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QUEM FAZ, ESTÁ EM EVIDÊNCIA!

Confira quem são as pessoas que estão fazendo o Rio Grande através das lentes do fotógrafo Chico Pinheyro

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Jennifer Nunes

SIMERS EM EVIDÊNCIA O Dr. Marcos Rovinski, presidente eleito do Simers, e os amigos: Dr. Marcelo Matias, Marcus Vinicius de Almeida, Thiago Duarte e Eduardo Trindade

JORNAL DO COMÉRCIO EM EVIDÊNCIA Relações Públicas da Evidência, João Riél e o Diretor de Operações do Jornal do Comércio, Giovanni Tumelero ANDERSON CARDOSO O presidente da Federasul durante gravação do programa Em Evidência na TV

DANIEL RANDON Empresário recebe edição da Revista Em Evidência da escritora Patrícia Moura e do Relações Públicas da Em Evidência, João Riél

CLÓVIS TRAMONTINA O empresário recebe a edição 79 da Revista Em Evidência durante o evento Tá na Mesa, na Federasul NADINE ANFLOR A Chefe de Polícia do RS, durante visita do Relações Públicas da Em Evidência, João Riél

TJ/RS João Riél, a presidente eleita do Tribunal de Justiça do RS, Desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira, e a escritora Patrícia Moura

EM EVIDÊNCIA NA TV O diretor executivo da Revista Em Evidência e do programa Em Evidência na TV, Lucio Vaz com o presidente eleito do Simers, Dr. Marcos Rovinski, durante gravação do Programa

AMIGOS João Riél e o deputado estadual, Adolfo Brito, durante cerimônia no Palácio do Piratini MÉRITO FARROUPILHA Prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, durante evento em que foi condecorado com a mais alta honraria do Parlamento Gaúcho

EM EVIDÊNCIA ENTREVISTA ANDERSON CARDOSO

Presidente da Federasul

Entrevista: Claudio Andrade e Lucio Vaz Edição: Patrícia Poitevin

Anderson Trautman Cardoso recebeu, recentemente, a maior honraria do Parlamento gaúcho: a Medalha do Mérito Farroupilha. Em uma das poucas vezes em que a cerimônia realizou-se fora da ALRS, foi agraciado através de proposição feita pelo próprio presidente da Casa, Gabriel Souza. Tal reconhecimento está certamente atrelado ao papel fundamental e decisivo desempenhado pela Federasul durante a pandemia. Além disso, as articulações do atual presidente tendem a impactar a vida de milhares de gaúchos, como na redução de impostos em 2022. Em pouco tempo, Anderson Cardoso já desponta como uma das lideranças mais prolíficas de nossa história recente. A Revista Em Evidência tem a honra de reproduzir alguns trechos da entrevista concedida pelo presidente no Programa Em Evidência na TV (RDCTV, sábados às 19 horas), confira a seguir

Como foi para o senhor, receber a Medalha do Mérito Farroupilha, na ALRS?

Foi uma experiência única, primeiro, uma gratidão muito grande à Assembleia, ao presidente Gabriel Souza, pela indicação do meu nome, mas é uma medalha, que recebo em nome da Federasul, pelo trabalho da Federação, de toda nossa diretoria. Nós temos vice-presidentes regionais, diretores em cada macro região, além deles, todas as mais de 170 lideranças, que nós temos à frente de cada uma das associações comerciais. É isso que move a Federasul, esse exército, como eu chamo, foi responsável por todas essas ações voltadas ao enfrentamento da pandemia, um momento difícil, em que lideramos vários processos para a equalização das normas. Agora, temos pela frenEM EVIDÊNCIA Presidente da Federasul considera o ano de 2022, um dos mais cruciais para a economia, tanto no Rio Grande do Sul, como no Brasil. Na foto, em entrevista para o programa Em Evidência na TV te ainda um enfrentamento do déficit público, que vai impactar a questão do câmbio, outros indexadores, como a inflação, por exemplo. Sinto-me muito honrado, mas nos coloca também mais responsabilidade para continuar a nosso trabalho. Temos mais um ano pela frente, quando assumi disse que ficaria só um mandato. Apesar dos pedidos, no segundo semestre nós já vamos pensar na sucessão do próximo presidente. Tal reconhecimento me motiva ainda mais, a fazer um bom trabalho ao longo do próximo ano.

Como a Federação vê a questão tributária, nesse momento de pós-pandemia?

É um tema muito importante para a Entidade. Ao longo do ano, nós olhávamos essa perspectiva de retomada, já pensando no déficit de 2020. Antes da pandemia, estimávamos um déficit de 140 bilhões de reais para o Go-

CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

verno Federal. Como todo o processo de enfrentamento absolutamente necessário, o auxílio dado pelo governo, mais o serviço da dívida, nós chegamos, no ano de 2020, com quase um trilhão de reais, criando um gargalo, uma conta a ser paga muito grande. Qual era a nossa proposta e o que trabalhamos em 2021? Numa reforma administrativa de verdade, que enxugue o tamanho do Estado, para não precisarmos ver de novo, o furo do teto de gastos públicos. O tamanho do Estado é determinante e peço que todos olhem com muito cuidado, para a questão da Reforma Administrativa, porque ela determina o tamanho da carga, e nós é que vamos pagar essa conta. Não precisamos trabalhar num estado mínimo, mas temos um déficit extremamente grande, como em nossas casas, temos uma conta maior para pagar, “a conta de luz veio maior, eu verei como ajustar o orçamento para caber essa conta”. Isso, nós precisamos fazer como sociedade, nós estamos vendo um déficit gigantesco e precisamos enfrentá-lo. Não adianta apenas aumentar o teto de gastos, porque essa conta vai ser paga ao longo dos anos. Então, nós devemos reduzir privilégios e o custo da máquina pública federal, para que possamos debater uma Reforma Tributária de verdade. Nós fomos, no ano passado, uma das únicas entidades empresariais, que foi contra a prorrogação das alíquotas majoradas, defendíamos o que está acontecendo agora. Por conta do nosso trabalho, vamos ter, a partir de 2022, o retorno das alíquotas de 17%, no Estado, e 20% das alíquotas que tinham sido elevadas, como a energia elétrica, combustíveis e telecomunicações.

O senhor falou que o Brasil do Agro é o Brasil, que dá certo. Realmente, aqui no estado o Agro tem sido importante nessa recuperação econômica. Como o senhor enxerga essa situação?

Sem dúvida, nós temos uma prevenção na Federasul, justamente, para um setor determinante para a economia do RS. O setor do Agro, direta ou indiretamente, corresponde a cerca de 40% do nosso PIB. Ele contribui fortemente para a economia. No ano de 2020, no início da pandemia, houve uma queda muito grande do PIB, no Rio Grande do Sul, de 7%, enquanto o Brasil caiu 4%, perdemos mais de 20 mil empregos no estado. Foi um ano extremamente difícil. O ano de 2021, veio com uma contribuição muito grande do agronegócio, garantiu o crescimento do PIB. Assim, nós temos uma expectativa que o Estado cresça acima de dois dígitos, especialmente, considerando essa base defasada do ano de 2020. Agora, na chamada “safrinha”, o Brasil sofre mais que o RS. Devemos crescer mais que o Brasil, com o Agro dando a sua contribuição fundamental. Temos desafios pela frente, como o do câmbio, que acaba impactando os insumos do agronegócio e, também, o de infraestrutura. Por isso que a entidade está tão voltada para a discussão, das Jornadas de Integração sobre infraestrutura, porque isso nos permite não apenas discutir, mas antecipar movimentos no sentido de melhorias desse tema, para o escoamento da produção, com redução de custo e maior competitividade para os produtos do RS.

As privatizações estão na pauta do Estado, como a Federasul vê isso?

No âmbito estadual, nós tínhamos algumas prioridades, as Reformas da Previdência e Administrativa, privatizações e concessões. A Federasul apoiou todas essas medidas, até a questão do teto dos gastos públicos. O tema do saneamento básico é uma excelente oportunidade de mudança, ou seja, os municípios têm metas nessa questão e, ao longo das últimas décadas, não conseguimos chegar a patamares mínimos no tratamento de esgoto. Temos apenas 30% de cobertura do sistema, em décadas, com uma empresa pública. O nível de investimento, que pre-

cisamos para mudar esse quadro é de bilhões. O Estado não tem condições de fazer esse investimento. Mais do que nunca, é a hora de permitirmos O tamanho do Estado é à iniciativa privada entrar nesse processo, melhore o saneamento, reverdeterminante e peço que tendo em saúde, emprego e renda. todos olhem com muito cuidado, para a questão da Reforma Administrativa, porque ela determina o tamanho da carga, e nós é que vamos pagar essa conta

Nós temos o South Summit, um grande evento para o ano que vem. Será que a inovação também é a palavra chave para o desenvolvimento do Estado?

South Summit é um dos maiores eventos do mundo no setor. Esse foi eleito o tema prioritário da Federasul, a inovação. Nós vimos que os modelos, que menos sofreram durante a pandemia, foram aqueles voltados para a nova economia, empresas que já tinham passado pela digitalização, novos modelos de interação com o cliente e maior

MÉRITO MERECIDO Além de desempenhar um papel de protagonismo durante a pandemia, Anderson tem liderado uma campanha bem sucedida no crescimento do quadro associativo da Federasul

TÁ NA MESA Conduzindo a edição especial do evento, com o empresário Clóvis Tramontina. A temática diferenciada do programa atrai centenas de empresários de todos os setores da economia

agregação de valor. Elas cresceram. Essa é a realidade, não é mais uma questão de futuro, é do presente, faz parte da sobrevivência. Se nós não tivermos a capacidade de nos reinventar, agregar mais valor, digitalizar os processos, para a economia de recursos, estamos fadados ao insucesso. É uma mudança de era e, principalmente, uma mudança social. Nós não aguentamos mais esperar para chamar um táxi, chamamos um Uber, que vai chegar na hora. A oferta de mais valor não é decorrência só de um modelo de negócio. Na minha ótica é a sociedade que mudou o mindset, a geração mais jovem vem mais tecnológica. Por isso que o tema inovação é tão necessário.

Quais as perspectivas da entidade para 2022? É um ano que nos traz conseguiremos equalizar inúmeros desafios, in- PARA essas questões. Por isso, clusive por ser um ano SABER MAIS é tão importante a Reforeleitoral, que no Brasil ma Administrativa, que é sempre um período de sinaliza para investidores turbulências, por ter essa externos, uma segurança dualidade federal. No RS, para investimentos a lontemos uma perspectiva go prazo. Com a vinda de de maior estabilidade, novos investimentos, nos por causa do Agro. Nós permite uma maior estabitemos problemas macro, lidade na taxa de câmbio. como a inflação, a questão da taxa de Temos desafios muito grandes em rejuros que está crescendo. A inflação lação à retomada econômica, vai pretira o poder de compra da população, cisar muito de incentivos. Ao lado de principalmente das classes menos tudo isso, vislumbramos uma quesfavorecidas. Temos agora o Auxilio tão a ser enfrentada, que é a Reforma Brasil, que vai injetar recursos im- Tributária, para reduzir e simplificar. portantes na economia. Nossa pers- Precisamos passar por uma Reforma pectiva é que esse problema perdure Educacional, também. Desejamos por 2022. Tem a questão do câmbio, que a educação seja para todos, prinimpactando a nossa atividade eco- cipalmente, no ensino básico e no nínômica. No primeiro semestre não vel profissionalizante.

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