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A juventude fala (entrevista)

à conversa com a juventude

Rita

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Enquanto oramos, falamos com Deus

Rita Magalhães, 16 Anos, natural de Alvarelhos Estudante 11º Ano – Curso de Línguas e Humanidades O seu sonho é seguir Direito, lutando contra as injustiças do mundo. Os seus tempos livres ocupa-os a ler sobre o mundo e a humanidade, tema que a preocupa. A família é o seu pilar, especialmente a sua madrinha que é um elo muito importante na sua vida. É uma jovem feliz, tem as pequenas coisas consigo e principalmente o Amor!

Porque é que devemos orar/rezar? E como fazê-lo?

Existem duas formas de rezar: considero que rezar é diferente de orar. Enquanto oramos, falamos com Deus, os santos a que somos devotos, Jesus Cristo, Filho. Conseguimos uma pequena comunicação, partilhamos como o nosso dia correu... E se estivermos atentos ainda recebemos sinais, conselhos de Deus, enquanto oramos existe uma conversa. Quanto a rezar: eu defino rezar como “ditar orações” (o credo, avé-maria, pai nosso), que na minha perspetiva, é sim importante, porém hoje em dia não é muito fomentado. A minha catequista, Sandra, também prefere orar em vez de rezar, e incutiu isso em mim.

Orar /rezar é falar com Deus?

Existem várias formas de falar com Ele, mas orar é falarmos de forma informal, sem ninguém nos julgar. Rezar é comunicar de forma

mais formal, direta.

Qual a melhor forma de orar e por quanto tempo?

Risos Eu penso que a oração deve ser feita todos os dias, mas não precisamos de parar para o fazer, pois hoje em dia, tudo é uma escassez de tempo, mas podemos orar no dia-a-dia, enquanto estamos a fazer um trabalho, agradecer a Deus por aquele momento, enquanto estamos no banho, agradecer pela água, simplesmente dizer obrigado, são formas de oração rápidas que acompanham a correria do quotidiano. A que eu mais priorizo é a que fazemos no dia-a-dia.

A oração é difícil?

Depende do ponto de vista da pessoa, para mim sim é difícil, pois orar exige pararmos, refletirmos, o que com o dia-a-dia é difícil. Exige olharmos para nós e pensarmos naquilo que está errado e que devemos mudar e o ser humano por intuição, não está habituado, a fazê-lo, ou por vezes, não gosta de ver o que está errado nele próprio. Na minha perspetiva o ser humano é autodestrutivo e não refletor, a minha visão é um pouco negativa quanto a isso. Apesar da dificuldade que muitas vezes sentimos em pedir-Lhe ajuda, em termos consciência de que Ele está, Ele próprio nos ajuda a tornar tudo mais fácil.

É bom termos tempo de qualidade com Deus?

Com certeza, importantíssimo! Eu quando vou à eucaristia todos os domingos, choro em quase todas elas, eu acredito no elo que existe entre mim e Deus, que me permite estar com Ele, mesmo não O vendo. “Felizes daqueles que acreditam sem ver”, e acredito nisso, que Ele está sempre a olhar por mim a aconselhar-me, a fornecer tudo o que necessito para sobreviver. O momento da eucaristia é crucial para agradecer tudo o que Ele faz por mim.

A oração pode ajudar a tomar decisões corretas? Obtemos sempre respostas?

Pode sim, eu acredito bem que sim, tal como referi há algum tempo, Deus indiretamente responde-nos, aconselha-nos, pelo menos é o que eu sinto. Todas as questões eu obtenho resposta, diz-me qual o caminho a seguir, se não ouvir, sinto! Nem sempre, obtemos as respostas que queremos ouvir. Por vezes, Ele troca-nos as voltas, mas acaba sempre por dar alguma resposta, podemos segui-la ou não, e quando corre mal, acabamos sempre por julgar, mas devemos sempre aceitar, pois é um conselho de Deus.•