Tempo Livre Março 2012

Page 52

40a45_M_OV_CA.qxp_sumario 154_novo.qxd 2/22/12 3:08 PM Page 52

Memória

Zita Duarte Apaixonada, independente, solitária

Na Peça “À procura de Alberto”, apresentada na Sociedade Portuguesa de Autores

40

TempoLivre

| MAR 2012

uando a actriz Zita Duarte morreu em Janeiro de 2000, todos os directores, realizadores, actores que com ela trabalharam foram unânimes. Zita Duarte era "uma pessoa única, de uma rara delicadeza interior, de uma elegância e doçura extremas, e conseguia aliar isso a uma inteligência concreta, com um humor refinado", palavras de Luís Miguel Cintra que disse ainda "perante a câmara de filmar, tornava-se uma actriz diferente, criava um momento único, uma coisa irrepetível. Ela entrava e a cena enchia-se" E Carlos Avilez, com quem Zita ajudou a fundar o Teatro Experimental de Cascais e que foi um grande amigo seu, disse na hora triste da sua morte que ela era uma actriz extraordinária, uma mulher diferente, uma lutadora que faz muita

Q

falta ao teatro e ao cinema. Zita Duarte tinha 55 anos

Um raríssimo animal de cinema Foi o crítico de cinema, Jorge Leitão Ramos, quem a classificou assim. "Um raríssimo animal de cinema". E disse mais : "ela tem a chispa de erotismos profundos, coisas indizíveis, sempre que um realizador lhe agarra o rosto, o corpo, com justeza". Zita Duarte nasceu em Cascais, a 17 de Fevereiro de 1944, cursou o Conservatório e depois de uma breve passagem por Paris, junta-se a Carlos Avilez, Maria do Céu Guerra e João Vasco para a fundação do TEC, onde foi intérprete de várias peças de êxito ("Esopaida", de António José da Silva, "D. Quixote", de Yves Jamiaque, "Ivone, princesa de Borgonha", de


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.