Tese de Licenciatura em Fisioterapia

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CursodeLicenciaturaemFisioterapia

4ºAno

AnoLetivo2022/2023

ProjetodeIntervençãoProfissional

CARACTERIZAÇÃODOSPILOTOSDERALIE

PREVALÊNCIADESINTOMATOLOGIANOPERÍODO

PÓS-PROVA.

ESTUDOOBSERVACIONALDESCRITIVOTRANSVERSAL

FRANCISCO VARINONº20180901

PORTO,2023

Índice ÍndicedeFiguras..................................................................................................................................3 ÍndicedeTabelas.................................................................................................................................3 ListadeAbreviaturas...........................................................................................................................4 Agradecimentos...................................................................................................................................5 RESUMO.............................................................................................................................................6 ABSTRACT.........................................................................................................................................7 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................................6 2. METODOLOGIA......................................................................................................................8 2.1. DESENHODEESTUDO.................................................................................................8 2.2. AMOSTRA.......................................................................................................................8 2.3. CONSIDERAÇÕESÉTICAS...........................................................................................9 2.4. INSTRUMENTOSDERECOLHADEDADOS...........................................................10 2.5. PROCEDIMENTOS.......................................................................................................11 2.6. ESTATÍSTICA...............................................................................................................12 3. RESULTADOS.......................................................................................................................13 3.1. SELEÇÃOECONSTITUIÇÃODAAMOSTRA..........................................................13 3.2. CARACTERIZAÇÃODAAMOSTRA.........................................................................14 4. DISCUSSÃO...........................................................................................................................16 5. CONCLUSÃO.........................................................................................................................20 ReferênciasBibliográficas.................................................................................................................21 ANEXOS...........................................................................................................................................24 ANEXOI.......................................................................................................................................25 ANEXOII.....................................................................................................................................27 ANEXOIII...........................................................................................................................XXVIII ANEXOIV...........................................................................................................................XXVIII ANEXOV...........................................................................................................................XXXVII

ÍNDICEDEFIGURAS

Figura1-DiagramadeConstituiçãodaAmostra..........................14

ÍNDICEDETABELAS

Tabela 1- Caracterização da amostra elegível: dados sociodemográficos; antropométricose damodalidadedesportivade Rali. Os dados de atividade física e treino físico. Os dados quantitativos estão apresentados em mediana (me) e amplitude interquartil (AI) e os dados qualitativos estão apresentados em frequênciaabsoluta (n)erelativa(%)...................................................................15

Tabela 2- Prevalência de sintomatologia no período pós-prova (7 diasposterioresàprova),dadosapresentadosemfrequênciaabsoluta (n)erelativa(%)...................................................................................................16

LISTADEABREVIATURAS

 PEC- ProvasEspeciaisdeClassificação

 WRC- World Rally Championship.

 ERC- European Rally Championship

 CPR–CampeonatoPortugaldeRali.

 ForçaG-ForçasGravitacionais.

 IPAQ-QuestionárioInternacionaldeAtividadeFísica.

 CEESSSM-ComissãodeÉticadaEscolaSuperiordeSaúdeSantaMaria.

 SNS-SistemaNacionaldeSaúde.

 IMC- ÍndicedeMassaCorporal.

 SPSS- Statistical Package for the Social Sciences

 INE-InstitutoNacionaldeEstatística

 N- Newtons.

 Km-Quilómetros.

 FPAK-FederaçãoPortuguesadoAutomobilismoe Karting.

 C- Celsius

AGRADECIMENTOS

Felizmente, estou rodeado de pessoas magníficas, sem as quais este trabalho nunca estaria concluído. O apoio e a dedicação dos meus familiares, namorada, amigos e professores foram essenciais para a concretização deste projeto. Deste modo,commuitaadmiraçãoerespeito,manifestoosmeusagradecimentos.

Aos meus pais e à minha família por acreditarem em mim e nas minhas capacidadesproporcionando-meaoportunidadedechegaratéaqui.

À minha orientadora, professora Ana Couto, pelo apoio, orientação e disponibilidade manifestados durante a elaboração deste Projeto de Intervenção Profissional.

Àcoordenadoradocurso deFisioterapia,professoraDanielaSimõeseatodosos professores do curso, fico reconhecido pelo acompanhamento, partilha de conhecimentosecolaboraçãoaolongodestes4anosdeLicenciatura.

À minha namorada, Ana Santos, agradeço por tudo! Estevesempre aomeu lado, compreendeu-me, escutou-me e encorajou-me a ser cada vez melhor e a atingir os meusobjetivos!

Ao meu melhor amigo, João Silva, e aos meus amigos do curso, em especial, ao Eduardo Canedo, Sara Moutoso e Ana Pereira pela ajuda, conselhos ao longo da elaboraçãodoprojeto,epelosbonsmomentosdeamizade!

Aos meus amigos do Rali, Joaquim Bernardes e Carlos Gonçalves pela disponibilidadeeajudaduranteaelaboraçãodoprojeto!

Porfim,aospilotoseequipasquecontribuírameaderiramaoprojeto!

RESUMO

Introdução: No Rali, o piloto está submetido a vários esforços a nível mental e físico. No entanto, a prevalência desintomatologia no Rali, ainda carece de estudos parauma melhor caracterizaçãodospraticantes eidentificaçãodasqueixas,visando orientarfuturasabordagenssobreotema.Objetivo:CaracterizarospilotosdeRalie a prevalência de sintomatologia no período pós-prova. Metodologia: Estudo observacional descritivo transversal, realizado numa amostra não probabilística por 72 pilotos. A seleção e caracterização da amostra foi efetuada através de um questionário online pararecolherdadosacercadascaracterísticassociodemográficas eantropométricas,damodalidade,doníveldeatividadefísica,esintomatologiapósprova. Nos testes de hipótese foi usado um nível de significância de 0,05.

Resultados: A mediana de idade dos pilotos foi de 35.0(19.0) anos. A categoria de IMC de “excesso de peso” (n=36; 50%) e o nível de atividade física, houve uma distribuição moderada (n=26; 36.1%) a vigorosa (n=26; 36.1%). Maioritariamente, ospilotosrealizamtreinofísico(n=42;58.3%).Geralmente,ospilotossãoamadores (n=38; 52.8%), exercendo a modalidade há mais de 10 anos (n=32; 44.4%), no Campeonato Nacional (n=39; 54.2%) e em Rali 5 (n=30; 38.9%). Relativamente à prevalência a maioria refere queixas (n=59; 81.9%), na lombar (n=42; 58.3%), pescoço (n=39; 54.2%) e punhos/mãos (n=25; 34.7%). Conclusões: Maioritariamente dos pilotos está em idade adulto jovem com “excesso de peso”, amadores, no Campeonato Nacional há mais de 10 anos e em Rali 5. Em relação à prevalênciadesintomatologia,amaioriareportaqueixaspós-prova,lombar,pescoço enospunhos/mãos.

Palavras Chave: Corrida; Pilotagem; Sintomas músculo-esqueléticos após competição.

ABSTRACT

Introduction: In rallying, the driver is subjected to various mental and physical efforts. However, the prevalence of symptoms in Rally has a lack of studies to better characterise the practitioners and identify the complaints, in order to guide future approaches on the subject. Objective: To characterise rally drivers and the prevalence of symptoms in the post-race period. Methodology: Observational descriptive cross-sectional study, conducted in a non-probabilistic sample of 72 drivers.Theselectionandcharacterisationofthesamplewascarriedoutthroughan online questionnaire to collect data on sociodemographic and anthropometric characteristics, the modality, the level of physical activity, and post-race symptomatology. A significance level of 0.05 was used in the hypothesis tests.

Results: The median age of the pilots was 35.0(19.0) years. The BMI category of "overweight" (n=36; 50%) and the level of physical activity, there was a moderate (n=26;36.1%)tovigorous(n=26;36.1%)distribution.Mostpilotsperformphysical training (n=42; 58.3%), of which aerobic training is the most practised (n=32; 44.4%). Generally, the pilots are amateurs (n=38; 52.8%), practising the sport for more than 10 years (n=32; 44.4%), in the National Championship (n=39; 54.2%) and in Rally 5 (n=30; 38.9%). Regarding prevalence, the majority reported complaints (n=59; 81.9%) in the lumbar (n=42; 58.3%), neck (n=39; 54.2%) and wrists/hands(n=25;34.7%).

Conclusions:Mostofthedriversareyoungadultswith "overweight", amateurs, in the National Championship for more than 10 years and in Rally 5. Regarding theprevalenceof symptomatology, the majoraty of the drivers report post-race complaints: lumbar, neckand wrist/hand.

Key words: Racing; Piloting; Musculoskeletal symptoms after competition.

1. INTRODUÇÃO

Todos os seres da natureza, incluindo o ser humano, nasceram com um impulso nato de competitividade e superação, tentando sempre ultrapassar os seus limites e os outros. Para o Homem, duas das formas mais ambicionadas para demonstrar os seus instintos de competição e de superação são a velocidade e a resistência. Como meiodedemonstraçãodessacompetitividade,oHomemusouaevoluçãodaindústria automóvel(Santos,Rodrigues,&Holmes,2021).

O Rali é uma das categorias do desporto motorizado sendo considerado a modalidademaisantigadodesportoautomóvel.Aprimeiraprovarealizou-seem22 dejulhode1894,entrePariseRouen.Nestes129anoshouveumanotávelevolução emtodasasvalênciasqueenvolvemestedesporto(segurança;aspetosorganizativos, preparação dos pilotos, evolução tecnológica dos veículos, etc), com o objetivo de melhorar a performance, a resistência das máquinas e dos pilotos e a segurança dos váriosintervenientes(Santos,Rodrigues,&Holmes,2021).

Esta modalidade está organizada por etapas ou provas, sendo cada uma delas composta por pequenas provas cronometradas denominadas por “Provas Especiais deClassificação”(PEC), noqualoobjetivodopiloto épercorrero circuito/troçono menor tempo possível. Estas provas diferem relativamente ao piso que pode ser em terra, asfalto ou misto, exigindo ao piloto uma elevada capacidade de adaptação do tipo de condução. Em cada PEC, o arranque de cada carro é intervalado por um período de tempo definido em função do grupo a que pertence. Por exemplo, no grupodeRali1ointervalodetempoéde4em4minutosenogrupoRali2ointervalo detempoéde2em2minutos(Editora,2023;Santos,Rodrigues,&Holmes,2021).

Atualmente, existem vários campeonatos de Rali: World Rally Championship (WRC); European Rally Championship (ERC); Campeonato Portugal de Ralis (CPR); Campeonato Regionalde Rali. Em relação aos grupos de carros de Rali que existem, atualmente, em competição, podemos identificar o Grupo N e o Grupo R, que diferem em relação aos regulamentos de modificação mecânica dos carros em relaçãoaomodelobase. Esteúltimogrupomantêmaaparênciaeoperfildoveículo original, ou seja, apresenta maiores restrições e limitações às modificações

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permitidas,noentanto,estefatornãoéumabarreiraparaodesenvolvimentodocarro. Este fator é justificado pela falta de liberdade mecânica é compensada pela grande liberdade aerodinâmica, que transforma estes carros mais recentes (era híbrida) em carros mais leves, com maior potência, maior velocidade de ponta e em curva comparativamente com os carros do “famoso” grupo B (que até à data eram considerado o grupo que apresentavaos carros mais rápidos)(Santos, Rodrigues, & Holmes, 2021; WRC, 2022). Deste modo, o Grupo R é o mais acessível para os pilotos,equipasprofissionaiseamadoras,jáque exigeummenoresforçofinanceiro comparativamentecomosoutrosgrupos(FIA,2023).

Em relação aos tipos de Rali existem os Ralis de Regularidade (são provas de precisão);RalideVelocidade(omaiscomum);Ralicross;Dakar,entreoutros.

O Rali de velocidade pode ser considerada a modalidade mais “arriscada” dos vários tipos de Rali, porque alia a imprevisibilidade com a alta velocidade, em diferentestiposdepisoecondiçõesclimatéricas.Nesteenquadramento,conduzirum carrodestetipoéumgrandedesafioparaopilotonamedidaemquetemqueconduzir omaisrápidopossível(atingindo velocidadessuperioresa160km/h)emambientes adversos (como por exemplo: estradas bastante estreitas, pisos degradados e próximos de precipícios) e muitas vezes não controlados (como por exemplo: a possibilidade de se cruzarem com animais selvagens em zonas florestais durante as PECs) (Santos, Rodrigues, & Holmes, 2021). Deste modo, o piloto deve estar bem preparado quer em termos de concentração e capacidade de reação, quer em termos físicos, apresentando uma excelente capacidade aeróbia, de força muscular e de flexibilidade(aníveldediferentessegmentoscorporaiscomopescoço;lombar;mãos e dedos; tornozelo e pé) para conseguir suportar as vibrações mecânicas, as altas temperaturas,asforçasfísicasegravitacionais(ForçaG),quesãosentidasdentrodo carro (Reid & Lightfoot, 2019). Quanto melhor a sua preparação face a estas exigências,menorseráaprobabilidadedeapresentaralgumasintomatologiadolorosa ou desconforto e/ou parestesias (Reid & Lightfoot, 2019). Ainda assim, segundo Mansfield&Marshall(2001),omaiordesconfortoqueospilotosrefereméaonível dalombareamaiordoraoníveldopunhoedamão.

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O acompanhamento físico desta modalidade desportiva e a literatura neste tema são reduzidos (Hoyes & Collins, 2018), e tendo em consideração que a maioria dos pilotos, sobretudo amadores, parece não ter nenhum profissional da área da saúde como o fisioterapeuta para os auxiliar na prevenção de sintomatologia associada às exigências do Rali, o facto de se conseguir caracterizar os pilotos e quantificar a prevalência da sintomatologia no período pós-prova, num estudo sistematizado, poderáserconsideradocomoumaáreainovadora,paraalémdepoderserumacesso de atuação para o trabalho da fisioterapia (Dawe, 2020). Deste modo, este estudo é pertinente na caracterização dos pilotos e da sintomatologia no período após as provasdeRali.

2. METODOLOGIA

O presente estudo seguir as recomendações da STROBE (Anexo I) (Malta, Cardoso,Bastos,Magnanini,&Silva,2010).

2.1. DESENHODEESTUDO

A metodologia de investigação usada neste estudo foi quantitativa. O presente estudoéumestudoobservacionaldescritivotransversal,porquepretendecaracterizar ospilotosrelativamenteàssuascaracterísticassócio-demográficas,antropométricas, modalidadedesportivadoRaliecaracterizaraprevalênciadesintomatologiareferida no período de 7 dias posteriores à prova. Para se conseguir realizar este objetivo de estudo foi efetuado um questionário online, utilizado num único momento de avaliação.

2.2. AMOSTRA

A população-alvo do presente estudo foi constituída por 117 pilotos de Rali, amadores e/ou profissionais de Portugal. Esta população-alvo veio de uma lista criada pelo investigador principal, que seguiu um processo de recrutamento da amostradeformanãoprobabilística,porboladeneve,comcontactostelefónicosou

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porviaemailouaindaporconvitedeparticipaçãovoluntária.Aamostraelegíveldo estudo foi constituída por 72 pilotos, definidos de acordo com os critérios de inclusão: sexo masculino; com residência emPortugal; participam somente emRali de Velocidade, na categoria do Grupo R (Rali 1; Rali 2; Rali 3; Rali 4 e Rali 5) no âmbito de provas do Campeonato Nacional e / ou regional, domínio de língua portuguesa.Comocritériosdeexclusãodeelementosdaamostraforamdefinidosos que responderam e não permitiram a análise dos dados ou que desistiram de responderaoquestionário.

2.3. CONSIDERAÇÕESÉTICAS

EsteestudodeinvestigaçãofoisubmetidoàapreciaçãopelaComissãodeÉticada Escola Superior de Saúde de Santa Maria (CEESSSM), e obteve um parecer favorávelcomregistonúmeroCE2023/18.

Todos os participantes do estudo tiveram que fornecer o seu consentimento informado,deformaexplícita,oqualestádeacordocomosprincípioseregraséticas daDeclaraçãodeHelsínquia.Osparticipantesforaminformadossobreoobjetivodo estudo e sobreo questionário online. Foi igualmente referido que os dados relativos à identificação dos participantes do estudo eram confidenciais, não sendo solicitada nenhumaidentificação dos participantes, eque seria mantido o seuanonimato. Este foi mantido com a contribuição de um código a cada piloto, com a seguinte nomenclatura “piloto nº de chegada”. Por exemplo, o primeiro piloto que aderiu e preencheuoquestionário,foio“piloto_1”eassimsucessivamente.

Os participantes tiveram conhecimento que podiam recusar-se a participar ou interromperaqualquermomentoaparticipaçãonoquestionáriosemnenhumtipode penalização por este facto. Este consentimento informado foi integrado na parte inicialdoquestionário online (ANEXOII).

Emrelaçãoàconfidencialidadedosdados,esteseramguardadosemcomputador, emficheiro excel,sendo protegidos com uma palavra-passe.O acesso aessesdados

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foi exclusivo do investigador principal e os dados recolhidos serão eliminados, digitalmente,apósaapresentaçãodoestudo.

Paraarealizaçãodesteestudofoinecessárioqueosdiretoresdeequipaassinassem odocumentoda“AutorizaçãoLocal”(ANEXOV),oqualfoisubmetidoàapreciação da CEESSSM. Após o seu parecer favorável foram contactados os pilotos dessas equipas.

2.4. INSTRUMENTOSDERECOLHADEDADOS

O instrumento de recolha de dados selecionado foi um questionário online, na plataforma Jotform. Este teve como objetivo permitir a seleção e caraterização da amostradoestudoecaracterizaraprevalênciadesintomatologianospilotosdeRali, noperíodode7diasposterioresàprova(ANEXOIII- link doquestionário online e ANEXOIV-questionário online).Oquestionáriofoidepreenchimentoindividual, anónimoeconfidencial.

Como mencionado anteriormente, o questionário online é composto por uma introdução onde é dada uma explicação breve do objetivo do estudo; é garantido o anonimatoeaconfidencialidadedosdados.Foianexadooconsentimentoinformado, previamente ao corpo do questionário. O desenvolvimento do questionário é composto por 3 partes: 1ª Parte- “Caracterização sociodemográfica, antropométrica emodalidadedesportiva”:cominformaçãorelativaàidade;massacorporalealtura; categoria do piloto; campeonato e grupo R; há quanto tempo pratica a modalidade;

2ª Parte - “Atividade Física e Treino Físico”: onde se encontra a versão portuguesa do questionário Internacional deAtividade Física (IPAQ)versão curta (Campaniço, 2016; IPAQ, 2005; Kurth & Klenosky, 2020). Este questionário tem como objetivo avaliarosníveisdeatividadefísicadosparticipantes.OIPAQestádividoem4itens referentes às atividades vigorosas, atividades moderadas, atividades realizadas a caminharenaposiçãodesentadoeencontra-sevalidadoparaapopulaçãoportuguesa comosseguintesparâmetros:ρ=0,30;IC95%:0,06–0,51(Campaniço,2016;IPAQ, 2005; Kurth &Klenosky, 2020).Em relação ao treino físico incluíram-se perguntas relacionadas com o tipo de treino físico; periodicidade; duração; hábito realizar

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exercíciosdeaquecimentoouderelaxamento;quaisaspartesdocorpoquecostuma aquecerourelaxar;quais eramosexercíciosdeaquecimentoouderelaxamento.Na

3ª Parte - “Sintomatologia”: foram apresentadas duas tabelas (contidas no ANEXO IV) para o participante referir se apresenta algum tipo de sintomatologia (dor; desconforto ou formigueiro) na fase pré e pós-prova. Foi ainda solicitado ao participante para classificar de forma quantitativa essa dor e/ou desconforto de 0 a 10 (sendo que 0 simboliza “sem dor” ou “sem desconforto” e 10 simboliza “muita dor”ou“muitodesconforto”).

O participante foi responsável pelo preenchimento do questionário, através dos seusmeiosdigitais(telemóvel;tablet;computador).

2.5. PROCEDIMENTOS

2.5.1. EstudoPiloto

Foirealizadoumestudopilotoem3participantescomcaracterísticasidênticasàs da amostra principal, para verificar a compreensão das perguntas do questionário. Como não foram necessárias quaisquer alterações, estes 3 participantes foram incluídosnaamostrafinal.

2.5.2. Recolhadedados

Após o parecer positivo da Comissão de Ética, foi criada uma lista de pilotos de Rali das 12 equipas cujos diretores de equipa tinham subscrito o documento da “Autorização Local”. A expansão da lista de pilotos foi sendo efetivada por via do conhecimentopessoaldoinvestigador,porviadepesquisanasredessociais,através de contactos diretos realizados num evento damodalidade (Penafiel Racing Fest), e através convite realizado por indivíduos já contactados. O contacto foi realizado através de email e/ou telemóvel e estes pilotos foram convidados a responder ao questionário online desenvolvido na plataforma Jotform. O período de recolha de dadosdecorreuentreodia1dejunhoe3dejulho.

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Depoisdarecolhadedados,asrespostaseramenviadaseexportadasdiretamente parauma folhade Excel,paradepoisseprocederàanáliseestatística.

Para o processamento estatístico dos dados, as variáveis quantitativas foram modificadasparavariáveis categóricas. Relativamente ao Índice de Massa Corporal (IMC),foiefetuadaadivisãoemcategoriasde“baixopeso”(menorque18,5kg/m ), “peso normal” (entre 18,5-24,9 kg/m ); “excesso de peso” (entre 25 e 29 kg/m ); obesidadeclasse1(entre30-34,9kg/m )¸obesidadeclasse2(entre35-39,9kg/m ); obesidade classe 3 (≥40 kg/m ¸de acordo com a classificação do Sistema Nacional de Saúde (SNS) (SNS, 2022). Em relação à categoria de piloto foi definido como “amador” ou “profissional” e no grupo R foi determinado como “Rali 5”; “Rali 4”; “Rali 3”; “Rali 2”; “Rali 1”. Relativamente ao campeonato de Rali foi divido em campeonato “Regional” e “Nacional”. De acordo com as Guidelines for Data Processing and Analysis of the IPAQ-SF, o nível de atividade físicafoi classificado como“baixo”;“moderado”e“vigoroso”(IPAQ,2005;Kurth&Klenosky,2020).

2.6. ESTATÍSTICA

2.6.1.

SPSS- Statistical Package for the Social Sciences

No âmbito dasferramentasde software de análise de estatísticafoi escolhido um software, o “Statistical Package for the Social Sciences” (SPSS), amplamente utilizado para lidar com dados quantitativos e realizar análises descritivas, como cálculodemédia,desvio padrão,correlaçõesetestesdehipóteses(Ladau& Everitt, 2004).

2.6.2. TestesdeNormalidade

Os dois testes de normalidade usados em estatística são, o teste de KolmogorovSmirnov e o de Shapiro Wilk. O primeiro é um teste não paramétrico e não faz suposições específicas sobre a distribuição dos dados, é adequado quando se deseja testar a normalidade numa distribuição específica ou quando a distribuição é desconhecida,é a opção mais flexível quando aamostraé maior que50.O segundo

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trata-se de um teste paramétrico específico adequado quando se supõe uma forte distribuição normal dos dados, é uma opção comum quando a amostra é menor que 50(Nascimentoetal.,2015).

2.6.3. Estatísticadoestudo

Aanálise descritivaeinferencialdos dadosfoiefetuadacomrecursoao software IBM SPSS Statistics®, versão 28.0 (IBM Corporation, Armonk NY, United States of America), com um nível de significância α꞊0,05 (intervalo de confiança de 95%) paratodosostestesde hipótese Peladimensãoamostral,(n>50)anormalidadedas variáveisquantitativasfoitestadausandootestede Kolmogorov-Smirnov.Deacordo com os pressupostos da normalidade (p<0,05)), para a estatística descritiva foram utilizadas as medidas de tendência central (mediana) e de dispersão (amplitude interquartil) para as variáveis quantitativas. As variáveis qualitativas foram apresentadas,asfrequênciasabsolutaerelativa.

3. RESULTADOS

3.1. SELEÇÃOECONSTITUIÇÃODAAMOSTRA

Dos 117 pilotos contactados, 35 não acederam ao questionário online, no âmbito do processo de recrutamento da amostra. A amostra ficou assim constituída por 82 participantes,dosquais10foramexcluídos,deacordocomoscritériosdefinidospara a participação do estudo. Desta forma, a amostra elegível foi constituída por 72 pilotoscomosepodeobservarnodiagramaapresentadonaFigura1.

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Figura1- DiagramadeConstituiçãodaAmostra

População-Alvo (n=117)

Participantesquenão acederamao questionário(n=35)

Participantesque acederamao questionário(n=82)

Participantesexcluídos(n=10)quantoaos critériosdeexclusão,osqueresponderame nãopermitiramaanálisedosdadosouque desistiramderesponderaoquestionário

AmostraElegível (n=72)

3.2. CARACTERIZAÇÃODAAMOSTRA

Deacordocomacaracterizaçãodaamostra,apresentadanatabela1,foipossível observar que, as medianas referentes à idade era de 35.0(19.0) anos, à altura era de 175.0(10.0)cmeaopesoerade80.0(11.0)kg.NoqueserefereàcategoriadeIMC, a maior parte dos participantes apresentaexcesso de peso (n=36; 50%). Em relação ao nível de atividade física, verificou-se uma distribuição moderada (n=26; 36.1%) a vigorosa (n=26; 36.1%). Na maioria, os pilotos realizam treino físico (n=42; 58.3%), do qual o treino aeróbio é o mais praticado (n=32; 44.4%), seguindo-se o treinodeforçamuscular(n=30;41.7%).

No que concerne, à categoria de piloto e há quanto tempo estes praticam a modalidade de Rali, a maioria dos pilotos são amadores (n=38; 52.8%) e praticam este desporto há mais de10 anos (n=32; 44.4%). No que respeita ao campeonato de Rali e ao Grupo R, a maioria dos pilotos compete no Campeonato Nacional (n=39; 54.2%)enoRali5(n=30;38.9%),respetivamente.

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Tabela 1- Caracterização da amostra elegível: dados sociodemográficos; antropométricos e da modalidade desportiva de Rali. Os dados de atividade física e treino físico. Os dados quantitativos estão apresentados em mediana (me) e amplitude interquartil (AI)e os dadosqualitativos estão apresentadosem frequência absoluta (n) erelativa(%).

variáveis n % Me(AI)

Em relação à sintomatologia no período pós-prova, a maioria dos pilotos relatou que apresentava algum tipo de sintomatologia nos sete dias posteriores à prova (n=59;81.9%).Oslocaismaisrelatadoscomsintomasforamaregiãolombar(n=42; 58.3%),pescoço(n=39;54.2%)eospunhos/mãos(n=25;34.7%)(Tabela2).

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Idade (anos) 35,0(19) Altura(cm) 175,0(10) Peso(kg) 80,0±11 IMC 25,2(3,8) IMC (kg/����) BAIXOPESO 1 1,4 PESONORMAL 30 41,7 EXCESSODEPESO 36 50 OBESIDADE CLASSE1 5 6,9 ATIVIDADE FÍSICA BAIXO 20 27,8 MODERADO 26 36,1 VIGOROSO 26 36,1 TREINOFÍSICO SIM 42 58,3 AERÓBIO 32 44,4 FORÇA MUSCULAR 30 41,7 FLEXIBILIDADE 22 30,6 REAÇÃO 18 25,0 OUTRAS 2 2,8 NÃO 30 41,7 TEMPOQUE PRATICAA MODALIDADE (anos) MENOSDE5 22 30,6 ENTRE5E10 18 25,0 MAISDE10 32 44,4 CATEGORIADE PILOTO AMADOR 38 52,8 PROFISSIONAL 34 47,2 CAMPEONATO DERALI REGIONAL 33 45,8 NACIONAL 39 54,2 GRUPOR RALI1 2 2,8 RALI2 8 11,1 RALI3 8 11,1 RALI4 28 36,1 RALI5 30 38,9

4. DISCUSSÃO

Deacordocomosprincipaisobjetivosdesteestudo,relativosàcaracterizaçãodos pilotos e da sua sintomatologia músculo-esquelética no período após as provas de Rali, verificou-se que a mediana de idades é de 35 anos. Nos estudos analisados, a média de idades dos pilotos variou entre os 33 e os 35 anos (Ebben & Suchomel, 2012; Mansfield & Marshall, 2001; Reid & Lightfoot, 2019; Rosso et al., 2016). Relativamenteà categoria de IMC, amaioria dos participantes sofrede “excesso de peso”. Uma possível explicação para este fator é intrínseca à própria sociedade portuguesa. Vejam-se as conclusões do Inquérito Nacional de Saúde de 2019, do InstitutoNacionaldeEstatística(INE),emquemaisdemetadedapopulaçãocom18 e mais anos tem excesso de peso (36,6%) ou obesidade (16,9%) (INE, 2020).

Também o estudo de Rosso et al. (2016) concluiu que os pilotos apresentavam um valor médio de IMC de 26,29 ± 3,94 kg/m a que corresponde a categoria de “excessodepeso”.

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Tabela2- Prevalência de sintomatologia no período pós-prova (7 dias posteriores à prova), dados apresentados em frequência absoluta (n) e relativa (%).
pós-Prova n % SINTOMATOLOGIA Pós-Prova SIM 59 81,9 PESCOÇO 39 54,2 OMBROS 15 20,8 COTOVELOS 4 5,6 PUNHOS/MÃOS 25 34,7 TORÁCICA 3 4,2 LOMBAR 42 58,3 COXAS 7 9,7 JOELHOS 4 5,6 TORNOZELOS/PÉS 8 11,1 NÃO 13 18,1

Em relação à antiguidade na prática da modalidade e o campeonato que se inserem, foi verificado que amaioria dos pilotos daamostra praticaRali hámais de 10 anos e no âmbito do campeonato nacional. Estes dados foram obtidos através de email do Departamento de Marketing e Comunicação da Federação Portuguesa do Automobilismoe Karting (FPAK).Relativamenteàcategoriadepiloto,amaiorparte são amadores, tal como no estudo de Mansfield & Marshall (2001) que apresentava 105amadorese13pilotosprofissionaisdeRali.Foiobservado,nonossoestudo,que a maioria dos pilotos conduzem carros de Rali 5. Um dos principais fatores que contribuem para este resultado é o facto de esta categoria exigir um menor esforço financeiro, pois permite uma maior simplicidade em termos de regulamento na montagem do carro, o que permiteàs equipas amadoras conseguiremarranjar peças demontagemcommaiorfacilidade(Matton,2021).

No que diz respeito à prevalência de sintomatologia no período pós-prova, nos pilotos de Rali, observou- se que a grande maioria relata uma sintomatologia neste período. Num estudo similar (Mansfield & Marshall, 2001), 91% dos participantes reportaramsintomatologia,oquecorroboraosresultadosdonossoestudoaomostrar que esta modalidade desportiva leva a prevalência elevada de sintomatologia. Este resultado levanta a necessidade de analisar a importância de integrar, por exemplo, fisioterapeutas na equipa de acompanhamento para prevenir a sintomatologia no períodopós-provaena reflexãoeorientaçãodepossíveisexercíciose/ou atividades que possam ser realizados com regularidade e no período pré e pós-prova (Dawe, 2020).

No que concerne aos locais que reportados com maiores sintomas, neste estudo foramaregiãolombar,opescoçoeospunhos/mãos.

Num estudo prévio realizados em pilotos de Rali a região da lombar, o pescoço, nos ombros e região torácica foram os mais reportados com sintomatologia (Mansfield & Marshall, 2001). Os principais fatores que podem contribuir para o aumento de sintomatologia nestes locais são as vibrações do carro (que são transmitidas pelo volante e pela suspensão, podendo ter consequências fisiológicas ao nível da parte superior do corpo, punho/mãos e ao nível lombar); resistência à

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força G, pois os carros de Rali geram downforce aerodinâmico (força gravitacional que empurra o carro contra o solo, aumentando assim a velocidade e a potência do carro),podendoatingiros5Gdurante ascurvas e astravagens (WRC W.A.,2018). Por isso, resistir àsforças G éuma dasmaiores exigências físicaspara um piloto de Rali, sendo o pescoço e cintura escapular os locais mais vulneráveis (Reid & Lightfoot,2019;ReidM.B.,2022).Porexemplo,acabeçaeopescoçodeumpiloto durante umaprova estão sujeitos auma carga deaproximadamente de251 Newtons (N), como resultado do peso do capacete (aproximadamente 6,4kg) e das curvas e das travagens ao longo do circuito que podem chegar aos 5G (Reid & Lightfoot, 2019); a fadiga imposta na corrida (devido ao piloto estar sujeito às forças G e ao trabalhodecontrolodocarroaaltasvelocidades) éumfatorimportanteemcorridas delongadistância(amaioriadosPEC´sapresentamcircuitosde50a60quilómetros (Km) ), pode levar à fadiga certos grupos musculares como músculos posturais do tronco,membrossuperioreseinferiores(Owenetal.,2015;Reid&Lightfoot,2019). Por fim, um outro possível fator que a maior parte dos estudos abordam é o fator stress durante a competição, e de acordo com Rosso et al. (2016), referiram que duranteasPEC´sdeRaliexisteumaumentodehormonasde stress,oquesugereque existeumarespostaaestefator,logoumamaiorsobrecargaanívelfísico(comopor exemplo:levaràfadigamuscular)eanívelmental.

O treino físico tem como objetivo melhorar a aptidão física através da aplicação deumconjuntodeexercíciosfísicos,deformaplaneadaeestruturada.Otreinopode incluir exercícios de força muscular, de flexibilidade, aeróbios e reação (Kardys et al.,2022).

No estudo realizado a maior parte dos pilotos realizam treino físico, este facto pode serjustificado devido a existir um “maior consenso” entre os pilotos, deque a práticadetreinofísico ébastanteimportante,porquevaiajudar opiloto suportar as exigências físicas de condução que foram relatadas anteriormente, quer para melhorara performance decondução(Hoyes &Collins,2018).Otreinoaeróbiofoi otipodetreinomaispraticado.Apráticadetreinoaeróbioémuitoimportanteporque após as corridas existe um aumento da frequência cardíaca e respiratória durante a prova e após a prova. Existe um estudo (Hoyes & Collins, 2018), no qual foi

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questionado aos pilotos qual a componente física mais importante durante uma corrida e a maior parte destes responderam que era a resistência cardiovascular, seguido pela força muscular e tempo de reação, o que corrobora os resultados do nossoestudofaceaodetipodetreinofísicoquepraticam.

Este estudo apresentou algumas limitações, das quais se destacam a escassez de literatura científica relativa ao desporto automóvel e ao Rali sobre prevalência de sintomatologia e importância do treino físico; dificuldade em contactar de forma sistematizada o universo de pilotos de Rali em Portugal (cerca de 700, conforme informação do Departamento de Marketing e Comunicação da FPAK); a indisponibilidade e/ou falta de interesse da população alvo na resposta ao questionário online já que alguns dos potenciais participantes ignoraram o questionário ou não conseguiam responder devido à falta de tempo porque estavam em competição ou em preparação para provas. Essa indisponibilidade e/ou desinteresseconduziuaqueoperíododerecolhadedadosfossealargadopara além doprevistoetivesseexigidocontactosdiretoscompilotosparaobterumamaiortaxa derespostaaoquestionário.Porúltimo,refere-searecolhadedadosvoluntáriaepor boladeneve,comprometendoavalidadeexternadoestudo.

Como sugestão para futuros estudos, seria interessante realizar um estudo preventivosobreaprevalênciadesintomatologia noperíodopré-provaenoperíodo pós-prova.Seriaaindaimportanteefetuarumestudopararelacionarotreinofísicoe aprevalênciadesintomatologianosperíodospréepós-prova.

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5. CONCLUSÃO

Nopresenteestudo,ospilotosapresentamidadescompreendidasentreos35anos e apresentam uma categoria de IMC de “excesso de peso”. Contudo é denotar que a maioria dos pilotos praticam atividade física “moderada” a “vigorosa” e treino físico,namaioriatreinoaeróbioedeforçamuscular.Amaiorpartedospilotosdeste estudo são amadores, competem no Campeonato Nacional há mais de 10 anos com carrosdeRali5,comosepodeobservarnatabela1dosresultados(secção3.2).

Em relação à prevalência de sintomatologia, mais de metade dos pilotos de Rali emPortugal,queparticiparamnoestudo,reportaramsintomatologianoperíodopósprova e com maior prevalência na região lombar, no pescoço e nos punhos/mãos, comosepodeobservarnatabela2dosresultados(secção3.2).

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ANEXOS

24
25 ANEXOI
26
27 ANEXOII

ANEXOIII

Linkdoquestionárioonline:https://form.jotform.com/231055396604354

ANEXOIV

QuestionárioOnline:

XXVIII
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria
XXIX
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria
XXX EscolaSuperior
deSaúdedeSantaMaria
XXXI
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria
XXXII
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria
XXXIII
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria
XXXIV
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria
XXXV
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria
XXXVI
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria

ANEXOV

DeclaraçãodeAutorizaçãoLocal:

XXXVII
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria
XXXVIII
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria
XXXIX
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria
XL
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria
XLI
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria
XLII
EscolaSuperiordeSaúdedeSantaMaria

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