Folha de Palotina 25/07/2018 - Palotina 58 Anos

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REPORTAGENS DESTA EDIÇÃO

- Palotina em Destaque é tema de desfile dos 58 anos - Ipês das avenidas remodeladas iniciam primeiras florações - Palotinenses no Caminho de Santiago de Compostela - Adosp completa dez anos doando sangue e salvando vidas - Ex-servidor comemora aniversário junto com Palotina Semanário - 25 de Julho de 2018 - Escola inova e implanta Parque de Pneus para crianças ANO XXVIII - EDIÇÃO ESPECIAL - Iniciativa destaca mulheres que inspiram em Palotina - José Riedi, pioneiro que revolucionou a agricultura local - Primeiro condomínio fechado será inaugurado em 2019 MUNICÍPIO DE PALOTINA - EMANCIPADO DIA 25/07/1960 - Palotina oferece oportunidades para imigrantes haitianos - Teatro Municipal ganha nova roupagem com reforma - Projeto Mãos que ajudam dão vida para praça do BNH - Músico mostra seu amor por Palotina tocando saxofone - Concurso homenageia empresário rural e agricultor familiar - Central de Triagem busca conscientização para recicláveis - Fogueira de São João do Bar do França completa 14 anos - Grupo palotinense alia aventura, esporte e solidariedade

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COMEMORAÇÃO

Palotina em Destaque é tema de desfile de Palotina e região

EXPEDIENTE Empresa Jornalística Folha de Palotina CNPJ 81.680.688/0001-08 Fundação: 03/11/1989

é organizado pela Secretaria Municipal de Educação e Cu lt u ra em conju nto com escolas, associações, clubes, empresas e outras entidades. Como acontece todos os a nos o desf i le será realizado no dia 25, data do a niversá rio, na Avenida Presidente Kennedy, no centro da cidade, a partir das 15h. Além de

Jornalista Responsável: Sinuê Giacomini Equipe e colaboradores: Gian Almeida, John Almeida da Silva, Juliandrea Maria Delai, Vanildo Cardoso e Sinuê Giacomini Site: www.folhadepalotina.com.br E-mail: redacao@folhadepalotina.com.br Impressão: Gráfica Imprevale Redação e composição: Rua Vereador Antônio Pozzan, nº 573 - CEP 85950-000 Fone: (44) 3649-2690 Tiragem: 3.000 exemplares Circulação desta edição especial: Palotina. É proibida a cópia parcial ou integral das matérias contidas no jornal. Filiado à Associação dos Jornais do Interior do Paraná (Adjori-PR)

evidenciar setores importa ntes para a economia local, como o agronegócio, educação, comércio e indústria, a proposta do desfile é também valorizar o pioneirismo, enaltecendo o trabalho realizado pelos pioneiros desde a chegada das primeiras famílias em Pa lot i na, no i nício dos anos 50. Folha de Palotina

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O mês de julho é repleto de at iv idades que marcam o aniversário de Palotina. O ponto alto das comemorações é o desfile cívico que envolve escolas e outros segmentos. Neste ano o tema é Palotina em Destaque que tem o objetivo de evidenciar que Pa lotina é destaque em diversos setores. O desfile

Desfile cívico será ponto alto das comemorações dos 58 anos de Palotina


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Palotina deixou de ser distrito de Guaíra para se tornar município em 1960 Em 1970, o município perde a área de Alto Santa Fé para o município de Nova Santa Rosa, época que foi criado o Distrito Administrativo da Vila Candeia, atingindo uma população de 43.005 habitantes. Na década de 1990, com a elevação do Distrito de Maripá a município, englobando os Distritos de Pérola Independente e Candeia, acarreta uma perda de 30% do território do município de Palotina, totalizando nesta época 30.569 habitantes. Em 2000, este número baixa para 25.765, conforme dados do Censo do IBGE. As estimativas atuais são de que novamente Palotina tem uma população superior a 30 mil habitantes. Biblioteca

Há 53 anos as lideranças de Palotina e a comunidade local comemoravam uma importante conquista. Depois de vários anos de vertiginoso crescimento, era consolidada a emancipação político-administrativa. Em 1960, exatamente no dia 25 de julho, através da Lei Estadual No. 4245, ocorreu a emancipação, sendo que Palotina foi desmembrado de Guaíra. O Distrito Administrativo e Judiciário de Palotina havia sido criado em 1957. Logo após a emancipação foram criados os Distritos Administrativos e Judiciários de Maripá, Pérola Independente, Alto Santa Fé e São Camilo.

Início da cidade de Palotina nos anos 50

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MEIO AMBIENTE

A remodelação das avenidas Presidente Kennedy e Independência, que mudou o visual do centro da cidade, privilegiou o plantio de árvores diferenciadas em relação à arborização que existia antes. Todas as árvores que estavam no trecho que sofreu a intervenção foram retiradas e deram lugar a espécies apropriadas para arborização urbana. Os canteiros centrais receberam ipês que agora começaram a florir e proporcionam um belo espetáculo. Nas calçadas laterais foram plantadas árvores de porte pequeno. Antes da remodelação predominam nas duas avenidas espécies de Sibipiruna, Quaresmeira, Flamboyant, Magnólia e Ligustro. As de maior porte sempre provocavam danos quando caiam ou tinham galhos quebrados com o vento. Segundo o engenheiro florestal Max Roger Lüdtke, que era responsável técnico pelo setor de meio

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Ipês das avenidas remodeladas começam a florir Qual a importância da arborização?

Por suas múltiplas funções, a árvore urbana contribui para o bem-estar físico e emocional das pessoas, sendo de suma importância para a obtenção de níveis satisfatórios de qualidade de vida nos centros urbanos. A arborização proporciona inúmeros benefícios. As plantas transformam o gás carbônico do ar em oxigênio através da fotossíntese; Contribuem para absorver a água das chuvas das cidades que estão cada vez mais impermeabilizadas; Contribuem para amenizar as altas temperaturas do verão diminuindo o calor através da evapotranspiração das folhas e do sombreamento; Proporcionam alimento e refúgio para a fauna urbana, propiciando uma variedade maior de espécies, consequentemente influenciando positivamente para um maior equilíbrio das cadeias alimentares e diminuição de pragas e agentes vetores de doenças.

VOCÊ SABIA? Avenidas Presidente Kennedy e Independência foram remodeladas e todas as árvores do canteiro central foram substituídas entre 2012 e 2013

ambiente na época da elaboração do projeto técnico f lorestal, foram previstos

mais de 130 ipês nas duas avenidas, principalmente roxo e amarelo.

As obras de remodelação das avenidas de Palotina iniciaram no ano de 2012 e foram concluídas no final de 2013, tendo investimento total estimado em R$ 4,5 milhões. Além da arborização, as melhorias contemplaram ainda construção de ciclovia, instalação de bicicletários e adequação às normas de acessibilidade. A retirada de todas as árvores foi aprovada em audiência pública.


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EXEMPLO DE FÉ

Palotinenses no Caminho de Santiago de Compostela conduziu, que conduza da mesma forma todos os demais peregrinos que desejam realizar este trajeto e fazer uma retrospectiva de suas vidas. E como aprendizado: a caminhada nunca termina; inicia a cada novo dia, por todos os dias. E enquanto nos for permitido, que seja sempre para o crescimento pessoal e dos quais com quem convivemos e temos a responsabilidade de promover e melhorar”, disseram.

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res. Passamos por inúmeras cidades e fomos a dezenas de igrejas onde pedimos por familiares, amigos e causas”, disse. A peregrinação culminou com a visita à Catedral de Compostela. Durante a peregrinação Judith e Sergey vestiram camisetas com o slogan “Nós amamos Palotina”, com intuito de divulgar e também dedicar oração à cidade. Eles disseram que foi uma experiência impactante para a vida. “Como Deus nos

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No dia 28 de maio Judith e Sergey Sendtko iniciaram uma peregrinação pelo Caminho de Santiago de Compostela entre a França e a Espanha. Eles caminharam cerca de 800 km durante 39 dias. Segundo o casal, esta peregrinação foi realizada em agradecimento a Deus pela vida e também para renovar votos de amor e casamento que somam 31 anos. “Levamos conosco os desejos de amigos e familia-

Judith e Sergey Sendtko percorreram o Caminho de Santiago de Compostela

DOAÇÃO DE SANGUE

Adosp completa dez anos

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PALOTINENSES VÃO À TERRA SANTA No mês de junho um grupo de palotinenses esteve em Jerusalém e em Roma para uma peregrinação de fé e devoção. Os palotinenses estiveram em locais onde Jesus Cristo viveu. Eles foram acompanhados dos padres Batistti, da Paróquia São Vicente Pallotti e Milton Munaro, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Terra Roxa. O grupo também visitou o Vaticano e participou da Audiência Papal com o Papa Francisco. Os palotinenses também estiveram na Casa Geral dos Palotinos, onde participaram de missa na capela onde encontra-se o corpo incorrupto de São Vicente Pallotti, Padroeiro de Palotina.

Em maio a Associação dos Doadores de Sangue de Palotina (Adosp) completou dez anos de atuação cumprindo uma missão importante e especial: conscientizar as pessoas e mobiliza-las para doar sangue e salvar vidas. A Adosp surgiu a partir da iniciativa de rotarianos do Rotary Palotina que sentiram a necessidade de auxiliar na mobilização para que mais pessoas doassem sangue a fim de manter estoques para atendimento de eventuais emergências. Atualmente a associação conta com mais de 3 mil pessoas inscritas e sempre que há necessidade os voluntários se juntam para garantir o precioso líquido nos hemocentros. O presidente da Adosp, José Carlos Pereira, destaca que ao longo destes dez anos a associação cresceu e vem mostrando sua grande importância para a comunidade contribuindo em muito com a causa da doação de sangue.

“Salvar vidas é a grande razão de existência da Adosp. Graças a esta associação e ao envolvimento dos voluntários muitas vidas foram e continuam sendo salvas”. Por meio da Adosp também foi instalada uma agência transfusional no Hospital Municipal, denominada “Eduardo Lima” em homenagem ao rotariano que ajudou a fundar a associação. Recentemente a associação recebeu um micro-ônibus destinado pelo governo do Estado para o transporte de doadores até Toledo ou Cascavel. Antes este transporte era feito com uma Kombi. A Adosp tem sua sede na Praça Amadeo Piovesan. Anualmente a associação realiza a Corrida da Adosp, com apoio da comunidade e Secretaria Municipal de Esportes para arrecadar recursos para sua manutenção, já que não recebe recursos públicos. Para se tornar associado, entre em contato (44) 99907-6404.

Adosp completou dez anos motivando a doação de sangue


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HOMENAGEM

O palotinense Rubens Benjamin Dias Ventura tem bons motivos para comemorar o aniversário de Palotina no próximo dia 25, pois ele também é aniversariante. Rubens chegou a Palotina em 1973 e até 1997 foi servidor público municipal, tendo atuado em diversos setores, trabalhando principalmente como motorista. Casado com Maria Barbosa Ventura, ele tem sete filhos e 15 netos. Aos 70 anos de idade Rubens diz sentir muito orgulho de Palotina, pois presenciou e participou do seu desenvolvimento. Ele conta que durante o exercício de sua atividade como servidor público sempre procurou dar o melhor de si pela atividade, prestando serviço de qualidade à população. Como motorista de ambulância, Rubens viajou para várias cidades do Paraná e outros estados. “Me sinto feliz em comemorar aniversário com esta cidade que tanto amo. Palotina é uma cidade maravilhosa onde criei

Fotos: divulgação

Comemorando aniversário junto com Palotina

Rubens ao lado de um caminhão da Prefeitura à época que era servidor

meus filhos e vivo feliz com a minha família”, diz. Depois que Rubens deixou o serviço público empreendeu em outras atividades. Certa vez, em São Paulo, em sua lanchonete, decidiu criar um lanche diferente e o denominou X-Paraná, que equivale a quatro lanches. Sua invenção foi registrada e fez muito sucesso. Atualmente Rubens tem uma lanchonete que fica na Rua Carlos Gomes, esquina com a Rua 7 de Setembro, no Bairro Por do Sol, aqui em Palotina.

Rubens Ventura: amor por Palotina

Rubens chegou a Palotina em 1973 e até 1997 foi servidor público municipal, tendo atuado em diversos setores, trabalhando principalmente como motorista


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CRIATIVIDADE

Uma bonita iniciativa e um exemplo de responsabilidade ambiental está sendo demonstrado pela Escola Municipal Arco-Íris. Pais e professores se envolveram em um interessante projeto que transformou pneus velhos e outros materiais recicláveis em brinquedos. O espaço da escola, que atende a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, ganhou o Parque de Pneus, valorizando o ambiente. Segundo a professora Andréia Klock, uma das coordenadoras da iniciativa, tudo começou com a apresentação da ideia aos pais. O objetivo, conforme ela, era aproveitar melhor os espaços disponíveis na escola e ao mesmo tempo valorizá-los, proporcionando principalmente o uso por parte dos alunos. A professora conta que houve muita aceitação pelo projeto e os pais se dispuseram a ajudar, seja conseguindo materiais ou mesmo ajudando com a mão de obra para instalar os equipamentos. “Os pais se mostraram motivados e aceitaram o desafio juntamente com a escola e as professoras do Infantil II”, destaca a professora. Segundo ela foram conseguidos pneus velhos e outros materiais com os próprios pais e com empresas da cidade. O resultado deste projeto ficou fantástico porque os brinquedos feitos com pneus e outros materiais proporcio-

Fotos: Folha de Palotina

Escola inova e implanta Parque de Pneus

Parque foi montado com mutirão entre pais e professores

Professoras que participaram da mobilização dos pais

Brinquedos feitos com pneus atrairam a atenção das crianças na Escola Arco-Íris

Grasiele Kerber: pais comprometidos

Everton Diego Giessler: uma bonita lição

naram um bonito visual na escola e também se mostraram úteis, atraindo a atenção das crianças. A professora Grasiele Kerber aponta que a iniciativa se mostrou muito eficiente aliando educação de responsabilidade ambiental, tanto para a comunidade como para as crianças. “O projeto é um exemplo de como podemos destinar

este tipo de iniciativa, tanto para as crianças como para a comunidade como um todo”, elogia. Para a diretora Daguimar Delai Begnini foi muito positiva a dedicação e persistência da equipe que tirou a ideia do papel e colocou na prática. “O espaço da escola foi valorizado com esta grande lição de responsabilidade ambiental. Os pais

também estão de parabéns porque nos ajudam a manter este espaço conservado”, destacou. O projeto do Parque de Pneus da Escola Municipal Arco-íris envolveu a participação das professoras Grasiele Kerber, Karina Renata Sarinhos, Thalita Biondo, Joseane de Souza e Andréia Klock.

melhor os resíduos sólidos no meio ambiente”, diz. A comunidade recebeu bem esta iniciativa. Everton Diego Giessler disse que a atitude da equipe da escola foi louvável e criativa. “Os brinquedos ficaram muito bonitos. A escola está de parabéns porque está proporcionando um aprendizado muito grande com

O criativo Parque de Pneus da Arco-Íris Fotos: divulgação

Veja os brinquedos feitos com pneus e outros materiais recicláveis na Escola Municipal Arco-Íris


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HOMENAGEM

Iniciativa destaca mulheres que inspiram

Aceli Pivetta

Élice Balsan

Elige Silvia Leszczynski

Ilda Salete Justino de Medeiros

Inez Pozzobon

Lacy Maria Riedi

Lindinalva Bombazar Zílio

Lourdes Maria Grisa Seleme

Maria Bernardi Marco

Marlene Maria Weber Rubert

Noeli Sendtko

Salete Brustolin

Santa Vilaverde

Sebastiana Lisboa

Simone Cabral Pupo

Terezinha Vigne Clivatti

Fotos: Vivian Campos

Numa iniciativa do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Palotina, em parceria com o Município e o Ministério Público, está sendo realizada a primeira edição da mostra itinerante “Mulheres que Inspiram e não Piram”. No total 16 personalidades estão sendo homenageadas. São mulheres que inspiram, seja pelo desenvolvimento de atividades de relevância social, por seu modelo de liderança, esforço, dedicação, bondade e garra.


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HISTÓRIA

O pioneiro palotinense José Riedi foi homenageado neste ano com o título de Cidadão Honorário de Palotina, proposto pelo vereador Gilmar Hinkel e aprovado por todos os vereadores. Ao longo da história do município já são 27 pessoas homenageadas com esta honraria. Neste ano também foi entregue o título ao ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho, indicado pelo vereador e presidente da Câmara, Elias Naor Schlosser. A homenagem a José Riedi, que tem 89 anos, reconhece seu pioneirismo e ao mesmo tempo empreendedorismo. Ele foi um dos primeiros produtores rurais a apostar no cultivo de soja que mais tarde se tornaria o grão precioso e que projetaria Palotina para o cenário nacional. Do RS a Palotina - José Riedi nasceu no dia 2 de outubro de 1929, na Linha Norte, no Distrito de Severiano de Almeida, Município de Erechim, hoje Município de Severiano de Almeida, Rio Grande do Sul, filho de Antônio Riedi e Helena Mattia Riedi. Casou-se com Teresina Vendruscolo no 21 de maio de 1949, na Paróquia de São Caetano na cidade de Severiano de Almeida. José continuou trabalhando na roça junto com seu pai e seus irmãos e Teresina ajudava nas

tarefas domésticas e algumas vezes ajudava na roça também. No ano de 1953 se mudaram para a Linha Rio Branco em Mariano Moro, iniciando sua atividade no comércio de secos e molhados junto com seu irmão Ludovico. O irmão Ernesto veio a Palotina para comprar terrenos e quando retornou disse aos familiares que as terras de Palotina eram muito boas e a região próspera. Foi essa informação que estimulou a vinda do irmão Ludovico para conhecer a localidade e comprar terras. Mais tarde os irmãos decidiram vender o comércio de secos e molhados e se mudaram para Palotina. Em agosto de 1955, José e Teresina com seus três filhos juntaram a mudança rumo a Palotina. Assim que chegaram se alojaram na casa que já tinha sido construída, na Rua Santa Maria, hoje Rua Aldir Pedron, quase em frente ao atual depósito do Empório Palotina. Um fato marcante no dia em que chegaram em Palotina foi que pela primeira vez viram um avião (teco-teco) que estava parado na Avenida Independência, que servia como pista. Os irmãos Riedi instalaram um armazém de secos e molhados denominado “Casa de Comércio Irmãos Riedi”. Pouco tempo depois seu pai Antônio Riedi veio morar em Palotina e comprou um

divulgação

José Riedi, um pioneiro empreendedor que revolucionou a agricultura de Palotina

Pioneiro José Riedi com a esposa Teresina: cidadania honorária reconhece pioneirismo

pedaço de terras na vila La Salle. As mulheres cuidavam do comércio e os irmãos iam para a roça derrubar mato nas terras do pai Antônio, hoje propriedade do senhor Claus. Apesar das dificuldades quando aqui chegaram José ficou muito animado com as terras prósperas e com as pessoas que estavam em busca de uma vida melhor. Lembra que a cada dia chegavam mais pessoas para morar em Palotina e como não tinha loja de materiais de construção começaram a comprar tijolos, telhas e mantimentos na cidade de Toledo e traziam para vender no comércio da família.

Sentindo as dificuldades que as pessoas enfrentavam para desenvolver suas atividades e a necessidade em contribuir para o desenvolvimento da região no ano de 1956 os irmãos construíram o primeiro posto de combustível, chamado Posto Esso Central, que estava situado na Rua 21 de Abril esquina com a Rua Aldir Pedron. Além das atividades que já exercia, José trabalhou como frentista com um caminhão Chevrolet 46; como distribuidor da cerveja Brahma e também comprava porco, carneava e vendia. Desde que aqui chegou se sentiu abençoado por estar

num lugar onde era possível exercer várias atividades para o sustento da família e para o crescimento e desenvolvimento da região. O lazer da família era ir à missa aos domingos e andar nas ruas para passear um pouco e conversar com os amigos e parentes. Em Palotina nasceram os filhos Vito Luiz Riedi, em 1956, e Roberto Antônio Riedi, em 1962. Entre 1956/1957, junto com o irmão Ludovico compraram um pedaço de terra, localizada na Linha Seca, na “Pecuária”, onde colocaram gado. Mais tarde com a divisão da sociedade José ficou com essa terra onde plantava milho e quando colhia semeava capim para o gado. Alguns anos depois essa terra foi trocada por uma propriedade do senhor Avelino Pozzan, localizada na Vila Paraíso. José e Teresina mudaram-se para um prédio na Avenida Independência, onde hoje encontra-se instalada a Loja Âncora, e alugaram uma sala para a instalação do Banco Comercial e na sala ao lado abriram um bar que era tocado pela esposa Teresina. Ele e os filhos ainda pequenos trabalhavam na lavoura. Em 1962 José começou a viajar com caminhão levando cereais para São Paulo, Curitiba e para o Rio Grande do Sul e no retorno trazia mercadorias para vender em Palotina.

Em 1969 José Riedi começou a destocar a lavoura na Vila Paraíso. Nos primeiros alqueires mecanizados plantou trigo e depois iniciou o plantio de soja. Foi a primeira lavoura mecanizada no munícipio de Palotina. A destoca foi realizada com um trator de esteira do Ministério da Agricultura. José foi o primeiro agricultor a adquirir uma colheitadeira ZMAJ que veio da antiga Iugoslávia. Nessa mesma época também comprou um trator Massey Ferguson e como financiou os maquinários teve que ir até Curitiba para assinar o financiamento. Além de colher os produtos na sua lavoura também prestava serviço colhendo para outros agricultores, dentre eles Aldérico Zílio, Amadeo Piovesan, Rossatto, João Sampaio, Irineu Güillich. José Riedi faz parte dos primeiros associados da Coopervale, atual C.Vale.

Ao longo dos anos adquiriu terras na Linha Catarina, na Esquina Progresso e na Vila São José em Terra Roxa. Trabalhou com vaca leiteira e criação de ovelhas, com comércio de grãos, concessionária de veículos e adquiriu terras em outros Estados. José sente orgulho de viver sua aposentadoria onde criou seus filhos e contribuiu para o desenvolvimento da cidade sempre cercado de amigos e familiares. Ainda hoje fabrica o próprio vinho e vinagre, cultiva horta e cuida do jardim da residência. Faz caminhadas diariamente e cuida da criação de garnisés e dos pássaros que comem em sua mão. O que hoje pode parecer cenas diárias impossíveis de enfrentar, na época eram tidas como naturais. Lembrando que também armazenaram boas lembranças que fazem voltar ao passado com orgulho do trabalho e da determinação das famílias que aqui chegaram nos idos tempos da colonização.

Arquivo de família

Início da mecanização agrícola trouxe progresso para o município

Uma das primeiras colheitas de soja com máquina colheitadeira ZMAJ, que veio importada da antiga Iugoslávia


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PRIMEIRO EM PALOTINA

No próximo ano Palotina deverá ter seu primeiro condomínio fechado. O empreendimento é de iniciativa de 41 sócios que se uniram e compraram os terrenos nos últimos anos. No ano passado, após muita luta, entrou em vigor a Lei Complementar 146/2017 que regulamenta o Parcelamento do Solo Urbano na modalidade de loteamento fechado. A partir desta legislação o desenvolvimento imobiliário com a implantação de condomínios deverá ser ampliado. Para organizar as atividades do futuro Condomínio Residencial dos Ipês, foi constituída diretoria. O empreendimento terá lotes de aproximadamente 600 metros quadrados. Edson Zanella, um dos sócios, diz que o projeto do empreendimento já está pré-aprovado pelo município, sendo que a Copel e a Sanepar também a na lisa m projetos.

reprodução

Condomínio fechado será inaugurado em 2019

Desenho de como está projetado o Condomínio Residencial dos Ipês

Lotes do futuro condomínio fechado terão área de 600 metros quadrados

Já foi protocolado pedido de licença prévia junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A estimativa, conforme Zanella, é de o empreendimento esteja concluído com toda a sua infraestrutura, inclusive muros, até o mês de junho de 2019. A partir daí os sócios poderão construir as moradias e instalar outros equipamentos comunitários. Os investimentos estão estimados em R$ 2 milhões. Zanella diz que a iniciativa de implantar o condomínio segue a tendência de muitos municípios no Brasil que o projeto pensado para Palotina é um dos mais modernos. Ele aponta que um dos fatores importantes neste tipo de empreendimento é a segurança proporcionada aos moradores já que o acesso é restrito. Com a escalada da violência e insegurança, o condomínio fechado se apresenta como uma excelente alternativa.


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RECOMEÇO

Eles vieram em decorrência do grande terremoto ocorrido em janeiro de 2010, que sacudiu violentamente o Haiti, em particular a capital Porto Príncipe. A catástrofe provocou a morte de mais de 150 mil pessoas e deixou cerca de 300 mil desabrigados. O ano de 2010 marcou o início da imigração haitiana no Brasil, com a entrada dos estrangeiros via Tabatinga, no Amazonas, que começou a ser notada em fevereiro daquele ano. Em Palotina, conforme relatos dos primeiros haitianos, o primeiro grupo a chegar aqui em fevereiro de 2012 era de apenas 10 haitianos. Eles vieram para Palotina para trabalhar como “catadores de frangos” em uma empresa que lhes havia oferecido trabalho, alimentação e alojamento. Porém, relatam que trabalharam por pouco tempo nessa tarefa, pois não se adaptaram ao novo ofício, e logo ficaram desempregados. O sonho de recomeçar a vida no novo país encontrou

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Palotina oferece oportunidades para haitianos

Confraternização natalina reuniu parte dos haitianos de Palotina, que geralmente interagem em eventos e festas entre eles

as primeiras dificuldades e neste momento muitos se sentiram desesperados. Aliado ao desemprego e a barreira do idioma - pois sabiam falar somente o francês e o crioulo - esses estrangeiros ficariam desamparados não fosse o socorro e solidariedade prestado por um grupo de amigos palotinenses. Segundo os haitianos, esses amigos não mediram esforços para os recolocarem no mercado de trabalho e também custearam despesas com alimentação e alojamento por um certo período.

Apesar da difícil empreitada da adaptação, esses imigrantes acabaram encontrando em Palotina mais que solidariedade, se depararam com uma “mãe”, que nos primeiros contatos já abraçou a causa dos haitianos. Essa pessoa é a ex-vereadora e advogada Vanir Pereira da Cruz, uma espécie de ‘embaixadora’ dos haitianos, que sempre esteve ao lado dos estrangeiros, auxiliando-os desde a chegada até os dias de hoje. Vanir também é Diretora Executiva da Associação do Haitianos, a Ashap.

“A minha preocupação com esses estrangeiros iniciou-se a partir no mês de julho de 2012. A maior dificuldade encontrada era o do idioma, acompanhada do desemprego e acesso a casas para alugar. Também havia a necessidade de orientação sobre documentações e acompanhamento dos mesmos junto a Polícia Federal de Cascavel. Foram inúmeras as viagens de ônibus. Com relação a bens materiais, pude contar com a ajuda de muitos palotinenses. Nunca me canso de agradecer a Deus e a essas pessoas que sempre foram

solidárias com a causa dos haitianos”, relata Vanir Pereira. No ano de 2012 eles vieram sozinhos. No início chegaram somente homens, que deixaram para trás mulheres e filhos no Haiti. A chegada dos primeiros haitianos foi inexpressiva, porém a partir do final de 2013 esse número foi aumentando mês a mês. Logo após foram chegando as mulheres, os filhos e também parentes e vizinhos. “Hoje, passados 6 anos, a comunidade haitiana em Palotina conta com inúmeras famílias. Muitas já tiveram seus filhos aqui. Vários casamentos haitianos foram realizados. Aos poucos eles estão formando uma grande comunidade”, descreve Vanir. Atualmente residem em Palotina aproximadamente 450 haitianos. Com o país em crise, entre 2016 e 2017 muitos foram para outros países como Estados Unidos, Guiana Francesa, Chile, entre outros. CONTINUA NA PRÓXIMA PÁGINA


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EDUCAÇÃO E EMPREGO

Banhado pelas claras águas caribenhas, o Haiti, localizado no arquipélago das Grandes Antilhas, no Caribe, é um país rico em natureza e cultura, mas mergulhado numa crise política e tido como um dos países mais pobres da América Latina, com boa parte da população vivendo em condição de miséria. Em 2010, o país tinha um dos índices de desenvolvimento humano mais baixos do mundo. Nesse contexto o trabalho se torna a coisa mais almejada para eles e assim o Brasil é o país das oportunidades para sua mão de obra. Ao serem questionados se gostam de morar em Palotina a resposta é sempre parecida: “Sim, nós amamos Palotina” ou “sim, é uma cidade bela, boa para v iver e t raba l ha r”. Eles exaltam a oportunidade que estão tendo aqui, pois o mais importante é ter um

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Busca pelo recomeço e oportunidades de trabalho

Weeckelson Romulus foi o primeiro selecionado no projeto Bolsa de Estudos para estrangeiros da UESPAR FACITEC para cursar uma das graduações da instituição

emprego. São extremamente preocupados com seus familiares e a maioria deles enviam dinheiro todos os meses para os seus parentes no Haiti. São muito batalhadores. Todos vieram para o Brasil

com a missão de ocupar u m of ício, na busca de estabi lidade e de poder dar uma melhor condição de vida para si e para seus familiares que ficaram no Ha it i e ta mbém de poder criar uma família por

aqui. “Muitos falam em ficar no Brasil. Muitos já foram para outros países, e alguns ainda sonham em ir também. Porém poucos falam em voltar para o país de origem”, diz a diretora da Ashap. Mercado de Trabalho - A maioria trabalha como Auxiliar de Produção no Abatedouro de Aves. Outros trabalham como ensacadores (cargas e descargas de caminhão) e outros na construção civil. Mas ainda há muitos desempregados. A dificuldade maior é para empregar a mulher haitiana, pois essa tem uma dificuldade maior em aprender o idioma português, por influência da própria cultura haitiana, onde elas são muito submissas. O mercado de trabalho ainda não está totalmente aberto para eles e existem ainda algumas barreiras a serem vencidas.

Educação - Seg undo Vanir, alguns haitianos já cursaram o terceiro grau no Haiti, porém o nível de escolaridade da grande ma ior ia a i nd a é ba i xo, visto que também são pessoa s essencia l mente de baixa renda. Mas aqui eles almejam poder estudar e ter uma profissão e hoje a comunidade haitiana se orgulha em ter o 1º haitiano formado em Palotina, na UESPAR. Outro haitiano, o jovem Weeckelson Romulus, de 17 anos, foi o primeiro selec ionado no projeto Bolsa de Estudos para est r a ngei ros d a U E SPA R FACITEC para cursar uma das g raduações da i nstituição com au xílio de 50% das mensalidades. O jovem prestou vestibular na faculdade para o curso de Tecnologia em Análise de Sistemas (TADS). REPORTAGEM: GIAN ALMEIDA


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Cultura e Inserção na vida social A dificuldade de estar longe da família, do seu país de origem e de não compreender direito um idioma torna a busca pela reconstrução da identidade dessa comunidade no novo país um desafio constante. E o que mais reclamam é da dificuldade em falar o português. “Os haitianos valorizam muito a questão de falar mais que um idioma, mas dizem que nossa língua é um idioma muito difícil de aprender”, diz Vanir. No Haiti o idioma oficial é o francês e o crioulo, dialeto bastante utilizado e praticado pelos estrangeiros que moram em Palotina. Estando longe de seu país, eles buscam sustentar sua cultura. Seu costume pode ser observado na forma da alimentação que fazem no dia a dia, nas cerimônias religiosas e de casamentos, o modo de se vestir e outros. De acordo com Vanir a interação de lazer dos haitianos se dá 90% entre eles. “Eles se divertem entre eles mesmos. Promovem festas, casamentos, encontros de famílias. O que mais gostam de fazer é trabalhar, estudar, conversar entre eles e aprender outras profissões”. Em relação à crença, grande parte são evangélicos. A religião é tão importante que foram fundadas em Palotina duas Igrejas Evangélicas Haitianas, onde as celebrações acontecem no idioma deles. Os homens praticam futebol e se adaptam mais rapidamente. Já participaram de uma competição municipal de futebol em uma equipe mista com imigrantes vindos de outros países. As mulheres sofrem mais com a barreira cultural. Eles contribuem com sua força de trabalho, movimentam a economia local, têm empatia pelo povo daqui e enriquecem a diversidade étnica e cultural do município, que na sua fundação também abrigou tantos outros descendentes e imigrantes. O que eles buscam agora é se estabelecer e se sentir parte do país e da cidade que escolheram para viver, merecendo tratamento igualitário, suporte e cidadania. E parte disso já foi conquistada no solo palotinense.

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Associação e curso de língua portuguesa A estadia de muitos haitianos se tornou permanente em Palotina, mas isso não impediu que barreira linguística e cultural ainda continuasse. Sendo assim, tendo como objetivo o desenvolvimento de projetos com foco na necessidade da comunidade haitiana e como valorização e manutenção da sua cultura, em 29 de janeiro de 2017, nasceu a Associação dos Haitianos de Palotina (Ashap). O primeiro Projeto da Ashap foi lançado em 2017, elencado como “Português para Haitianos de Palotina” e é desenvolvido através de uma parceria entre a Ashap e Prefeitura Municipal de Palotina via Secretaria Municipal de Educação e Cultura. A coordenação

do projeto e todos os professores são voluntários. Foi criado para atender as necessidades de comunicação dos estrangeiros e também promover uma maior integração com a comunidade local. Devido ao grande número de interessados, três turmas foram formadas. Mais de 100 alunos haitianos compareceram no lançamento do projeto em 2018. “Essa era de suma importância para que aprendam falar, bem como escrever em português, pensando em primeiro lugar na empregabilidade deles. Também se levou em consideração a questão de facilitar a participação dessas pessoas na comunidade local”. O projeto tem continuidade em

2018, funcionando na Escola Municipal Joaquim Monteiro Martins Franco e conta com 110 alunos matriculados. Objetivos - A Ashap tem finalidade de promover Cursos de Língua Portuguesa; Promover Cursos Profissionalizantes visando inseri-los no Mercado de Trabalho; Promover a Língua e Cultura Haitiana e desenvolver a vida social dos Imigrantes Haitianos; Proteger e representar os Direitos e Interesses dos Imigrantes Haitianos de Palotina e de seus descendentes, na Sociedade e no Mercado de Trabalho; Prevenir e Contrapor-se a todas as manifestações de discriminação étnica; Orientar/esclarecer a Legislação Brasileira. divulgação

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Mais de 100 alunos se inscreveram para o segundo ano de projeto voluntário em Palotina

Associação foi criada para atender as necessidades dos estrangeiros e promover uma maior integração com a comunidade local


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CULTURA

Os voluntários do programa mundial Mãos que Ajudam, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, realizaram uma ação digna de aplausos. Eles se uniram para revitalizar a praça do bairro BNH que estava com aspecto de espaço esquecido com equipamentos sujos, quebrados, pintura desgastada, sem vida. Bastaram alguns finais de semana e muita vontade para transformar o lugar. Muros, bancos e meios fios também foram lavados e pintados. Para o mutirão da boa ação vieram crianças, jovens e adultos. Pessoas da comunidade beneficiada também se envolveram no trabalho. A tinta e os materiais usados vieram de doações de pessoas e empresas. Depois de pronta a praça passou a ser mais utilizada e todos os equipamentos melhor aproveitados. A praça conta com brinquedos infantis e uma academia ar ao livre. Ao acompanhar um grupo de crianças da Escola Muni-

cipal Vereador Luiz Moacir Percicoti, a diretora Rosana Morgato, que é moradora do bairro, elogiou a iniciativa do grupo e disse que graças a esta ação a praça ganhou vida e agora cumpre ainda melhor seu papel de proporcionar o lazer e entretenimento dos moradores, especialmente as crianças. “É uma atitude louvável que merece os parabéns”, destacou. O voluntário do programa e membro da Igreja, Marcos Heuert presenciou o grupo de crianças se divertindo e afirmou que o maior presente que os voluntários podem receber depois de uma ação como esta é ver o sorriso das crianças. Marcos enalteceu que todos os voluntários realizaram esta atividade com muita dedicação e amor para tornar aquele espaço mais digno. O Bispo Silva, líder da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias disse que o programa Mãos que Ajudam acontece graças à boa vontade de muitas pessoas

Fotos: Folha de Palotina

Teatro Municipal ganha nova roupagem

Teatro Municipal Ludovico Riedi: reinauguração após 32 anos

que querem o bem da comunidade. Ele agradeceu a cada um que dedicou um pouco de si para ajudar neste trabalho. A igreja já realizou outras atividades em prol da comunidade por meio do Programa Mãos que Ajudam. Uma delas foi a arrecadação de roupas e agasalhos que atenderam famílias carentes. Esta ação da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias está presente em mais de 150 países.

Momento do descerramento da placa de inauguração com a presença de autoridades e familiares de Ludovico Riedi

Ludovico Riedi, um pioneiro empreendedor O pioneiro Ludovico Riedi nasceu em julho de 1924 na cidade de Severiano de Almeida, município de Erechim-RS. Em 1947 casou-se com Ida Vendrusculo. Em Maio de 1955, com três filhos, vieram para Palotina. A recém criada vila tinha 10 casas, uma escola, uma praça e uma modesta igreja. Houve muitas dificuldades que foram supe-

radas com seus irmãos que ajudavam-se uns aos outros. Ludovico e Ida junto com seus irmãos deram início às atividades comerciais com um pequeno armazém de secos e molhados, depois de muito trabalho conseguiram comprar terras. Mais tarde com os filhos grandes começaram a trabalhar com compra e venda de suínos. Em 1970 a agricultura se sobressaiu e Ludovico

com seus filhos investiram na compra e venda de cereais formando as Organizações Ludovico Riedi, depois Transvale, Fipal, Aerovale e I.Riedi Comércio de Cereais. Ludovico sempre foi um empresário do bem, nunca se esqueceu de ajudar os que mais necessitavam e gostava de conviver com as pessoas mais simples. Sempre gostava de ajudar a comunidade, fes-

tas de igreja, futebol nunca se esquecendo do próximo. Foi vereador entre 1966 a 1970, contribuindo para o desenvolvimento do município.

Pioneiro Ludovico Riedi: empreendedorismo e liderança


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SERVIÇO

Os voluntários do programa mundial Mãos que Ajudam, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, realizaram uma ação digna de aplausos. Eles se uniram para revitalizar a praça do bairro BNH que estava com aspecto de espaço esquecido com equipamentos sujos, quebrados, pintura desgastada, sem vida. Bastaram alguns finais de semana e muita vontade para transformar o lugar. Muros, bancos e meios fios também foram lavados e pintados. Para o mutirão da boa ação vieram crianças, jovens e adultos. Pessoas da comunidade beneficiada também se envolveram no trabalho. A tinta e os materiais usados vieram de doações de pessoas e empresas. Depois de pronta a praça passou a ser mais utilizada e todos os equipamentos melhor aproveitados. A praça conta com brinquedos infantis e uma academia ar ao livre. Ao acompanhar um grupo de crianças da Escola Municipal Vereador Luiz Moacir Percicoti, a diretora Rosana Morgato, que é moradora do bairro, elogiou a iniciativa do grupo e disse que graças a esta ação a praça ganhou vida e agora cumpre ainda melhor

seu papel de proporcionar o lazer e entretenimento dos moradores, especialmente as crianças. “É uma atitude louvável que merece os parabéns”, destacou. O voluntário do programa e membro da Igreja, Marcos Heuert presenciou o grupo de crianças se divertindo e a f irmou que o maior presente que os voluntários podem receber depois de uma ação como esta é ver o sorriso das crianças. Mar- Voluntários se reuniram para revitalizar brinquedos e equipamentos da Praça do Bairro BNH cos enalteceu que todos os voluntários realizaram bem da comunidade. Ele agradeceu esta atividade com muita dedicação a cada um que dedicou um pouco de e amor para tornar aquele espaço si para ajudar neste trabalho. mais digno. A igreja já realizou outras ativiO Bispo Silva, líder da Igreja de dades em prol da comunidade por Jesus Cristo dos Santos dos Últimos meio do Programa Mãos que AjuDias disse que o programa Mãos que dam. Uma delas foi a arrecadação Ajudam acontece graças à boa von- de roupas e agasalhos que atenderam tade de muitas pessoas que querem o famílias carentes. Esta ação da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias está presente em mais de Crianças se divertem na praça que foi melhorada 150 países.

Grupo de alunos da Escola Percicoti em visita à praça revitalizada

Fotos: Folha de Palotina

Mãos que ajudam dão vida a praça do BNH


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MÚSICA

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O mú sico Fer na ndo Roos tem demonst rado seu amor por Palotina com uma iniciativa inédita e louvável. Ele escolhe pontos de referência de Palotina para tocar seu saxofone e assim evidenciar a cidade por meio de fotos e vídeos. Ele começou neste ano o Projeto Conhecendo Palotina e já tocou no Lago Municipal, Santuário Nossa Senhora da Salette e Setor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Nos últimos dias Fernando tocou na Praça Amadeo Piovesan e neste vídeo mais recente ele mostra imagens da cidade. Fernando diz que a iniciativa surgiu para mostrar Palotina aos palotinenses e também propagar as imagens da cidade mundo afora por meio da internet. “É maravilhoso poder continuar tocando e mostrando nossa cidade. Está sendo uma experiência muito positiva porque há milhares de acessos nos vídeos, não só de palotinenses que residem aqui, mas de irmãos nossos que estão em outras partes do Brasil e do mundo. É bom ver também que quem não conhece Palotina demonstra desejo de vir à nossa cidade”, diz. Para desenvolver o projeto o maestro conta com apoio do repórter Vanildo Cardoso que ajuda na produção e divulgação. Tam-

reprodução

Maestro Fernando Roos mostra seu amor por Palotina tocando saxofone

Fernando Roos toca saxofone no centro da cidade

Maestro criou a Banda e Fanfarra Municipal

SERVIÇO Para ver os vídeos do Projeto Conhecendo Palotina acesse a página Palotina Paraná Brasil no Facebook e também do maestro Fernando Roos. A Folha de Palotina também está publicando os vídeos. Veja nas fotos ao lado por onde o maestro já passou.

bém apoia a iniciativa a ACR Lanches. O maestro pretende visitar outros pontos importantes da cidade e do interior, entre eles Centro de Educação Ambiental, Parque de Exposições João Leopoldo Jacomel, distritos de São Camilo e Floresta, entre outros. História - Ferna ndo Roos tem uma longa história de dedicação à música

Setor Palotina da UFPR foi visita pelo maestro com o Projeto Conhecendo Palotina

Maestro toca saxofone no Santuário Nossa Senhora da Salette

Apresentação do maestro Fernando Ross no Lago Municipal

em Palotina. Em 1984 fundou a Banda Municipal de Palotina. Em 1989 criou a Fanfarra Estudantil Municipal, cujos instrumentos de percussão foram cedidos ao mu nicípio pelos colégios Gabriela Mistra l, Santo Agostinho e Barão do Rio Branco. Por outro lado, o músico ta mbém foi regente de corais e deu aulas de canto em escolas.

No ano de 2000 ele criou o grupo Cigarrinhas do Bosque, nome dado porque as aulas aconteciam em uma sala na Praça XV de Novembro, hoje Praça do Vovô, onde está localizada a Escola de Artes Gasparzinho. A dedicação e pioneirismo de Fernando Roos foi além das fronteiras de Palotina. Ele também ajudou criar bandas e atuou

nos municípios de Maripá, Terra Roxa e Cafelândia. E m 2 0 07 o m a e s t ro s e aposentou e de lá para cá c ont i nu a s e de d ic a ndo à música, especialmente mostrando que tem um carinho muito especial com a cidade que o acolheu. Além do Projeto Conhecendo Palotina, o maestro também faz apresentações em praças públicas, em empresas e eventos.


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QUALIDADE NO CAMPO

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Todos os anos o Rotary Club Palotina reconhece a importância da atividade r u r a l homena ge a ndo o empresário rural e agricu ltor familiar modelo. O concurso homenageia aqueles que desenvolvem suas atividades praticando responsabilidade ambiental, diversificação, administ raç ão r u ra l, i mplementação de tecnologia e também participação na comunidade. Para chegar aos destaques uma comissão especialmente formada por técnicos do setor, que integram a Associação dos Engenheiros Agrônomos, Emater, Núcleo dos Veterinários e Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, analisam nomes indicados. Neste ano 12 produtores foram indicados com apoio da C.Vale, I.Riedi, Tertúlia e TresBomm. Como empresário rural modelo foi escolhido Antenor Fumagalli, que pos-

Celso Becker

Concurso homenageia empresário rural e agricultor familiar

Antenor Fumagalli, de La Salle, foi escolhido como Empresário Rural Modelo

Luiz Aparecido Rizzo, escolhido como Agricultor Familiar Modelo. Na foto com a esposa Gessi Lazzaretti Rizzo

sui propriedade na região da Comunidade La Salle. Já como agricultor familiar modelo foi indicado o pioneiro Luiz Aparecido Rizzo, que reside na região da Linha Cerâmica. Eles serão premiados em evento

do Sartor registra que o recon hecimento fa z jus a um segmento que tem muita importância para a economia do município. Ele destaca que o concurso traz como resultado a melhoria da qualidade de

comemorativo que acontecerá no dia 28 de julho, na Asfuca. O prêmio principal para os escolhidos é uma viagem para a Argentina. O Rotary Palotina realiza este concurso há 18 anos. O presidente Ival-

vida no campo porque os produtores e agricultores familiares se dedicam a desenvolverem a atividade buscando sempre manter a propriedade organizada e também focar na preservação do meio ambiente.


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COLETA SELETIVA

A importância da reciclagem está atrelada ao desenvolvimento sustentável, que engloba, não só o meio ambiente, mas também aspectos sociais e econômicos. Isso porque quando descartamos os produtos de forma adequada, agregamos valor ao processo e ao material e estimulamos o crescimento da reciclagem. Em funcionamento desde 2014, a Associação de Agentes Ambientais e Reciclados Palotina Preserva (Apava) é a responsável pela coleta seletiva em Palotina. A Associação processa hoje uma média de 70 toneladas de materiais recicláveis por mês. Lá o material é separado, prensado e comercializado, colaborando com necessidades ambientais, econômicas e de saúde pública do município. Para isso a entidade conta com a colaboração atualmente de 20 agentes associados que dependem da renda da separação de recicláveis. Diferente de outros países, aqui a reciclagem tem um forte componente social. Um dos argumentos para que as pessoas façam essa separação é justamente facilitar o trabalho do catador e contribuir com a renda desse trabalhador. “O sustento da família desses agentes depende única e exclusivamente da separação do material que chega aqui, por isso é muito importante que a população faça a sua parte em casa, separando

Fotos: divulgação

Central de Triagem aponta desafios e busca conscientização para retornáveis

Novo veículo vai auxiliar no recolhimento dos materiais recicláveis que são destinados à Central de Triagem

corretamente o que é reciclável”, diz Dorival Manoel Canhete, coordenador da Apava e diretor do Departamento de Meio Ambiente do município. Reciclagem significa reaproveitamento de material e representa economia de recursos naturais e energia. Com ela, podemos diminuir áreas contaminadas e fontes de poluição no planeta. A reciclagem reduz a quantidade de resíduos a serem tratados e dispostos, por isso é o destino mais econômico e adequado ao nosso lixo. A Apava vive do material coletado nas ruas, no qual é vendido e dividido em partes iguais aos associados. Desde sua inauguração a Associação recebe constantes investimentos para atender de forma eficiente a coleta seletiva na cidade de Palotina e melhorar

APAVA desenvolve importante trabalho na coleta e separação de materiais recicláveis

a vida das famílias dos associados da central de triagem. Conscientização - Novos hábitos de consumo e responsabilidade ao tratar o que é lixo e o que é retornável são

desafios quando se trata da reciclagem. O processo de busca de uma educação ambiental é abrangente e não trata apenas da geração de resíduos, mas também de como estes resíduos devem ser tratados.

De acordo com Canhete, uma grande parcela da população ainda não aprendeu a separar o lixo de forma correta. “Temos no município diversas campanhas para que haja uma conscientização da população para que recicle de forma que não tenha acúmulos de rejeitos orgânicos, porém ainda vem muito lixo com o material reciclável e isso depende de uma preocupação maior por parte da população. O trabalho da central de triagem é separar os materiais recicláveis e não o orgânico do retornável”, explica. “Nós recebemos aqui na associação a visita de muitas escolas e a gente percebe que as crianças conseguem entender melhor até que os próprios adultos essa conscientização na questão ambiental. E elas podem influenciar seus pais a começarem e se preocupar também com a separação. Isso faz parte de uma educação ambiental e que deve ser passada para toda família”, reitera o coordenador da Apava. A campanha “Palotina Limpa - Nós amamos essa ideia”, lançada em junho de 2017, é uma grande ação de sensibilização sobre a correta separação dos resíduos sólidos e está sendo desenvolvida por diversos segmentos da sociedade visando a preservação do meio ambiente a longo prazo. REPORTAGEM: GIAN ALMEIDA


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A inimiga Long Neck rafas long neck, sendo que o volume normal de vidro recolhido por mês é de cerca de 30 toneladas, incluindo todos os tipos de vidros. Segundo Canhete, o valor recebido com esse tipo de resíduo não cobre os custos da associação. “É uma questão de logística, pois apenas uma empresa no Paraná faz esse recolhimento e leva para São Paulo, e paga R$ 0,03 centavos por quilo. Então o lucro gerado com toneladas de vidro não cobre nem as despesas do transporte para esse local”, explica Dorival. “Existe essa opção de substituir o vidro pelos retornáveis, trocar a long neck pela lata, mas isso depende da consciência tanto de quem está consumindo esse produto, quanto do comércio e do empresário, que alega que os consumidores preferem as long necks nas festas e lojas de conveniência. Isso é o que gera o grande acúmulo hoje”, conclui Dorival.

Embalagens de cerveja tipo long neck são consideradas um dos mais problemáticos resíduos gerados no mundo; logística reversa é uma saída

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Logística reversa é sustentabilidade A Logística Reversa faz parte da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), lei federal de agosto de 2010, e consiste no retorno dos resíduos para as empresas de origem para que a matéria prima possa ser reaproveitada e esse produto retorne ao mercado, não havendo assim a geração de novos resíduos para serem descartados, evitando poluição e contaminação ambiental, economizando espaço nos

aterros sanitários. A PNRS é lei e obriga todos os fabricantes, distribuidores e comerciantes de produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou vidros a estruturar e implementar sistemas de logística reversa. “Uma logística reversa que está funcionando e que deu certo em Palotina é a questão das embalagens de agrotóxicos, realizado pela Ardefa, que recebe estes materiais da forma correta e destina para o fim de reciclagem. Isso é um

belo exemplo de como deveria funcionar”. A aplicação da lei seria o principal meio para dar um fim ideal para embalagens de vidro, principalmente as tipo long neck. “É isso que deveria acontecer com as lâmpadas (que não são recicláveis) e com essas garrafas. Isso é lei, mas depende de uma cobrança do Ministério Público e das autoridades para que todos que fazem parte dessa cadeia adotem esse sistema”, finaliza Canhete.

Mudança de hábito: novas atitudes surtem resultados

divulgação

Apesar das campanhas desenvolvidas no município como a “Separe o Lixo e Acerte na Lata”, que incentiva a população a trocar o consumo da bebida em garrafa pela bebida em lata, Palotina ainda encara um problema muito sério em relação às garrafas de vidro, especialmente as embalagens do tipo long neck, que não são reutilizáveis. As embalagens de cerveja tipo long neck são consideradas hoje um dos mais problemáticos resíduos gerados no mundo, pois após o consumo da bebida, são simplesmente descartadas, ou seja, o material é tratado como lixo, ocupando espaço do destino final. De acordo com Canhete o problema é acentuado em épocas de festividades, como no fim do ano e nas segundas-feiras, devido ao fim de semana. No início do ano a Apava recebeu uma demanda de cerca de 60 toneladas de vidro, tendo mais de 80% desse total de gar-

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De nada adianta você encarar a reciclagem como um processo trabalhoso e que saia da sua rotina. Entenda que mudando pequenos hábitos, a reciclagem pode fazer parte do seu dia a dia. Procure mudar seus hábitos e propague a sustentabilidade para conhecidos, amigos e familiares. Papel, plástico, vidro, metais. Basicamente, são estes os quatro grupos de resíduos que podem ser reciclados, garantindo benefícios à natureza e, também à economia. Segundo dados levantados por associações e entidades que trabalham com a reciclagem, o Brasil perde bilhões de reais todos os anos, por falta de reciclagem de alguns materiais. Tenha mais de uma lixeira: o ideal é ter no mínimo duas lixeiras, uma para materiais recicláveis e outra para

É fundamental que os cidadãos realizem a correta separação dos materiais que podem ser reutilizados materiais orgânicos. Se possível, adicione mais uma para produtos que devem possuir descarte especial. Separe os materiais conforme descartá-los: se acabou o leite, no mesmo momento

enxague a caixinha, dobre-a e coloque juntamente com os resíduos correspondentes. Isto vai evitar o acúmulo de serviço e mandará a preguiça para longe.


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TRADIÇÃO

Tudo começou com uma simples roda de amigos que tocavam violão ao lado de uma pequena fogueira. Há 14 anos o jovem Vanderlei Risso Cardoso teve a iniciativa de comemorar o Dia de São João acendendo uma fogueira, como era muito frequente no passado. Vanderlei disse que, quando criança, participava de festas que tinham a fogueira e por isso guardou na memória esta tradição. A pequena fogueira acesa no Bairro Cohapar, no popular Bar do França, foi ganhando cada vez mais importância e a cada ano mais e mais pessoas participavam. Foi aí que Vanderlei teve a ideia de ampliar a comemoração, antes restrita apenas a algumas pessoas. Ele conta que os amigos se ofereciam para ajudar na montagem da fogueira e até mesmo na doação de madeira e quitutes para servir ao público durante os festejos. Em 2018 a Fogueira atingiu o auge de 6,5 metros de altura e público superior a 3 mil pessoas. Vanderlei diz que a tradição de comemorar São João traz muita motivação, sobretudo porque muitas pessoas se colocam à disposição para trabalhar de forma voluntária e diversas empresas fazem doações para proporcionar alegria aos visitantes. “Me sinto muito feliz em realizar esta festa porque conseguimos reunir os amigos e trazer muitas pessoas aqui que ficam admiradas com a fogueira. No passado esta festa que estamos promovendo

Fotos: Folha de Palotina

Fogueira de São João completa 14 anos

Vanderlei Risso Cardoso iniciou a tradição há 14 anos

era comum e a tradição era muito valorizada. Estamos ajudando a manter a tradição e por isso agradeço a todos que sempre tem nos ajudado”, destaca Vanderlei. Aplausos - A iniciativa do jovem Vanderlei mereceu o reconhecimento público por meio de uma Moção de Aplausos aprovada pela Câmara de Vereadores de Palotina. O autor da homenagem é o vereador Sansão Pinheiro. Ele disse que é louvável o trabalho realizado pelo idealizador da Fogueira de São João do Bairro Cohapar. “Esta festa traz muita alegria para centenas de pessoas. O Vanderlei e sua equipe merecem os aplausos por manter viva esta tradição por 14 anos”, disse.

Fogueira acesa na Cohapar teve 6,5 metros neste ano

Fogueira surgiu para anunciar nascimento de João Batista Para os católicos, a fogueira é símbolo de um acordo entre as primas Maria e Isabel. Numa tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora (Maria) e aproveitou para contar-lhe que, em breve, iria nascer seu filho. Ele se chamaria João Batista. Nossa Senhora queria ficar informada sobre o nascimento e perguntou: - Como poderei saber do nascimento do garoto?

- Acenderei uma fogueira bem grande; assim você poderá vê-la de longe e saberá que Joãozinho nasceu. Mandarei, também, erguer um mastro, com uma boneca sobre ele. A promessa foi cumprida e, um dia, Nossa Senhora viu uma fumacinha e depois umas chamas bem vermelhas. Dirigiu-se para a casa de Isabel e encontrou o menino João Batista, que mais tarde seria um dos santos mais importantes da religião católica.

Isso se deu no dia 24 de junho. Começou, assim, a ser festejado São João – com mastro, fogueira, foguetes, balões, danças, etc. (Fonte EBC) Também consta que a fogueira faz parte da tradição pagã como forma de comemorar o solstício de verão. Na Idade Média, durante o processo de cristianização, a fogueira passou a ser um dos elementos da festa de São João Batista.


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MTB PALOTINA

A bicicleta em Palotina é sem dúvida o transporte alternativo ao automóvel mais usado. Para muitos palotinenses o veículo de duas rodas não é apenas uma alternativa, mas o principal meio de locomoção. Porém há quem vai além do simples transporte ao trabalho, escola ou para ir e vir. Há um grupo que busca o contato mais apaixonado com a bike, que vai mais longe e busca aventura aliada ao exercício físico e a sensação de liberdade que as pedaladas proporcionam. É muito difícil encontrar um ciclista de mountain bike sozinho por aí. Na maioria das vezes o ciclista está em grupo, e foi assim que em 2015 o MTB Palotina tomou forma, quando pequenos nichos de ciclistas apaixonados por trilhas se juntaram. O pessoal então levou sua paixão para as redes sociais e criou um grupo para incentivar a prática esportiva e combinar as pedaladas. O destino são as trilhas e estradas no interior do município e os eventos de ciclismo. “Já havia alguns grupos em Palotina e outros surgiram na mesma época e, aos poucos, o pessoal foi se conhecendo, pelo gosto em comum, e foi entrando em contato. E então com junção dos grupos o pessoal foi vindo”. Quem conta é Leandro Domingos, um dos criadores do círculo das pedaladas. Seu contato com os pedais começou desde pequeno por influência de seu pai. Leandro é proprietário de uma grande loja de bicicletas em Palotina e alia seu trabalho ao

Fotos: MTB Palotina

Grupo palotinense alia aventura, esporte e solidariedade

Pausa para o descanso e para a tradicional selfie durante a trilha

Estradas do interior são um ‘prato cheio’ para os apaixonados por trilhas

fazer o bem, ajudando, através dos eventos, entidades locais. Em conjunto com o Rotary, governo municipal e outros parceiros, os eventos promovidos pelo MTB já levantaram recursos para o C.A.R.T.A., entidade que atua no combate ao uso de álcool e drogas e para a Associação dos Catadores de Palotina (ACP). Prática do esporte alia aventura, companheirismo e contato com a natureza

lazer com as magrelas. No dia 12 de novembro de 2015 o grupo MTB Palotina foi criado no WhatsApp e se consolidou como o principal canal de pedaladas da cidade. As redes sociais - Facebook e principalmente o WhatsApp - são o cerne do MTB. Ali são combinadas todas as atividades do grupo. “Dessa forma todos têm acesso e sempre vai ter alguém a fim de pedalar”, diz Leandro. Aos poucos os MTBikers foram se aventurando em destinos mais distantes, participando de eventos que inspiraram a criação de seus próprios eventos de ciclismo em Palotina. A ideia de promover provas de caráter

solidário também foi inspirada em outros eventos de ciclismo. Atualmente seus integrantes comparecem em diversos eventos pela região e seguem calendários de dois circuitos no estado: o da Adetur (Agência de Desenvolvimento da Região Turística Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu) com pedaladas nos municípios lindeiros do Oeste e a ‘Vou de Bike’, com eventos ciclísticos até a região de Campo Mourão.

asfalto quanto no chão batido zona rural adentro. “Quando não há condições de andar em estradas de chão, nós fazemos via rodovia", conta Leandro. Umuarama, Foz do Iguaçu, Toledo, Altônia, Iporã, Assis, Maripá e interior de Palotina são algumas das rotas já “batidas” pelo grupo. Os longos trajetos podem ultrapassar os 100 km de distância, basta “alguém dar a ideia”. As possibilidades são grandes e o grupo está sempre atrás de novas opções de locais para pedalar.

Pedaladas - Não há lugar na região em que a turma não tenha passado. A aventura é feita tanto nas estradas de

Muito além dos pedais - Além dos benefícios das pedaladas e da interação social, MTB Palotina busca

Atuação - Segundo o administrador do MTB, a ideia é manter o grupo apenas nas redes sociais, sem a necessidade de formalizar alguma associação ou clube. “Já nos questionaram porque não montamos uma associação. O que eu penso é que a partir do momento que a coisa vai ficando muito burocrática, acaba se dissipando. O MTB tem quase três anos e vai muito bem. Além do que, não temos o objetivo de lucrar com as nossas atividades. O intuito é realmente pedalar sem obrigações e compromissos, e continuar participando e organizando eventos para arrecadas fundos para entidades locais”, esclarece. REPORTAGEM: GIAN ALMEIDA


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O amadorismo é liberdade

Eventos consolidam MTB Palotina Em menos de três anos de atividades o grupo já concretizou diversos eventos de cunho solidário e de confraternização. O propósito desses eventos é atrair variados tipos de públicos, buscando levar a jovens, crianças e adultos a oportunidade de praticar um esporte, além de ser uma ferramenta de socialização. Os trajetos são geralmente dois: 20 km e 40 km. Inspirado na experiência de outros municípios, em 2016 o grupo promoveu sua primeira competição. O 1º Pedal Solidário foi realizado com sucesso, recolhendo mais de 180 inscrições de ciclistas de diversas cidades da região e angariou recursos, repassados para uma entidade local. Em 2017 o Pedal Solidário foi vinculado à programação da Expo Palotina, passando a integrar o “Exporte Solidário”. O evento conta com provas de corrida, caminhada e pedalada, também tem cunho beneficente e deve acontecer novamente em 2018.

pessoas experientes no grupo e que sempre auxiliam os iniciantes. Depois que pega o ritmo é algo que acaba se tornando muito prazeroso, por isso brincamos que é um vício, devido ao círculo social que se cria, aos benefícios para a saúde física e mental, e aos lugares novos que se conhece”, exalta.

Fotos: divulgação

Regularidade - O grupo possui uma regularidade de pelos menos dois dias da semana para as pedaladas voltadas aos iniciantes. São passeios recreativos e sem grandes desafios, com rotas mais suaves e trajetos de 15 a 20 km, que variam dependendo da experiência de quem está participando do trajeto. “A única exigência que nós temos é que as pessoas que participam do MTB Palotina mantenham uma sequência de participação, comparecendo durante as pedaladas da semana e acompanhando o grupo”. Os passeios são todos marcados pela internet e geralmente os trajetos são definidos na hora. “Nos reunimos em frente à loja ou na praça e definimos nosso curso”.

Também em 2017, outro evento reuniu mais de 200 ciclistas da região com o objetivo de ajudar o atleta Lourival Barbosa, o “Cachopa”, a participar do Mundial de Triátlon Meio-Ironman, nos Estados Unidos. Outro evento é o passeio ciclístico “Pedalando com o Padre Neimar”, realizado em parceria com o Padre Neimar Aloíso Troes, que mora no Vaticano, também sucesso de participação. O MTB realiza outros encontros e confraternizações, como o “Pedal dos Amigos”, que acontece anualmente. “Hoje estamos preparando uma campanha em parceria com o pessoal de Toledo e Foz do Iguaçu em prol de crianças carentes. O objetivo será arrecadar materiais em bom estado, como camisetas, luvas, capacetes, entre outros, para doar para essas crianças de uma escolinha de bicicross de Foz do Iguaçu”.

MTB Palotina

O MTB Palotina cresce como um canal para integração entre as pessoas que compartilham a paixão pelas pedaladas. No grupo, nada de profissionalismo e responsabilidades com competições, os pedais são voltados aos entusiastas e amadores, pessoas que desejam usar o tempo disponível para a prática esportiva, como dose de vitalidade e fuga do estresse do dia a dia. Hoje cada vez mais adeptos da bike se juntam ao grupo que tem atualmente 177 participantes, o que torna os ‘rolés’ mais frequentes. “Há pessoas de níveis diferentes dentro do grupo, mas o caráter é de ciclismo amador, apesar de algumas pessoas já terem se aventurado em competições", diz Leandro. O MTB é um esporte que exige resistência para encarar os obstáculos. Principalmente para quem está começando no esporte. Porém, segundo Leandro, qualquer um pode começar, basta ter força de vontade, persistência e participar. “Aos poucos a pessoa vai se adaptando e quando percebe já não consegue mais ficar sem pedalar. Temos

Grupo encara estrada de chão com os trajes adequados para a prática

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Folha de Palotina e região


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