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Mundo em foco (notícias)

84 milhões de deslocados no mundo

Fogem dos conflitos, da insegurança e dos efeitos das alterações climáticas. O mundo tem agora 84 milhões de deslocados. Os dados são do ACNUR, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados, e denotam um crescimento no número de pessoas que se vê forçada a abandonar as suas casas. Segundo o ACNUR, até dezembro do ano passado, 82,4 milhões de civis eram considerados deslocados internos e entre janeiro e junho deste ano, mais 1,6 milhões de pessoas se viram obrigadas a sair da zona onde habitavam. Os conflitos são uma das causas para a migração, principalmente na África. A violência em Mianmar e no Afeganistão também forçou muitas pessoas a saírem das suas casas. O número de refugiados também subiu no primeiro semestre, batendo a marca de 21 milhões de pessoas, sendo que a maioria dos novos refugiados são de cinco países: República CentroAfricana, Sudão do Sul, Síria, Afeganistão e Nigéria. Segundo o ACNUR, a maioria destas pessoas tenta uma vida melhor nos países em desenvolvimento e acabam por sofrer devido a vários fatores: restrições devido à pandemia Covid-19, pobreza, insegurança alimentar e emergência climática. Basta recordar a recente tragédia no Canal da Mancha que tirou a vida a 27 migrantes que procuravam chegar ao Reino Unido ou os migrantes na fronteira da Bielorrússia com a Polónia a quererem entrar na Europa. Alguns deles também já perderam a vida. Ao apresentar os números, em Genebra, a agência da ONU lamenta que existem poucas soluções para as populações migrantes e pede mais esforços da comunidade internacional. •

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Imelda Monteiro