Jornal Folha da Floresta ed95 03/2022

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FOLHA DA

| Be lo Ho ri zon te |

FLORESTA

| Mi nas Ge rais | | Nº 95 | | Março de 2022 | | Ano IX |

IPTU 2022 PBH alerta para sites falsos para emissão de guias m BH está acontecendo um golpe virtual que circula pelas redes. Foram clonados sites oficiais da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e criminosos emitem falsas guias do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) 2022 e recebem o pagamento. Alguns casos envolvem, inclusive, roubo de dados.

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VEJA ONDE EMITIR AS GUIAS DO IPTU NOS SITES CORRETOS A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda, informa que as guias do IPTU devem ser emitidas na internet somente pelos seguintes endereços eletrônicos:

http://pbh.gov.br/iptu http://prefeitura.pbh.gov.br/fazenda/iptu http://iptuonline.siatu.pbh.gov.br/IptuOnline. A Prefeitura alerta os cidadãos de Belo Horizonte para que fiquem atentos a sites falsos, que podem ser utilizados para roubo de dados. O endereço acessado deverá sempre ser conferido, observando que todos os sites para a emissão das guias do IPTU têm o domínio ".gov.br" no final.

Brownie de Achocolatado A receita dessa edição é para você que está em casa com vontade de comer um brownie mas não tem chocolate em casa, uma receita simples e muito saborosa que vai matar aquela vontade de comer doce.

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ARTIGO

Ismar Dias de Matos Pároco da Paróquia S. Sebastião e S. Vicente (Bairros Sta Amélia e Copacabana) BH. E-mail: prof.ismar@terra.com.br

Aforismos

Álef

O maior medo que temos é o da morte. Muitos já disseram isso. Diante da morte nossos valores mais importantes se tornam relativos, sem importância. Diante do ladrão e do assassino, daríamos nossos bens para continuarmos vivos. Diante de uma doença incurável, faríamos qualquer negócio para permanecermos vivos. Muitos, da boca para fora, não têm medo da morte. Na verdade, o medo é inócuo. Com ele ou sem ele, morreremos. Nada nos segura na vida. A morte é o desemboque dessa nossa existência e nada sabemos a respeito do que vem depois. Há apenas especulações, sonhos, desejos sobre o que se chama “lado de lá”. Religiões dogmatizam suas crenças sobre a morte e servem seus remédios para um número grande de pessoas. Mas não há certezas

sobre o pós-vida. Tudo é suposição, ficção, desejo. É possível viver de ficções. A literatura, em todos os tempos, existe para isso e por isso. O que não é real possui mais força nas pessoas do que o que é real e palpável. O teatro, a literatura, o cinema, a tv existem porque somos facilmente levados por aquilo que não é, mas pode ser, ou seja, pela ficção. Mas a morte não é ficção, não é simbólica. A morte é a realidade mais cruel com que nos deparamos. A morte é o ponto final de nossa escrita, é o silenciar de nossos dogmas. A morte é desembocar no absoluto, para uns, no nada, para outros. Pode ser uma continuação, pode ser um fim. Filosofias e teologias existem para discutir essa questão.

ser plenamente homem deverá ter a coragem de viver dentro dos limites de seu próprio ser, dentro das paredes impostas pela sua própria unidade física. Se o homem deseja tomar nas mãos as rédeas de sua existência, deverá aprender a andar apenas na companhia de outros homens, resolvendo entre os humanos as questões que dizem respeito só aos homens. É de se esperar que os humanos aprendam a não fugir da realidade inarredável da sua condição humana, sobretudo a morte, que é o limite de cada indivíduo. É preciso ser sá-

bio diante desse fim inevitável. O maior exercício da existência deveria ser uma preparação para a morte. Uma das etapas do aprendizado começaria pelo treinamento em fugir das tentações, sobretudo das tentações de fuga da condição humana. É preciso aprender a viver sem as próteses religiosas criadas ao longo dos milênios pelo medo advindo de uma consciência de se saber tão frágil num mundo tão competitivo e hostil. É preciso ter a consciência acesa como uma lâmpada para que seja possível a percepção de que há

uma fuga quando não for possível suportar os limites de angústia na exiguidade da epiderme. Quando a fuga se apresentar em forma de arte, que haja consciência desse devaneio, e que a existência desse subterfúgio seja tão clara quanto a existência das leis, do ethos e da sociedade, e que a artificialidade dessa prótese seja tão natural e tão sincera que não submeta o homem a pesos mais fortes que os seus ombros possam suportar. Que o homem não viva além do homem.

Guímel

Os homens, meus companheiros de existência, parecem estar longe de serem plenamente homens. São homens pela metade, ou talvez menos do que isso, pois não cessam de criar religiões e

Beit

Se o homem contemporâneo quiser

nelas escondem seu medo, sua angústia de serem simplesmente homens. Ser homem é para poucos. Caminhar sem muletas metafísicas, sem escoras teológicas é heroísmo para um número reduzido de pessoas. É preciso ter coragem para receber o escárnio dos bons, dos religiosos que se sentem salvos e protegidos em seus castelos de crenças e dogmas. Talvez a humanidade nunca chegue a confiar em si mesma, como as andorinhas, os ipês, os leões e os pinguins. Esses não contam com nada além de sua existência corporal. E sobrevivem e se multiplicam e vencem os séculos. Mas há aqueles que dizem que somos algo mais do que animais, mais do que seres que nascem, se reproduzem e morrem: somos seres culturais que criam algo além do corpo. Essa cultura que criamos nos distancia dos chipanzés, nossos parentes mais próximos.

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FLORESTA VANDER VIRGÍLIO CARDOSO JORNAL FOLHA DA FLORESTA CNPJ: 42.913.500/0001-64 Av. Francisco Sales, 40/906 - Floresta - BH Telefone: (31) 99305-1127 Contato: folhadaflorestabh@gmail.com

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Marcinha


CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 2 Pela cultura adquirimos “n” coisas que não nos acompanha deste o nascimento. Inventamos a palavra, a mais bela de todas as invenções, pois ela é também a possibilidade de outras infinitas criações. A palavra desperta em nós o desejo de permanecer vivos além desta vida. E um deuspalavra foi feito à imagem e semelhança do homem, um deus antropomórfico. E esse deus foi crescendo e tomou o lugar de seu criador. Inverteram-se os papeis. Muitos deuses, milhares deles, povoaram o mundo dos homens, que ergueram um outro mundo para suas criaturas transformadas em criadores. E quando foram povoados os céus, os gigantes que habitavam a terra se apequenaram, se ajoelharam e se prostraram reverentes aos seus construtos de palavras. E aquilo que de fato não existia tornou-se mais forte do que a evidên-

cia mais aleteica. A evidência perdeu seu posto para a verdade da palavra – veritas! Foi criada, ainda, uma outra espécie de verdade, uma verdade do futuro, baseada na crença, na promessa: a emunáh.

refas rotineiras e vivermos como se a morte são existisse. Talvez a falta de aprendizado resida justamente nessa fuga da realidade da morte: vivemos como se não fôssemos morrer, como se a morte não existisse.

Hei Dálet

A filosofia, mais do que a religião, deveria ajudar as pessoas a enfrentar a morte. O que há de mais trágico na vida humana é a morte, sobretudo a morte pessoal, da qual não temos experiência nenhuma. A morte, enquanto encerramento de nossa condição humana, já deveria ser algo natural e tranquilo, mas não é. A morte alheia nos causa dor, sentimento de perda, desespero e, por algum momento, nos faz pensar em nossa própria morte. Mas esse pensamento dura pouco. Não demora o tempo de voltarmos para nossas ta-

A corrupção é uma realidade na vida humana e está presente em todas as épocas e culturas. É difícil encontrar alguém de mãos limpas, totalmente limpas, para atirar a primeira pedra em um corrupto. A corrupção é como um rio, nasce pequeno, de uma pequenina fonte, e vai crescendo, recebendo afluentes... E vira um rio caudaloso, profundo, perigoso. Quem hoje rouba milhões, começou roubando coisinhas “insignificantes”, e ninguém cuidou de fazer justiça na época. O que hoje vemos de podridão em nível nacional, acontece também nos estados, nas prefeitu-

ras, em autarquias, em qualquer instituição.

Váv

Eros e Logos, Amor e Fala, estão mais juntos do que se imagina. O ser humano completa o seu vazio de ser com a volúpia de Eros, com o amor pandêmico ou urânico, e com a ousadia fálica do Logos, que o penetra pelos ouvidos e o seduz pelas sendas da Sabedoria. O prazer do Saber, causado pelo Logos, não é maior ou menor do que o prazer causado por Eros. Não há uma dicotomia entre Eros e Logos, ou uma superposição, pois ambos levam o homem à sapiência mais profunda. Eros ensina ao homem o saber afrodisíaco que passa pela epiderme; Logos eleva o homem, conquistando-o pela fala, aos píncaros do prazer indelével e inesquecível do saber. Somos seres esquisitos: vivemos do que não é mais, pois já passou. Somos constituídos de passado. Nossa história foi teci-

da pelos fios costurados em um tempo que não existe mais, existe apenas na memória da gente. E sem isso que não é mais, o que seríamos? Nada. O presente é tão fugaz, e o futuro ainda não é. Vivemos entre o que já não é e o que ainda não é. O presente é esse fio tendido sobre o nada do que já se foi e o nada do que ainda não é. Mas é esse passado que dá sentido ao tempo presente. É o passado que me possibilita reconhecer o que experimento, sinto, e apreendo para guardar como alimento da memória. É o passado que me permite esperar por um futuro que ainda não sei o que é. Sou, na verdade, um rio margeado por algo que não é e por algo que ainda não é. E o rio do tempo segue entre essas margens mágicas até desembocar num outro nada, quando o presente também não for nada mais para mim.

Záin

Um dia começamos

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a perguntar “por quê”, e nunca mais paramos. Considerar-se formado em Filosofia é, no mínimo, uma insensatez, pois ninguém, em sã consciência, pode abdicar da inquietude das interrogações diuturnas. As perguntas nascem aos borbotões e se avolumam, formam rios caudalosos, profundos, e caem em catadupas sem fim. À medida que adentramos os umbrais do saber, nos tornamos apaixonados, movidos por essa força invisível que nos impulsiona sempre mais, sem, no entanto, nos saciar a ponto de nos impedir a constante busca. Somos pirilampos em busca de luz, rios em busca do mar, amantes em busca da amada.


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RECEITA

Brownie de Achocolatado A receita de hoje é para você que está em casa com vontade de comer um brownie mas não tem chocolate em casa, uma receita simples e muito saborosa que vai matar aquela vontade de comer doce. Ingredientes: 200 g de Achocolatado

100 g de farinha de trigo 150 g de manteiga 3 Ovos 150 g de açúcar Modo de preparo: Comece derretendo os 150g de manteiga e espere esfriar, enquanto ela esfria em uma tigela ou bacia acrescente os 3 ovos e os 150g de açúcar e misture

bem, quando os ingredientes estiverem misturados coloque a manteiga e misture até incorporar. Adicione o achocolatado e a farinha de trigo e misture até ficar uma massa homogênea. Despeje a massa em um uma forma untada e polvilhada com o achocolatado.

Guilherme Teixeira

Leve ao forno preaquecido a 180ºC por cerca de 30 a 40 minutos. Opcional: Você pode incluir castanhas e amendoim na massa, fica ainda mais gostoso. Uma dica importante é deixar esfriar antes de cortar. Bom apetite!

ESSA E OUTRAS RECEITAS EM:

w w w. v o u c o z i n h a r. c o m . b r w w w. y o u t u b e . c o m / v o u c o z i n h a r w w w. f b . c o m / v o u c o z i n h a r instagram.com/voucozinhar

PBH oferece 345 vagas de estágio para estudantes dos ensinos médio e superior A Prefeitura de Belo Horizonte está com 345 vagas de estágio em aberto, sendo 120 delas para o nível médio e 225 para o nível superior. Serão encaminhados para os processos seletivos os estudantes que se inscreveram no Banco de Estágios 2022, conforme ordem de inscrição e perfil da demanda. Os selecionados atuarão em um dos órgãos públicos municipais da administração direta. Entre janeiro e março, a Prefeitura contratou 201 estagiários. Até o momento, 12.591 pessoas fizeram o seu cadastro – válido até 31 de dezembro deste ano. Estudantes que fizeram o cadastro em 2021 e desejam participar neste ano devem se inscrever novamente no Portal da PBH. Contratação imediata para área de TI Somente para os cursos relacionados à Tecnologia da Informação, Ciência da Computação e áreas afins, há 60 vagas para contratação imediata. Outros cursos demandados são Admi-

nistração Pública, Biblioteconomia, Gestão Pública, Gestão em RH, Direito, Psicologia, Ensino médio 1º e 2º ano. Vagas durante todo o ano As inscrições no Banco de Estágios 2022 podem ser feitas ao longo do ano por estudantes a partir de 16 anos do ensino fundamental na modalidade profissional da Educação de Jovens e Adultos (EJA), níveis Médio, Técnico ou Superior, de qualquer área ou período. O cadastro só será efetivado após o preenchimento completo da ficha e o fornecimento, pelo sistema, do número de inscrição na Prefeitura, que é enviado para o endereço de e-mail informado pelo candidato. As vagas são abertas conforme demanda das unidades da administração municipal e com a saída de outros estudantes que já encerraram o contrato. Os interessados devem morar preferencialmente em Belo Horizonte e estar frequentes em suas instituições de ensino. A oferta de va-

gas dependerá da necessidade da administração municipal ao longo do ano. Estudantes inscritos em algum programa social têm prioridade no recrutamento. Para aqueles com algum tipo de deficiência comprovada e que forem contratados, é assegurada a participação no estágio até a conclusão do curso. Além disso, em cumprimento à legislação, 10% do total de vagas atualmente disponíveis são reservadas para esse público. O programa de estágio tem validade de dois anos. Confira a remuneração: Médio/Técnico (4 horas): R$ 519 Superior (4 horas): R$ 742,66 Superior (5 horas): R$ 928,35 Superior (6 horas): R$ 1.114 Pós-Graduação (5 horas): R$ 1.439 Outros benefícios são o recesso de 30 dias a cada ano estagiado e o auxílio-transporte.


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