Alguns trabalhos como dissertações e teses são impressas apenas no anverso, neste caso indica-se f. Exemplo NASCIMENTO, S. R. Oscilações no desempenho de motoristas profissionais, motoristas pluriacidentados e não-motoristas em tarefas de atenção mantida. 2001. 65 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. K. Documento em mais de um volume Quando o documento for publicado em mais de uma unidade física (mais de um volume) deve-se indicar a quantidade de volumes, seguidos da abreviatura “v.” Exemplo CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da língua de sinais brasileira. São Paulo: EDUSP, 2001. 2 v.

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L. Partes de publicações Quando se referenciarem partes de publicações, deve-se mencionar os números das páginas inicial e final, precedido da abreviatura “p.” Exemplo GIANNOTTI, A. Psicologia nas instituições médicas e hospitalares. In: OLIVEIRA, M. F. P.; ISMAEL, M. C. (Org.). Rumos da psicologia hospitalar em cardiologia. Campinas: Papirus, 1996. p. 14-28. Obs.:Quando a publicação não for paginada ou a numeração for irregular, deve-se indicar esta característica (Paginação irregular) M. Séries e coleções Após todas as indicações sobre os aspectos físicos, podem ser incluídas as notas relativas a séries e/ou coleções. Indicam-se os títulos das séries e coleções e sua numeração tal como aparecem no documento. Exemplo VERNE, J. Volta ao mundo em 80 dias. São Paulo: Novo Brasil, 1984. 277 p. (Os Grandes Clássicos da Literatura, v. 1). N. Modelos de referências Monografia Inclui livros, folhetos, trabalhos acadêmicos (dissertações, teses etc), manual, guia, catálogo, enciclopédia, dicionário etc. Elementos essenciais: autor(es), título, subtítulo (se houver), edição, local, editora e data de publicação. Elementos complementares: indicação de outros tipos de responsabilidade (tradutor, revisor etc), páginas e/ou volumes, série ou coleção entre outros. Livro no todo SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título: subtítulo (se houver). Edição (se houver). Local de publicação: Editora, data de publicação da obra. Nº de páginas ou volume. (Coleção ou série) Exemplo AZEVEDO, M. A.; GUERRA, V. N. A. Mania de bater: a punição corporal doméstica de crianças e adolescentes no Brasil. São Paulo: Iglu, 2001. 386 p. SOBRENOME, PRENOME abreviado. (data da primeira edição). Título: subtítulo (se houver). Edição (se houver). Local de publicação: Editora, data de publicação da obra. Nº de páginas ou volume. (Coleção ou série) Exemplo FREUD, S. (1909). Duas histórias clínicas (o pequeno Hans e o homem dos ratos). Trad. Sob a direção de Jayme Salomão. Rio de Janeiro, Iamgo, 1977. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v.10).] Obs.: A primeira data (1909), refere-se a data da 1ª edição a segunda (1977) refere-se á edição consultada. Dissertação ou Tese SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título: subtítulo (se houver). Data de defesa. Total de folhas. Tese (Doutorado) ou Dissertação (Mestrado) - Instituição onde a Tese ou Dissertação foi defendida. Local e data de defesa. Descrição física do suporte Exemplo FANTUCCI, I. Contribuição do alerta, da atenção, da intenção e da expectativa temporal para o desempenho de humanos em tarefas de tempo de reação. 2001. 130 f. Tese (Doutorado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2001.

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Dicionário SOBRENOME, PRENOME abreviado Título do dicionário: subtítulo (se houver). Edição (se houver). Local de publicação: Editora, data de publicação. Exemplo FERREIRA, A. B. H. Aurélio século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. Folheto SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título do folheto: subtítulo (se houver). Edição (se houver). Local de publicação, data de publicação, total de páginas. Exemplo IBICT. Manual de normas de editoração do IBICT. 2. ed. Brasília, DF, 1993, 41 p. Manual SOBRENOME, PRENOME abreviado do autor do manual. Título do manual: subtítulo (se houver). Tradutor (se houver). Local de publicação: Editora, data de publicação, total de páginas. Exemplo AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION. Manual de publicação da American Psychological Association. Tradução de Daniel Bueno. Porto Alegre: ARTMED, 2002. 329 p. Parte de monografia Inclui capítulo, fragmento e outras partes de uma obra com autor(es) e/ou título próprio. Elementos essenciais: autor(es), título, subtítulo (se houver) da parte, seguido da expressão In: e da referência completa da monografia. No final da referência, deve-se informar a paginação da parte referenciada. Capítulo de livro SOBRENOME, PRENOME abreviado do autor do capítulo. Título: subtítulo (se houver) do capítulo. In: AUTOR DO LIVRO (tipo de participação do autor na obra, Org(s), Ed(s) etc. se houver). Título do livro: subtítulo do livro (se houver). Local de publicação: Editora, data de publicação. paginação referente ao capítulo. Exemplos BANKS-LEITE, L. As questões lingüísticas na obra de Piaget: apontamentos para uma reflexão crítica. In: ________. (Org.). Percursos piagetianos. São Paulo: Cortez, 1997. p. 207-223. GRIZE, J. B. Psicologia genética e lógica. In: BANKS-LEITE, L. (Org.). Percursos piagetianos. São Paulo: Cortez, 1997. p. 63-76. Obs.: O destaque é para o título do livro e não para o título do capítulo. Quando se referencia várias obras do mesmo autor substitui-se o nome do autor por um traço equivalente a seis espaços. Periódicos Inclui coleção como um todo, volume ou fascículo de revista, número de jornal, caderno etc., na íntegra, ou a matéria existente em (artigos, matérias jornalísticas, editoriais, reportagens etc). Artigo e/ou matéria de periódico Elementos essenciais: autor(es), título do artigo ou matéria, subtítulo (se houver), título da publicação, local de publicação, título do fascículo, suplemento, número especial (quando houver). Indicação de volume, fascículo ou número, paginação inicial e final do artigo ou matéria, informações de período e data de publicação. Artigo de periódico SOBRENOME, PRENOME; SOBRENOME, PRENOME abreviado abreviado Título: subtítulo (se houver). Nome do periódico, Local de publicação, volume, número ou fascículo, paginação, data de publicação do periódico. Exemplos SILVA, V. A.; ANDRADE, L. H. C. Etinobotânica Xucuru: espécies místicas. Biotemas, Florianópolis, v. 15, n. 1, p. 45-57, 2002.

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SANTEIRO, T. V. Criatividade em psicanálise: produção científica internacional (1996-1998). Psicologia: Teoria e Prática, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 43-59, jul./dez. 2000. Obs.: o destaque é para o título do periódico, o subtítulo não é destacado. Artigo de periódico com data original SOBRENOME, PRENOME abreviado. (data original). Título: subtítulo (se houver). Nome do periódico, Local de publicação, volume, número ou fascículo, paginação, data de publicação do periódico. Exemplo SKINNER, B. (1981). Selection by consequences. Behavioral and Brain Sciences, v.7, p.477-481, 1984. Artigo de jornal SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título: subtítulo (se houver). Nome do jornal, Local de publicação, pagina, data de publicação do jornal com o mês abreviado. Exemplo ADES, C. Os animais também pensam: e têm consciência. Jornal da Tarde, São Paulo, p. 4D, 15 abr. 2001. Obs.: o destaque é para o nome do jornal. Artigo em vias de publicação (No prelo) SOBRENOME, PRENOME(S) abreviado. Título: subtítulo (se houver). Nome da publicação. No prelo Exemplo SAMPAIO, M. I. C.; PEIXOTO, M. L. Periódicos brasileiros de psicologia indexados nas bases de dados LILACS e PsycInfo. Boletim de Psicologia. No prelo. Resenha SOBRENOME, PRENOME abreviado do(s) autor(es) do livro. Título: subtítulo (se houver) do livro. Local de publicação: Editora, data de publicação do livro. Resenha de: SOBRENOME, PRENOME abreviado do autor da resenha. Título da resenha: subtítulo (se houver). Nome do periódico, volume, número ou fascículo, paginação, data de publicação da revista Exemplo CARONE, I. Psicanálise fim de século. Ensaios críticos. São Paulo: Hacker, 1998. Resenha de: FRAYZE-PEREIRA, J. A. Da possibilidade da crítica à cultura: psicanálise e filosofia. Revista Brasileira de Psicanálise, v. 35, n. 2, p. 403-405, 2001. Entrevista/Depoimento SOBRENOME, PRENOME abreviado do entrevistado. Título: subtítulo (se houver) do artigo: depoiment. [data da publicação do documento]. Local de publicação: nome do documento. Entrevista concedida a fulano de tal. Exemplo SILVA, A. A. Mulheres no ataque: depoimento. [9 de junho, 1996]. São Paulo: Revista da Folha de São Paulo. Entrevista concedida a Cristiana Couto. Editorial publicado em revista SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título: subtítulo (se houver). [Editorial]. Nome da revista, volume, número ou fascículo, paginação, mês(s) abreviado, ano.. Exemplo ABREU E SILVA NETO, N. Pelo desenvolvimento no Brasil da psicologia científica. [Editorial]. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v.15, n.1, p. iii-iv, set./dez., 1999. Documento de evento Inclui trabalhos apresentados em eventos (parte do evento) ou o conjunto de documentos, reunidos num produto final do próprio evento (atas, anais, proceedings etc)

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Evento como um todo Elementos essenciais: nome do evento, numeração (se houver), ano e local de realização. Em seguida deve-se mencionar o título do documento (anais, resumos, atas etc), seguido dos dados do local de publicação, editora e data de publicação. Anais no todo Título: subtítulo (se houver) do evento, número., ano. Local de realização do evento. Anais... Local de publicação dos anais: Editora, ano. Total de página. Exemplo REUNIÃO ANUAL DE PSICOLOGIA, 18., 1988. Ribeirão Preto. Anais... Ribeirão Preto: Sociedade de Psicologia de Ribeirão Preto, 1988. 765 p. Resumo publicado Título: subtítulo (se houver) do evento, número., ano. Local de realização do evento. Resumo. Local de publicação do resumo: Editora, ano. Total de página. Exemplo REUNIÃO ANUAL DE PSICOLOGIA, 31., 2001. Rio de Janeiro. Resumos de Comunicações Científicas. Rio de Janeiro: SBP, 2001. 346 p. Trabalho publicado em anais, resumos, e outras publicações de eventos Elementos essenciais: autor(es), título do trabalho apresentado, subtítulo (se houver), seguido da expressão In: título do evento, numeração do evento, ano e local de realização, título do documento,(Anais, Atas, Tópicos temáticos) local, editora, data de publicação, página inicial e final da parte. Resumo de trabalho publicado SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título: subtítulo (se houver) In: NOME DO EVENTO, número., ano. Local de realização do evento. Resumos... Local de publicação dos resumos: Editora, ano. Total de página. Exemplos CASTRO, R. E. F.; MELO, M. H. S.; SILVARES, E. F. M. Avaliação da percepção dos pares de crianças com dificuldades de interação em uma sucursal da clínica-escola do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. In: CONGRESSO INTERNO DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 5., 2001, São Paulo. Resumos... São Paulo: Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, 2001. p. 49. BRAGA, T. M. S.; KERBAUY, R. R. Hypertension: indications for an intervention program. In: CHANGING BEHAVIOR: HEALTH AND HEALTHCARE, HEALTHPSYCHOLOGY, 5., 2001, Scotland. Abstract... Scotland: European Health Psychology Society/British Psychological Society, 2001. p. 79. Trabalho publicado em Anais de Congresso SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título: subtítulo (se houver) In: NOME DO EVENTO, número., ano. Local de realização do evento. Anais... Local de publicação dos resumos: Editora, ano. paginação. Exemplos AMARAL, L. A. Atividade física e diferença significativa/deficiência: algumas questões psicossociais remetidas à inclusão/convívio pelo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADE MOTORA ADAPTADA, 4., 2001, Curitiba. Anais... Curitiba: SOBAMA, 2001. p. 30-31. AZEVEDO, M. A.; GUERRA, V. N. A. Quando a violência doméstica contra crianças e adolescentes pode ser considerada terror? In: CONGRESSO LATINOAMERICANO DE PREVENCIÓN Y ATENCION DEL MALTRATO INFANTIL, 6., 2001, Buenos Aires. Anais… Buenos Aires, 2001. Documentos em meio eletrônico Os elementos essenciais para referenciar os documentos em meio eletrônico são os mesmos recomendados para documentos impressos, acrescentando-se, em seguida, as informações relativas a descrição física do meio ou suporte (CD, disquete). Quando se tratar de obras consultadas on line, são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais < >, precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso do documento, precedido da expressão Acesso em:

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Trabalho publicado em CD SOBRENOME, PRENOME abreviado do autor do trabalho. Título: subtítulo (se houver) In: NOME DO EVENTO, número., ano. Local de realização do evento. Anais... Local de publicação dos Anais: Editora, ano. Descrição física do suporte. Exemplo RIBEIRO, R. Psicologia social e desenvolvimento do terceiro setor: participação da Universidade. In: CONGRESSO NORTE NORDESTE DE PSICOLOGIA, 2., 2001, Salvador. Anais... Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2001. 1 CD. Artigo publicado em periódico eletrônico SOBRENOME, PRENOME(s) abreviado. Título: subtítulo (se houver). Nome do periódico, local de publicação, volume, número ou fascículo, mês(s) abreviado. ano. <endereço da URL>. Data de acesso: Exemplo PAIVA, G. J. Dante Moreira Leite: um pioneiro da psicologia social no Brasil. Psicologia USP, São Paulo, v. 11, n. 2, jul./ago. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/>. Acesso em: 12 mar. 2009. Verbete de enciclopédia eletrônica SOBRENOME, PRENOME abreviado. Título: subtítulo (se houver) In: SOBRENOME, PRENOME abreviado do autor da Enciclopédia. Título da enciclopédia. Disponível em: <endereço da URL>. Data de acesso Exemplo FOULKES, H.; CARTWRIGHT, R. Sleep. In: ________Encyclopedia Britânica On-line. Disponível em: <http://www.britanica.com/bcom/eb/article>. Acesso em 5 de fev. 2009. Documento publicado na Internet AUTOR(ES). Título: subtítulo (se houver) Disponível em:<endereço da URL>. Data de acesso Exemplo FACULDADE DE AGRONOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Manual de referências bibliográficas. Disponível em: http://www.ufrgs.br/agronomia/manualcap1.htm. Acesso em: 20 de ago. 2002. Fitas de vídeo SOBRENOME, PRENOME(s) dos produtores e diretores. Título: subtítulo (se houver). [Filme-vídeo]. Produção de Nome do Produtor, direção de Nome do diretor.. Local, Instituição, ano. Descrição física do material, duração do filme. Descrição do tipo. som. Exemplo CAPOVILLA, F. C.; GUIDI, M. A. A. Recursos de hardware para análise experimental do comportamento humano. [Filme-vídeo]. Produção de Fernando César Capovilla, direção de Mário Arturo Guidi. São Paulo, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, 1990. 1 cassete VHS / NTSC, 22 min. color. son. Documentos legislativos JURISDIÇÃO. (ou cabeçalho da entidade no caso de se tratar de normas), título. Edição. Local: Editora, ano. Total de páginas. Exemplo BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 1995. 210p. Correspondência (cartas, telegramas) SOBRENOME, PRENOME. do Remetente.. [Tipo de correspondência] data, local de emissão [para] SOBRENOME, PRENOME do Destinatário. Local a que se destina. total de folhas. Assunto em forma de nota. Exemplo SANTOS, P. [Carta] 27 jun. 1999, São Paulo [para] SILVA, M., Porto Alegre. 3f. Solicita informação sobre linha de pesquisa da Faculdade de Agronomia da UFRGS.

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6.5.2 Estilo Vancouver Um pequeno grupo de editores de revistas médicas generalistas reuniu informalmente em 1978 em Vancouver, na Colômbia Britânica, para fixar pautas para a formatação de manuscritos propostos para publicação nas suas revistas. Este grupo ficou conhecido como o Grupo de Vancouver. Os seus requisitos para manuscritos, incluindo formatos para referências bibliográficas desenvolvidos pela National Library of Medicine dos Estados Unidos da América (NLM), foram publicados pela primeira vez em 1979. O Grupo de Vancouver alargou-se e acabou por evoluir no sentido da constituição da Comissão Internacional de Editores de Revistas Médicas - International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) - que se reúne anualmente; a sua área de interesses foi gradualmente aumentando. Às revistas que aceitam utilizar as Normas (mais de 500) é pedido que citem nas suas instruções aos autores o documento de 1997. O estilo dos Requisitos Uniformes para Originais submetidos a Periódicos Biomédicos, conhecido como Estilo de Vancouver, foi elaborado pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas – ICMJE (http:// www.icmje.org) e baseia-se, em grande parte, no padrão ANSI, adaptado pela U.S. National Library of Medicine (NLM). Estes dados foram retirados e adaptados, em sua maioria, do documento original que pode ser acessado através do endereço http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=citmed e http://www.nlm.nih.gov/bsd/ uniform_requirements.html (informações resumidas), disponíveis em 10/06/2010. Organização das referências Em concordância com o sistema de citação no texto, as referências podem ser listadas em: ordem alfabética (sistema de citação autor/ano) e ordem alfabética numerada (sistema de citação autor, número e ano). Ordem alfabética As referências são ordenadas alfabeticamente pelo último sobrenome do primeiro autor, sendo ele único ou com colaboradores, seguindo-se a ordem cronológica crescente de publicação quando houver mais de uma referência do mesmo autor. A forma de entrada do sobrenome (maiúsculas ou minúsculas) e o próprio formato da referência vão depender da norma utilizada (Vancouver ou ABNT). Vancouver Veras RP. Crescimento da população idosa no Brasil: transformações e conseqüências à sociedade. Rev Saúde Pública. 1987;21:225-33. Veras RP. País jovem com cabelos brancos: a saúde do idoso no Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará; 1994. Veras RP, Alves MIC. A população idosa no Brasil: considerações acerca do uso de indicadores de saúde. In: Minayo MCS, organizador. Os muitos brasís: saúde e população na década de 80. São Paulo: Hucitec; 1995. p. 320-37. (Série Saúde em Debate, 79). ABNT VERAS, R. P. Crescimento da população idosa no Brasil: transformações e conseqüências na sociedade. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 21, n. 3, p. 225-233, jun. 1987. VERAS, R. P. País jovem com cabelos brancos: a saúde do idoso no Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994. VERAS, R. P.; ALVES, M. I. C. A população idosa no Brasil: considerações acerca o uso de indicadores de saúde. In: MINAYO, M. C. S. (Org.). Os muitos brasís: saúde e população na década de 80. São Paulo: Hucitec, 1995. p. 320-337. (Saúde em Debate, 79). Quando houver referências com autores e data coincidentes, acrescentam-se letras após a data de publicação. Vancouver Forattini OP. A língua franca da ciência. Rev Saúde Pública. 1997a; 31:3-8. Forattini OP. O Brasil e a medicina tropical. Rev Saúde Pública. 1997b;31:116-20. ABNT FORATTINI, O. P. A língua franca da ciência. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 3-8, fev. 1997a. FORATTINI, O. P. O Brasil e a medicina tropical. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 116-120, abr. 1997b.

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Ordem alfabética numerada As referências dos documentos são ordenadas alfabeticamente pelo autor (pessoal ou institucional) e numeradas seqüencialmente. Deve-se seguir a ordem cronológica crescente, caso haja mais de uma referência do mesmo autor. Vancouver 1. Forattini OP. A língua franca da ciência. Rev Saúde Pública. 1997;31:3-8. 2. Fundação SEADE. Pesquisa de emprego e desemprego na grande São Paulo: manual de instruções para o entrevistador. São Paulo; 1994. 3. Pinheiro RM, Mattos RA de. Construção da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. Rio de Janeiro: IMS/ABRASCO; 2003. ABNT 1. FORATTINI, O. P. A língua franca da ciência. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 3-8, fev. 1997. 2. FUNDAÇÃO SEADE. Pesquisa de emprego e desemprego na grande São Paulo: manual de instruções para o entrevistador. São Paulo, 1994. 3. PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A. de. Construção da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. Rio de Janeiro: IMS: ABRASCO, 2003. Elemento das referências Autoria Toda referência deve começar com a indicação do(s) autor(es) e, na falta deste(s), pelo título, de acordo com o sistema de citação adotado. Autores pessoais Os autores devem ser mencionados pelo último sobrenome, seguido das iniciais do(s) prenome(s) e outro(s) sobrenome(s). Para ABNT é facultada a indicação do(s) prenome(s) por extenso. As designações Filho, Júnior, Neto etc. figuram nas entradas, logo após o último sobrenome, devendo ser consideradas na ordem alfabética. Pelas normas da ABNT, as entradas das referências são grafadas em maiúsculas. Pelas normas de Vancouver, são em minúsculas. Vancouver

ABNT

Assis Neto P

ASSIS NETO, P.

Davis Jr JC

DAVIS JR, J. C.

Guimarães Filho AC

GUIMARÃES FILHO, Antonio Carlos

Sobrenomes compostos ou ligados por hífen Vancouver

ABNT

Espírito Santo AC do

ESPÍRITO SANTO, Antonio Carlos do

Pacheco e Silva A

PACHECO E SILVA, A.

Paula Souza R de

PAULA SOUZA, R. de.

Vallery-Radot JIP

VALLERY-RADOT, J. I. P.

Sobrenomes precedidos de artigos ou contrações de preposição e artigo Vancouver

ABNT

La Fayette G de

LA FAYETTE, G. de

De Vicenzo J

DE VICENZO, J.

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Nomes espanhóis (entrada pelo penúltimo sobrenome) Vancouver

ABNT

Vasques Martinez C

VASQUES MARTINEZ, C.

Vasques M C

VASQUES M., C.

Organizadores, compiladores, editores etc. Quando se trata de publicação de vários autores, organizada sob a responsabilidade de um editor, compilador, organizador etc., acrescentar após o nome, a explicação correspondente: editor, compilador, organizador etc., no idioma da publicação. Vancouver

ABNT

Marcondes EY, organizador.

MARCONDES, E. Y. (Org.).

Smith J, organizer.

SMITH, J. (Org.)

Autores corporativos Entidades, instituições, empresas, órgãos governamentais etc. são considerados autores de documentos editados sob sua responsabilidade. Vancouver Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. ABNT UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Faculdade de Saúde Pública. Título O título deve ser reproduzido tal como figura no documento referenciado, podendo ou não ser acompanhado de subtítulo. A indicação do título do periódico pode ser feita de maneira abreviada ou não. O subtítulo pode ser suprimido no caso de livros e publicações similares, a não ser que forneça informações essenciais sobre o conteúdo do documento. No caso de artigos de periódicos e teses, é obrigatória a sua indicação. Vancouver Carvalho MLO, Pirotta KCM, Schor N. Participação masculina na contracepção pela ótica feminina. Rev Saúde Pública. 2001;35:23-31. ABNT CARVALHO, M. L. O.; Pirotta, K. C. M.; Schor, N. Participação masculina na contracepção pela ótica feminina. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 35, n. 1, p. 23-31, fev. 2001. Local O nome do local (cidade), deve ser indicado tal como figura no documento referenciado. Geneva (documento em inglês) Genebra (documento em português) Genève (documento em francês) Ginebra (documento em espanhol) Quando houver mais de um local para a editora, indicar apenas o primeiro. Para melhor identificação da cidade, pode ser acrescentado o estado ou o país, entre parênteses ou precedido de vírgula. Brasília (DF) ou Brasília, DF Brasília (SP) ou Brasília, SP San Juan (Chile) ou San Juan, Chile San Juan (Puerto Rico) ou San Juan, Puerto Rico

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Não sendo possível determinar o local da Editora, usar [S.l.] (sem local), entre colchetes. Vancouver Krieger G, Novaes LA, Faria T. Todos os sócios do presidente. 3. ed. [S.l.]: Scritta; 1992. ABNT KRIEGER, G.; Novaes, L. A.; Faria, T. Todos os sócios do presidente. 3. ed. [S.l.]: Scritta, 1992. Editora O nome da Editora ou Instituição publicadora do documento deve ser citado como aparece no documento, suprimindo-se, sempre que possível, elementos que designem a natureza jurídica ou comercial da mesma. Melhoramentos e não Editora Melhoramentos S.A. No caso de co-editoria, num mesmo local, indicar as editoras e/ou instituições envolvidas. Vancouver

ABNT

São Paulo: Hucitec/EDUSP

São Paulo: Hucitec: EDUSP

Data (ano/mês) O ano deve ser indicado em algarismos arábicos. Quando não for possível a identificação da data indica-se [s.d.] (sem data) entre colchetes. A indicação do mês deve ser feita de forma abreviada, respeitando as normas gramaticais do idioma do documento referenciado e a norma adotada para referência. A norma de Vancouver dispensa o ponto na abreviação dos meses. Português

Inglês

Espanhol

janeiro - jan.

January - Jan.

enero - ene.

fevereiro - fev.

February - Feb.

febrero - feb.

março - mar.

March - Mar.

marzo - mar.

abril - abr.

April - Apr.

abril - abr.

maio - maio

May - May

mayo - mayo

junho - jun.

June - Jun.

junio - jun.

julho - jul.

July - Jul.

julio - jul.

agosto - ago.

August - Aug.

agosto - ago.

setembro - set.

Septemper - Sep.

septiembre - sep.

outubro - out.

October - Oct.

octubre - oct.

novembro - nov.

November

-

Nov.

noviembre - nov.

December

-

Dec.

diciembre

dezembro

-

dez.

-

dic.

Destaques, pontuação e sinais ortográficos Para o emprego de pontuação (ponto, vírgula, ponto e vírgula, dois pontos) e sinais ortográficos (hífen, travessão, colchetes, parênteses, barra oblíqua). • As normas estabelecidas pelo Grupo de Vancouver não indicam destaques (negrito ou itálico) na composição das referências. • Pelas normas da ABNT, os títulos de revistas, de livros e similares devem ser destacados, grafados em negrito ou itálico. • Para ambas as normas as iniciais dos títulos de periódicos, abreviados ou não, também são maiúsculas. Exemplo Am J Public Health - American Journal of Public Health

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7 OUTROS TRABALHOS: CONCEITUAÇÃO E ESTRUTURA 7.1 Esquema Esquema é um tipo de texto organizado em palavras-chave, indicadoras das idéias centrais que se pretende recuperar, sem que haja necessidade dessas palavras aparecerem em frases completas. Nesse sentido, o esquema é considerado um texto de cunho predominantemente pessoal, pois é feito de acordo com características, tendências, recursos e experiências pessoais de quem o elabora. Por isso, um esquema de uma pessoa dificilmente é útil para outra. Sugere-se a utilização da técnica de sublinhar, visando destacar as palavras-chave que depois comporão o esquema. Segundo Andrade (2003), esta técnica pode ser desenvolvida considerando os seguintes procedimentos: - Leitura integral do texto, para tomada de contato; - Esclarecimento de dúvidas de vocabulário, termos técnicos e outros; - Releitura do texto, para identificar as idéias principais; - Sublinhar, em cada parágrafo, com dois traços as idéias principais e com um traço as secundárias; - Compor o esquema considerando palavras sublinhadas, não utilizando necessariamente as palavras do autor; O esquema pode ser elaborado com a utilização de símbolos, tais como setas, linhas retas ou curvas, círculos, colchetes, chaves, entre outros. Para que um esquema seja realmente útil, ele precisa ter as seguintes garantias: - Fidelidade ao texto original: as idéias do autor devem estar presentes sem alterações, mesmo que ele use as próprias palavras para escrevê-las. - Estrutura lógica do assunto: organizar as idéias, articulando-as de maneira clara e coerente. - Adequação ao assunto estudado e funcionalidade: o esquema deve adaptar-se ao tipo de assunto estudado. Utilidade de um Esquema: O esquema pode ser utilizado para várias atividades, entre elas: - Trabalho preparatório para a produção de um resumo; - Estratégia para apoio em uma exposição oral; - Estratégia para memorizar ou aprender mais facilmente o conteúdo integral de certo texto; - Estratégia de síntese, quando se precisa obter um conjunto de dados considerando a leitura de vários textos.

7.2 Resumo Resumo é um texto produzido com o objetivo de apresentar, de forma sucinta e coerente, os principais aspectos, bem como as idéias nucleares de certa obra. O resumo é uma síntese das idéias e não das palavras do texto (SEVERINO, 2002). 7.2.1 Redação do resumo O resumo, quando solicitado de forma individualizada, compondo em si mesmo um trabalho acadêmico, deverá ser precedido de referência completa do texto resumido. O texto do resumo não deve aparecer em forma de esquema. Deve, ao contrário, ser um texto redigido de forma cursiva, concisa e coerente, respeitando o texto original, enfatizando apenas as idéias mais importantes da obra. Não se admitem acréscimos ou partes que não constem no original. Quanto à linguagem, esta deve ser clara, com vocabulário adequado a um texto técnico, sem gírias ou expressões do senso comum. Deve-se também evitar abreviaturas, abolindo-se gráficos, tabelas, citações e exemplos, exceto os considerados imprescindíveis à compreensão do que se resume. Procedimentos para redação de resumos de livros - Ler integralmente o texto para conhecimento do assunto; -Aplicar a técnica de sublinhar para ressaltar as idéias principais e os detalhes relevantes; -Analisar, de forma minuciosa, o sumário da obra com o intuito de identificar partes, capítulos e subtítulos mais importantes; - Tomar por base o esquema ou o plano de redação para fazer um rascunho, resumindo por capítulos ou por partes;

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- Concluído o rascunho, fazer uma leitura para verificar se há possibilidade de resumir mais, ou se não há omissão de algum elemento importante. Refazer a redação com as alterações necessárias. 7.2.2 Tipos de resumo A literatura apresenta vários tipos de resumos (ANDRADE, 2003). Entretanto, será apresentado o mais usual no meio acadêmico: Resumo informativo ou descritivo: tem a finalidade de informar as idéias principais e secundárias do texto, não sendo permitidas opiniões pessoais ao autor do resumo. Permite dispensar a leitura do texto original.

7.3 Resenha Consiste no exame e na apresentação do conteúdo de obras prontas, acompanhadas ou não de avaliações críticas. A resenha é informativa quando apenas expõe o conteúdo do texto; é crítica quando se manifesta sobre o valor e o alcance do texto analisado (SEVERINO, 2002). Tem sido, no entanto, muito comum os estudantes, em processo de desenvolvimento de habilidades de interpretação e crítica, produzirem resenhas como atividade de geração do conhecimento. O que deve fazer um resenhista? Deve proceder a uma leitura rigorosa do texto. Em seguida, deve sumarizar o assunto, ressaltando os aspectos válidos, sem entrar em pormenores, pois o objetivo da resenha não é entrar em detalhes, mas, sim, informar o leitor. A resenha informativa, por seu caráter específico de informação, apresenta a seguinte estrutura: Capa No âmbito do Grupo Saúde Bandeirantes, é considerada parte externa do trabalho, usada como identificação e proteção física. Deve apresentar nome da Instituição, curso, disciplina, nome do professor, título do trabalho, nome do aluno e série, local e data. Referências De acordo com 6, pág. 20. Introdução Inicia-se o texto, contextualizando o assunto exposto na obra. Faz-se necessário levantar a importância dos temas tratados na obra. Na introdução, devem-se apresentar os objetivos da obra resenhada. Desenvolvimento Iniciar a resenha apresentando a estrutura da obra. Observem-se os modelos: O artigo divide-se em ......Primeiramente......No item seguinte...... Na abordagem das partes do texto, o resenhista deve deter especial atenção à importância de traduzir o efeito que o autor do texto quis causar no leitor, o que pode ser realizado por meio do emprego de verbos que demonstrem os atos do autor, tais como: sustentar, contrapor, confrontar, opor, justificar, defender a tese, debruçar-se, dedicar-se ao estudo, eleger, propor-se a, demonstrar. Em um segundo momento, expõe-se o conteúdo apresentado na obra. Esta etapa é o momento em que o resenhista deve expor as principais idéias defendidas pelo autor, na mesma seqüência lógica em que se apresentam. Vale relembrar que o autor da resenha não deve depreciar a obra, mas informar o leitor, de maneira polida, sobre o assunto nela tratado, evidenciando, em primeiro lugar, a contribuição do autor no que concerne à produção de novos conhecimentos. Conclusão Na conclusão da resenha, deve-se ordenar os conhecimentos adquiridos com a leitura, apresentando as conclusões do autor. Pode-se abordar a relevância dessas conclusões, de modo a evidenciar os resultados obtidos com a leitura do texto. Indicações do resenhista A quem interessa a obra. Esta é uma conclusão que o autor da resenha deve obter. O resenhista deve indicar o livro para as pessoas que, porventura, possam usufruir dos conteúdos expostos no texto original. O

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texto da resenha deve ser curto. Seu tamanho pode variar de 2 (duas) (jornais, revistas, etc) a 10 (dez) laudas (publicações científicas).

7.4 Fichamento Fichamento é um procedimento utilizado para reunião e organização de informações coletadas e de interpretações produzidas, considerando a leitura de um texto (ANDRADE, 2003). 7.4.1 Composição das fichas Titulação Compreende o título genérico e o número de classificação da ficha, deve vir no canto superior direito. Referência Apresentar referência completa da obra em fichamento, conforme 6, pág. 20. Conteúdo As fichas se prestam a vários tipos de anotações, tais como: Fichas de indicação bibliográfica Deve conter todos os elementos que permitam a identificação do documento consultado. Essas fichas podem ser de tamanho pequeno e são de grande utilidade quando se está procedendo ao levantamento bibliográfico de um assunto. Exemplo SANTOS, A.R. Metodologia Cientifica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A, 1999. .................................................................................................. Metodologia científica, metodologia da pesquisa científica, metodologia do trabalho científico. E agora Metodologia científica – a construção do conhecimento. É tudo a mesma coisa? .................................................................................................. Fichas de transcrição Enquanto se realiza a leitura das fontes bibliográficas, convém selecionar trechos de alguns autores que poderão ser citados no trabalho ou servirem para destacar idéias fundamentais de determinados autores nas obras consultadas. Para regras de citações veja 5, pág. 17. Exemplo FUNARI, Pedro Paulo. Arqueologia. São Paulo: Contexto, 2003 “As técnicas de escavação utilizadas no Brasil derivam, justamente, da relação existente entre os grupos arqueológicos atuantes e as matrizes científicas localizadas no exterior. Se essa subordinação ocorre, como propõe o filósofo brasileiro José Arthur Giannotti, nas ciências humanas, como um todo, dos países periféricos, na arqueologia brasileira isto se apresenta de forma particularmente nítida.” (p. 82) Fichas de resumo Tendo-se elaborado o resumo, pode-se transcrevê-lo em fichas pautadas n°04 ou digitá-lo, conforme sua finalidade. Os resumos anotados nas fichas podem ser informativos ou analíticos, dependendo de sua finalidade. O resumo informativo dispensa a leitura do texto original, por isso, ele é de grande valia quando se deseja ter à mão o conteúdo de obras consultadas em uma biblioteca. Exemplo SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 21.ed. rev.e amp. São Paulo: Cortez, 2000. Ao chegar à Universidade, o estudante precisa conscientizar-se de que, doravante, o resultado do processo ensino / aprendizagem, com o qual passará a se envolver, dependerá fundamentalmente dele mesmo. Seja pelo seu próprio desenvolvimento psíquico e intelectual, seja pela própria natureza do processo educacional desse nível, as condições de aprendizagem transformam-se, no sentido de exigir do estudante maior autonomia em sua efetivação, maior independência em relação aos subsídios da estrutura do ensino e dos recursos institucionais que ainda continuam sendo oferecidos. O aprofundamento da vida científica passa a exigir do estudante uma postura de auto-atividade didática, que precisa ser, sem dúvida, crítica e rigorosa.

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7.5 Trabalho de revisão e atualização (pesquisa bibliográfica) Devem ter boa introdução, seguindo-se as recomendações de 3.2.2.1, bem como apresentar a sistemática de levantamento utilizada. Não deve ter caráter opinativo, reservando-se esta tarefa para a conclusão ou considerações finais. O termo bibliografia, de etimologia grega (biblio= livro, grafia= escrita, descrição) significa, em sua acepção primeira, estudo de textos impressos. Pesquisar é, em sentido amplo, procurar respostas para indagações não respondidas e/ou procurar informações que não se conhecem, sem as quais não é possível obter uma visão global a respeito do tema de interesse. Portanto, realizar uma pesquisa bibliográfica é buscar nos livros e nos demais documentos (textos) escritos as informações necessárias a um tema de interesse. Sendo assim, o aluno pode estar em situação de pesquisa quando, por exemplo: • Elabora o conteúdo de uma aula; • Prepara a apresentação de um seminário; • Aprofunda um tema específico de sua área; • Amplia o conhecimento sobre a obra científica e/ou literária de determinado autor; • Aprofunda um conceito; Estabelece comparações entre conceitos e abordagens temáticas de diferentes autores a respeito de um mesmo tema. Em sentido restrito, pesquisa pode ser entendida como tratamento de investigação científica que tem por objetivo verificar, ou testar hipóteses levantadas, realizando, em sua totalidade, um procedimento científico (ver Projeto de Pesquisa, item 3, pág. 4). Qualquer pesquisa, em qualquer área, supõe, e exige, pesquisa bibliográfica prévia. Após a delimitação do tema, deve-se fazer um levantamento bibliográfico o mais completo possível. A pesquisa bibliográfica tem como objetivo sintetizar as várias idéias arroladas nos trabalhos anteriores que podem servir de base para a investigação que está sendo realizada. Existe uma tendência a limitar a pesquisa às contribuições mais importantes diretamente ligadas ao assunto, dando ênfase às mais recentes. Para a elaboração do trabalho, o pesquisador deverá consultar e levantar todos os livros, periódicos e obras especializadas acessíveis, catálogos, anuários bibliográficos, repertórios bibliográficos gerais e especializados, resenhas bibliográficas e documentos eletrônicos. Nessas fontes, encontram-se não somente referências à bibliografia existente na área de interesse para sua pesquisa, mas também resumos, críticas e apanhados que poderão ser fichados e utilizados mais tarde. Antes de realizar a pesquisa bibliográfica, é preciso ter bastante clareza a respeito do que se quer estudar. Para isso, torna-se importante a delimitação precisa do tema, a definição da abordagem com base num plano ou esquema de redação para obter orientação que encaminhe o pesquisador às fontes necessárias. De posse de uma lista com indicações bibliográficas sobre o assunto que se pretende focalizar, selecionamse os itens pertinentes (os que serão objeto de leitura e anotações), organizando-os segundo o interesse. Uma leitura prévia possibilitará uma primeira seleção das obras que passarão pela leitura seletiva. A partir daí, serão localizadas as obras ou capítulos que contêm informações úteis para o trabalho em questão.

7.6 Relatórios Documentos formais em que se descrevem os resultados obtidos em investigação ou se relata a execução de experiências ou de serviços. Quando muito extensos, os relatórios podem ser divididos em volumes, devendo esta informação, bem como o resumo, constar de todos os volumes. Relatório técnico-científico O relatório técnico-científico expõe, de forma sistemática, informação dirigida a especialistas da área, devendo apresentar conclusões e recomendações. É elaborado com a finalidade de ser submetido à apreciação de pessoas ou de organismos. Este tipo de relatório pode ser apresentado em série, trazendo, neste caso, um número de identificação. Estrutura Segundo França (2004), a estrutura de relatórios técnico-científicos obedece a uma ordenação lógica dos elementos que a compõem:

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Capa Conforme descrição anterior. Folha de rosto Deve apresentar a seguinte identificação: nome completo do autor, centrado no alto da folha; título, no centro da página (abaixo deste aparece à descrição da disciplina); curso e instituição, seguidos da orientação docente; local e data. Resumo É a apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto (NBR6028: 2003), objetivando esclarecer o leitor sobre a conveniência ou não de consultar o texto integralmente e acelerar o processo de divulgação do trabalho. O resumo deve ressaltar objetivo, materiais ou (casuística), métodos, resultados e conclusões do trabalho (MARTINS, 2002). Listas Para listas de ilustrações, tabelas, quadros, símbolos, siglas e abreviaturas deve-se adotar o estabelecido em 4.2.1.13, pág. 10. Sumário Para sumário deve-se adotar o estabelecido em 4.2.1.14, pág. 11. Introdução Parte inicial do texto onde se expõe o assunto como um todo. Inclui informações sobre a natureza e a importância do problema, sua relação com outros estudos sobre o mesmo assunto, razões que levaram à realização do trabalho, suas limitações e seu objetivo. Deve esclarecer se o trabalho se constitui numa confirmação de observações de outros autores ou se contém elementos novos, realçando, sempre que possível, a fundamentação clara das hipóteses. Na introdução, pode estar contida a revisão da literatura. Não deve, entretanto, incluir as conclusões. A revisão de literatura tem por objetivo sintetizar, de forma clara, as várias idéias arroladas nos trabalhos anteriores que serviram de base à investigação que está sendo realizada. Existe, atualmente, uma tendência a limitar a revisão às contribuições mais importantes diretamente ligadas ao assunto, dando ênfase às mais recentes que oferecem base para a derivação das hipóteses e a explicação de sua fundamentação. Desenvolvimento Desenvolvimento é, em essência, a fundamentação lógica do trabalho de pesquisa, cuja finalidade é expor analisar e demonstrar. Ainda que não haja uma norma rígida sobre o desenvolvimento e este não se constitua num item específico para trabalhos científicos, ele apresenta, em geral, as seguintes partes: materiais e métodos, resultados e discussão. Materiais e métodos ou casuística e método (para pesquisa envolvendo seres humanos) Compreende-se o instrumental empregado e a descrição das técnicas adotadas, incluindo-se a experimentação com pormenores. Materiais e métodos devem ser descritos de maneira precisa e breve, possibilitando, assim, a repetição do experimento com a mesma precisão. Os materiais e métodos devem ser apresentados na seqüência cronológica em que o trabalho foi conduzido. Os métodos que já tenham sido publicados devem ser referidos apenas por citação, a não ser que tenham sido substancialmente modificados. Nas pesquisas com seres humanos, o título da seção deve ser casuística e métodos. Podem ser incluídos, também, gráficos e tabelas que ilustram os processos seguidos pelo autor: instrumentação (indicação de testes, medidas, observações, escalas, questionários a serem usados); coleta de dados (informações sobre como, quando, onde e por que foram aplicados os processos de pesquisa) e tratamento estatístico. Equipamentos, produtos e outros materiais que estejam sendo utilizados pela primeira vez devem ser descritos com detalhes, inclusive com fotografias e desenhos. Marcas comerciais de equipamentos, drogas e outras só deverão ser incluídas quando contribuírem significativamente para melhor compreensão e avaliação do trabalho. Resultados e discussão Devem ser apresentados de forma objetiva, precisa, clara e lógica, utilizando-se tabelas, figuras, fotografias que complementam o texto. Podem ser subdivididos em tópicos que correspondam a cada uma das perguntas levantadas ou hipóteses formuladas. São apresentados tanto os resultados positivos quanto os negativos, desde que possuam significado importante. É a comparação entre os resultados obtidos pelo autor e os encontrados em trabalhos anteriores, permitindo uma análise circunstanciada que estabeleça relações entre eles e deduções das proposições e generalizações cabíveis. Baseada em fatos comprovados, deve ressaltar os aspectos que confirmem ou modifiquem de modo significativo as teorias estabelecidas, apresentando novas perspectivas para a pesquisa.

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Conclusão Destina-se à demonstração da confirmação positiva ou negativa da hipótese. Fundamenta-se no texto e é decorrente das provas relacionadas na discussão. Recapitula, sinteticamente, os resultados da pesquisa e pode trazer propostas e sugestões originadas nos dados coletados e estudados. Quando houver várias conclusões, intitula-se no plural. Recomenda-se que cada uma das conclusões seja enumerada independentemente. Atenta-se para o fato que a conclusão não é um resumo do trabalho.

7.7 Trabalhos publicáveis em periódicos científicos Artigos Científicos Os artigos científicos são estudos criteriosos que abordam uma questão de relevância científica, ou seja, manifestam o resultado de uma investigação de uma pesquisa cientifica sistemática a respeito de determinado assunto. Freqüentemente, decorrem da realização de pesquisas inéditas. Em geral, são textos publicados em revistas acadêmicas ou que se constituem, considerando um conjunto deles, em livros. Para as ciências humanas e sociais os resultados de pesquisa podem ser apresentados em forma de ensaio, que apesar de conter a mesma estrutura textual do artigo, apresenta-se de maneira cursiva, sem as divisões das partes. O que pode ser conteúdo de um artigo? O artigo pode abordar assuntos diversos, considerando diferentes perspectivas, como, por exemplo: - ser um estudo criterioso para oferecer soluções ou propostas de solução para um problema ou uma questão que tem gerado controvérsias; - apresentar um estudo pessoal a respeito de um assunto, considerando dados fornecidos por outros autores; - levar ao conhecimento do público interessado ou especializado um dado totalmente novo, não conhecido nem explorado por outros estudiosos; - discutir um assunto, relacionando posições diferentes a respeito do mesmo tema, apontando as lacunas existentes ou questões às quais os estudos ainda não responderam. Estrutura O artigo estrutura-se da mesma forma que os demais textos científicos. Importante, no entanto, é o destaque de alguns desses aspectos: Título Deve sintetizar seu aspecto essencial. Autor Nome completo, titulação, seguido do nome da instituição a que pertence, com referido endereço eletrônico. Resumo Deve ressaltar o objetivo, o material e os métodos (ou casuística e métodos), os resultados e as conclusões do trabalho, observando o máximo de 250 palavras, compondo único parágrafo (MARTINS, 2002). Palavras-chave Visam à indexação do artigo e se destinam a descrever cientificamente o assunto. A definição das palavraschave deve ter base em vocabulários controlados, ou seja, Decs/Bireme (área da saúde), todos disponíveis para pesquisa nas bibliotecas da instituição. Introdução Deve apresentar uma exposição breve do tema tratado, apresentando-o de uma maneira geral. Também, na introdução, são apresentados os objetivos do estudo realizado, a justificativa da escolha do tema. Devem situar o problema da investigação no contexto geral da área e indicar os pressupostos necessários à sua compreensão. A introdução pode, ainda, conter conceituações básicas ou revisão bibliográfica. Material e métodos ou casuística e métodos Descrição de material, métodos, técnicas e processos utilizados na investigação. Imprescindível é apresentar os critérios de inclusão e exclusão da amostra em estudo. Resultados e discussão Segundo França (2004), este item visa a discutir, confirmar ou refutar hipóteses inerentes à investigação. Deve detalhar, de forma objetiva e clara, os resultados da investigação, correlacionando-os com a revisão bibliográfica.

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Conclusão ou considerações finais Trata-se do momento em que o autor expõe, resumidamente, suas deduções, o que deve ser uma resposta aos objetivos apresentados. Também, nesse momento, é possível explicitar um ponto de vista pessoal, com base nos dados obtidos e na interpretação realizada. Pode, ainda, apresentar sugestões ou recomendações para outros estudos na área. Bibliografia Ver item 6, pág. 19.

8 considerações finais por Prof. Dr. José Ernesto Succi, coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa do Grupo Saúde Bandeirantes. A objetividade e clareza são fundamentais devendo-se evitar frases muito elaboradas ou alegóricas. Vá direto ao assunto e evite interpretações não relacionadas exclusivamente ao material apresentado. Não subentenda raciocínios e explicações. Lembre-se que o leitor nem sempre é um especialista no assunto. Toda pesquisa começa com a formulação de uma pergunta, tente faze-la de forma direta e sucinta. Mesmo que o tema escolhido suscite, na sua opinião, muitas perguntas, procure responder apenas uma delas por vez e por pesquisa, para evitar fatores de confusão e facilitar a análise dos resultados. O método científico baseia-se em formular hipóteses que possam ser testadas ou provadas experimentalmente. A conclusão da pesquisa deverá aceitar ou refutar a hipótese inicial.

Dicas Título – mais sucinto e objetivo possível. O título deve subentender o objetivo do estudo, mas não obrigatoriamente as conclusões. Lembre-se de colocar palavras que atraiam a atenção de outros estudiosos do assunto e desta forma facilitar sua seleção por sistemas eletrônicos de indexação. Resumo – a parte mais lida do trabalho científico, por isso dedique a ele especial atenção. Seja econômico sem comprometer a gramática. A maioria das revistas médicas solicita o resumo estruturado, isto é, contendo itens específicos para maior uniformidade como: Introdução – deve ser conciso, evitando revisão extensa, transmitindo ao leitor os aspectos essenciais do tema e o objetivo do estudo, apoiada em referência bibliográfica relevante. No caso de pesquisa clínica descreva o desenho (ou delineamento) do trabalho: randomizado controlado, coorte, caso-controle, etc. Use a introdução para mostrar ao leitor que a sua abordagem do assunto é interessante a ponto de estimulálo a continuar a leitura. Ao final da introdução, os objetivos do estudo e os métodos devem ser claramente descritos. Objetivos – relaciona-se à pergunta e suas hipóteses formuladas para responder a esta pergunta. Inicia-se com verbo. Métodos – a pergunta principal é como foi realizada a pesquisa? Descreva-a passo a passo. Em caso de estudo experimental forneça uma descrição separada dos métodos experimentais. Descreva e justifique o delineamento (desenho) do estudo, o contexto ou local (definir se pertinente o nível de atendimento, se primário, secundário ou terciário, clínica privada, institucional,etc). Defina o tamanho da amostra, os pacientes ou participantes assim como os critérios de inclusão e exclusão, números de casos no início e no fim do estudo, variáveis estudadas, definições adotadas, métodos estatísticos e técnicas laboratoriais. Procedimentos, produtos e equipamentos utilizados devem ser descritos com detalhes suficientes para permitir a reprodução do estudo. Forneça a marca, modelo e fabricante dos equipamentos que julgar necessários, assim como informação de eventuais programas de computação. É obrigatória a inclusão de declaração de que todos os procedimentos tenham sido aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição que se vinculam os autores. Resultados – Apresentação e análise dos dados coletados. Forneça dados quantitativos. Mostre a precisão dos seus resultados em termos de limites de confiança. As informações contidas em tabelas e figuras não devem ser repetidas no texto. Usar gráficos no lugar de tabelas extensas e valores estatísticos. Interprete de forma qualitativa usando como referência as escalas publicadas de valores ou a sua experiência acerca dos valores que interessam nesta área do conhecimento Apenas apresente os resultados sem tirar conclusões.

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Quando for conveniente mostrar valores de p, dê o valor exato (por ex p= 0,01) e não p<0,05. Os valores exatos são importantes quando da feitura de metanálises. Apresente os dados em forma de figuras (gráficos) e não em tabelas ou em texto. Coloque-os logo após o parágrafo onde foram inicialmente citados. Algumas revistas preferem as figuras e tabelas no final do artigo. Discussão – interprete os resultados e compare com os dados já descritos na literatura enfatizando os aspectos novos e importantes do estudo. Discutir as implicações dos achados e suas limitações, bem como a necessidade de pesquisas adicionais. Forneça os limites de confiança de 95%. Conclusão – Deve obrigatoriamente responder aos quesitos propostos nos Objetivos. Um erro muito comum é concluir baseado em opinião subjetiva do autor e não nos resultados obtidos. Ou pior. A conclusão ou conclusões não estão relacionadas aos objetivos. Comente se os dados obtidos se aplicam ao mundo real e o quanto podem ser generalizados para outras populações. Dê ênfase igual aos achados positivos e negativos. Finalize com sugestões específicas para futuros projetos de pesquisa ao invés do clássico “novas pesquisas são necessárias ...”. Em artigos para publicação cheque os seguintes itens antes de submetê-lo: • Leia bem as normas para publicação. • Veja se o Resumo não excede o numero de palavras permitido. • No Resumo estão contidos os dados reais e as magnitudes dos efeitos obtidos. • O conteúdo do Resumo é um sumário correto do conteúdo do artigo. • O conteúdo de cada seção é adequado para aquela seção. • Observe a correção gramatical. • As referências bibliográficas devem estar no formato requerido pela revista.

Gramática Pontuação: Use entre aspas (“) para citações verbais ou verbatim. Se uma citação for muito longa coloque-a como um bloco recuado de texto sem aspas. Use-as na primeira vez que cunhar um termo novo ou uma gíria mas não as repita doravante. Evite uso excessivo de parênteses. Aplique-os apenas quando o uso de vírgulas poderia ser confuso. Nunca use parêntesis dentro de parêntesis. Evite termos técnicos e abreviações. Use itálico como ênfase e negrito para forte ênfase. Evite itálico/negrito pois nem sempre aparecem em alguns “browsers”. Coloque em itálico o título de um artigo, livro ou revista quando citado no corpo de um texto mas não na referência bibliográfica. No Resumo pode-se usar abreviatura sem explicação para os seguintes termos (DP) desvio padrão, (IC95%) intervalo de confiança de 95%, (LC95%) limites de confiança de 95%, mas devem ser escritos por extenso nas outras seções. Números: escrevem-se por extenso quando no início de uma sentença. Ex.: ‘Duas amostras de sangue revelaram...’ Reescreva uma sentença para que não comece com números maiores que noventa e nove. Números maiores que nove devem ser numerais. Ex: um, dois, três…nove, 10,11,12. Seja econômico nas palavras. Exemplos de opções de redação para se enxugar um texto. Use: • porque no lugar de baseado no fato; • para no lugar de no propósito de; • é sugerido que uma relação existe; • um total de n pacientes; • quatro diferentes grupos; • absolutamente essencial; • encontrado previamente; • pequeno em tamanho; • muito próximo de zero; • muito melhor; • por um período de tempo; • resumir brevemente; • a razão é porque; • também incluído; • para no lugar de maneira a; • exceto para.

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Não use ‘todavia’ duas vezes no mesmo parágrafo pois a dupla mudança de direção de um argumento pode incomodar a leitura. Empregue o mínimo de jargões (termos técnicos) e explique aqueles que usar. Evite iniciar frase com porque, desde que, porém, como. Use frases simples. Ordene suas idéias numa seqüência lógica sem repetições ou interrupções Leia diversas vezes o que escreveu. Mostre a outros colegas, veja se o artigo ficou claro para eles.

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