2 minute read

Saúde-SP alerta para doenças que são mais comuns nos períodos de chuva e calor

Estado de SP registra neste ano mais de 130% de aumento destas enfermidades em comparação com 2022

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta toda a população para o aumento de casos de doenças diarreicas registrado neste início do ano. Até o dia 4 de fevereiro, foram registrados 172,7 mil casos. No mesmo período de 2022, foram registrados 74,1 mil, ou seja, um aumento de mais de 130%.

Advertisement

Atualmente, quando se avalia o número de casos a cada 100 mil habitantes, os Departamentos Regionais de Saúde (DRS) que mais registraram casos neste ano são os de Presidente Prudente, Marília e Araçatuba. Respectivamente, cada um registrou 5,2 mil, 2,9 mil e 1,1 mil casos por 100 mil habitantes.

No período de chuva, as chances de contrair essas doenças aumentam. O contato com a água contaminada e a ingestão direta da água para consumo humano, preparo de alimentos e higiene pessoal configuram os principais meios de transmissão de doenças ocasionadas pelas enchentes. Além disso, os locais atingidos também podem reter os contaminantes nos pisos, paredes, móveis, utensílios, roupas e outros objetos existentes nas residências.

Para a diretora do setor de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar do Estado, Alessandra Lucchesi, a população deve estar atenta aos sintomas e as prefeituras precisam orientar os munícipes para os riscos da doença.

“O número de casos notificados supera o esperado para o período. As doenças diarreicas, principalmente as agudas, podem ser graves e precisam de tratamento médico imediato. Neste período chuvoso, nós reforçamos com os equipamentos de saúde e prefeituras, com destaque para aquelas que sofrem mais com as chuvas, que orientem a população quanto aos sintomas e suspeitas e para que procurem uma unidade o quanto antes para iniciar o tratamento.”

Os sintomas mais comuns são diarreia líquida, náusea, vômito, cólica abdominal e febre, em alguns casos. Podem durar entre um dia e uma semana. Alguns microrganismos podem causar sintomas mais graves, como distúrbios neurológicos, renais, hepáticos, alérgicos, septicemia e até óbito.

Nesta quarta-feira (22), a SES emitiu, aos municípios atingidos pelas fortes chuvas do último final de semana, uma nota técnica com cuidados e orientações em relação às doenças causadas por água e alimentos. O documento pode ser acessado em: https://portal.saude. sp.gov.br/resources/ cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/ areas-de-vigilancia/ doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/2022/sesdci2023344881.pdf.

Cuidados para prevenir a propagação de doenças após as enchentes

• Evite contato com as águas das enchentes. Caso isto seja inevitável, permaneça o menor tempo possível na água ou na lama. Se a sua casa foi atingida pela enchente, evite pisar diretamente na água ou na lama ou manusear objetos que tenham sido atingidos por ela. Proteja os pés e as mãos com botas e luvas de borracha ou sacos plásticos duplos;

• Se o local foi atingido pela enchente, após o recuo da água, providencie a limpeza e desinfecção dos ambientes, móveis, utensílios, roupas e outros objetos;

• Jogue fora medicamentos e alimentos que entraram em contato com as águas da enchente, mesmo que estejam embala- dos com plásticos ou fechados, pois, ainda assim, podem estar contaminados. Alimentos perecíveis que ficaram sem refrigeração por falta de energia também devem ser desprezados. Para descartar alimentos e outros resíduos atingidos pelas enchentes, utilize sacos plásticos firmes e feche com lacre ou nó para não ser loco de ratos, baratas, moscas e outros insetos;

• É recomendável consumir sempre água do sistema de abastecimento público. No caso de desabastecimento do sistema público de água, o cuidado com a água deve ser redobrado. Outra opção é filtrar e ferver a água por três minutos;

• As unidades de saúde, em todos os municípios, distribuem gratuitamente frascos de hipoclorito de sódio 2,5%, próprio para diluir na água de beber e cozinhar, que também podem ser adquiridos em supermercados e farmácias. Em situações de enchentes mais intensas, geralmente os órgãos de Defesa Civil e Vigilância Sanitária distribuem gratuitamente o produto à população atingida;

• Lave bem as mãos antes de preparar alimentos e ao se alimentar.