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Crescimento da população idosa desafia municípios mineiros

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Apenas 34% das cidades do Estado têm conselhos municipais, considerados essenciais para a criação de políticas públicas Brasil deverá ter, até 2050, cerca de 70 milhões de idosos. Hoje, esse público já chega a 12% da população brasileira, média que se repete em Minas, que tem a segunda maior população idosa do País. Em algumas cidades do Estado, o índice é maior, como em Belo Horizonte (13,5%) e Juiz de Fora (mais de 14%). Por outro lado, dos 853 municípios mineiros, apenas 290, ou

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34%, têm conselhos do idoso em atividade. Esse deficit – e as medidas necessárias para sua redução – foram o tema de audiência pública da Comissão Extraordinária do Idoso da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada dia 24/2. A criação dos conselhos municipais foi apontada pelos participantes como condição para a implementação de políticas voltadas para o idoso e também para a contenção da violência contra essa população. “O

papel do conselho é fundamental, sobretudo por sua paridade entre Poder Público e sociedade civil”, frisou Dilson José de Oliveira, da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Idoso de Minas Gerais (Cepid). Ele completou que Minas tem 71 conselhos inativos, além de 492 municípios sem esse instrumento. “A política pública tem que se antecipar ao problema”, afirmou o coordenador, citando as perspectivas de aumento da popula-

ção idosa. Segundo Dilson de Oliveira, a redução do tamanho das famílias impacta o cuidado do idoso e sua institucionalização. Diagnóstico – O retrato da velhice no País também ajuda a dar a perspectiva do desafio. Dilson citou a redução do tamanho das famílias, o que traz impactos para o cuidado do idoso e para sua institucionalização, medida considerada extrema pelos es-

pecialistas. O deputado Glaycon Franco (PTN), vice-presidente da comissão, completou com dados relativos à saúde. Segundo ele, 70% dos idosos têm, pelo menos, um problema de saúde, enquanto apenas 1,4% tem plano de saúde. “Entre as idosas, 25% nunca fizeram um exame de mama”, detalhou. “Vamos viver um apartheid desse público se não tivermos políticas adequadas”, previu também o presidente da co-

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FLORESTA G Zika:

Fevereiro de 2016

Be lo Ho ri zon te | Mi nas Ge rais | Nº 59 | Fevereiro de 2016 | Ano V

Revezamento da Tocha Olímpica vai passar por Belo Horizonte

missão, deputado Isauro Calais (PMN). Ele criticou o abandono dos idosos e cita que mais da metade dos casos de violência são registrados nos próprios domicílios. A deputada Geisa Teixeira (PT), complementou que dois terços dos idosos são mulheres, a maioria pobre e negra. “A sociedade não se preparou para esse crescimento do número de idosos. Eles precisam de lazer, cultura, proteção e saúde”, afirmou.

elo Horizonte vai fazer parte do Revezamento da Tocha Olímpica, que vai ligar o Brasil de Norte a Sul, confirmando o compromisso de envolver a população com os Jogos Olímpicos Rio 2016. O revezamento vai começar no dia 3 de maio, em Brasília, e, em 95 dias, 329 cidades das cinco regiões vão receber a visita da chama olímpica. No dia 14 de maio, a tocha estará em Be-

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lo Horizonte. Predominantemente branco, o uniforme dos condutores da Tocha Olímpica representa a paz e a união entre as diferentes culturas regionais e os povos do mundo, presentes na diversidade da população brasileira. O amarelo simboliza a Chama Olímpica e, ao lado do verde, homenageia as principais cores da bandeira do Brasil. A viagem se encerrará no dia 5 de agosto, quando o

último dos 12 mil condutores acenderá a Pira Olímpica durante a cerimônia de abertura dos Jogos, no Maracanã. A tradicional cerimônia de acendimento da Chama Olímpica na cidade grega de Olímpia, berço dos Jogos da Antiguidade, será realizada em 21 de abril, ao meio-dia. A chama percorrerá cerca de 20 mil quilômetros por estradas brasileiras e 10 mil milhas aéreas.

demora no atendimento na Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan) em Belo Horizonte foi discutida na última reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Os presentes falaram sobre os problemas causados pelo atraso e sobre suas possíveis causas, que iriam desde a superlotação do sistema carcerário até o corte de verbas para a segurança pública. A principal motivação da reunião foi uma ocorrência em que uma guarnição da Polícia Militar teria aguardado por mais de 40 horas para que tivesse lavrado um flagrante de porte ilegal de armas. O 1º sargento da Polícia Militar, Júlio Cezar de Britto, que comandou a operação, explicou: “prendemos em flagrante e levamos para a apreciação do delegado para ele ratificar a prisão, mas foi alegado que não havia

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Rredução dos investimentos agrava segurança em MG

vagas carcerárias para receber o suspeito”. Segundo ele, na delegacia havia, no mínimo, dez viaturas, mas sem recebimento de ocorrências. O cabo Rogério Felipe Duarte acrescentou que esse tipo de situação tem sido recorrente: “nos casos com vítimas e testemunhas é ainda pior. As testemunhas acabam indo embora e as vítimas sofrem de novo ao ter que esperar tanto tempo”.

Nenhum representante da Polícia Civil compareceu à reunião, o que foi criticado pelos parlamentares. O representante da Subsecretaria de Administração Prisional, Aílton Aparecido de Lacerda, por sua vez, disse que o órgão “está fazendo todo o esforço para tentar minimizar o problema e tem feito o que é possível dentro das suas limitações”. O deputado Sargento

Rodrigues (PDT), presidente da comissão criticou a falta de informações precisas do representante da subsecretaria. Ele questionou sobre as quatro mil vagas no sistema prisional que o Governo do Estado anunciou no último ano, mas Aílton Lacerda disse não ter conhecimento sobre o assunto. A promotora Janaína de Andrade Dauro, da Promotoria de Justiça

Especializada em Direitos Humanos, Apoio Comunitário e Controle Externo da Atividade Policial, disse que o MP já tinha conhecimento da situação e ajuizado uma ação cautelar, na qual pede várias liminares para resolver os problemas. “O problema é muito maior. Estamos falando de superlotação do sistema carcerário, de morosidade de juízes e promotores, tudo isso está

nas raízes dessa questão”, afirmou o presidente da Comissão de Assuntos Carcerários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Fábio Márcio Piló. Ele exemplificou a cadeia de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde, segundo ele, 180 presos estão em um espaço para apenas 97. Dentre os que estão lá, 45 já teriam direito a benefício, como progressão para regime semiaberto, mas ainda não tiveram seus pedidos julgados. O deputado João Leite (PSDB) lembrou que o Governo de Minas está na contramão, o valor investido na PM caiu de R$ 376 milhões no ano anterior para cerca de R$ 280 milhões e na Polícia Civil a redução foi de 10%. João Leite completou pedindo que a integração das polícias civil e militar seja uma ação de governo, “pois sem ela não teremos segurança e não dá para brincar com segurança pública”, afirmou o deputado.

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Registro de ocorrência imobiliza Polícia Militar

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o que já se sabe e o que está sendo estudado sobre a doença

É transmitida por via sexual? Causa mesmo microcefalia? Veja respostas. Pesquisas estudam formas de transmissão, vacina e combate a mosquito. PÁGINAS

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