Hipper Freios cobra urgência em obra para evitar acidentes no acesso à BR-101

Centenas de pessoas transitam pela marginal que dá acesso ao Campo do Sangão. Ofício foi encaminhado à CCR ViaCosteira para instalação de sinalização

Diagnóstico aponta déficit de R$ 128 milhões e governo planeja ajuste fiscal

Uma mulher de 26 anos sofreu graves ferimentos nesta terça-feira, dia 24, ao se envolver em um acidente de trânsito na marginal da BR-101, próximo à Hipper Freios, em Sangão. Ela conduzia uma motocicleta que colidiu contra um veículo que entrou na via, provocando o acidente, e foi encaminhada ao hospital.

Esse foi mais um entre tantos outros casos já registrados no trecho de acesso ao bairro Campo do Sangão, nos últimos meses. Conforme os Bombeiros Voluntários, tem sido comum registros de acidentes na marginal da rodovia.

Os constantes acidentes motivaram a empresa Hipper Freios a reforçar a cobrança por providências urgentes no local para reduzir a velocidade dos veículos que por ali trafegam.

De acordo com a assessoria da Hipper Freios, com a instalação do estacionamento da empresa próximo à marginal, a localidade recebe o fluxo diário de cerca de 1,1 mil colaborado- res, além dos moradores do bairro. A maior escola municipal de Sangão, o Núcleo de Ensino Fundamental João Manoel de Souza, também está instalada próximo à marginal, o que aumenta a preocupação, com a movimentação de estudantes junto ao trecho.

Diante do cenário de preocupação, a Hipper Freios encaminhou uma solicitação para a prefeitura no dia 28 de outubro de 2022 pedindo providências.

O prefeito Castilho Silvano Vieira informou que fez o pedido de implantação de uma lombada através de ofício à CCR ViaCosteira no dia 11 de novembro, inclusive com mais iluminação e sinalização na marginal da BR naquele local. A solução é aguardada há quase três meses.

“Trata-se de uma rodovia federal e infelizmente não podemos fazer nenhum tipo de obra ou melhoria. Solicitamos ainda no ano passado para que fosse melhorado o acesso e até agora não tivemos retorno por parte da CCR. Temos no local o acesso principal do bairro e da escola do Campo do Sangão e também o estacionamento da Hipper Freios. Iremos novamente em busca de uma resposta”, comentou o prefeito.

“É uma séria questão de segurança pública, com acidentes toda a semana. Precisamos de uma solução imediata, sob pena de vermos mais vítimas, até com maior gravidade”, alertou Cassio Antunes, coordenador de RH da Hipper Freios. A empresa se dispôs inclusive a financiar a obra, desde que o poder público autorize.

Para 2023, serão necessários R$ 2,8 bilhões extras para honrar os compromissos assumidos em anos anteriores e cumprimento da previsão orçamentária

| Florianópolis

Análise dos últimos 10 anos realizada pela equipe da Secretaria de Estado da Fazenda mostra que SC encerrou 2022 com um déficit de R$ 128 milhões na Fonte 100 e precisa de outros R$ 2,8 bilhões extras para honrar os compromissos para 2023.

Preparado pela Secretaria de Estado da Fazenda a pedido do governador Jorginho Mello, o diagnóstico das contas estaduais comprova que a situação de Santa Catarina é muito diferente do indicado pelos primeiros números.

Com um desempenho atípico durante a pandemia de Covid-19, o Estado obteve um aporte de quase R$ 6 bilhões em recursos extras num intervalo de três anos – na conta estão as transferências do governo Federal para o combate ao coronavírus, a dispensa do pagamento de R$ 1 bilhão referente às parcelas da dívida pública com a União (2020) e o aumento da arrecadação tributária ocasionada pelo esforço fiscal, pela infla- ção e pelo crescimento da atividade econômica (PIB) catarinense. Na outra ponta, houve a queda nas despesas com o lockdown e a chamada “reforma administrativa invisível” do governo Federal, que congelou salários em todo o país.

A volta da normalidade, entretanto, escancarou o desequilíbrio entre receitas e despesas. Para 2023, serão necessários R$ 2,8 bilhões extras para honrar os compromissos assumidos em anos anteriores e cumprimento da previsão orçamentária.

Ao ser questionada pela reportagem da Folha Regional sobre o caso, a assessoria da CCR ViaCosteira confirmou que recebeu o ofício da prefeitura de Sangão e está fazendo uma análise para levantamento das informações da situação da marginal. O objetivo é finalizar o levantamento de dados para encaminhar à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que é o órgão responsável e que poderá conceder a autorização para execução de obras no trecho. “Quem define se a CCR poderá fazer alterações é a ANTT. Nossas equipes de engenharia estão fazendo os estudos necessários para confirmar a quantidade de pessoas que circulam no local, fazer a geometria e saber qual melhor dispositivo poderá ser implantado para amenizar as ocorrências de acidentes. Estamos avaliando com a equipe para poder apresentar a ANTT e depois dar um retorno para a prefeitura”, diz a assessoria da concessionária.

Ao tomar conhecimento do panorama dos últimos 10 anos das contas públicas, o governador Jorginho Mello determinou o início dos estudos para a elaboração do Pafisc – Programa de Ajuste Fiscal de Santa Catarina. “Minha grande preocupação é honrar todos os compromissos do Estado e reorganizar as contas, mas tendo em mente que temos que cuidar das pessoas, zerar a fila de cirurgias, garantir a universidade gratuita e realizar as obras de infraestrutura”, disse o governador em coletiva realizada nesta terça-feira, dia 24, no Centro Administrativo.

O Pafisc prevê a revisão dos contratos e a análise detalhada das operações que envolvem trans- ferências de recursos. O objetivo é verificar quais obras já estão em andamento, aquelas que ainda não iniciaram e rever a metodologia de repasse. A Secretaria de Estado da Fazenda também deve começar um estudo para a possível revisão dos benefícios fiscais (são cerca de R$ 20 bilhões ao ano) – o trabalho será discutido com o setor produtivo.