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Boletim de Notícias da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro - FOIRN
MAIS QUATRO ASSEMBLEIAS SUB-REGIONAIS SÃO REALIZADAS NO RIO NEGRO
PARTICIPANTES DA ASSEMBLEIA DA COIDI REALIZAM MANIFESTO EM IAUARETÊ
Foto: Ray Baniwa/FOIRN
Entre abril a julho foram realizadas mais quatro assembleias subregionais da FOIRN no Rio Negro. A CABC realizou na comunidade de Assunção do Içana, a COIDI em Iauaretê e COITUA em Pari Cachoeira. Após a reeleição do atual diretor de referência à região do médio e baixo Rio Negro no final de março, as três coordenadorias regionais também reelegeram seus diretores atuais para mais 4 anos. Apenas a CAIARNX elegeu novo diretor na assembleia que aconteceu no início de julho em Juruti, alto Rio Negro. Os reeleitos agora aguardam a XV Assembleia da FOIRN que será realiazdo entre 21 a 23 de novembro em São Gabriel da Cachoeira para concorrer a presidência da instituição. Pág 5-6
NESTA EDIÇÃO COOPERATIVISMO
MULHERES YANOMAMI
Para fortalecer as iniciativas de produção regional no Rio Negro a FUNAI em parceria com a FOIRN e o IFAM - SGC realizaram uma oficina de Cooperativismo em São Gabriel da Cachoeira para as comunidades indígenas. Pág 8
Foi pela primeira vez que as mulheres Yanomami da Terra Indígena Yanomami, da comunidade Maturacá realizaram a assembleia desde que a associação foi criada ano passado. Elas através da sua arte milenar está aos poucos se apresentando ao mundo como protagonistas pela luta e defesa dos direitos dos povos indígenas. Pág 7
WARIRÓ Povos Indígenas do Rio Negro inauguraram novo espaço da Casa de Produtos Indígenas do Rio Negro, após o incêndio do Pontão de Cultura onde funcionava a loja ocorrido em junho de 2014. Pág 4
MAPA DAS CASAS DA PIMENTA BANIWA: Onde estão localizadas as Casas da Pimenta Baniwa. Pág 10
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EDITORIAL
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m 2017 a FOIRN vai completar 30 anos de existência. Por isso, estão sendo realizadas as assembleias sub-regionais pelas Coordenadorias da FOIRN em todas as regiões do Rio Negro com objetivo de avaliar a atuação do movimento indígena na base, onde as conquistas, as dificuldades e problemas são levantados, e a partir disso, elaborar novas metas e estratégias de luta para fortalecer a luta pelos direitos indígenas através do movimento indígena do Rio Negro. Hoje, em 30 anos de luta do movimento indígena do Rio Negro, conquistamos importantes avanços na área da saúde indígena, educação escolar indígena, sustentabilidade e a principal delas a demarcação de nossas terras. Porém, atualmente o cenário em que vivemos é de constante ataques aos nossos direitos garantidos na Constituição Federal de 1988, através de PECs (Projetos Emendas Constitucionais e em vários casos retrocedendo os avanços que consquistamos até aqui. Por isso, a FOIRN em novembro deste ano realizará a XV Assembleia Geral para avaliar suas conquistas e principalmente rever suas estratégias de luta pelos direitos indígenas. Todas as propostas elaboradas nas assembleias sub-regionais serão discutidas e debatidas nessa assembleia geral, que ao final irá fazer a eleição da diretoria executiva para próximos 4 anos.
A FOIRN foi fundada em 30 de abril de 1987 durante a II Assembleia Geral dos Povos Indígenas do Rio Negro em São Gabriel da Cachoeira, como principal instrumento de luta pelos direitos indígenas e pela demarcação das Terras Indígenas no Rio Negro. Na época os povos indígenas do Rio Negro enfrentavam sérios problemas sociais causados pelas invasões de não-índios atraídos pela descoberta de garimpos na região. Foi através da FOIRN e seus parceiros que foi conquistado a Demarcação das Terras Indígenas no Rio Negro quase 30 anos depois do início da luta pela lideranças indígenas de várias etnias do Rio Negro. Hoje uma das principais ações realizadas pela FOIRN no Rio Negro é a elaboração dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígenas (PGTAs) que serão instrumentos de diálogo com o governo e instituições parceiras para o desenvolvimento de ações e projetos nas comunidades indígenas do Rio Negro.
FUNDO WAYURI 1
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O QUE É? FUNDO WAYURI é um fundo (uma conta bancária) de arrecadação proposto na assembleia geral da FOIRN realizado em Barcelos em 2010, e implementado a partir da aprovação na assembleia geral realizado em Santa Isabel do Rio Negro em novembro de 2014.
QUEM A FAZ GESTÃO DO RECURSO? A cada reunião do Conselho Diretor da FOIRN (que acontece duas ou três vezes por ano é apresentado o extrato bancário do fundo aos conselheiros para acompanhar a movimentação da arrecadação). O próprio Conselho Diretor (2ª instância de decisão política - depois da assembleia geral) é quem define as regras de utilização do recurso arrecado, ou seja, a diretoria dexecutiva não tem autonomia para utilizar o recurso. Em 2015, em uma reunião do Conselho Diretor foi definido que o recurso só poderá ser utilizado após 3 anos do início da arrecadação (contagem a partir de 2015).
QUEM PODE PARTICIPAR? Coordenadorias Regionais da FOIRN e associações de base participam da campanha. Mas, qualquer um pode participar, seja ela uma organização indígena, associação de artesãs ou artesãos e também pessoas físicas. Existe uma duas formas de fazer isso: - a primeira é depositando/transferindo direto na conta bancária (Fundo Wayuri) - Banco do Brasil - Agência 1136-3 e Conta Poupança: 23.414-1; - a Segunda é entregar o valor doado no Setor Financeiro da FOIRN em São Gabriel da Cachoeira. Para quem depositou ou fez transferência é importante enviar o comprovante para o e-mail: financeiro@foirn.org.br ou entregar pessoalmente na sede da FOIRN. O nome de quem participa é incluído na lista de colaboradores, e, é apresentado nas reunidoões do Conselho Diretor.
COMO E AONDE O RECURSO SERÁ USADO? O recurso arrecadado será usado para apoiar a realização das assembleias das associações de base (priorizando as associações que particiapm do fundo), regularização da documentação das associações de base. Para acessar o recurso, as associações deverão apresentar a proposta da ação que pretende realizar e justificar sua importância para as comunidades de sua abrangência.
EXPEDIENTE DIRETORIA EXECUTIVA (2013-2016): Almerinda Ramos de Lima - Tariana (Presidente) Isaias Pereira Fontes - Baniwa (Vice Presidente Renato da Silva Matos - Tukano (Diretor) Nildo José Miguel Fontes - Tukano (Diretor) Marivelton Rodriguês Barroso - Baré (Diretor) COORDENADORES REGIONAIS (2013-2016): Orlando José de Oliveira (CAIMBRN) Carlos de Jesus (CABC) Evanildo Mendes (CAIARNX) Leôncio Alba (COITUA) Odimara Matos (COIDI) BOLETIM WAYURI: Raimundo M. Benjamim (Textos, edição e design) Renato Martelli/ISA -colaborador Fotos (Acervo FOIRN) Diretoria Executiva (Revisão) CONTATOS: foirn@foirn.org.br comunicacao@foirn.org.br PARCERIA
APOIO INSTITUCIONAL
ABRIL-JUNHO Foto: Ray Baniwa/FOIRN
ASSOCIAÇÃO DOS TÉCNICOS E AGENTES COMUNITÁRIOS INDÍGENAS DE SAÚDE DO RIO NEGRO É CRIADO EM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA.
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II Assembleia Geral dos Agentes Comunitários Indígenas de Saúde-ACIS, Técnicos Agentes Comunitários Indígenas de Saúde – TACIS e conselheiros indígenas de Saúde do Rio Negro foi realizado no Auditório do IFAM –Campus São Gabriel da Cachoeira, entre 14 a 15 de abril. O evento reuniu mais de 270 participantes, vindos dos municípios de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e das calhas do médio e alto Rio Negro/Xié, Rio Içana e afluentes, Waupés e Papuri e Tiquié e afluentes.
Foto: Ray Baniwa/FOIRN
Os objetivos da assembleia foram: – Realizar novo levantamento do perfil dos ACIS, AIS e TACIS que atuam na região do DSEI Alto Rio Negro; – Realizar balanço e avaliação da conclusão do Curso dos TACIS e dos desdobramentos na organização do trabalho dos TACIS nas comunidades e com as equipes; – Discutir a situação e propor alternativas de vínculo empregatício dos ACIS, AIS e TACIS; e – Discutir a forma de organização política dos ACIS, AIS e TACIS para lutar pela regulamentação e reconhecimento profissional da categoria. Na assembleia foi criada uma nova associação de representação desta categoria, a ATACISRN – Associação dos Técnicos e Agentes Comunitários Indígenas do Rio Negro. Diretoria da ATACISRN eleita (Foto acima): Presidente - Gerson Fonseca/CAIMBRN, Vice presidente - Ronaldo Ambrósio/CAIARNX, 1º secretário - Agenor Freitas Prado/COITUA, 2ª secretária - Marilene Ortiz Fontes/CABC, 1ª tesoureira - Vanilde da Silva Brito/COIDI, 2ª tesoureira - Liliane Cordeiro da Silva/TAUA.
FORMAÇÃO DOS ACIS Em março de 2015, 140 ACIS concluiram o Curso Técnico de Agentes Comunitários Indígenas de Saúde (CTACIS), em São Gabriel da Cachoeira. Após várias reivindicações dessa categoria, a FOIRN elaborou uma proposta e encaminhou para as instituições parceiras para a construção e implementação de um curso de formação a nível médio e técnico. O curso iniciou em 2009, que foi realizado pela SEDUC/GEEI e Fiocruz, com apoio da FUNAI, Prefeitura de São Gabriel da Cachoeira e DSEI -ARN. A FOIRN apoiou e acompanhou todo o processo de construção da proposta do curso de formação dos ACIS e após a conclusão do curso continua acompanhando e apoiando na realização das reuniões e mobilizações, como por exemplo, a Assembleia mencionada acima, e vai continuar apoiando no processo de fortalecimento da associação que foi criada e a luta pelos direitos da categoria, que desempenham um trabalho fundamental para a saúde indígena no Rio Negro. .
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É publicado no Diário Oficial o Relatório de Identificação da TI Jurubaxí-Téa, Baixo Rio Negro, depois de 22 anos de luta e reivindicação.
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Sensação de conquista e satisfação pelo dever cumprido, um orgulho para o movimento” Carlos Nery Presidente da ACIMRN
Em vinda ao alto Rio Negro, presidente da FUNAI visitou a FOIRN Foto: Ray Baniwa/FOIRN
Foto: Reprodução
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pós 22 anos de reivindicação da demarcação pelos povos indígenas dessa região através da FOIRN e ACIMRN, e 13 anos depois do início dos GT’s de Identificação, foi publicado às vésperas do dia 19 de abril, no Diário Oficial o Resumo do Relatório de Identificação da TI Jurubaxí-Téa, anteriormente denominado Baixo Rio Negro II e Jurubaxí. A TI Jurubaxí- Téa é ocupado pelos povos indígenas Baré, Tukano, Baniwa, Nadeb, Piratapuia, Arapasso, Tariana, Coripaco e Desana. Em 2013, o levantamento indicou que 904 pessoas habitavam a área. Os grupos indígenas da referida terra habitam toda a área compreendida entre os rios Téa e Mabahá. A população indígena atualmente se distribui em 8 comunidades e 55 sítios. Os povos indígenas engajam-se em um esquema produtivo caracterizado pela agricultura, a caça, a pesca e o extrativismo. Em 2010 o IPHAN reconheceu o Sistema Agrícola, Tradicional do Rio Negro como Patrimônio Imaterial do Brasil. A área ocupada em caráter permanente pelos indígenas consiste em aproximadamente de 1.206.000 hectares. A Terra indígena citada tem importância crucial para os povos indígenas que vivem nessa região do ponto de vista de seu bem estar e de suas necessidades de reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições, atendendo, portanto, os requisitos presentes no artigo 231 da constituição vigente. Agora é continuar a luta para concretização do processo até sua conclusão. O processo de construção do PGTA do território será fundamental para fazer avançar os próximos passos da demarcação. Carlos Nery, da etnia Piratapuia que preside a Associação das Comunidades Indígenas do Médio Rio Negro (ACIMRN), comemorou a publicação: “Parabéns, as lideranças das comunidades, aos profissionais pela dedicação, a coordenação regional da FUNAI, a FOIRN a todos os parentes indígenas e LUTA CONTINUA PARENTES, um grande abraço a todos”.
Em sua vinda ao alto Rio Negro, que ocorreu entre 4 a 5 de maio, o atual presidente da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, João Pedro Gonçalves, visitou a FOIRN e foi até Ilha das Flores, uma comunidade indígena próxima de São Gabriel da Cachoeira. Em reunião com os diretores da federação, João Pedro, falou do momento político atual que o país passa, e o que isso representa aos povos indígenas. “Os mesmos que estão por trás do processo de Impeachment contra a Presidente Dilma, são os mesmos que querem aprovar a PEC 215/00 e outras propostas de lei que querem acabar com os direitos dos povos indígenas, será muito ruim se isso vier acontecer”, disse.
FOIRN, ISA e FUNAI assim Acordo de Cooperação Técnica para fortalecer a gestão indígena sobre territórios do Rio Negro. A assinatura aconteceu na sede da Funai em Brasília no dia 10 de maio. A presidente da Foirn, Almerinda Ramos, celebrou. “Há vários anos nós lideranças indígenas esperávamos a concretização da assinatura do termo de cooperação técnica e hoje temos a satisfação de fazer parte e assinar esse termo”. Ela também disse que o acordo incentiva a continuidade da realização de ações positivas para os indígenas do Rio Negro: “Temos muita coisa a fazer, e a assinatura deste termo de cooperação nos dá uma abertura, respaldo para continuar os trabalhos nos próximos anos”.
TERRA INDÍGENA CUE CUÉ-MARABITANAS 3
O processo de demarcação da Terra Indígena Marabitanas - Cucué caminha a passos lentos, hoje precisa ser feita a parte da demarcação física.
ABRIL-JUNHO
WARIRÓ - CASA DE PRODUTOS INDÍGENAS DO RIO NEGRO TEM NOVO ESPAÇO
Fotos: Ray Baniwa/FOIRN
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pós o incêndio do Centro de Referência e de Formação dos Povos Indígenas do Rio Negro, que era mais conhecido como “Pontão de Cultura do Rio Negro”, ocorrido em junho de 2014, a diretoria da FOIRN mobilizou e buscou apoio para a reconstrução do espaço da Loja Wariró- Casa de Produtos Índígenas do Rio Negro. Quase dois anos depois, o novo espaço foi inaugurado. A cerimômia de inauguração aconteceu no dia 27 de maio na Rua Álvaro Maia -78 em São Gabriel da Cachoeira. Artesãos e artesãs de várias etnias do Rio Negro participaram do evento que reuniu também lideranças indígenas e representantes de instituições parceiras locais. Almerinda Ramos de Lima, fez abertura oficial da cerimônia de inaguração relatando o siginficado da perda do espaço incendiado e como foi importamte o apoio dos parceiros no incentivo e na reconstrução da loja. Destacou que o resultado é um esforço da diretoria executiva, junto com os parceiros, artesãos e artesãs que incentivaram e deram força no momento triste após o incêndio. No dicurso a presidente reafirmou que a FOIRN foi criada para lutar pelos direitos dos povos indígenas que vivem no Rio Negro e que uma
das lutas e conquistas é a Wariró criada em 2005 para contribuir na geração de renda para as comunidades, através da valorização dos artesanatos produzidos pelos diferentes povos indígenas na região. Agradeceu aos apoiadores da reconstrução como a Horizont3000 e Aliança pelo Clima, e destacou a importância dos parceiros permanentes como o Instituto Socioambiental, Fundação Nacional do Índio – Coordenação Regional Rio Negro, Rainforest da Noruega e Embaixada Real da Noruega. Para a presidente da FOIRN, a inauguração do novo espaço da Wariró representa uma conquista, e que a luta dos povos indígenas pelos seus direitos não vai parar, mesmo que a luta em algum momento será difícil, mas, nem isso poderá fazer as lideranças deixar de lutar pelo povo que representam. Após a abertura em frente ao novo espaço, os participantes e convidados voltaram à maloca para apreciar as apresentações de danças tradicionais, e o evento encerrou com um almoço de comídas típicas.
“A nossa luta não vai parar. Os nossos pais desde sempre mostraram e ensinaram para nós que a luta não é fácil, mas, nem por isso, vamos desanimar. Vamos lutar e consequir o que queremos, que é nosso por direito”. Almerinda Ramos de Lima, Presidente da FOIRN
INAUGURAÇÃO SIMBÓLICA Fotos: Ray Baniwa/FOIRN
Em visita ao Rio Negro representantes da Horizont3000 e Aliança pelo Clima que apoiaram a reconstrução da loja Wariró por não poderem participar da cerimônia de inauguração da Wariró devido a agenda de viagem, participaram da “Inauguração simbólica” da loja.
Aliança pelo Clima
As duas organizações Austraícas apoiam iniciativas e projetos de povos indígenas em várias partes do mundo por acreditar que a melhor maneira de combater as mudanças climáticas é apoiando as pessoas que vivem harmonicamente com a natureza, incentivando a manutenção da cultura e saberes milenares de manejo da floresta e do local onde vivem.
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COORDENADORIAS DA FOIRN REALIZAM ASSEMBLEIAS REGIONAIS NAS BASES Após a CAIMBRN realizar assembleia no médio Rio Negro, foi a vez da CABC, COIDI, COITUA e CAIARNX realizar as assembleias nas suas respectivas regionais entre abril a junho, que definiram os diretores da FOIRN para os próximos 4 anos.
ASSUNÇÃO DO IÇANA Fotos: Ray Baniwa/FOIRN
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VI Assembleia Geral da Coordenadoria das Associações Baniwa e Na assembleia foi retomado a pauta de criar uma organização Coripaco - CABC, foi realizado em Assunção do Içana entre 19 a 21 de representantiva que abrange todas as mais de 90 comunidades (as maio. associações menores continuarão existindo). A proposta foi lançada em 2011 numa assembleia da CABC realizado em Castalo Branco. Estiveram presentes na assembleia mais de 200 pessoas representantes de 11 associações de base de toda a região do Içana e afluentes. E ainda contou O resultado dos trabalhos realizados na assembleia resultou em um com a presença da FOIRN e parceiros como o ISA e a FUNAI. Plano de Trabalho do Povo Baniwa e Koripako para próximos 4 anos, organizado em seis eixos: 1 - Organização Social; 2- Patrimônio Cultural O objetivo principal do encontro foi a avaliação da trejetória da organização e Gestão Territorial e Ambiental; 3 - Educação Escolar Baniwa e Koripako; social através das organizações criadas para lutar pelos direitos, desenvolver ; 4- Economia Baniwa e Koripako; 6 - Saúde Indígena no Içana e projetos que gerem renda e melhorem a qualidade de vida dos Baniwa e Afluentes; 6 - Infraestrutura, logística, tecnologias de informação e Koripaco. E partir dessa avaliação identificar as difuldades, problemas comunicação no rio Içana e afluentes. enfrentados e as conquistas. No último dia foi feita a eleição da nova coordenação da CABC e diretor Em três dias de debates de temas de interesse dos povos Baniwa e Koripako, da FOIRN de referência à região do Içana. O resultado da eleição definiu: os participaram concluíram que o principal desafio atual do movimento Isaias Pereira Fontes – Diretor FOIRN (REELEITO) , CABC: Juvêncio da indígena na região de abrangência da CABC é a gestão territorial e ambiental. Silva Cardoso – Coordenador, Dário Casimiro – Vice Coordenador, Elton Para isso, foi criado em 2014 o Conselho Kaaly (espaço de discussão e José da Silva – Secretário e Plínio Guilherme Marcos – Tesoureiro. decisão política coletiva - em construção), e está em processo de elaboração o PGTA do Território Baniwa e Koripaco iniciado em 2015.
IAUARETÊ Fotos: Ray Baniwa/FOIRN
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ntre os dias 01 a 05 de junho aconteceu a XII Assembleia Geral da Coordenadoria das Organizações Indígenas do Distrito de Iauaretê COIDI, evento que reuniu mais de 200 participantes representantes de organizações e comunidades da região do médio e alto Uaupés, e da região do rio Papuri.
O momento marcante da assembleia foi a manifestação organizada pela Organização das Comunidades Indígenas de Iauaretê - OCII pela saúde, educação e pela defesa dos direitos dos povos indígenas. Toda assembleia saiu às ruas para manifestar contra a falta de medicamentos e equipe médica pernamente no hospital de Iauaretê e ausência das equipes de saúde nas comunidades.
Como nas outras assembleias regionais realizadas anteriormente, o tema central das discussões e debates foi “ Luta, conquistas, desafios e perspectivas do Movimento Indígena da região da COIDI”.
Foi feita uma carta de reivindicação ao governo do estado soliticando melhorias no hospital que atende toda a população que vive na região.
Os principais problemas da região como a ausência das políticas públicas, necessidade de fortalecimento das associações de base, alternativas econômicas e entre outros foram os temas amplamente debatidos durante os dias da assembleia. E cada tema abordado teve propostas para minimizar a situação encaminhados e aprovados no final da reunião.
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No último dia foi feita a eleição da nova coordenação para a COIDI e para diretor da FOIRN. O resultado da eleição definiu: Almerinda Ramos de Lima - Diretora FOIRN (REELEITA): - COIDI: Jaciel Prado Freitas - Coordenador, Vice – Coordenadora: Adilma Auxiliadora Sodré, Secretário: Leodimar Pinheiro Marágua, Secretário 2: Paulino Arcanjo Viera, Tesoureiro: Islaine Nogueira Galvão e Tesoureiro: Luiz Adelson Viera.
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PARI CACHOEIRA
Fotos: Edilene Montalvo/FOIRN
JURUTI Cue Cué - Marabitanas. O principal desafio hoje na região é a conclusão do processo de demarcação.Atualmente muitos processos de demarcação de Tis estão paralizadas em todo Brasil, pela forte pressão dos ruralistas na tentativa de aprovar Propostas de Emendas Constitucionais que querem tirar os direitos dos povos indígenas, entre estes a PEC 215/00. No último dia de assembleia foram apresentados os candidatos para concorrer a diretoria da FOIRN e as chapas para concorrer a coordenação da CAIARNX. Como nas outras assembleias regionais os delegados eleitos por cada associação de base participaram da votação, e a apuração final dos votos ficou: Adão Francisco - Diretor FOIRN (referência à região da CAIARNX) Diretoria da CAIARNX 2017-2020 CAIARNX - Coordenadoria das Associações Indígenas - Pascoal Gonçalves Filho - Coordenador do Alto Rio Negro e Xié foi última a realizar assembleia - Tiago Fernandes Sampaio - Vice Coordenador sub regional. A IV Assembleia Geral e Eletiva da CAIARNX foi - Antônio Candido Baltazar - Secretário realizado em Juruti - Alto Rio Negro de 01 a 03 de julho, - Rosio Macionilio Miguel - Tesoureiro reuniu mais de 180 participantes. Foto: Ray Baniwa/FOIRN
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O tema central do evento foi os desafios e perspectivas do movimento indígena na região do alto Rio Negro e Xié. Vários assuntos foram tratados pela assembleia como saúde indígena, educação escolar, alternativas econônicas e geração de renda, PGTA e Demarcação da Terra Indígena
(Ver foto ao lado) O atual Diretor de referência da região, Renato Matos não concorreu, ele agradeceu a assembleia por todo apoio que recebeu durante os 4 anos em que esteve representando as comunidades na região. Se colocou a disposição para continuar contribuindo no movimento indígena da região da CAIARNX.
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Foto: Francinéia Fontes/FOIRN
ASSOCIAÇÃO DAS MULHERES YANOMAMI REALIZA A PRIMEIRA ASSEMBLEIA EM MATURACÁ, TERRA INDÍGENA YANOMAMI
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oi pela primeira vez que as Mulheres Yanomami tiveram um espaço exclusivamente delas para debater problemas, dificuldades e elaborar seus planos de trabalho em uma assembleia. Isso aconteceu com a realização da I Assembleia das Mulheres Yanonami Kumirãyõma que aconteceu nos dias 21 a 23 de junho de 2016 em Maturacá, região de Cauburis, TI Yanomami. Cerca de 60 participantes, entre estes lideranças locais, jovens e especialmente as mulheres Yanomamis debateram temas como o fortalecimento da participação das mulheres Yanomamis no movimento indígena do Rio Negro. Também foi tema da assembleia a inclusão dos conhecimentos relacionados a confecção de artesanatos no espaço escolar e fortalecimento da contribuição delas nas ações de sustentabilidade e geração de renda para as comunidades. Como cuidar e manejar os recursos utilizados para a produção dos artesanatos também foi tema importante discutido pelas artesãs Yanomami, especialmente a importância do manejo desses recursos para garantir que a produção continue sendo feita pelas novas gerações no futuro.
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É muito bom ver as mulheres Yanomami se organizando e o interesse delas em fortalecer e valorizar a cultura do povo, participar e serem as protagonistas de ações que contribuem na sustentabilidade e geração de renda de suas comunidades. E o melhor nisso tudo é que elas usam sua arte como identidade para se apresentar ao mundo e conquistar seu espaço. E elas tem muita vontade em querer conhecer mais e participar da luta pelos direitos indígenas”.
“Esse trabalho (a realização da primeira assembleia) é resultado de uma luta e trabalho incansável que as mulheres tem feito”, disse cacique Júlio Góes Yanomami, que participou do evento e incentivou as mulheres Yanomami continuarem firmes no trabalho.
MULHERES INDÍGENAS Cerca de 200 pessoas participaram da Assembleia Geral e Eletiva da Associação das Mulheres Indígenas da Região de Taracúa – AMIRT, realizado entre 20 a 21 de maio em Taracúa – Baixo Uaupés. O objetivo da assembleia foi discutir melhorias e fortalecimento do movimento indígena, especialmente das mulheres, elaboração de plano de trabalho para a associação para os próximos anos, e eleger a nova diretoria. A Amirt desde sua fundação vem organizando e coordenando a produção de peças de cerâmicas feitas por mulheres da região de atuação. É uma das associações de mulheres que vendem seus produtos à Wariró – Casa de Produtos Indígenas do Rio Negro.
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Francinéia Fontes Coordenadora do Departamento de Mulheres/FOIRN
Diretoria Eleita Maria Suzana Menezesl – Presidente Maria Salete Ribeiro – Vive Presidente Ozenete Lemos Castilho – 1a Tesoureira Carmem da Silva Menezes – 2a Tesoureira Maria Jucelice – 1a Secretária
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FOIRN E DSEI – ALTO RIO NEGRO, RECEBEM BARCOS ADQUIRIDOS NO ÂMBITO DO TERRITÓRIO RIO NEGRO DA CIDADANIA INDÍGENA
Fotos: Ray Baniwa/FOIRN
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o dia 27 de maio, foi mesmo dia para comemorar para os povos indígenas do Rio Negro. Além da inauguração da Wariró – Casa de Produtos Indígenas do Rio Negro, teve também a entrega formal de 6 barcos adquiridos no âmbito do Território Rio Negro da Cidadania Indígena, através do Ministério de Desenvolvimento Agrário do Governo Federal. A Fundação Nacional do Índio através do seu Coordenador Regional (CR Rio Negro), representante da Fundação Estadual dos Povos Indígenas – FEI, Coordenadora do DSEI – Alto Rio Negro e presidente da FOIRN, Almerinda Ramos de Lima, foi feita a assinatura de termos de repasse e de acordo de uso desses bens que tem como principal objetivo o escoamento da produção das comunidades e outro entregue ao DSEI – Alto Rio Negro será usado exclusivamente para atendimento da saúde indígena. Os barcos são resultados do trabalho do Colegiado do Território Rio Negro da Cidadania Indígena – TRNCI, iniciado há alguns anos, várias lideranças indígenas, incluindo das associações de base e representantes de instituições locais participaram nas articulações para que finalmente fosse concretizada a entrega oficial, realizado no dia 27/05. Os povos indígenas do Rio Negro indígenas comemoraram o recebimento destes equipamentos que vai melhorar o transporte e a prestação serviços em suas regiões. “Os barcos entregues à FOIRN serão repassadas para as Coordenadorias Regionais, que serão responsáveis junto com as associações de base para coordenar e fazer gestão destes bens, importantes para melhorar o transporte, e principalmente garantir escoamento da produção das comunidades indígenas do Rio Negro”, afirmou Almerinda Ramos.
Foto: Ray Baniwa/FOIRN
FOIRN EM PARCERIA COM A FUNAI E IFAM REALIZA OFICINA DE COOPERATISMO EM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA O IFAM/SGC foi convidado pela FOIRN e FUNAI para realizar por meio de seu corpo técnico uma oficina sobre cooperativismo para as comunidades indígenas do Rio Negro. Estiveram presentes na oficina representantes das 5 regionais do Rio Negro, através das Coordenadorias da FOIRN. Com a chegada dos barcos, a proposta é que as comunidades se organizem também em cooperativas de produtores para ampliar as produções e buscar mercados para comercializar seus produtos. Pelo resultado da oficina, as primeiras cooperativas de produtores indígenas devem ser criadas em breve, e o IFAM se comprometeu em acompanhar e apoiar essas iniciativas.
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FOIRN PARTICIPOU DO 13º ACAMPAMENTO TERRA LIVRE (ATL) REALIZADO DE 10 A 13/05 EM BRASÍLIA Foto: APIB/Reprodução
MANIFESTO DO XII ACAMPAMENTO TERRA LIVRE Nós, cerca de 1.000 lideranças dos povos e organizações indígenas de todas as regiões do Brasil, reunidos em Brasília (DF) por ocasião do XII Acampamento Terra Livre – a maior mobilização nacional que realizamos há mais de 12 anos para reivindicar do Estado e da sociedade brasileira o respeito total aos nossos direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição Federal – preocupados com os ataques, ameaças e retrocessos orquestrados contra esses direitos sob comando de representantes do poder econômico nos distintos âmbitos do Estado, nos meios de comunicação e nos nossos próprios territórios, viemos de público manifestar:
Entre 10 a 13 de maio, cerca de 1.000 lideranças dos povos e organizações indígenas de todas as regiões do Brasil, estiveram reunidos em Brasília (DF) por ocasião do XII Acampamento Terra Livre (ATL) – organizado pela Articulação de Povos Indígenas do Brasil (Apib) e apoiado por entidades da sociedade civil. O Acampamento Terra Livre é a maior mobilização nacional indígena que é realizado há mais de 12 anos para reivindicar do Estado e da sociedade brasileira o respeito total aos direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição Federal. O ATL mobiliza indígenas de todo país para se manifestar e lutar contra os ataques, ameaças e retrocessos orquestrados contra esses direitos sob comando de representantes do poder econômico nos distintos âmbitos do Estado, nos meios de comunicação e nos nossos próprios territórios. Em todas as edições do ATL a FOIRN delega lideranças indígenas para participar e representar os 23 povos indígenas que vivem na região do Rio Negro. Neste ano, participaram da décima terceira edição do evento, a Francinéia Fontes da etnia Baniwa (Vice Coordenadora do Departamento de Mulheres) e Adelina de Assis da etnia Dessano (Coordenadora do Departamento de Adolescentes Jovens Indígenas).
LIDERANÇAS INDÍGENAS DE IAUARETÊ FAZEM PROTESTO CONTRA PEC 215/00 DURANTE A SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS 2016
O nosso repúdio às distintas ações marcadamente racistas, preconceituosas e discriminatórias protagonizadas principalmente por membros da bancada ruralista no Congresso Nacional contra os nossos povos, ao mesmo tempo em que apresentam e articulam-se para aprovar inúmeras iniciativas legislativas, propostas de emenda constitucional e projetos de lei para retroceder ou suprimir os nossos direitos. O ataque praticado contra a Democracia nos últimos dias, que culminou com o afastamento temporário da presidente Dilma, demonstrou a força conjugada dos poderes econômicos e políticos que, desde os tempos da invasão europeia, dominam e exploram as maiorias empobrecidas do nosso país, as distintas coletividades étnicas e principalmente os nossos povos e comunidades, em razão da sua vontade de explorar as nossas terras e territórios e bens naturais que milenarmente soubemos proteger. A nossa preocupação aumenta diante da instalação de um novo governo que a maioria dos setores sociais e populares, como nós, considera ilegítimo e cuja composição é notadamente conservadora e reacionária, além de ser ajustada aos interesses privados que assaltaram o Estado e que ameaçam regredir os direitos sociais conquistados e, em nome da ordem e do progresso, pretendem aprovar medidas administrativas, jurídicas e legislativas para invadir mais uma vez os nossos territórios com grandes empreendimentos: mineração, agronegócio, hidrelétricas, fracking, portos, rodovias e ferrovias, entre outros. Se nossos direitos foram sistematicamente atacados no governo que sai, com esse atual governo as ameaças e ataques podem aumentar.
Fotos: Adão Oliveira
Em razão de tudo isso, os nossos povos e organizações declaram publicamente a sua determinação de jamais desistir da defesa de seus direitos constitucionalmente garantidos, manifestando ao Governo Temer que não permitiremos retrocessos de nenhum tipo. Continuaremos empenhados e mobilizados em luta pela efetivação dos nossos direitos. PELO NOSSO DIREITO DE VIVER!
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A Organização das Comunidades Indígenas de Iauaretê (OCII) realizou uma manifestação contra a PEC 215/00 e a situação política em que se encontra o Brasil hoje durante a semana dos povos indígenas 2016 . O evento coordenado pela diretoria da associação mobilizou os moradores, que saíram às ruas com faixas de palavras de ordem. Em junho, foi realizada outra manifestação diante da situação da saúde na região e o descaso na educação escolar (escolas com prédios precários e atraso da merenda escolar).
ABRIL-JUNHO
Feito pelas Mulheres Baniwa
O Projeto é realizado pela Organização Indígena da Bacia do Içana (OIBI) em parceria com a FOIRN, ISA, Instituto Atá, CABC, associações de base e comunidades Baniwa e Koripako da bacia do Içana. Foto: Roberto Linsker
Potes de Pimenta produzidos 2011 - 278 potes
2012 - 696 potes
2013 - 1.579 potes
2015 2014 - 3.610 potes - 3.673 potes Fonte: Gerência do Projeto Pimenta Baniwa
ONDE ESTÃO AS CASAS DA PIMENTA BANIWA
Escola Pamáali
Tunuí Cachoeira
Ucuki Cachoeira arí
y Rio A
Rio
Iça
na
Canadá (em fase de inauguração)
Rio Negro
2010 - 131 potes
Rio Rio Tiquié
Uau
pés São Gabriel da Cachoeira
Yamado
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WAYURI “Se hoje estamos aqui, isso é resultado de toda luta do movimento indígena, desde a demarcação das TIs e dos projetos-piloto que fizemos para desenvolver o território. Com nossa organização estamos buscando e construindo essa autonomia". Marivelton R. Barroso - Diretor da FOIRN
Algumas iniciativas em construção e projetos desenvolvidos pelas associações de base do Rio Negro com objetivo de fortalecer e valorizar a cultura, gerar renda e garantir a gestão dos territórios dos povos indígenas do Rio Negro. Todas essas iniciativas contam com apoio e parceria da FOIRN e outras instituições governamentais e não - governamentais. (Nas próximas edições do boletim iremos divulgar outras experiências e projetos desenvolvidos no Rio Negro) .
AMY KOMIRAYÕMA Pouco tempo atrás pouco conhecidas em eventos culturais e mobilizações do movimento indígena do Rio Negro. Há pelo menos um ano atrás as mulheres criaram a associação Amy Komirayõma (muhler bonita em tradução livre, escolhida para andar com os grandes pajés). Desde lá as mulheres Yanomami vem participando ativamente de eventos realizados pela FOIRN como oficinas de formação, festival cultural e assembleias. Elas estão aos poucos mostrando para o mundo os artesantos delas, produzidos através de seus conhecimentos milenares, que só elas sabem fazer. E através disso se fortalecer politicamente e participar ativamente do movimento indígena na luta pelos direitos. Foto: Ray Baniwa/FOIRN
Projetos de ecoturismo em construção no Rio Negro Depois que a FUNAI publicou a Normativa No 3 no dia 11 de junho de 2015, que estabelece normas e deretrizes para as atividades de visitação com fins turísticos em Terras Indígenas, a FOIRN e seus parceiros (ISA, FUNAI, ICMbio, SEMATUR e outros) vem realizando oficinas sobre o tema com as associações de base interessadas em fazer levantamento de pontencialidades de atrativos turísitcos em suas respectivas áreas de atuação. Desde lá as associações ACIR - Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas, Associação Indígena Água e Terra – Ahköiwi e AYRCA Associação Yanimami do Rio Cauburis e Afluentes vem realizando discussões e levantamentos para desenvolver um projeto de turismo em suas áreas de atuação. A Ahköiwi está organizando o projeto de turismo de visitação e escalada na Serra Bela Adormecida, cartão postal de São Gabriel da Cachoeira. E a AYRCA está elaborando projeto de ecoturismo no Pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil. O objetivo desses projetos em construção é apoiar as comunidades na geração de renda e na gestão territorial das comunidades indígenas envolvidas. 111
Foto: Ray Baniwa/FOIRN
ABRIL-JUNHO
PROFESSORES DA ESCOLAS ESTADUAIS DA SEDE E DO INTERIOR DE SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA VÃO PARA RUA EXIGIR MELHORIAS
Foto: Nivaldo da Silva/FOIRN
“Os professores já estavam sem receber há 3 meses. Mas, o ato também foi para mostrar nossa insatisfação com a gestão atual do município e estado”, diz um dos professores presentes na manifestação Professores da rede estadual de ensino, estudantes, pais e os moradores de São Gabriel da Cachoeira, saíram para as ruas protestar e exigir melhorias na educação escolar no dia 10/06.
Foto: Escola Kariamã
Coordenado pelo SINTEAM (Sindicato de Trabalhados em Educação do Estado Amazonas) e Conselho dos Professores Indígenas do Alto Rio Negro (COPIARN), o ato teve como principal objetivo de exigir melhorias na educação escolar, entre os quais estão: pagamento de salários dos professores (não recebiam desde março deste ano), falta de merenda escolar e condições de trabalho. Um documento contendo as reivindicações elaborado pelos professores foi entregue formalmente no encerramento do ato ao coordenador da SEDUC local, Henrique Vaz. A FOIRN participou do ato pela educação, representado pela Diretora Presidente, Almerinda Ramos de Lima e Ivo Fernandes Fontoura, Coordenador do Departamento de Educação. “A FOIRN que tem como missão lutar e defender os direitos dos povos indígenas não poderia ficar de fora. Se a merenda e material escolar já não chegam aqui nas escolas da sede, lá nas comunidades onde ficam as escolas estaduais é ainda pior. Recebemos várias cartas das escolas do interior tanto da rede estadual como da rede municipal que relatam problemas como a falta de estrutura, material e merenda escolar entre outros”, disse Ivo.
Escolas Estaduais no interior em greve A escola Estadual Kariamã também paralisou as atividades nesta semana por falta de merenda escolar e material didático. O manifesto na comunidade Assunção do Içana, foi realizado no dia 08/06, quarta-feira. Em Iauaretê, no médio Uaupés também houve manifesto durante a Assembleia Geral da Coordenadoria das Organizações Indígenas do Distrito de Iauaretê – COIDI, realizado entre 01 a 05 de junho O ato feito em Assunção e em Iauaretê é apenas um retrato da situação de todas escolas da região do município de São Gabriel da Cachoeira, sem estrutura física, e sem condições para a atividade ecolar com os alunos.
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WAYURI
FOIRN em imagens: Algumas imagens de ações realizadas pela diretoria atual
Diretoria da FOIRN (2013-2016)
Curso de formação de lideranças em PNGATI
Viagem da Presidente da FOIRN para as comunidades do Papuri
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II Assembleia de adolescentes e jovens indígenas
Diretores da FOIRN em intercâmbio na Austría
Diretoria da ACIBRN e diretor Marivelton Barroso na sede da FOIRN
ABRIL-JUNHO
Lideranças do Rio Negro em manifestação em DF
FOIRN realiza palestra com estudantes das escolas da sede de São Gabriel da Cachoeira
Assembleia Geral em Santa Isabel do Rio Negro
Elaboração do PGTA em Tunuí Cachoeira - Rio Içana
FOIRN através da CAIARNX entragando rádio fonia para comunidade São Gabriel Mirin, Alto Rio Negro.
Lançamento do livro Baré - Povo do Rio Negro no Largo São Sebastião (Teatro Amazonas) em Manaus
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© FOIRN
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CASA DE PRODUTOS INDÍGENAS DO RIO NEGRO
Foto: Leonéia Nogueira/Wariró
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Fotos: Ray Baniwa/FOIRN
CASA DE PRODUTOS INDÍGENAS DO RIO NEGRO - WARIRÓ AV. ÁLVARO MAIA, 78 - CENTRO SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA - AM FONE: (97) 3471-1450 | E-MAIL: wariro@foirn.org.br