1 minute read

Em qualquer ambiente ,a falta de diálogo e a prepotência desagregam e inviabilizam soluções

Silas Gehring Cardoso

Alguém já disse que é preciso sacrificar frivolidades , superar veleidades, preservar a serenidade e manter a perseverança, para começar a construir uma sociedade mais justa e com menos desequilíbrios. Amanhã estaremos entrando já no mês de março de 2023 e tão importante quanto a capacidade de trabalho, será a sensibilidade, o tato para manter o equilíbrio entre correntes de pensamentos, ide- ais e temperamentos diferentes. Precisamos aprender a administrar as emoções das pessoas, elevando e preservando sua autoestima. Isso é válido para empresas, ambientes de trabalho, no lar, e em muitos outros lugares. Porém , em nenhum outro lugar ele é mais necessário do que no poder político.

Advertisement

O equilíbrio do poder nem sempre é fácil de ser conseguido. As ideias são diferentes, e muitas vezes, con- flitantes. É preciso muita paciência e muita capacidade de ouvir, para contornar obstáculos, vencer resistências, e conciliar posições. Normalmente, essa tarefa é concluída com êxito quando há calma, ponderação e muito bom senso. Já uma postura sistemática, sem esse “jogo de cintura”, tende sempre a criar mais problemas do que ajudar a encontrar soluções. Tende a desagregar , criando situações embaraçosas

A ponderação, a calma, e principalmente o bom senso, estão neste momento, fazendo muita falta na vida política . Quem conhece, pelo menos um pouco a história de nosso país, sabe que as grandes conquistas, os grandes avanços se deram, não pela força bruta ou pelo “murro na mesa”, mas pelo tato, diplomacia e serenidade, sem perda da firmeza de propósitos . A simples lembrança da ação do Barão do Rio Branco, que expandiu nossas fronteiras sem disparar um único tiro, é um exemplo muito claro da nossa realidade.

Já outros personagens, quer de nosso país ou do mundo, que precipitaram decisões, deixaram um triste legado de dificuldades e sofrimentos.

As pessoas confundem muito, ponderação com falta de ação. Uma coisa nada tem a ver com a outra. Na verdade, uma coisa é o risco calculado com sabedoria e discernimento que pesa as probabilidades de sucesso e insucesso. Essa é uma atitude ponderada e equilibrada. Outra coisa totalmente diferente, é a aventura irresponsável, sem qualquer avaliação prévia do quadro, que quase sempre deixa um rastro de sacrifícios.