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A juventude fala (entrevista

à conversa com a juventude

Tiago

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Animador - Rumo à JMJ

Tiago Silva 28 anos, Natural da Trofa Optometrista Entende-se como uma pessoa com fé, alegre, motivada, acessível, mas também exigente e comprometido nos meios onde está envolvido.

Como é ser animador? Que desafios te trazem?

Iniciei o meu caminho de fé, como elemento de um grupo de jovens, C’a fé, após a conclusão do meu percurso catequético. Anos mais tarde fui convidado a ajudar os responsáveis numa dinâmica provisória e rotativa com outros jovens do grupo. Recordo-me desta fase em que entendi que devia servir o grupo de uma forma diferente do que estava a fazer até aí. Aproveitei ao máximo esta oportunidade e para aprender com os elementos mais velhos. O tempo passou e acabei por permanecer na equipa de responsáveis tendo sido essa a minha primeira experiência como animador. Anos mais tarde convidaram-me juntamente com outros jovens para criar um novo grupo, por necessidade de acolher mais jovens que terminariam o seu processo catequético e até onde permaneço hoje como animador. Aceitei o desafio porque gosto de estar com jovens, ir ao encontro das ideias deles, ajudá-los a crescer na fé, e rodear-me deles, talvez porque ainda me sinto jovem (risos). Ser animador é entender que nós somos a ação junto deles, é entender que o futuro da fé dos jovens, está sob a nossa responsabilidade, mais do que qualquer outra pessoa da paró-

quia ou até da família. Ser animador é ajudar os jovens a questionar-se mais e assim a cada dia fazer o seu aprofundamento na fé, mas isto é um longo caminho, e cada um tem o seu tempo de ver Jesus como modelo de vida, de viver um momento de verdadeira oração.

E com as jornadas a caminho, como é prepará-los para esta grande peregrinação?

Preparar os jovens para as JMJ, na minha ótica e enquanto responsável, é ajudá-los a entender que este acontecimento poderá ser “as tais experiência de vida” que poderá marcar muito intensamente a sua fé e como consequência a sua vida também. Mas penso que nesta medida eles têm consciência disso, por isso não acho que seja um desafio maior, para nós equipa de animadores.

E como animador como é preparar as jornadas?

A realização das JMJ em Portugal implicou algumas mudanças na forma como a pastoral juvenil se organiza. Os diferentes equipas de trabalho que existem levou a novos desafios na forma de trabalhar e tentar chegar aos jovens que com este modelo de organização e porque as jornadas mundiais assim o implicam ter como objetivo chegar a todos os jovens, TODOS MESMO e somos chamados neste comité de organizadores a dinamizar a vigariaria, para que todas as paróquias, consigam chegar a todos os jovens e essencial-

a juventude fala

mente a todas as famílias que também serão um elemento fundamental de todos os jovens estrangeiros, que poderão chegar a Portugal mais cedo.

Já alguma vez participaste numa JMJ?

Enquanto peregrino e jovem esta é a minha primeira participação num evento desta dimensão, mas ao longo da minha caminhada na fé tive oportunidade de dizer SIM a outras iniciativas semelhantes, mas em escala de protótipo, que não envolvem tantas centenas e milhares de jovens, que me inspiraram imenso e por isso aguardo com muita alegria o dia da partida para Lisboa para ver tudo o que uma JMJ tem a dar. Prevejo que sejam dias bonitos, que vá conhecer pessoas diferentes de mim e muito incríveis, porque gastam o que eu gasto, isto é, partilham da mesma fé que eu. Vai ser um abrir de horizontes e tenho a certeza e expetativa que será incrível. Vou conhecer também voluntários, que contribuíram para que eu e todos os participantes pudéssemos ali estar. Serão dias em que prevejo que o amor vai estar no ar, pois enquanto cristãos, estaremos ali a expressar o amor de Deus, por nós, jovens. Os jovens contam com a igreja para mudar o mundo, mas a igreja também conta connosco e as JMJ serão a manifestação da nossa presença nela. • Natália Torres