Revista Forum Estudante #323 - Abril de 2020

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Revista Forum Estudante | Abril 2020 | Edição nº 323 | Mensal l Diretor: Gonçalo Gil l Disponível apenas por assinatura com o custo mensal de 1€

Dicas e testemunhos sobre estudo em isolamento em estudanteemisolamento.pt

Descobre-te no Politécnico de Leiria Cinema e TV As sugestões dos Embaixadores Forum para tempos de isolamento

Saberes Como estudar para os Exames à distância?

IEFP À conversa com campeões das profissões



3 | Forum Estudante | abr’20

/Sumário

PASSATEMPOS

CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO: Estes passatempos decorrem até 30 de abril de 2020, salvo indicação em contrário no próprio passatempo. Apenas serão atribuídos prémios a residentes em Portugal e somente um prémio por pessoa e morada em cada passatempo. Só será aceite, de cada concorrente, uma participação por dia. O não preenchimento correto do formulário de participação em www.forum.pt/passatempos, leva à desclassificação do participante. Os vencedores residentes na área da Grande Lisboa terão de levantar o prémio na nossa sede em Lisboa. Aos restantes, os prémios serão enviados via CTT. Após notificação, os vencedores têm um prazo de 15 dias para reclamar o prémio. Os prémios devolvidos não serão reenviados. A idade máxima de participação é de 25 anos, inclusive, a confirmar por documento de identifi cação. OS PREMIADOS SÃO ANUNCIADOS EM FORUM.PT. NOTA: as cores e modelos apresentados podem não corresponder às imagens apresentadas.

www.forum.pt Telefone 218 854 730 FAX 218 877 666 E-mail geral@forum.pt

3 Jogos PS4 Concrete genie

DIREÇÃO Gonçalo Gil goncalo.gil@forum.pt FOTOGRAFIA Fábio Rodrigues, Dreamtime, Pexels, Unsplash DESIGN Miguel Rocha miguel.rocha@forum.pt REDAÇÃO Fábio Rodrigues fabio.rodrigues@forum.pt

10 Kits maquilhagem Essence

ASSINATURAS Paula Ribeiro Tel.: (218 854 730) pribeiro@forum.pt Anuidade: 10,00€ PUBLICIDADE Félix Edgar (Tel.: 218 854 103) felix.edgar@forum.pt REDES SOCIAIS Mariana Carlos mariana.carlos@forum.pt COMUNICAÇÃO&DISTRIBUIÇÃO Vítor Silva (Tel.: 218 854 755) vitor.silva@forum.pt

Se jogas PS4 e gostas de jogos intuitivos e desafiantes, este passatempo é ideal para ti. Temos 3 jogos Concrete Genie da Sony para oferecer. O jogo é inspirado na história de vida do criador, e a tua missão é combater a escuridão de uma cidade colorindo o mundo à tua volta. Participa no Instagram da Forum!

Para ti, que não dispensas maquilhagem, temos 10 kits de beleza Essence para oferecer. Para te habilitares a ganhar, basta ires ao nosso Instagram e seguires as regras do passatempo.

PROJETOS ESPECIAIS José Maria Archer josemaria.archer@forum.pt Diana Domingues diana.domingues@forum.pt

1 Jogo Caravelas

Com jogo de tabuleiro Caravelas, da Mebo Games, entra na história dos descobrimentos portugueses, sem sair da sala. Este passatempo está a decorrer no nosso Instagram.

PUBLICAÇÃO DIGITAL Esta publicação é apenas digital FORUM ESTUDANTE Revista de Cursos, Escolas e Profissões Propriedade e Edição de: Press Forum, Comunicação Social, S.A. Capital Social: 275.000,00¤ NIF: 502 981 512 Composição do Capital da Entidade Proprietária: Forum - Sociedade Gestora de Participações Sociais S.A: 100% Periodicidade Mensal Depósito Legal n.º 510787/91 Nº ERC: 114179

Temos 15 mochilas da Totto para vos oferecer. Passa no nosso instagram, segue os passos indicados e aproveita esta oportunidade. Quando voltares à escola, vais em grande com a tua mochila Totto.

Administração Rui Marques (Presidente) Gonçalo Gil Félix Pinéu

Revista Forum Estudante | Abril 2020 | Edição nº 323 | Mensal l Diretor: Gonçalo Gil l Disponível apenas por assinatura com o custo mensal de 1€

Descobre-te no Politécnico de Leiria Cinema e TV As sugestões dos Embaixadores Forum para tempos de isolamento

Saberes Como estudar para os Exames à distância?

IEFP À conversa com campeões das profissões

Numa parceria com a Veet, estamos a oferecer 5 kits depilatórios para mulher e 4 kits depilatórios para homem. Para ganhar, só tens mesmo que ir ao Instagram da Forum Estudante e seguir os passos indicados.

15 Mochilas Totto!

Sede da Redação e do Editor Tv. das Pedras Negras, nº 1 - 4.º 1100-404 Lisboa Tel.: 218 854 730 | Fax: 218 877 666 Estatuto Editorial Disponível em www.forum.pt

Dicas e testemunhos sobre estudo em isolamento em estudanteemisolamento.pt

5 Kits Veet

SUMÁRIO 04 Escolas As notícias da Escola... Em casa 06 Saberes 10 conselhos para estudar em isolamento 10 Desporto Conheces a história do Desporto Escolar? 12 Gaming Os jogos indie vieram para ficar 14 Cinema e TV 10 sugestões para o tempo de isolamento 22 Fama Para viajar sem sair de casa, falámos com a Marta! 34 Pancadas Uma Entrevista que arde sem se ver 36 IEFP Conhece mais três campeões 42 Redescobrir a Terra Plantar... Na vertical! 50 HorosCópos O Professor Esótanga viu um asteróide

#16 Politécnico de Leiria O Mundo está à tua espera Com 13 mil estudantes e centenas de opções na sua oferta formativa, o Politécnico de Leiria mostrate, nesta edição da Forum, o que de melhor tem para te oferecer. Conhece os projetos, ações e estruturas que definem esta instituição de ensino superior.

Revista Forum Estudante #323 // Abril 2020 // e-mail: geral@forum.pt // www.forum.pt


ATENÇÃO A Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) revelou, no seu 4 | Forum Estudante | abr’20

/Escolas

website, as principais datas do Concurso Nacional de Acesso de 2020. A apresentação da candidatura à primeira fase do Concurso Nacional de Acesso realiza-se de 7 a 23 de agosto, com os resultados a serem divulgados a 28 de setembro.

Sabias que…? Cerca de

66%

RTP Madeira transmite “Telescola do Ensino Secundário” A RTP Madeira iniciou a 20 de abril um projeto de telescola dirigido aos alunos do ensino secundário. Intitulado “Telensino: Estudar Com Autonomia”, o projeto inclui emissões de conteúdos sobre 20 disciplinas, recorrendo a 24 professores de diversas disciplinas, designadamente Português, Matemática, Geografia, Filosofia, Física, Química, Biologia, Economia e História, revela a RTP, no seu site. A RTP Madeira emite, desde 20 de abril, “quatro horas diárias - entre as 09:00 e as 13:00 - de conteúdos de 20 disciplinas, em sessões de 30 minutos”, explica fonte da Presidência do Governo Regional da Madeira, citada pela Agência Lusa. O estudante do Ensino Secundário, Henrique Lage, soube da existência através de uma aula a distância. “Uma colega referiu que existiam aulas para o secundário”, explica o aluno de 15 anos, para quem esta ferramenta poderá servir para complementar o estudo a distância. “Provavelmente, não vou conseguir acompanhar todas as disciplinas, porque tenho aulas a distância, mas estou a pensar ver, no meu tempo livre”, explica. Já Iris Sousa, estudante da rede escolar do Turismo de Portugal, vê neste recurso uma forma de se preparar para matérias que não estão incluídas no seu currículo: “Gostava de fazer exame de Economia e, através destas aulas, sinto que tenho a oportunidade de preparar-me melhor. “Até agora está a ser bom, estou a gostar”, garante.

dos alunos portugueses do 8.º ano utiliza um computador há pelo menos 5 anos.

93%

dos alunos do 8.º ano demonstraram ter as competências mínimas necessárias para aprender online.

87%

dos professores portugueses têm pelo menos 5 anos de experiência na utilização das TIC em sala de aula.

Entrevista ao secretário de Estado João Costa na Forum Estudante O secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, respondeu às perguntas da Forum Estudante, escla-

94%

utilizam na preparação das aulas. FONTE: International Computer Information and Literacy Study

recendo também algumas dúvidas dos leitores. Questões sobre o acesso ao Ensino Superior, conclusão do ensino

secundário, ensino profissional e realização de exames nacionais foram alguns dos exemplos. João Costa confirmou que estão a ser estudadas medidas de recuperação, a implementar durante o próximo ano letivo e sublinhou que o Governo procura soluções para “ter um concurso de acesso ao ensino superior o mais justo possível”. Podes ver a entrevista no Facebook da Forum Estudante.

#EstudoEmCasa auxilia estudantes do Ensino Básico A iniciativa #EstudoEmCasa descreve-se como um “conjunto suplementar de recursos educativos para o Ensino Básico”, com conteúdos organizados para diferentes anos de escolaridade. Embora estes conteúdos educativos possam “também ser utilizado por outros alunos”, pode ler-se no site oficial, estão não podem constituir “uma forma autónoma de desenvolver aprendizagens integrais no Ensino Básico”. Os recursos constituem-se em sessões de 30 minutos, organizados por blocos agregados para vários anos. Nem todas as disciplinas e aulas estão

presentes na programação, destaca a plataforma: “os conteúdos da #EstudoEmCasa são uma ferramenta

para complementar o trabalho dos professores com os seus alunos”. Recorde-se que, durante

a conferência de imprensa em que referiu pela primeira vez a iniciativa, o primeiro-ministro António Costa realçou que esta iniciativa não tem como objetivo “substituir o papel” dos professores e professoras. Para além da transmissão dos conteúdos no RTP Play, a iniciativa #EstudoEmCasa é transmitida na TDT (Posição 7), MEO (Posição 100), NOS (Posição 18), Vodafone (Posição 17) e Nowo (Posição 13). De acordo com o ministério da Educação, está agendado para breve o lançamento de uma aplicação. Para saber mais, visita: www.rtp.pt/estudoemcasa


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/Escolas

Estudantes oferecem flores a profissionais de saúde Um grupo de sete estudantes da Universidade de Aveiro procura “inspirar e revitalizar” os portugueses. Um dos membros fundadores, Francisco Cardoso, contou à FORUM como nasceu esta iniciativa que já levou 1000 flores aos profissionais de saúde do Centro Hospitalar do Baixo Vouga. “O vírus está a espalhar-se”, começa por explicar Franscisco Cardoso: “Nós queremos espalhar vida!”. É este mote escolhido pelo grupo de sete estudantes da Universidade de Aveiro que fundaram este mês o projeto _comvida. “Decidimos criar a iniciativa com dois objetivos”, conta o estudante de mestrado em Engenharia e Design de Produto: “divulgar iniciativas positivas, nesta altura desafiante, e realizar as nossas próprias ações”. A primeira ação realizou-se a 7 de abril: a entrega de 1000 estrelícias no Centro Hospitalar Baixo Vouga. “Soubemos, através de uma notícia na televisão, que havia flores que acabavam por murchar, por não serem vendidas”, recorda Francisco Cardoso. A partir daí, o grupo _comvida contactou os produtores, de forma a fazer a entrega aos profissionais de saúde. O sucesso desta primeira ação levou à organização de uma nova edição, conta o estudante de 21 anos. Desta feita, a entrega será em Lisboa, no Hospital de Santa Maria, no dia 25 de abril: 2000 cravos e gerberas serão oferecidas aos médicos e auxiliares de saúde. Neste momento, o grupo de estudantes procura voluntários que possam auxiliar nesta e noutras ações. Os interessados poderão contactar a _comvida pela sua página de Instagram, Facebook ou através do email todoscomvida@gmail.com.


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/Saberes

#1 Mantém a calma

A primeira regra é um clássico dos Exames Nacionais, independentemente dos constragimentos atuais. Manter a calma vai ser muito importante. Esta forma de ter aulas e estudar é uma novidade para ti, para os professores e para os teus pais. Mas não entres em pânico (e pede aos teus pais que façam o mesmo). Essa estabilidade vai ser o ponto de partida para conseguires uma aprendizagem eficaz.

#2 Escolhe o melhor local

Encontra um local da casa sossegado e faz dele a tua estação permanente de estudo. Um local onde possas estar atento às aulas virtuais e estudar sem ser incomodado. Terá de ser um espaço reservado para ti, onde te sintas o mais confortável possível e guardar o teu material de estudo. Já agora, organiza o teu material de estudo: vais ver que faz maravilhas para a motivação.

#3 Tenta manter uma rotina A regularidade é uma parte importante da nossa produtividade. Não alteres os teus horários de aulas, das refeições e do sono. Continua a fazer tudo normalmente (na medida do possível), como quando te deslocavas até à escola, acrescentando as horas de estudo. E não te esqueças de fazer previsões de tempos de pausa, que são para cumprir.

«Procura registar não apenas a dúvida, mas as principais dificuldades sentidas no esclarecimento da mesma. Desta forma, quando falares com um professor, o apoio que te é prestado poderá ser mais eficaz» #4 Limita a tecnologia

O computador e o telemóvel são os teus grandes aliados, nesta fase. Contudo, oferecem-te muitos caminhos alternativos ao estudo. Procura limitar a utilização das tecnologias que te podem roubar a atenção ou perder a concentração. Um exemplo poderá ser colocar o telemóvel em modo de voo, nas horas de estudo. Terás tempo para as redes sociais nas pausas.

10 DICAS

PARA PREPARAR OS EXAMES NACIONAIS EM ISOLAMENTO Os Exames Nacionais são um grande desafio para todos os estudantes e, apesar das circunstâncias de isolamento que estamos todos a viver, tens que estar bem preparado para as longas maratonas de estudo. Sabe como!

#5 Tira todas as dúvidas

Procura registar não apenas a dúvida, mas as principais dificuldades sentidas no esclarecimento da mesma. Desta forma, quando falares com um professor, o apoio que te é prestado poderá ser mais eficaz, para além de que estarás a redobrar os teus esforços. Depois de registada, podes avançar com mais confiança, sem te sentires preso ou presa a essa contrariedade.

#6 Faz um mapa

Neste contexto, a tua independência será posta à prova. Planeia o teu estudo. Faz um mapa de tarefas, que inclua o tempo de estudo e as pausas. Procura adaptar o teu tempo disponível às necessidades das diferentes disciplinas, criando objetivos e fazendo esforços para manter o plano.

#7 Não fiques só pelo digital

Apesar de teres aulas online, escreve os teus resumos da matéria à mão e utiliza marcadores com cores para fazer esquemas. Esta é uma boa forma de, não só decorares, mas também pensares sobre a matéria, enquanto escreves e destacas as palavras-chave. Mais do que decorar, poderás compreender as relações que existem entre os diferentes elementos da matéria.


7 | Forum Estudante | abr’20

/Saberes

Para encontrar mais dicas e informações úteis sobre como estudar a partir de casa, podes visitar a plataforma criada pela Forum Estudante: estudanteemisolamento.pt

#8 Pratica

Procura exames dos anos anteriores e resolve-os. É uma forma de começares a perceber o género de perguntas que vão sair no teu exame e a estrutura deste. No fim, compara as tuas respostas com as correções, também online. O IAVE (Instituto de Avaliação Educativa) disponibiliza, no seu site, exames de todas as disciplinas, de vários anos. Esta é uma forma de trabalhares não só o teu conhecimento, mas também a forma como o expressarás.

#9 Conversa sobre a matéria

No fim de uma sessão de estudo, faz videochamadas com os teus colegas e conversem sobre a matéria, tirem dúvidas uns com os outros e façam questões, enquanto outros explicam. Se os teus pais também estiverem contigo em isolamento, podes sempre pedir-lhes que te façam perguntas.

«Apesar de teres aulas online, procura escrever e fazer esquemas [...] Mais do que decorar, poderás compreender mais facilmente as relações que existem entre os diferentes elementos da matéria» #10 Não te fiques pelo estudo

Por último, mas não menos importante, dorme bem e faz exercício físico. Se o descanso é crucial para um bom rendimento escolar, o exercício físico permite não só aumentar os teus níveis de energia e motivação, como descarregar alguma tensão e nervos que possas eventualmente sentir. Bom estudo e boa sorte!


/#EstudarEmIsolamento

isolamento

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«É essencial manter a rotina. É este o ponto de partida»

A psicóloga escolar no Agrupamento de Escolas de São João do Estoril, Marta Mosca Gonçalves, destaca algumas das consequências do isolamento para os estudantes e encarregados de educação.

Encontra mais conselhos e dicas sobre o estudo a partir de casa em estudanteemisolamento.pt


9 | Forum Estudante | abr’20

/#EstudarEmIsolamento

Quais podem ser algumas das consequências, do ponto de vista psicológico, anímico e emocional, resultantes da situação de isolamento? As consequências do ponto de vista psicológico vão divergir, dependendo da situação de isolamento. Um isolamento bem cumprido, num contexto de apartamento num bloco de prédios, terá um impacto substancialmente superior ao isolamento numa moradia com jardim e/ou quintal, por exemplo. Contudo, em termos gerais, o isolamento deverá ser pautado pelo estabelecimento de rotinas, que incluam momentos de contacto social à distância, bem como com familiares mais próximos. Caso contrário, poderá levar a futuras dificuldades de interação social, ansiedade ou depressão. Nestas situações, podem-se ainda desenvolver mais acentuadamente as adições por jogos online ou por redes sociais com interação limitada. E a que tipo de comportamentos devem os pais ou encarregados de educação estar atentos, na identificação destas consequências? Estar atento e presente é essencial. Os pais devem atentar ao agravamento gradual de situações de isolamento ou de conflito, de irritabilidade excessiva, às rotinas de sono desreguladas e até a sinais físicos como perda de apetite e/ou palidez exagerada. Devem estar atentos à possibilidade de o ou a jovem se isolar sem necessidade no quarto e à eventualidade evitar contacto social em casa (interação com os pais ou irmãos) ou ainda de passar demasiado tempo envolvido nas mesmas atividades (ver séries, utilizar redes sociais ou jogos online, por exemplo).

«[O isolamento] poderá levar a futuras dificuldades de interação social, ansiedade ou depressão. Nestas situações, podem-se ainda desenvolver mais acentuadamente as adições por jogos online ou por redes sociais com interação limitada» Marta Mosca Gonçalves, Psicóloga Escolar Que tipo de auxílio está disponível para os estudantes e encarregados de educação que sintam que necessitam de ajuda? E de que forma é que os psicólogos escolares continuam em contacto com a restante comunidade educativa? Existem vários espaços online de ajuda e, neste momento, está a ser criada uma linha de apoio psicológico para este tipo de necessidades. Os psicólogos escolares continuam em contacto através do envio de e-mails coletivos, seja através dos diretores de turma, seja diretamente para alunos e/ou encarregados de educação. Indiretamente, existe um apoio através da pesquisa de atividades a desenvolver sem sair de casa, sugestões de como diversificar as atividades em situação de isolamento social. Por outro lado, estão a ser agilizados outros meios, como a criação de linhas de apoio, através de telemóvel, salas de chat ou ferramentas de reuniões online, de grupos de WhatsApp, de websites com informação pertinente e atualizada.

"O isolamento deverá ser pautado pelo estabelecimento de rotinas, que incluam momento s de contacto social à distância, bem como com familiares mais próximo s." Quais são algumas boas-práticas que os estudantes poderão cumprir, de forma a garantir a estabilidade necessária para a aprendizagem? É essencial manter a rotina: é este o ponto de partida. Estabelecer de início uma rotina viável para a dinâmica familiar e escolar e mantê-la. Obrigar-se a manter bons hábitos de sono, de higiene e de atividade física. Será uma ótima oportunidade para colocar a leitura em dia, ou qualquer pequeno projeto pendente (manualidades, um blog, cozinhar) e de fortalecer as relações familiares. Planear os dias de estudo mediante o trabalho enviado, as aulas presenciais online e os prazos estabelecidos, ir definindo prioridades e gerir o tempo que sobrar tirando dúvidas através da consulta online, de livros ou enciclopédias que se tenham em casa, de um familiar ou amigo ou colega mais hábil. É importante nunca esquecer de intercalar o trabalho com momentos de lazer, de descanso e evitar sobrecarga de utilização de aparelhos eletrónicos, muito menos imediatamente antes de dormir. Por fim, é essencial consultar informação sobre o estado atual junto de fontes fidedignas. E que papel podem ter os pais e encarregados de educação na criação desse ambiente propício à aprendizagem? Os pais devem apoiar (mais ou menos, dependendo da autonomia dos filhos) a criação da rotina, até porque será necessário negociar a utilização de equipamentos e de espaços, bem como as horas das refeições. No seu dia-a-dia, devem ter um pouco de tempo para monitorizar e apoiar as dúvidas dos filhos, permitir que ganhem um pouco mais de autonomia relativamente ao estudo e à organização e planeamento. Ajudar a estabelecer prioridades e ao final do dia, analisar conjuntamente como estão as várias tarefas a decorrer para eventuais ajustes de prioridades também podem ser boas práticas. Será essencial criar, logo de início, um espaço próprio de trabalho, nem que seja um canto da sala ou do quarto e ter condições de luz, temperatura e silêncio para a realização das atividades escolares. Há alguma mensagem que queira deixar à comunidade educativa? Este é um momento para parar. Para respirar fundo e perceber que o ritmo que tínhamos estava completamente errado. Era desgastante o ritmo do nosso dia-a-dia. É tempo de balanços, de fortalecer laços, de redefinir prioridades. As novas gerações, do “é para agora” foram obrigadas a abrandar o ritmo. A repensar a importância das interações sociais. A importância da rotina e da Escola. A importância dos professores e das aulas presenciais. De como é tudo relativo, a saber ser mais tolerante e evitar conflitos. Saber viver com os outros. Gozar a vida e não passar por ela. Temos de olhar para o momento atual e retirar dele as aprendizagens possíveis. E ver o lado positivo da situação atual.


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/Desporto

Desporto Escolar

Um direito dos estudantes A instituição acompanha gerações, procurando “estimular a prática da atividade física e da formação desportiva”. Sabe mais sobre a história e missão desta divisão da Direção-Geral da Educação. O logótipo até tem mudado, ao longo das várias décadas de existência. As letras que o acompanham, contudo, são conhecida por todos, independentemente da idade. A expressão “Desporto Escolar” faz, há décadas, parte do imaginário dos estudantes portugueses e é associada a competições tão variadas quanto as modalidades nele incluídas. Foi já depois do 25 de abril que surgiu a primeira estrutura autónoma dedicada à promoção do Desporto Escolar. Até então, a responsabilidade da organização de competições desportivas nas escolas e de encontros desportivos ficou a cargo da Mocidade Portuguesa, num contexto de população escolar reduzida, recorda o DE, no seu site. Ao longo das décadas seguintes, a marca tornou-se uma presença habitual nas escolas portuguesas. Durante o ano letivo 2013/2014, revela o DE, mais de 181 mil estudantes estiveram inscritos no Desporto Escolar, que se praticou “em todas as escolas do ensino público do país”. Nessa altura, o Futsal foi a modalidade mais praticada.

No total, o site do Desporto Escolar elenca 37 modalidades praticadas por estudantes. Um catálogo que prima pela variedade – nele encontramos modalidades habitualmente associadas ao recinto escolar como Futsal, Desportos Gímnicos ou Ténis de Mesa, mas também Xadrez, Esgrima ou Vela ou adições mais recentes como Goalball, Corfebol ou Softbol.

O Desporto é para todos Na definição da sua missão, o Desporto Escolar recorda o artigo 79 da Constituição da República Portuguesa (CRP):

“Todos têm direito à cultura física e ao desporto”. O estímulo da prática desportiva, realçam, é visto como um “meio de promoção do sucesso dos alunos” e “de estilos de vida saudáveis”, bem como “de valores e princípios associados a uma cidadania ativa”. Nesse sentido, Responsabilidade, Espírito de equipa, Disciplina, Tolerância, Perseverança, Humanismo, Solidariedade ou Coragem são alguns dos valores destacados como possíveis de ser estimulados a partir da prática desportiva. Várias décadas depois do início desta atividade, conclui o DE, esta organização continua a cumprir um papel fulcral na vida escolar: “ser um instrumento privilegiado na renovação da vida da escola”.

Podes consultar a lista completa de modalidades incluídas no Desporto Escolar aqui: desportoescolar.dge.mec.pt



12 | Forum Estudante | abr’20

/Gaming

Jogos Indie

Ascensão & Ascensão Os títulos indie influenciam, cada vez mais, a indústria dos videojogos. Conhece alguns dos títulos mais esperados do ano.

E

m entrevista à Forum Estudante, no final de 2018, o fundador da Indie X [plataforma de videojogos independentes ] destacava o contributo deste tipo de títulos para o universo do gaming. “O investimento próprio ou de menor volume dá-te margem criativa para testar e fazer novas coisas”, sublinhava então Ricardo Campos, antes de explicar: “Fico embasbacado com produções mainstream. Mas surpreendido só fico com jogos indie. Porque só eles me mostram coisas que não estava à espera”. Tecnicamente, um jogo indie ou “independente” é produzido por uma equipa pequena (ou até por apenas uma pessoa) sem o apoio financeiro das grandes editoras ou distribuidoras de videojogos. Contudo, a definição é vasta e podemos encontrar, no mesmo grupo, títulos muito diversos. Para alguns, a categoria indie diz respeito sobretudo à estética e mecânica de jogo. Ao longo dos anos, são muitos os casos de videojogos indie que se tornam muito populares e chegam mesmo a afetar as tendências mainstream. Os casos de Minecraft (2011), The Stanley Parable (2013) ou Braid (2008) são alguns dos exemplos recentes. Por essa razão, a indústria de videojogos indie “tem sido um pilar de criatividade e liberdade para muitos dos jogos comerciais”, sublinha Tabitha Baker, no portal The Indie Game Website.

Conhece alguns dos títulos mais esperados de 2020, no universo dos videojogos indie.

monstruosa que assombra um edifício. À medida que os níveis vão sendo ultrapassados, os poderes do jogador vão aumentando.

1 2 Minutes

Desenvolvido pelo português Luís António, 12 Minutes passa-se num pequeno apartamento, com vista de topo. O jogador terá de jogar repetidamente, em ciclos de 12 minutos, sem qualquer informação sobre o caminho a percorrer, procurando resolver um mistério.

Sable

Em Sable, o jogador tem a oportunidade de explorar um planeta alienígena, conhecendo monumentos antigos e ruínas misteriosas. O design é inspirado no universo da Banda Desenhada e apresenta como principal objetivo “estimular a curiosidade”.

Ooblets

Ooblets descreve-se como o encontro entre Pokémon, Animal Crossing e Harvest Moon. A mecânica de jogo envolve a gestão de uma quinta, o treino de ooblets, a exploração de terrenos e... batalhas de danças.

Conhece mais lançamentos indie esperados para 2020 em forum.pt

Minute of Islands Carrion

Carrion propõe ao jogador uma mecânica invertida: neste jogo, o utilizador controla uma criatura

A jovem mecânica Mo explora um arquipélago de “ilhas maravilhosas e labirintos escuros”, fazendo reparações em estruturas estranhas e complexas. Os estragos, contudo, poderão ser maiores do que o esperado e Mo terá de vestir o papel de heroína.


CTeSP e LICENCIATURAS CURSOS TÉCNICOS SUPERIORES PROFISSIONAIS (CTeSP) ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

Análises Químicas e Biológicas Cuidados Veterinários Energias Renováveis Produção Agrícola Proteção Civil Recursos Florestais

Assessoria e Comunicação Empresarial Desporto Recreação Educativa para Crianças

Automação e Gestão Industrial Comunicações Móveis (em parceria com a Altran – Fundão) Desenvolvimento de Produtos Multimédia Instalações Elétricas e Telecomunicações Reabilitação do Edificado Redes e Sistemas Informáticos Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação

ESCOLA SUPERIOR DE ARTES APLICADAS

ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO Gestão Empresarial Restauração e Bebidas

Comunicação Audiovisual

LICENCIATURAS ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DR. LOPES DIAS

Agronomia Biotecnologia Alimentar Enfermagem Veterinária Engenharia de Protecção Civil

Desporto e Actividade Física Educação Básica Secretariado Serviço Social

ESCOLA SUPERIOR DE ARTES APLICADAS

ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO

Ciências Biomédicas Laboratoriais Enfermagem Fisiologia Clínica Fisioterapia Imagem Médica e Radioterapia

Design de Comunicação e Audiovisual Design de Interiores e Equipamento Design de Moda e Têxtil Música variante de: Canto / Formação Musical /

Gestão (ramo de Contabilidade ou ramo de Recursos Humanos) Gestão Comercial Solicitadoria Turismo

Instrumento / Música Electrónica e Produção Musical

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA Engenharia Civil Engenharia das Energias Renováveis Engenharia Electrotécnica e das Telecomunicações Engenharia Industrial Engenharia Informática Tecnologias da Informação e Multimédia

www.ipcb.pt


14 | Forum Estudante | abri’20

/Séries

#3 The 100

#1 Friends

A sitcom americana que foi nomeada para 62 emmys continua a demonstrar a sua capacidade para agradar a várias gerações. No ar durante 10 anos (de 1994 a 2004), Friends reforçou a popularidade do conceito criado por Jerry Seinfeld e Larry David, alguns anos antes: uma série de comédia que acompanha um grupo de amigos urbanos à medida que se aproximam dos 30 anos. A receita do sucesso de Friends estará no eterno crescimento dos seus personagens, entre amores e desamores, encontros e desencontros. Se nunca viste nenhum episódio, prepara-te para um longo binge: São “só” 236 episódios.

Para mais sugestões sobre como ocupar o tempo de isolamento, visita a nova plataforma da Forum: estudanteemisolamento.pt

#2 Élite

Élite é uma das produções mais recentes desta lista e, talvez por isso, destrona a sua congénere espanhola La Casa de Papel. Esta série produzida e distribuída pela Netflix acompanha três estudantes (Samuel, Nadia e Christian) que recebem bolsas de estudo para a escola privada mais prestigiada de Espanha (Los Encinas), depois da sua escola desabar. O enredo acompanha depois o choque da entrada num mundo da riqueza da alta sociedade e a adaptação de cada um dos amigos a esta realidade. O resultado é uma exploração (e muitas vezes descontrução) dos temas habitualmente retratados em dramas de liceu ou de adolescentes. Existem, até ao momento, três temporadas, de oito episódios cada uma.

Poderá não ser a melhor altura para mergulhar no mundo da ficção pós-apocalíptica, arriscamos dizer. Ainda assim, para os duros e as duras de estômago, The 100 poderá ser uma das séries ideais. A ação decorre 97 anos depois de um apolacipse nuclear destruir praticamente toda a vida no planeta, sendo que milhares de pessoas vivem numa estação espacial que orbita a Terra. É neste contexto que 100 adolescentes são enviados de volta para a superfície terrestre de forma a avaliar as condições de sobrevivência para a espécie. A sétima e última temporada foi confirmada para 2020, pelo que talvez tenhas tempo de ver as restantes seis e os seus 84 episódios.

Top 10 Séries As escolhas do estudantes para tempo de isolamento.

O tempo extra em casa tem de ser ocupado com alguma coisa, certo? Que tal uma série? Fizemos uma poll no Instagram da Forum para te dar a conhecer as 10 principais escolhas.

#4 Stranger Things

Outra das séries deste Top 10 que não necessitará de apresentações, para a maioria do público, Stranger Things conquistou uma legião de fãs um pouco por todo o mundo, desde o seu lançamento, a 15 de julho de 2016. No caso pouco provável de não conheceres a série, podemos dizer que mistura elementos de terror, ficção científica, sobrenatural e drama adolescente. Tudo isto com um cheirinho de nostalgia dos anos 80 e um leve toque surrealista a la Twin Peaks. Para garantir que não publicamos spoilers, acrescentamos apenas que existem três temporadas e 25 episódios. A quarta temporada está a ser produzida, ainda que tenha sido adiada devido ao surto do novo coronavírus.


#5 Lucifer

Lucifer começou na Fox, de 2016 a 2018, antes de a Netflix comprar os seus direitos de emissão. O protagonista? Nada mais, nada menos que o Diabo em pessoa. Literalmente. Entediado com a sua vida como “Senhor das Trevas”, Lucífer decide mudar-se para Los Angeles e abrir uma discoteca (curiosamente) chamada “Lux”. Duas ou três voltas no enredo e temos o Anjo Caído a ajudar a polícia local a resolver crimes. A história é baseada no trabalho de Neil Gaiman (American Gods), Sam Kieth e Mike Dringenberg para uma banda desenhada da DC Comics. A quinta e final temporada, de 16 episódios, já foi anunciada pela Netflix.

#6 Prison Break

Diz-se por aí que os clássicos nunca passam de moda: Prison Break deverá ser um desses exemplos. Estreada em 2005, a série começa por acompanhar o já icónico Michael Scofield na sua luta para libertar o irmão Lincoln de uma prisão de alta segurança (condenado à morte por um crime que não cometeu, convém dizer). O plano para libertar Lincoln é tão detalhado e complexo como o mapa da prisão que Michael tatuou no seu próprio corpo. Suspense, mistério e ação são as três notas fortes de uma série que se prolongou durante quatro anos e quatro temporadas, até à emissão da quinta e última, em 2017.

#8 Shadowhunters

Baseada na popular série de livros The Mortal Instruments, Shadowhunters pode ser descrita como um drama sobrenatural. Afinal de contas, a protagonista, Clary Fray, descobre que é uma mistura entre anjo e humano com a missão de caçar demónios. Tudo isto no seu 18º aniversário, imagine-se. A missão? Proteger a Humanidade. Com três temporadas e 55 episódios, Shadowhunters é uma viagem que acompanha o crescimento de uma adolescente que lida com a autodescoberta e o sentido de dever.

#9 Black Mirror

Tendo em conta o método de produção deste Top 10, a presença de Black Mirror não poderia ser mais adequada. Isto porque a série criada em 2011 por Charlie Brooker nos oferece retratos inquietantes do efeito da tecnologia na sociedade, pintando cenários que são, simultaneamente, distópicos/fantasiosos e assustadoramente próximos da nossa realidade. Exemplos? Que tal uma sociedade em que a tua ação está condicionada pelo rating que te oferecem? Ou as consequências da criação de uma tecnologia que permite fazer upload de uma consciência? Tudo isto e muito mais nesta Twilight Zone tecnológica, em 22 episódios que te garantem, enquanto rolam os créditos, uns valentes minutos de desconforto.

#10 You

#7 Peaky Blinders

Se não sabes, já deverias saber: Don’t **** with the Peaky Blinders. Sente-te à vontade para substituir os asteriscos pelas letras que achares convenientes, tendo a garantia que o universo de Peaky Blinders é certamente violento e explícito. Outra coisa não seria de esperar de uma série que segue os negócios e vida pessoal dos membros de um gangue inglês que operou durante a passagem para o século XX, em Birmingham. Esta produção da BBC conta com o ator irlandês Cillian Murphy no papel de protagonista, dando vida ao fascinante, temível, apaixonado, calculista, inteligente e louco (entre muitos outros adjetivos) Thomas Shelby.

Baseado no romance com o mesmo nome, You segue a história de Joe Goldberg. Quem é Joe Goldberg, perguntam vocês. Bem, é gerente de uma livraria. Okaaaay, respondem vocês, já a tirar o telemóvel do bolso. Ah, esquecemo-nos de dizer que Joe é também um serial killer a la Dexter, o que não é coisa pouca. Este protagonista (interpretado por Penn Badgley ex-The CW e ex-Gossip Girl) acaba por se apaixonar por uma cliente, desenvolvendo uma forte e perigosa obsessão que conta com os social media para se tornar cada vez mais perigosa. A série conta com duas temporadas e entrou para os quadros da Netflix, em 2019. No total, conta com 20 episódios de supense e terror.


16 | Forum Estudante | abr’20

/Politécnico de Leiria

Publirreportagem

Excelência Académica 13.000 estudantes 1.500 Professores, investigadores, técnicos e administrativos 47 CTeSP 45 Licenciaturas 79 Mestrados e pós-graduações

O MUNDO ESTÁ À TUA ESPERA!

Ecossistema de Qualidade e Inovação

No Politécnico de Leiria, estamos ao teu lado para dares o passo certo para o teu futuro. Somos uma instituição pública de ensino superior que te oferece uma formação diversificada de qualidade, focada nas necessidades do mercado de trabalho. Queremos proporcionar-te a melhor experiência académica num espaço multicultural e inclusivo.

+1000 Professores / 60% doutorados +130 Laboratórios 15 Unidades de investigação 1 Centro de Transferência de Conhecimento 1 Parque Tecnológico 3 Incubadoras de empresas

Ligação ao mercado de trabalho + 800 acordos de colaboração com instituições e empresas + 1.300 ofertas na Feira do Emprego do Politécnico de Leiria + 2.500 estágios por ano

Convidamos-te a aprender este mundo e a viver ao máximo o muito que ainda há para descobrir.

EduNet International Education Network – a PHOENIX CONTACT Initiative

Multiculturalidade e Inclusão

Vem conhecer o Politécnico de Leiria! O que somos, onde estamos

5

cidades

5

escolas

2

infraestruturas científicas

1

núcleo de formação

LEIRIA Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) Escola Superior de Saúde (ESSLei)

+ 1.500 estudantes internacionais + 350 estudantes portugueses em mobilidade internacional + 70 nacionalidades + 400 protocolos internacionais 9 mestrados e uma licenciatura lecionados em inglês • Centro de Recursos para a Inclusão Digital • Centro de Línguas e Cultura Chinesa

CALDAS DA RAINHA Escola Superior de Artes e Design (ESAD.CR) PENICHE Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) Centro de I&D, Formação e Divulgação do Conhecimento Marítimo (CETEMARES) MARINHA GRANDE Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto (CDRSP) TORRES VEDRAS Núcleo de Formação do Politécnico de Leiria

Centralidade e mobilidade • Centro litoral de Portugal (entre Lisboa e Porto) • Próximo de praias e parques naturais • Ótimos acessos rodoviários • Rede de transportes urbanos • 220 bicicletas elétricas (U-Bike)

Sabe tudo em www.ipleiria.pt


17 | Forum Estudante | abr’20

/Politécnico de Leiria

O Politécnico de Leiria em conjunto com as associações de estudantes e as tunas académicas promove inúmeras atividades culturais e sociais onde poderás vivenciar o espírito académico.

Politécnico de Leiria lidera universidade europeia O Politécnico de Leiria aliou-se a sete instituições de ensino superior da Áustria, Holanda, Finlândia, Hungria, Irlanda e Portugal para criar uma universidade europeia. Recentemente formalizado em Bruxelas, o consórcio Regional University Network – European University (RUN-EU) irá desenvolver vários programas internacionais, sendo igualmente implementados projetos de cooperação internacional no âmbito da investigação e desenvolvimento. No futuro, os estudantes terão ainda a oportunidade de obter duplas/ múltiplas titulações europeias no âmbito de programas conjuntos de formação. Os estudantes tiveram igualmente um papel preponderante neste projeto, apresentando as suas ideias para construção do que será a nova universidade europeia.

Criamos ligação com as empresas

Pedalamos para um campus sustentável No Politécnico de Leiria. tens à tua disposição bicicletas elétricas que te podem ajudar na tua mobilidade. Para além de promover hábitos de vida saudáveis, quereremos ajudar a reduzir a pegada ecológica, baixando o consumo de combustíveis e o número de automóveis que circulam nos nossos campi. No total, temos 220 bicicletas que podem ser utilizadas pela comunidade académica nas suas deslocações diárias. As bicicletas têm uma autonomia de 100 quilómetros e podem ser estacionadas nos lugares reservados nos vários campi, unidades de investigação e serviços do Politécnico de Leiria, onde poderão também carregar a bateria gratuitamente.

Anualmente, 50 jovens estudantes do ensino secundário e profissional de todo o País participam na semana temática “Leiria In – Semana da Indústria”, que oferece um conjunto diversificado de atividades em Leiria, em torno da Indústria e das suas potencialidades. A semana inclui workshops, atividades de lazer e diversão, experiências culturais, e visitas a mais de vinte empresas e indústrias com o principal objetivo de evidenciar a importância da indústria para a economia e desenvolvimento de Portugal e dar a conhecer a formação do Politécnico de Leiria nesta área. Enquanto estudante do Politécnico de Leiria, poderás ser contemplado com uma das Bolsas + Indústria. Esta é uma iniciativa pioneira na qual as empresas da região de Leiria entregam mais de 50 de bolsas de estudo aos melhores estudantes do Politécnico de Leiria.

o com Numa estreita relaçã nico de as empresas, o Politéc de 2500 s Leiria promove mai cialmente estágios por ano, espe ntes dos dirigidos aos estuda diferentes cursos.


18 | Forum Estudante | abr’20

/Politécnico de Leiria

Cultura empreendedora, criativa e inovadora O Politécnico de Leiria integra a rede Poliempreende que tem por objetivo fomentar uma cultura empreendedora e que impulsione o desenvolvimento de competências por parte dos estudantes, estimulando o empreendedorismo e proporcionando saídas profissionais através da criação do próprio emprego. O Poliempreende é uma iniciativa promovida por instituições de ensino superior politécnico que incentiva e apoia a criação de projetos de vocação empresarial, fomenta a cultura empreendedora, promove a criatividade e inovação, e premeia os melhores projetos. No ecossistema de inovação do Politécnico de Leiria estão incluídas várias incubadoras de empresas que facilitam o desenvolvimento e a aceleração de projetos e a criação de novas ideias com vocação empresarial e social.

Desenvolvimento sustentável da economia do mar Apoiar o desenvolvimento sustentável da economia do mar, baseado no conhecimento e na inovação, é um dos objetivos do Parque de Ciência e Tecnologia que vai nascer em Peniche e conta com o envolvimento de professores e investigadores da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Politécnico de Leiria. O “SmartOcean” irá apoiar o desenvolvimento sustentável da economia azul com base no conhecimento e na inovação, numa lógica de colaboração e cooperação entre diferentes atores nacionais e internacionais e de total respeito pelo oceano. Este projeto surge como resposta à necessidade de trabalhar colaborativamente para que seja possível beneficiar cada vez mais dos oceanos, ao mesmo tempo em que se contribuí para a sua sustentabilidade.

Conhecimento ao serviço da sociedade

Prémio Geração Digital Siemens O Politécnico de Leiria conquistou recentemente o “Prémio Geração Digital Siemens” com uma proposta para a virtualização de processos na Indústria 4.0. desenvolvida por estudantes do mestrado em Engenharia Eletrotécnica. Além do projeto vencedor, na categoria de Universidade/Escola Superior, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria (ESTG-Leiria) alcançou o último nível do desafio com 2 trabalhos desenvolvidos por estudantes de licenciatura da mesma área. O Politécnico de Leiria foi o líder nesta competição também pelo número de projetos que foram submetidos. O concurso da Siemens decorre anualmente e procura incentivar e reconhecer jovens talentos que sejam responsáveis por contribuir para a modernização da indústria Portuguesa.

Academia Internacional de Cerâmica A Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR) do Politécnico de Leiria integra a International Academy of Ceramics (IAC), um organismo que pretende estimular a cooperação entre profissionais no campo da cerâmica de todo o mundo, e promover a produção e criação de excelência em todas as culturas. A IAC reúne ceramistas, artistas, designers, autores, colecionadores, galeristas, curadores, restauradores, entre outros, assim como as mais prestigiadas instituições na área. Esta academia defende a universalidade da cerâmica e da cultura cerâmica como valores básicos da história da humanidade, e por isso fomenta o diálogo entre culturas para garantir a continuação da valorização de todos os tipos de cerâmica. É parceira oficial da UNESCO para o setor cultural.

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Promover e inovar em saúde Professores e investigadores das unidades de investigação CitechCare (Center for Innovative Care and Health Technology) e do CDRSP (Centre for Rapid and Sustainable Product Development) do Politécnico de Leiria desenvolveram um produto inovador de reabilitação do punho. Esta é uma solução de reabilitação do membro superior desenvolvida pelo projeto AGILidades adequada aos processos clínicos de pós-patologia neurológica e que irá dar resposta a dificuldades existentes pelos pacientes em tratamento. Portátil, este equipamento dispõe de vários graus de dificuldade, apresentando referenciais visuais que informam o utilizador e os profissionais de saúde relativamente à evolução funcional conquistada.

Boas práticas de inclusão O Politécnico de Leiria é um modelo internacional de boas práticas de inclusão, muito pelo trabalho promovido pelo Centro de Recursos para a Inclusão Digital sediado na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS). Dezenas de pessoas com diversidade funcional são acompanhadas diariamente, disponibilizando-se os recursos necessários que permitem analisar problemas ligados ao processo ensino/aprendizagem, com o objetivo de diminuir dificuldades e privilegiar a igualdade de oportunidades. Para além de acompanhar estudantes com necessidades educativas, este Centro desenvolve serviços de apoio em prol da comunidade, nomeadamente através da criação de livros inclusivos, guiões turísticos multiformato, brinquedos adaptados e ações de formação e sensibilização no âmbito da inclusão de pessoas com deficiência na sociedade. Destacam-se igualmente as ações desenvolvidas no apoio à comunicação dirigidas a pessoas com incapacidade intelectual ou com limitações de outra natureza, facilitando por exemplo a comunicação em situações de doença e nos contactos com os profissionais de saúde.


19 | Forum Estudante | abr’20

/Politécnico de Leiria

Estudantes voluntários apoiam zona de testes à COVID-19 São cerca de 30 os estudantes voluntários do Politécnico de Leiria que estão a dar apoio à zona de testes à COVID-19 e à Área Dedicada Covid-19 – ADC Comunidade, no Estádio de Leiria, que resulta da parceria entre o Município de Leiria, o Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral e o Centro Hospitalar de Leiria. Desde a primeira hora, os estudantes do quarto ano do curso de enfermagem da Escola Superior de Saúde voluntariaram-se para apoiar esta ação, que contou igualmente com o empenho de um estudante do mestrado de Engenharia Informática – Computação Móvel da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que criou e elaborou de raiz a plataforma de agendamento SiReGI – Sistema de Registo e Gestão da Informação.

Agir para uma cidadania ativa

9.000 viseiras entregues para proteger quem nos protege O Politécnico de Leiria, em conjunto com a Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI), a Associação Nacional da Indústria de Moldes (CEFAMOL), Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos (APIP), a Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria (ACILIS), o Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (CENTIMFE) e a Associação Regional dos Industriais de Construção e Obras Públicas de

Leiria (ARICOP), já ofereceu mais de 9.000 viseiras de proteção a contra a COVID-19 para apoiar quem se encontra na linha da frente do combate à Covid-19: profissionais de saúde, bombeiros, forças policiais, instituições de solidariedade social, entre outras. O Politécnico de Leiria, em conjunto com as associações sectoriais de Leiria e os municípios, intermediou a recolha, a produção e a distribuição deste equipamento de proteção individual.

Protótipo de câmaras de entubação que pode salvar vidas A pandemia em curso exige a toda a sociedade uma enorme capacidade

de adaptação. Um dos desafios mais urgentes é a necessidade de

equipamentos de proteção (EPI) especialmente destinados aos profissionais de saúde, nomeadamente câmaras de entubação. Em resposta ao pedido de ajuda lançado pelos médicos do Centro Hospitalar do Médio Tejo, o Politécnico de Leiria criou um protótipo do dispositivo solicitado - testado com sucesso em ambiente clínico. O projeto foi desenvolvido pelo Politécnico de Leiria em colaboração com médicos e a indústria dos plásticos e permitirá reduzir a probabilidade de contágio através dos doentes portadores do vírus Covid-19. Além de ser flexível, o plástico implica uma produção mais rápida e barata do que o processo associado às tradicionais câmaras em acrílico.


20 | Forum Estudante | abr’20

/Politécnico de Leiria

Publirreportagem

Politécnico de Leiria › Campus Global

No Politécnico de Leiria irás encontrar um ambiente multicultural e partilhar experiências com estudantes dos quatro cantos do mundo. São mais de 1.500 de 70 nacionalidades os estudantes que atualmente estudam no Politécnico de Leiria, números que demonstram a importância que damos à internacionalização e que nos torna um Campus Global. Incentivamos e apoiamos os nossos estudantes na realização de uma experiência internacional no espaço europeu ou num

outro país. O Politécnico de Leiria possui mais de 400 acordos de cooperação com instituições de ensino superior de todo o mundo onde poderás realizar um programa de mobilidade Erasmus ou um programa de intercâmbio. Através das parcerias existentes poderás realizar um período de estudos noutro país, com total reconhecimento dos estudos, ou um estágio internacional. Todos os anos são mais de 350 os estudantes portugueses que fazem a sua mala e

apostam numa experiência lá fora como forma de alargar os seus horizontes, conhecer novas culturas e fazer novos amigos. O Politécnico de Leiria conta com uma longa tradição na internacionalização, não apenas em relação às atividades de formação e mobilidade de estudantes, professores e técnicos, mas também ao nível das iniciativas de cooperação para o desenvolvimento e de projetos de investigação e inovação.

Sabe mais em ipleiria.pt/internacional

e Leiria está no O Politécnico d do. A estratégia centro do mun alização que de internacion sformouseguimos tran ituição nos numa inst m estudantes intercultural, co ionalidades e de mais 70 nac eração em todos acordos de coop os continentes.


21 | Forum Estudante | abr’20

/Politécnico de Leiria Consulta todos os cursos do Politécnico de Leiria em ipleiria.pt/cursos

Queremos receber-te bem! O Politécnico de Leiria disponibiliza aos estudantes diversos serviços de apoio. Poderás contar com refeições a preços reduzidos, mais de 700 camas nas residências, e tens ainda à tua disposição serviços médicos com consultas de várias especialidades. Fomentamos a prática do desporto através de diversas modalidades

desportivas, bem como a participação em iniciativas académicas e culturais. Poderás ainda candidatar-te às bolsas de estudo e aceder ao Fundo de Apoio Social ao Estudante (FASE®), que em troca da colaboração voluntária em diversas áreas, fornece o apoio mais adequado às tuas necessidades.

Outros serviços de apoio

SAPE

CRID

Apoio Psicológico e Orientação Vocacional

Centro de Recursos para a Inclusão Digital

UED Unidade de Ensino a Distância

Bolsa de Emprego do Politécnico de Leiria

11

edifícios pedagógicos

6

edifícios de apoio

8

residências de estudantes

4

bibliotecas Serviços médicos com diversas especialidades

+25

modalidades desportivas

Áreas do Conhecimento do Politécnico de Leiria Artes e Design

Ciência Ciências e Tecnologia Empresariais do Mar e Jurídicas

Educação e Ciências Sociais

Engenharia e Tecnologia

Saúde e Desporto

Turismo

Cantinas, bares e centros de estudo em todos os campi


22 | Forum Estudante | abr’20

/Fama

«A maior descoberta está sempre em nós» Em várias entrevistas, referiste a importância do voluntariado no teu gosto pelas viagens. De que forma é que se estabeleceu esta ligação? Comecei por fazer voluntariado nacional, aos 16 anos, numa associação de animais abandonados. Assim que entrei no Ensino Superior, juntei-me a uma associação sem fins lucrativos que se chama GASTagus. Durante o ano, fazíamos angariação de fundos, formações

No final de 2019, Marta Dúran foi de boleia até à Guiné-Bissau. No trajeto, levava também uma bicicleta, que usou para percorrer “70 a 80 Kms” por dia. A Marta das Boleias, como é conhecida, falou à FORUM desta e de outras viagens, que trouxeram a certeza de querer “encontrar o caminho que permita viver um sonho”. Pelo meio, a líder de viagens de 24 anos deixa-te ainda algumas dicas, para o caso de quereres partir à aventura.

e voluntariado nacional, com o objetivo de, durante o mês de agosto, partir em missão internacional. Foi assim que, em 2014, fui para Moçambique, aos 18 anos. Foi a primeira vez que senti um choque de culturas, ao trabalhar com uma comunidade muito isolada que vivia com dificuldades, em que tinha de acartar água todos os dias, por exemplo. A alimentação também era muito diferente. Foi a primeira vez que

abri um pouco a minha mentalidade. No final desse mês, voltei para a universidade. Foi díficil, depois de um mês tão intenso, voltar a Lisboa e à rotina. Por isso, continuei neste projeto. Voltei a Moçambique e fui também a Cabo Verde. Foi assim que surgiu o meu interesse por explorar novas culturas, conhecer novas pessoas, outras gastronomias. Bem, na altura, era um pouco esquisita e não comia nada, mas hoje


23 | Forum Estudante | abr’20

/Fama

em dia já como tudo (risos). Aprendi com as viagens, lá está. O momento do regresso, como dizes, parece ter sido importante para perceberes que querias voltar. De que é que sentiste falta, assim que chegaste a Lisboa? Acredito que o voluntariado é um pouco egoísta. Nós, que vamos, ganhamos muito mais do que as pessoas que nos recebem. Até porque, no caso do voluntariado de curta-duração, a mudança que se cria no local é mínima, quase ínfima. Acredito mesmo que a mudança está mais nós e eu senti isso. Num mês, senti que a mudança em mim foi tão grande, que não só queria voltar como queria tentar mudar as mentalidades das pessoas que me rodeiam. Penso que é a maior mudança deste tipo de voluntariado: se eu mudo, quando volto, deixo a sementinha nos meus amigos, na minha família. Foi assim que consegui que vários amigos meus fizessem voluntariado nacional e

internacional. É mudança é sobretudo pessoal. A mudança maior está sempre em nós. O que é que sentes que ganhas em viajar? Que é outra forma de perguntar: O que é um jovem pode ganhar em viajar? Ui (risos)! Ganham tudo o que não ganham no dia a dia. Desde logo, aprender uma nova língua, por exemplo. Eu sempre falei bem inglês, mas melhorei imenso o meu espanhol e o meu francês. E também aprendi crioulo e um bocadinho de nepalês. Isto acontece porque tens de te “desenrascar” e aprender uma nova língua. São as tais soft skills que hoje em dia se falam tanto. A viajar, não encontras problemas, encontras soluções. Ganhas autonomia, responsabilidade... E outras coisas, como aprender a cozinhar outras gastronomias, conhecer pessoas diferentes de ti, ganhar cultura geral, conhecimentos de história... Viajar pelo Mundo poderá ser visto como algo inalcançável por muitos jovens, nomeadamente por razões financeiras. Em outras entrevistas, garantiste que autofinanciaste todas as tuas viagens. Pensas que viajar é mais concretizável do que a maioria dos jovens possa pensar? Eu também achava uma utopia que, aos 24 anos, já tivesse viajado tanto quanto viajei, com o pouco dinheiro que tenho. Na época mais alta do Turismo, para financiar todas as minhas viagens, conduzo um Tuk-

«Comecei a andar à boleia por não ter dinheiro, mas continuei porque é uma boa forma de quebrar preconceitos» -Tuk. Ou então, durante as próprias viagens, acabo por encontrar formas ou de financiamento ou de reduzir gastos, seja através de voluntariado, de workaway (trabalho por estadia, alimentação ou até doação). Há várias formas de autosustentar uma viagem e tenho conseguido fazê-lo para todas as viagens que fiz. Isto à excepção de um intercâmbio que fiz em Macau, quando ainda estava a estudar, em que as despesas foram pagas pela minha mãe. Como ainda era académico, ainda tive direito (risos). Tirando esse exemplo, a lógica é sempre a de encontrar um solução:

de que forma é que vou realizar aquilo que quero? Hoje em dia, estou a tentar tornar as viagens um trabalho, criando o meu roteiro e tornando-me líder de viagens. Outra das soluções que encontraste, nomeadamente durante a tua viagem mais recente, foi andar à boleia. Em entrevistas passadas, já disseste que andar à boleia não se resume apenas a “esticar o dedo”. Podes descrever-nos o mundo das boleias? Comecei a viagem à boleia depois da licenciatura, por não ter muito dinheiro para poder viajar. Comecei pela Europa, por ser mais perto, embora seja também o mais caro para viajar. A solução que encontrei foi viajar à boleia e recorrer ao couchsurfing (dormindo em casa dos locais gratuitamente). Comecei a andar à boleia por não ter dinheiro, mas continuei porque é uma boa forma de quebrar preconceitos: é preciso não julgar a pessoa que parou para me dar boleia, é necessário conhecer locais... Só dessa forma é que consigo ter experiências autênticas. É a forma de conhecer pessoas reais e criar histórias e caminhos reais. Deixei de ficar em hostéis, porque não criava a história que queria criar: encontrava muitas pessoas mas que eram, tal como eu, viajantes. É por isso que viajo bastante à boleia. Outra forma foi a que utilizei na minha viagem mais recente, em que fui de bicicleta até à Guiné-Bissau. O início fiz praticamente todo à boleia. A partir do Saara Ocidental fiz à boleia com a bicicleta, que foi toda uma outra aventura (risos). Em todas as boleias, fiquei a dormir em casa das pessoas que me deram boleia, por exemplo. Como correu a viagem? Como é que avalias? Cinco estrelas! Aliás, milhões de estrelas, que era o que via todas as noites (risos). Foi a viagem mais exigente que já fiz, sobretudo fisicamente, porque ainda não tinha feito viagens como esta, em que andei 70 a 80 Km de bicicleta por dia. A experiência cultural foi incrível, porque as pessoas são incríveis. Uma das experiências mais fascinantes foi andar no maior comboio do mundo, que faz um percurso de 700 Km para transportar minério e que os locais utilizam para se deslocar. Achas que há princípios importantes a reter, para quem quer viajar à boleia, tendo em conta a tua experiência? Acima de tudo, confiança. Temos de estar confiantes no que estamos a fazer.


24 | Forum Estudante | abr’20

/Fama

Se tivermos medo ou insegurança, não vale a pena, estamos desconfortáveis e vamos atrair coisas más. Devemos ter confiança em como tudo vai correr bem e ter pulso firme para o caso de não acontecer. Utilizar roupa discreta poderá também ser importante. Por outro lado, eu gosto de trabalhar a abordagem, procuro falar com as pessoas nas estações de serviço, onde elas estão paradas ou a comer, o que me permite também escolher as pessoas. Quando isso não é possível, são as pessoas que nos escolhem e aí temos de saber avaliar quem nos quer ajudar ou quem quer mais do que isso. Outra das coisas que dizes ser necessário é paciência, saber lidar com a espera... Sim... [pausa]. Muita paciência. E contra mim falo, que estou habituada a que as coisas sejam relativamente rápidas. A experiência acaba por tornar o processo mais rápido. Mas também já tive de desistir. Aconteceu apenas uma vez, na Eslovénia, em que estava há mais de três horas à espera e estava muito frio. Essa é outra coisa bastante importante: estudar o sítio onde vamos pedir a boleia e escolher um local onde os carros parem facilmente, de fácil acesso, com bastantes carros... Há até um site que é uma espécie de Wikipédia dos hitchikers - o HitchWiki - que te diz, face ao teu percurso desejado, o melhor local para procurares boleia. Ainda sobre dicas, tens um website onde publicas artigos sobre viagens. Sentes que essa é uma tentativa de, para usar a expressão que utilizaste há pouco, “espalhar a semente” do gosto pelas viagens? Sim, claramente. O meu objetivo é espalhar essa semente pelas pessoas, jovens e não jovens, que nunca tiveram oportunidades de viajar. É habitual ouvir os nossos pais ou nossos amigos mais velhos dizer “viaja agora ou vais arrepender-te quanto tiveres a minha idade”. A hora de viajar é agora, não devemos deixar para o depois. Quero

mostrar que há formas de viajar mais baratas, e não precisa de ser à boleia ou de bicicleta. Agora, estou focada no Instagram, é a partir daí que tenho partilhado as minhas viagens, as minhas dicas e respondo a perguntas.

«É habitual ouvir os nossos pais ou nossos amigos mais velhos dizer “viaja agora ou vais arrependerte quanto tiveres a minha idade”. A hora de viajar é agora, não devemos deixar para o depois» Ainda sobre viagens e voluntariado, tens trabalhado com a Associação Gap Year. Qual é a receção da ideia de um gap year por parte dos jovens portugueses? Estive recentemente, durante um mês, a falar sobre Gap Year e a contar a minha história ao público. Muitos já tinham ouvido falar, mas não achavam que era real, principalmente fora das grandes cidades. Obviamente, acham uma ideia incrível, mas surge aquela linha certa que está incutida na nossa sociedade: Ensino Secundário-Ensino Superior-Mercado de trabalho. O Gap Year é uma ideia que vai ganhar implementação, mas talvez daqui a uns anos. Para já, os pais dos jovens não estão preparados para ela. Nem toda a gente tem de fazer um Gap Year: há pessoas

que estão muito esclarecidas sobre o que querem fazer da vida e ainda bem. Mas, para os que estão mais confusos, parar não é perder tempo, parar é ganhar tempo. Aliás, acredito que o que se ganha, durante um ano de Gap Year, pode ser muito mais do que durante um ano na rotina universidade-casa casa-universidade. Mas nem toda a gente vê isto desta forma. O jovem tem de se sentir preparado para este tipo de coisa. Não é qualquer pessoa com 18 anos que está preparada para tomar um decisão destas. Eu própria não estava.

«Nem toda a gente tem de fazer um Gap Year: há pessoas que estão muito esclarecidas sobre o que querem fazer da vida e ainda bem. Mas, para os que estão mais confusos, parar não é perder tempo, para é ganhar tempo» Podes falar-nos do teu novo projeto? O que é ser líder de viagens? O meu caminho foi montanhoso, com muitas dúvidas, com pressão dos pais, dos amigos... “É possível fazer isto da vida? Vais só viajar?”. Eu dizia que sim, mas tinha dúvidas, porque eu própria não sabia. Agora, penso que encontrei um rumo: ser líder de viagens. Penso que pode ser um exemplo, para encontrarem um caminho para viverem daquilo que gosta. Para viverem os seus próprios sonhos, como eu fiz com o meu. Um líder de viagens não é um guia turístico. É alguém que já esteve no país onde vai levar outros viajantes e que conhece os spots escondidos, os truques, a gastronomia, a língua... É uma forma de viajar em aventura de forma mais segura. Neste caso, é a oportunidade de viajar comigo para a Guiné-Bissau, onde vivi durante um ano. Tive experiências que quero replicar e partilhar com outras pessoas. Sei que é difícil, mas quero criar a viagem da vida das pessoas que vão comigo. Ser líder de viagens implica também continuar a viajar. É isso que quero fazer, descobrir e autodescobrir-me. A maior descoberta está sempre em nós.


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Porque estudar em isolamento nĂŁo ĂŠ estudar sozinho

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28 | Forum Estudante | abr’20

/Academias Forum

“A experiência de uma vida”

Matilde Barbosa

João Duarte

Bárbara Malik

Mariana Neves

“Esta foi a experiência de uma vida: pude conhecer novos sítios e fazer novos amigos espalhados por todo o País. Foi uma maneira de esquecer todo o stress e deixar-me levar pelo espírito da aventura. Respirar novos ares e viver novas experiências, deixar que a natureza curasse tudo, todos os problemas e todos os receios. Nesta viagem, fui muito bem acompanhada e estive sempre em segurança, divertindo-me na mesma! Agradeço ter tido esta oportunidade e aconselho a todos a experimentarem, não se vão arrepender!”

“Para mim, a semana na Academia da Energia foi simplesmente fantástica! Fiz novas amizades e tive novas experiências das quais tenho muitas saudades. Fui a sítios que ainda não tinha visitado e o melhor de tudo foi o convívio! Se não tivesse participado, só teria ficado a perder.”

“Com a academia That’s All Digital, fiquei a conhecer bastante melhor a área de Informática, aprendendo as principais bases, visto que não nos dão a conhecer no secundário. O que mais gostei da semana foi, sem dúvida, o espírito unido dos meus colegas e o facto de conhecer pessoas de diversos pontos do País, criando grandes laços de amizades. As academias da Forum Estudante são sem dúvida experiências incríveis!”

“A FORUM deu-me a possibilidade de ampliar a minha cultura geral e integrar-me num grupo de pessoas desconhecidas que acabaram por ficar grandes amigas, ao longo de todo o ano. Permitiu-me ainda sair da minha zona de conforto, uma vez que não são tantas as vezes que fico longe da minha família por mim mesma. Isto possibilitou o meu crescimento em termos de responsabilidade e independência.”

17 anos, Maia

19 anos, Castelo Branco

17 anos, Seixal

17 anos, Cascais


Conhece o testemunho de alguns dos cerca de 5000 estudantes que, ao longo dos últimos dez anos, participaram nas Academias Forum Estudante.

Rafaela Anastácio

Alicia Luís

Hugo Fernandes

Simão Monteiro

“As academias dinamizadas pela Forum Estudante são, sem dúvida, experiências inesquecíveis. Numa semana, aprendemos imenso sobre, não só o nosso passado e presente, como também o futuro, preparando-nos para o que aí vem. Além das coisas e lugares que conhecemos, fazemos também amizades para toda a vida. São, sem dúvida, oportunidades imperdíveis que, vividas uma vez, não se esquecem.”

“Quando me inscrevi numa das Academias da FORUM, não esperava vir a experienciar momentos tão únicos e especiais. Foi, sem dúvida, uma semana que marcou todos nós, seja pelos locais visitados, seja pelas ligações criadas com pessoas de todo o País!”

“A experiência foi bastante interessante e surpreendeu-me pela positiva. Não só aprendi coisas novas como também fiz novas amizades. Ter a possibilidade de participar numa semana da FORUM foi muito bom, pois tratou-se de uma experiência única, em que a diversão e a aprendizagem vieram em simultâneo. Espero que outras pessoas que não conhecem a FORUM tenham a possibilidade de participar nestas academias.”

“Participar nas academias da Fórum estudante foi uma experiência positiva. Pude aprender mais sobre o mundo profissional, sobre que cursos poderia escolher na minha carreira académica. Além disso, tive o enorme prazer de conhecer gente de todos os cantos do País, de criar grandes amizades. Quero deixar um grande agradecimento aos monitores e a todos aqueles que trabalham nestas academias.”

16 anos, Matosinhos

17 anos, Castelo Branco

15 anos, Vendas Novas

17 anos, Aveiro


30 | Forum Estudante | abr’20

/BP Segurança ao Segundo

segundo Faz contar cada

A interrupção das atividades letivas presenciais fez com que os prazos de inscrição do BP Segurança ao Segundo tenham sido adiados (para data a anunciar). Mas continuas a poder inscrever-te. Sabe tudo sobre este concurso que te dá a oportunidade de fazer a diferença.

O desafio que é colocado é simples: cria um vídeo que dê voz a uma sobrevivente de um acidente de viação. O objetivo é que este testemunho sirva como forma de sensibilização dos ou-

tros jovens, relativamente aos principais perigos nas estradas. Afinal de contas, os acidentes rodoviários continuam a ser a principal causa de morte para os jovens entre os 18 e os 24 anos.

Para concorrer, apenas precisas de inscrever a tua equipa (composta por pelo menos 4 alunos e um máximo de 10, coordenados por um professor responsável). Para finalizar a inscrição, devem fazer um pequeno resumo do vosso vídeo documental e submeter as perguntas que fariam a um sobrevivente de um acidente rodovário, de forma a criar um documentário inspirador sobre a sua história. As histórias de alguns entrevistados podem ser conhecidas em bpsegurancaaosegundo.pt, se pretenderes encontrar informação mais concreta. Cada equipa é livre de escolher outra pessoa para retratar desde que assegure a autorização para o fazer. Um júri analisará depois as candidaturas e escolherá os cinco melhores trabalhos. A decisão terá por base os critérios de Criatividade, Eficácia na comunicação, Adequação da mensagem ao público-alvo e Exequibilidade do projeto. Estes cinco trabalhos finalistas, com duração máxima de 5 minutos, serão depois gravados sob a orientação do Diretor Criativo do concurso.

Parceiros

EDUCAÇÃO

Posso participar?

E prémios?

Podem participar no BPSS estudantes a frequentar do 9º ao 12º ano de escolaridade e também do ensino profissional, residentes em Portugal, através de equipas de 4 a 10 elementos, estudantes da mesma escola, coordenados por um/a professor/a (um professor/a pode coordenar várias equipas).

Há prémios como passes para festivais de verão e gadgets. Já os professores coordenadores das equipas receberão cartões de combustível BP. Vai a www.bpsegurancaaosegundo.pt e fica a saber tudo.



32 | Forum Estudante | abr’20

/Capital Jovem da Segurança Rodoviária

Como correr em segurança em tempos de quarentena Agora que está toda a gente fechada em casa, poderia pensar-se que a segurança rodoviária não é um tema importante, mas a verdade é que não é bem assim.

O estado de emergência admite a possibilidade de se fazerem «deslocações de curta duração para efeitos de atividade física», porque ninguém quer ficar gordo e colado ao sofá. É possível, por isso, correr e fazer exercício ao ar livre, com esta ressalva de serem atividades de curta duração. Ou seja, não é para treinar para a maratona! Quando fores correr na rua, deves sempre seguir estas sete regras de segurança.

#3 Leva sempre identificação

#6 Limita as distrações

É importante levares contigo o teu Cartão de Cidadão (CC), para que te possas identificar junto das autoridades. Pode também ser importante levares escrito um número de telefone para emergências (por exemplo, num papel colado ao CC).

#4 Corre contra o sentido do trânsito

Antes de saíres para correr, é melhor perderes um ou dois minutos para verificar se tens tudo preparado para não teres surpresas. Os teus atacadores estão apertados? Avisaste em casa onde é que vais correr? Os teus instintos e o bom senso são essenciais para não teres azares.

Se corres regularmente, já sabes que esta prática permite que vejas os carros a vir na tua direção e permite que possas reagir (saindo do caminho) caso algum se descontrole. Às vezes, no entanto, é melhor escolher antes o lado da estrada que te dá melhor visibilidade para peões e para viaturas ou que possui uma ecopista ou caminho de corrida ou mesmo só um passeio.

#2 Usa roupa com boa visibilidade

#5 Escolhe espaços apropriados

#1 Usa o bom senso

Esta é uma das regras mais importantes. É fundamental estares bem visível, especialmente para os condutores. Usa roupas claras e com detalhes refletivos. Opta pelos ténis e camisolas mais chamativos que tiveres.

LISBOA

Promotores

É sempre melhor correr num parque ou numa pista apropriada, onde existem menos riscos do que na rua. De qualquer forma, é sempre importante estares atento ao piso, para evitar buracos ou pavimento irregular, para evitar lesões.

Apoios

EDUCAÇÃO

Para algumas pessoas, é quase impossível correr sem música. Mas tens de ter particular cuidado durante as corridas ao ar livre. Limitar a tua audição significa que não poderás ouvir os carros que se aproximam ou qualquer outra potencial ameaça. É melhor diminuir o volume ou então correr com apenas um lado dos fones no ouvido.

É sempre melhor correr num parque ou numa pista apropriada, onde existem menos riscos do que na rua. #7 Tem cuidado com os condutores

Lembra-te que muitos condutores podem não estar atentos aos corredores, porque estão a falar ao telemóvel ou a olhar para um mapa no GPS. Não assumas que os motoristas te podem ver a todo o momento ou que te deixarão passar nas passadeiras. Certifica-te de que tens contato visual com os carros nos cruzamentos antes de atravessar.

Media



34 | Forum Estudante | abr’20

/Pancadas

Entrevista a Luís de Camões

«É tramado nadar só com um braço livre, digo-vos já» O famoso autor d’Os Lusíadas aceitou receber-nos em sua casa, para nos falar um pouco dos seus projetos literários e contar-nos a sua vida repleta de aventuras. Hoje em dia, é um dos autores mais consagrados da Língua Portuguesa. Como se sente, por ter mostrado «novos mundos ao mundo» neste campo? Foi uma surpresa, devo dizer. Não estava à espera. Comecei a escrever aquilo por graça, para mostrar aos meus amigos, e às tantas alguém disse: «Pá, Luís, devias publicar isso!» e eu fiquei a pensar.

Como lhe surgiu a ideia para Os Lusíadas? Eu sempre li muito e gosto muito dos mitos gregos e tal. Achei que a História de Portugal merecia um bocadinho de salero, um bocadinho de tcharan, e quis dar-lhe isso. E depois, bom, não estou a dizer que é preciso viver uma vida de aventuras pelo Oriente para ajudar à inspiração, mas também não atrapalhou (risos). Fale-nos um pouco dessa vida de aventuras. Não há muito a dizer. Isto é, a gente andávamos por Lisboa, a compor versos para as damas, pronto. Às vezes, havia um marido ou um pai ou um irmão que se chateava, havia confusão. Nada de mais, mas não recomendo, ainda assim. O problema era quando me metia à porrada. Por isso é que tive de ir para África e para a Índia. E dá-se aí o famoso episódio do naufrágio, certo? Ui, vocês não estão bem a ver. Trovões e relâmpagos, o mar revolto, uma grande confusão! O barco vai ao fundo e eu lanço-me ao mar, só com o meu manuscrito. É tramado nadar só com um braço livre, digo-vos já! Quer dizer algumas palavras aos milhares de estudantes que, todos os anos, têm de ler os seus textos? Bom, peço desculpa por qualquer coisinha… Olhem, não se preocupem muito com o verso heróico decassilábico, à medida que se lê uma pessoa habitua-se. E, para ser honesto, há algumas palavras que nem eu sei bem o que querem dizer.

Foto tirada ontem no meu iPhone, função retrato e com um filtro de Insta

«[…] Achei que a História de Portugal merecia um bocadinho de salero, um bocadinho de tcharan, e quis dar-lhe isso»


Agricultura Sustentável Contabilidade e Finanças (Parceria c/ ISCAP-IPPORTO) Design de Identidade Digital Educação Especial Educação Pré-escolar Educação e Proteção de Crianças e Jovens em Risco Enfermagem (Parceria c/ UE, IPB, IPCB e IPS) Estudos em Enfermagem (Parceria c/ UE, IPB, IPCB, IPS e UMadeira) Gerontologia Gestão de PME

a)

Informática Media e Sociedade

Tecnologias de Valorização Ambiental e Produção de Energia a)

Acompanhamento de Crianças e Jovens

Administração de Publicidade e Marketing

Animação Sociocultural Aplicada à Gerontologia

Agronomia

Apoio ao Consultório Médico e Dentário

Design de Animação e Multimédia

PR

Bioenergias

Design de Comunicação

Contabilidade

Educação Básica

Cuidados Veterinários

Educação Social *

Desenvolvimento de Produtos Multimédia

Enfermagem

Desenvolvimento para a Web e Dispositivos Móveis

Enfermagem Veterinária

Desporto e Formação Equestre

PR

Gerontologia e Cuidados à Pessoa Idosa

PR

PR

PR

Engenharia Informática PR

Equinicultura

PR

Gestão de Vendas e Marketing

Gestão (Diurno e Pós-laboral)

Manutenção Eletromecânica

Higiene Oral

Novos Média e Comunicação Local

Jornalismo e Comunicação (ramos: Jornalismo | Comunicação

Produção Agropecuária

PR

Proteção Civil e Socorro Reabilitação Energética e Conservação de Edifícios Secretariado de Administração

PR

Organizacional)

Serviço Social (Diurno e Pós-laboral) Tecnologias de Produção de Biocombustíveis Turismo

Turismo e Informação Turística Viticultura e Enologia +351 245 301 500

PR

servicos.academicos@ipportalegre.pt

Curso com pré-requisitos

* Aguarda aprovação

@politecnicodeportalegre

a) Mestrado oferecido também em inglês

/politecnicodeportalegre

UMA EXPERIÊNCIA PARA A VIDA


36 | Forum Estudante | abr’20

/IEFP

Publirreportagem

O Fórum dos Campeões Campeão #9

João Ferreira e Tiago Ramos Campeões Nacionais de Mecatrónica

“Pensei que poderia ganhar experiência e hábitos de trabalho, aprender a resolver problemas e imprevistos”.

Mais do que uma medalha Em 2018, João Ferreira participou no seu primeiro Campeonato Nacional das Profissões, em Beja. Na altura, conquistou o segundo lugar. Dois anos depois, em parceria com Tiago Ramos, desta vez em Setúbal, chegaria mesmo ao posto de primeiro

problemas e imprevistos”. Participar na competição e ir à final de Setúbal fez parte deste crescimento. “Houve muita pressão e isso visível em todas as equipas. Mas a pressão obriga-nos a sermos melhores, a evoluir”, reforça.

sua instituição de ensino “mantém a fasquia elevada”. Participar nos campeonatos da profissões, de resto, é uma forma “de representar a escola e mostrar que tem qualidade e excelentes formandos”, destaca João.

[No Campeonato Nacional das Profissões] Ganhei conhecimento, experiência, emoção, conheci pessoas e oportunidades que podem fazer a diferença na minha carreira profissional

classificado. Contudo, João Ferreira sente que ganhou “mais do que uma medalha”. “Ganhei conhecimento, experiência, emoção, conheci pessoas e oportunidades que podem fazer a diferença na minha carreira profissional”, explica, antes de reforçar: “São coisas que não vão desaparecer e que, por isso, são muito valiosas”. A mesma opinião é partilhada pelo colega de equipa, Tiago Ramos. De resto, conta o estudante, essa é mesmo a razão pela qual decidiu embarcar no desafio do Campeonato Nacional das Profissões: “Pensei que poderia ganhar experiência e hábitos de trabalho, aprender a resolver

João Ferreira participou em dois campeonatos nacionais, sem contar com as competições regionais e internas. Ao longo dos treinos e provas, sente que ganhou uma vantagem palpável. “Fico feliz por, ao estar a começar a minha carreira profissional, neste momento, sentir que tenho um conhecimento e experiência aproximada às pessoas que já trabalham há mais tempo”.

Motivação dupla Para João e Tiago, o CENFIM de Torres Vedras teve um papel fundamental no seu crescimento. Ambos destacam a forma como a

Para a dupla, trabalhar em pares torna o desafio mais completo. “São duas cabeças a pensar e isso facilita resolver problemas”, destaca Tiago. Para João, trabalhar em equipa é mais desafiante e traz também aprendizagens relevantes. “Será também assim no futuro, no mercado de trabalho – teremos de comunicar e ajudar os nossos companheiros”, realça. O gosto pela Mecatrónica é outro dos traços comuns destes dois campeões, que pretendem prosseguir estudos e, no futuro, ingressar no Ensino Superior. Uma vocação que, acreditam, fará toda a diferença, nesta área. A influência da vocação sente-se nos mais pequenos detalhes, conclui João: “Ter gosto por está área faz com que façamos o curso sempre com um sorriso na cara”.


www.iefp.pt Em cada edição da Forum Estudante, trazemos-te as histórias de alguns dos membros da seleção portuguesa no EuroSkills – Campeonato da Europa, em Budapeste (Hungria, 2018), e no WorldSkills – Campeonato do Mundo das Profissões, em Kazan (Rússia, 2019).

Campeão #10

“Disseram-me que teria a acesso a conhecimentos complementares. Sabia que iria ser uma mais-valia para, no futuro, me diferenciar no mercado de trabalho”

Edgar Monteiro Campeão Nacional de Manutenção Industrial

Ganhar ainda antes da prova “Sempre gostei de mexer em máquinas”, recorda Edgar Monteiro, entre sorrisos: “Mexia em todas as que havia lá em casa”. Foi esse gosto que o levou até ao CENFIM, ao perceber que, no curso de aprendizagem de Manutenção Industrial, conseguiria “ter uma vida profis-

sional ligada a essa paixão”. Ainda antes de terminar o curso, Edgar tem a certeza: “Sei que não me vou arrepender da decisão. Tenho a oportunidade de trabalhar, todos os dias, naquilo que gosto. E posso aprender a teoria e aplicar na prática, o que ajuda muito a perceber como tudo funciona”. Foi o mesmo gosto que o levou até ao Campeonato Nacional das Profissões. Uma viagem que começou ainda no CENFIM, durante o campeonato interno de preparação para a competição nacional, promovido por este centro. “Quando me fizeram a proposta, disseram-me que teria a acesso a conhecimentos complementares. Sabia que iria ser uma mais-valia para, no futuro, me diferenciar no mercado de trabalho”, conta.

Cerca de um ano depois, Edgar venceria a medalha de ouro, no Campeonato Nacional das Profissões de Setúbal. Para além da valorização do currículo, foram os novos conhecimentos que levaram Edgar até ao Campeonato Nacional das Profissões. E essa aprendizagem, garante o for-

mando, “chega ainda antes da prova, durante os treinos”: “A competição conta mais para experiência e para aprender a trabalhar sob pressão, o que é também um desenvolvimento importante”.

Superação e Vitória A prova realizada na final resultou num primeiro lugar, com 91 pontos. “Vi que o trabalho estava bem feito, acabei por me superar durante a prova”, recorda Edgar: “O receio e ansiedade que tinha durante os treinos desapareceram, assim que

cheguei à competição e pude perceber o que tinha pela frente – a cabeça ficou mais limpa e o resultado surgiu naturalmente”.

[Neste curso] tenho a oportunidade de trabalhar, todos os dias, naquilo que gosto. E posso aprender a teoria e aplicar na prática, o que ajuda muito a perceber como tudo funciona Se houver a possibilidade de participar no Campeonato Europeu e Mundial das Profissões, o objetivo será simples, conta: “fazer o melhor possível e ganhar”. A aprendizagem que terá será ainda maior, acredita, devido à maior exigência da prova. Com treino e preparação, sente que será capaz de responder: “Estou confiante de que não vou ser surpreendido”. De momento, Edgar avalia a possibilidade de entrar no Ensino Superior. Independentemente da decisão final, tem uma certeza: “Os meus colegas que terminaram o curso de aprendizagem e continuaram os estudos contam-me que esta formação lhes trouxe uma grande mais-valia no Ensino Superior. Por isso, penso que o impacto da adaptação não será grande”.


38 | Forum Estudante | abr’20

/Emprego

REDES SOCIAIS E EMPREGO

6 cuidados a ter

#1 Mantém o LinkedIn atualizado Na fórmula para encontrar o emprego certo, a maior rede profissional não poderia ficar fora das contas. Com 500 milhões de utilizadores em todo o Mundo, o LinkedIn é utilizado pela maioria dos potenciais empregadores, na altura de avaliar os candidatos, de acordo com vários estudos. Por essa razão, é importante evitar perfis desatualizados ou incompletos, tendo o cuidado de garantir que a informação representa o percurso profissional. Mais importante ainda é evitar a criação de um perfil sem qualquer informação, tendo em conta que esta é a tua apresentação oficial.

✔ Evita perfis incompletos e inclui informação que te represente fielmente, esta será a tua apresentação oficial

#2 Não mintas. Ah, e não mintas Outra das prioridades deve passar pela não publicação de conteúdo falso. A tentação do exagero poderá estar presente, mas devemos ter em conta que muitos empregadores descartam candidatos, depois de verificarem se a informação publicada não corresponde à verdade. Toda a informação que coloques online poderá ser facilmente confirmada ou desmentida, estando à distância de um telefonema ou de uma pesquisa no Google. O que terá óbvias consequências na tua reputação e credibilidade.

✔ Toda a informação que coloque será facilmente confirmada ou desmentida online ou através de contactos directos. Não exageres nem mintas na tua apresentação.

#3 Mostra as tuas mais-valias Especialistas em personal branding ou recrutamento destacam a importância de procurar a diferenciação. Ou seja, de construirmos perfis que reflitam as nossas características específicas, evitando copiar o que consideramos ser uma página eventualmente “eficaz”.

✔ Aposta no autoconhecimento. Quais são as tuas características mais fortes? Que traços da tua personalidade poderão tornar-te único? Para encontrar estas mais-valias, será necessário um grau elevado de autoconhecimento, procurando, em última análise, identificar quais das tuas características mais valorizas. Um bom exercício poderá passar por imaginar qual seria o teu trabalho ideal. A partir das características dessa função, poderás retirar as competências a que atribuis maior importância.


39 | Forum Estudante | abr’20

/Emprego

Num contexto em que as redes sociais são, cada vez mais, peças fundamentais na procura de emprego, conhece alguns dos cuidados a ter e das técnicas a adotar.

#4 Escolhe a imagem certa Este é um ponto polémico. Antes de entrarmos nos detalhes da imagem em si, salientamos um dos principais conselhos dos especialistas: utiliza a mesma fotografia em todas as plataformas em que estás presente. Esta pode ser a forma de criar a coerência normalmente associada a uma imagem profissional.

#5 Sê ativo Mais do que estar presente nas várias plataformas online, a chave para encontrar o emprego certo poderá estar na construção de ligações. Mais do que melhorar a tua apresentação, vendo as redes sociais como um repositório de informação, esta é a forma de fazeres chegar o teu perfil às pessoas que te interessam.

✔ Aposta na mesma fotografia para todos os canais. Certificate que representa a tua personalidade, evitando ferir eventuais sensibilidades.

✔ Procura diversificar a tua atividade online. As redes sociais oferecem-te mais opções do que apenas o upload de informação. Aposta na interação com empregadores do teu interesse.

Pela mesma razão, poderá ser importante evitar fotografias que eventualmente levem um empregador a desconsiderar o teu perfil. Por outras palavras, ainda que seja importante que a tua foto reflita a tua personalidade, leva em conta que a fotografia errada, juntamente com a sensibilidade específica do recrutador, poderá ser o entrave que te separa do teu emprego perfeito. Por isso, uma aposta menos arriscada poderá ser uma boa opção.

Isto poderá ser feito de várias formas. Poderás, por exemplo, partilhar conteúdo nas tuas redes sociais que te aproxime do setor ou até das marcas que mais te interessam. No mesmo sentido, poderás procurar interagir com os conteúdos publicados pelos empregadores do teu interesse e tentar aumentar a tua rede de contactos. Desta forma, poderás estar a mostrar, desde logo, competências como dinamismo, proatividade e resiliência.

#6 Estuda o empregador No caso de encontrares o emprego que te interessa, estuda em profundidade a empresa ou instituição e a função a que te pretendes candidatar. Graças à muita informação disponível online, será possível saberes mais sobre o trabalho desempenhado, as pessoas que lá trabalham ou que contactos em comum poderão existir.

✔ Inverte a dinâmica: Se um empregador pode encontrar informação sobre ti online, tu também podes encontrar informação sobre um empregador. Desta forma, poderás ajustar a tua apresentação às necessidades da empresa ou organização. Desta forma, poderás criar um plano de ação, fazendo com que o teu currículo e presença digital se enquadrem na perfeição para a vaga desejada. Ao confirmares, através da internet, quais os valores e competências que a empresa ou organização mais valoriza, poderás encontrar na tua experiência e atributos elementos de importância redobrada.


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42 | Forum Estudante | arb’20

/ReDescobrir a Terra

Hortas Verticais. Plantas ao alto Estima-se que o valor do mercado da agricultura vertical (vertical farming) ultrapassará os mil milhões de dólares, em 2030. Quais as vantagens deste modelo? As plantas e os frutos parecem estar colocadas em estantes, normalmente, em salas de tectos altos. As imagens de produções verticais mostram-nos um cenário que se situa algures entre o supermercado e o filme de ficção científica. E, no que toca a hortas verticais, o céu pode mesmo ser o limite: “A beleza da agricultura vertical é que é possível ir tão alto quanto quisermos – desde que se tenha um sistema que funciona eficazmente”, escreve o The Guardian. O mesmo artigo explica que o vertical farming consiste em fazer crescer culturas em áreas terrestres mais pequenas. O que signigica, normalmente, ter mais do que uma “camada” de produção, existindo vários níveis de altura de cultivo. Por essa razão, esta técnica é habitualente associada à agricultura urbana e citadina, devido à necessidade de rentabilizar espaços mais reduzidos. Pela mesma razão, esta técnica está normalmente associada à agricultura indoor, ou seja, as plantas são geradas dentro de portas, “dentro de condições ambientais totalmente controladas, utilizando luz artificial em vez de contar com o sol”, explica a consultora IDTechEx. Desta forma, o ambiente pode ser adaptado às necessidades específicas da planta, durante os 365 dias do ano.


43 | Forum Estudante | arb’20

/ReDescobrir a Terra avançado e “vários ciclos de tentativa e erro”. O custo energético para alimentar uma planta com a luz produzida por um LED é outro dos principais desafios que se colocam a esta indústria. Contudo, a investigação científica tem demonstrado que poderão existir possibilidades de reduzir esta “fatura”, não só através do melhoramento da tecnologia LED, como graças ao desenvolvimento de técnicas mais eficientes de alimentação da planta. Ainda assim, para o especialista, existem claros benefícios de sustentabilidade ambiental associados a esta técnica. A rentabilização do uso da água, a

De acordo com a IDTechEx, durante esta década, o valor de mercado da agricultura vertical irá subir consideravelmente. Em dez anos, adianta o estudo prospetivo, o seu valor total duplicará: “Subirá dos atuais 709 milhões de dólares para 1.5 mil milhões, em 2030”. De acordo com a investigação, há já mercados estabelecidos na Ásia Oriental e mercados emergentes na América do Norte, por exemplo. As vantagens apontadas a esta técnica são várias. Desde logo, seria possível deslocalizar a produção agrícola, permitindo grandes quintas no interior do perímetro urbano. Isto teria consequência na pegada ecológica da cadeia de distribuição e diminuindo o risco de extravio ou contaminação dos produtos. Por outro lado, a técnica permite ganhar “terra”, rentabilizando espaços tradicionalmente não cultiváveis. Este dado terá especial interesse, tendo em conta as necessidades alimentares do futuro: segundo a FAO, em 2050, teremos de produzir mais 50% de alimentos, face ao aumento populacional.

“De acordo com um artigo da revista Visão, a agricultura indoor poderá representar uma poupança de 98% de água utilizada e um acréscimo de 23% de fibras alimentares”

Cultura com um teto? diminuição na utilização de fertilizantes e a remoção por completo de pesticidas e herbicidas são provas claras dessa mais-valia. De acordo com um artigo da revista Visão, por exemplo, a agricultura indoor poderá representar uma poupança de 98% de água utilizada e um acréscimo de 23% de fibras alimentares. São essas vantagens que levam Kobayashi-Solomon a concluir: “a agricultura vertical oferece um valor real à sociedade”.

Nesta produção, contudo, nem tudo são flores. A diversidade de culturas adaptáveis a estas condições é um dos desafios que é colocado. Conforme escreve o especialista Erik Kobayashi-Solomon, na revista Forbes, as espécies mais fáceis de produzir indoor são alfaces, especiarias e microverdes. As restantes culturas verticais existentes – beringelas ou pimentos, por exemplo – necessitam de um conhecimento técnico muito

uma iniciativa

C o fi n a n c i a d o p o r :

parceiros

Escola Profissional Agrícola

Afonso Duarte


44 | Forum Estudante | abr’20

/Deco Jovem

A DECOJovem continua junto das escolas! A situação que estamos a viver com a COVID-19 trouxe muitas mudanças ao nosso dia-a-dia. Ficar em casa para nos protegermos, a nós e aos outros, cria novos desafios na educação. A DECOJovem está ao lado das escolas e das famílias nestes desafios. Temos recursos educativos, sobre várias temáticas, disponíveis para serem utilizados pelos professores e alunos e até pelas famílias.

Liga-te ao mundo:

Mundo ON

O Mundo On incentiva os jovens a adotar comportamentos de consumo mais sustentáveis, a reduzir os consumos, a efetuar escolhas mais responsáveis e a fazer um uso mais eficiente dos recursos naturais. Um desafio dos nossos dias para melhorar a saúde do nosso planeta! Temos vários temas para trabalhar, desde a água, a energia, os resíduos, as compras e a mobilidade, em 25 fichas interativas para jovens entre os 10 e os 15 anos. Vale a pena experimentar porque são também divertidas.

Acede aqui aos recursos educativos

Brain IDeas:

Dá valor às boas ideias Na era digital, em que temos fácil acesso a quase toda a informação na internet, é importante reconhecer que nem tudo é de todos e o valor da Propriedade Intelectual (PI) enquanto proteção da criatividade, inovação e empreendedorismo, tem que ser respeitado. O projeto Brain IDeas pretende aumentar o conhecimento sobre a importância de respeitar as obras dos autores para que eles continuem a criar e a inovar e o papel que as marcas tem na economia e no respeito pelos consumidores, o que não acontece se comprarmos produtos contrafeitos. Enquanto consumidores devemos ser os primeiros a combater a contrafação e pirataria, exigir produtos de qualidade e não andar a explorar fontes e conteúdos ilegais que a todos prejudicam. Para ficares a saber mais, vale a pena experimentar o nosso jogo interativo!

NET VIVA E SEGURA No mundo digital temos maravilhas para explorar, mas também alguns riscos: quem nunca conheceu uma vítima de Ciberbullying, sexting ou de phishing ou nunca foi atacado por um hacker ou bombardeado com mensagens de haters? A NET VIVA e SEGURA ajuda os mais novos a navegar na internet de forma segura com proteção dos seus dados e privacidade e ainda as regras de respeito a cumprir nas redes sociais para construir diálogos positivos. Temos um site para explorar de fio a pavio com imensos conselhos práticos e úteis para responder a muitas questões dos jovens, e vídeos feitos pelo youtuber RiC Fazeres, e as instagramers Rita Carmaneiro e Joana Gama.

Conhece aqui os recursos disponíveis.

Conhece aqui o quiz interativo

Temos mais materiais e atividades que podemos adaptar para vos apoiar na promoção da educação do consumidor. Entrem em contacto connosco para que possamos ajudar!



46 | Forum Estudante | abr+mai’20

/IPCA

Publirreportagem

Os projetos que distinguem o IPCA Sabe mais sobre o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, através dos projetos e iniciativas que o distinguem.

Voluntariado & Solidariedade

Estudante do IPCA ganha bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian A aluna do 3.º ano da Licenciatura em Engenharia em Desenvolvimento de Jogos Digitais da Escola Superior de Tecnologia (EST) do IPCA é a única estudante do Ensino Superior Politécnico selecionada para bolseira do programa Novos Talentos em Inteligência Artificial. Beatriz Ferreira de Abreu tem 10 meses para desenvolver um trabalho na área da inteligência artificial aplicada aos jogos digitais. O trabalho envolverá a criação processual de níveis para um puzzle do género sokoban.

EIA

Programa internacional de verão O IPCA participa na EIA - European Innovation Academy que em 2018 e 2019 contou com a participação de 16 alunos desta Instituição. O EIA é um programa internacional de verão de imersão em empreendedorismo para estudantes, envolvendo investidores de Stanford U, UC Berkeley, Google e Silicon Valley.

Em 2019, o IPCA realizou a primeira edição da “Semana do Voluntariado”, que incluiu várias iniciativas para a aquisição de uma maior consciência social e sensibilização para práticas de cidadania ativa e voluntariado nos estudantes. O IPCA faz também parte da Rede de

Voluntariado no Ensino Superior. Ainda neste âmbito, ao longo do ano, os estudantes da Licenciatura em Gestão de Atividades Turísticas organizam vários eventos de cariz social, dentro e fora do IPCA. Também a Tuna Feminina do IPCA é sensível a este tema, e uma vez por ano organiza o evento “IPCA Solidário”. Um festival de tunas que tem como objetivo a angariação de fundos para ajudar uma entidade, ou algum caso de necessidade extrema na área de Barcelos. Em dezembro, os estudantes do IPCA organizam a Légua Solidária, uma corrida em Barcelos em que as receitas revertem a favor do Fundo de Emergência Social do IPCA.

Poliempreende

Desenvolver ideias e competências O Poliempreende é uma atividade da rede de instituições de ensino superior com o objetivo de fomentar uma cultura empreendedora e que impulsione o desenvolvimento de competências por parte dos estudantes, estimulando o empreendedorismo e proporcionando saídas profissionais através da criação do próprio emprego. Já na sua 17ª edição, o IPCA tem marcado presença em várias edições e arrecadando prémios e excelentes qualificações.

InIPCA

Mentoria de estudantes para estudantes O IPCA criou o InIPCA, um Programa de Mentoria de estudantes para estudantes, em que os estudantes atuais assumem um papel fundamental no desenvolvimento interpessoal dos novos estudantes. Através desta mentoria, procura-se a promoção do bem-estar dos novos estudantes. Os mentorandos poderão ter uma integração saudável e pró-ativa no IPCA, facilitando desenvolvimento de relações interpessoais e transversais, o conhecimento sobre a estrutura e funcionamento do IPCA e da cidade de Barcelos. Outro dos objetivos é a sinalização de situações que poderão ser consideradas problemáticas e, desta forma, combater o abandono escolar.



48 | Forum Estudante | arb’20

/ISPA

Publirreportagem

Psicologia é no ISPA! A formação em Psicologia do ISPA é uma referência a nível nacional e internacional. Com mais de cinquenta anos de experiência no ensino das ciências psicológicas (foi a primeira universidade em Portugal a lecionar o curso), o ISPA oferece um ensino baseado na excelência do corpo docente, na qualidade e pertinência das matérias lecionadas e numa aposta na investigação científica e no trabalho de campo como base para a carreira dos futuros psicólogos.

O que é? A Psicologia estuda os fenómenos mentais e comportamentais com o objetivo de perceber como funcionamos do ponto de vista mental, quais os fatores (biológicos, psicológicos, socias e culturais) que levam a essas formas de funcionamento e como é que estes podem ser alterados quando necessário. Pretende compreender a natureza humana e implementar estratégias que levem a melhores níveis de desenvolvimento e bem-estar psicológico. As diferentes áreas da psicologia permitem olhar as situações de forma diferente.

Psicologia clínica Intervenção com pessoas que apresentam problemas emocionais ou comportamentais com o objetivo de as fazer ultrapassar dificuldades e perturbações psicológicas. Os problemas podem ir desde crises de curta duração, tais como dificuldades resultantes de conflitos que emergem na adolescência, a situações mais severas e crónicas, como é o caso da esquizofrenia. As ati-

vidades podem decorrer em hospitais, clínicas, centros comunitários, centros de saúde mental, consultórios privados e junto de decisores políticos como consultores de políticas relacionadas com a saúde mental.

Psicologia social e das organizações Nesta área, poderás conhecer a influência que o grupo tem no comportamento individual e como o comportamento individual pode influenciar o grupo ou aplicar os princípios da psicologia às organizações e locais de trabalho com o objetivo de aumentar a produtividade, a satisfação e qualidade da vida no trabalho. As atividades podem acontecer em agências de publicidade, empresas e agências governamentais ou em empresas e outras instituições, nomeadamente na área dos recursos humanos, em funções de consultoria de gestão, por exemplo ligada aos modos positivos de lidar com a mudança organizacional.

Psicologia educacional Debruça-se sobre a análise e promoção dos processos de aprendizagem tendo em conta o modo como diferentes aspetos (e.g., objetivos de aprendizagem, metodologias de trabalho e avaliação, relação pedagógica) e as características

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do próprio indivíduo (e.g., interesses, motivação, aspetos emocionais ou cognitivos) têm impacto nos processos de aprendizagem e no desenvolvimento. As atividades desenvolvem-se em escolas, creches, jardim-de-infância, centros de dia, residências de 3ª idade, autarquias, hospitais e junto de decisores políticos.

Psicologia da saúde O objetivo desta área é promover a saúde e bem-estar físico e psicológico, a mudança de comportamentos através da prevenção da doença e promoção da saúde e contribuir para a gestão de situações de doença ou incapacidade. Centros de saúde, hospitais, organizações de promoção de saúde pública, centros de reabilitação, clinicas e consultórios privados e junto de decisores políticos são alguns dos contextos de intervenção.

Psicologia comunitária Os diferentes contextos comunitários nos quais a pessoa está inserida e a forma como estes são favoráveis ao desenvolvimento, bem-estar e integração da pessoa são as principais áreas de intervenção. O trabalho é desenvolvido nas comunidades, organizações de intervenção social e comunitária, autarquias e junto de órgãos de decisão política.


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50 | Forum Estudante | abr’20

/HorsCópos

«Pijama, roupão e chinelos – a mistura explosiva que as cartas recomendam!» Um asteroide descontrolado (acho que lhe vou chamar «Asteroide Covid passar») entrou no meu mapa astral e desarrumou-me as previsões para todo o ano! Para este mês de abril, estava a planear todo um conjunto diferente de presságios, envolvendo praias, coqueiros, concertos na relva, tudo de bom e favorável. Afinal, calhou quarentena a todos.

Touro (20/4 a 20/5) Os nativos de Touro deverão encetar por estes dias o vigésimo sétimo rolo de papel higiénico, de entre os muitos que açambarcaram. Ainda lhes restam duzentos e setenta e dois rolos, portanto está tudo bem. Conselho: não comer chili.

Gémeos (21/5 – 20/6) Poderás descobrir snacks onde menos esperas. Provavelmente, algumas migalhas dentro do roupão ou uma pipoca marota que se colou ao pijama. Ou talvez um pacote de bolachas de chocolate que ficou esquecido no fundo da despensa. Nunca se sabe. Caranguejo (21/06 a 22/7) A conjunção dos astros indica que este é um momento que poderá trazer bastante ócio, eventualmente algum aborrecimento. Aconselha-se atividade física ligeira e maratonas de séries para combater os eventuais sintomas.

Leão (23/7 – 22/8) A ironia estará forte com os nativos de Leão. Quando forem pôr o lixo na rua, é quando começará a chover. De resto, o tempo estará favorável para banhos de sol, mas a janela do quarto está virada a norte. Que pena. Virgem (23/8 – 22/9) As cartas podem ser misteriosas, mas, neste caso, foram até bastante claras. O sofá é o melhor lugar para vocês, nativas e nativos de Virgem. Deverão, contudo, proceder com extrema cautela no que toca às guerras pelo comando da televisão.

Balança (23/9 a 22/10) Boas notícias! As runas prenunciaram para vocês um regresso há muito esperado. Não, não é de ninguém próxi-

mo ou longínquo. É apenas o regresso de uma série manhosa dos anos 80 à televisão nacional. Ou algo assim.

Escorpião (23/10 a 21/11) A conjuntura atual está-vos extremamente favorável para fazerem aquele telefonema que andavam a adiar. As probabilidades são que o vosso crush esteja aborrecido o suficiente para atender a chamada e agradecer a distração. Sagitário (22/11 – 21/12) A influência das luas de Saturno poderá trazer dissabores. Ou alegrias. Ou nada do género. Talvez mais do mesmo. Ou menos do diferente. Quiçá, poderá ser bom. Ou mau. Ou assim-assim. Ou indiferente. Tanto dá.

Capricórnio (22/12 – 19/1) Gostava de poder trazer alguma novidade interessante para os nativos e nativas de Capricórnio, mas a verdade é que o melhor que podem esperar é que a ligação às aulas online seja forte o suficiente para marcarem presença, mas fraca o suficiente para não perceberem nada e ficarem congelados nos ecrãs a cada três minutos. Aquário (20/1 – 18/2) Os nativos de Aquário vão finalmente poder pôr em dia todas as arrumações e rearrumações e reorganizações do quarto. Existe alguma probabilidade de recuperarem o diário que tinham na primeira classe e de que já se esqueceram. Cuidado com o pó, que também faz espirrar e tossir. Peixes (19/2 – 20/3) Esta não é altura para novas experiências. Poderás ficar algum tempo em casa.

Signo do Mês Carneiro (21/3 a 19/4)

Cuidado com as escadas. As locomoções dentro do espaço residencial não podem ser evitadas, mas é importante ter atenção a todos os degraus, principalmente o penúltimo. Uma queda pode ser desagradável. Não é por nada, é só porque é chato.




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