Manual de Iniciaçom à Língua Galega

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tema sexto

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Sociolingüística A prática lingüística: fala e escrita A existência de um idioma numha sociedade normalizada manifesta-se, como estamos vendo, por duas vias complementares: a oral e a escrita. Ambas as duas som actualmente imprescindíveis e a ausência de manifestaçons nalgumha delas indica umha carência funcional importante e desnormalizadora para essa língua. O galego mantivo-se sumido na oralidade forçada durante séculos, o qual se converteria, na hora de tentar dar passos na sua normalizaçom, num obstáculo de que ainda nom se deu livrado, e que hoje se manifesta em forma de conflito normativo, ao que já nos temos referido. É importante diferenciarmos perfeitamente ambas as manifestaçons, a oral e a escrita, nom confundindo conceitos pertencentes a um plano ou a outro.

Os elementos sonoros da linguagem conformam um sistema que se manifesta na sua própria oralidade. Esta é prévia à tentativa de levá-la ao papel a meio de umha série de signos gráficos convencionais que conformam a língua escrita. Estes signos convencionais nom guardam em si qualquer relaçom com o elemento sonoro que representam, daí que nom existam sistemas gráficos realmente identificados com os sistemas fónicos correspondentes. Dito por outras palavras: umha letra nom se corresponde naturalmente com o som que materializa no papel (por vezes som duas letras as que representam umha unidade fónica: <ch> em fecho), senom só na medida em que a comunidade lingüística decide dar-lhe esse valor, como poderia ter-lhe dado outro qualquer.


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