Voz de Nazaré

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ARQUIDIOCESE

DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA

PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR

ANO CV - Nº 969 - PREÇO AVULSO: R$2,00

www.fundacaonazare.com.br

BELÉM, DE 26 DE FEVEREIRO A 4 DE MARÇO DE 2021

JORNADA de oração pela Igreja São muitas as razões de aflições por que passa a humanidade. A Igreja sente necessidade de recorrer a Deus com firmeza de fé e clamar por dias melhores. Sexta-feira, dia 19, e no ensejo do Ano de São José, a Arqudiocese de Belém iniciou um ciclo de jornadas de oração. CAD. 2, PÁG. 1 LUIZ ESTUMANO

n JORNADA Primeira das jornadas mensais de oração da Arquidiocese de Belém teve participação de representantes dos diversos movimentos, serviços e pastorais LUIZ ESTUMANO

Abertura da CFE 2021 Celebração ecumênica reuniu representantes de várias igrejas cristãs na abertura oficial da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Belém. Tendo o diálogo, a unidade e a paz como temas, a mobilização vai nortear as igrejas nesta Quaresma. A coleta para o Fundo Solidário Ecumênico (FSE) será realizada no Domingo de Ramos em benefício dos projetos das igrejas cristãs participantes da campanha.

n ABERTURA da Campanha da Fraternidade reuniu lideranças de igrejas cristãs em celebração ecumênica

Paróquias prosseguem com POSSES de padres

CADERNO 2, PÁGINA 6

DIVULGAÇÃO

O tempo de provisões na Ar- início do ano. Assim, novos pároquidiocese continua, prosseguin- cos e vigários foram empossados. do o cronograma apresentado no CADERNO 1, PÁGINA 5

Encontros e Missas com a JUVENTUDE Apesar da pandemia, o Setor e Missas nas regiões Coração Juventude segue em ação. Dia Eucaríustico e São Vicente de 20 os jovens tiveram encontros Paulo. CADERNO 2, PÁGINA 6

n POSSES Pe. Adrick, um dos padres que tomou posse. Assume a Paróquia Rainha da Paz, no Benguí


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OPINIÃO

BELÉM, DE 26 DE FEVEREIRO A 04 DE MARÇO DE 2021

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a apresentação da CFE deste ano, o Pe. Patricky Samuel Batista, Secretário Executivo de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), explica que “dialogar supõe a redescoberta do valor e da beleza do outro. Requer escuta, paciência, decisão e disposição. É um processo com ritmo próprio que visa a compreensão do outro. Por essa razão, no diálogo, não há vencedores e vencidos. Não há uma palavra que prevalece, mas palavras que desencadeiam processos de conhecimento. Isso não significa acolher como dogma a verdade do outro mas, sim, respeitá-lo, e com ele compartilhar o que compreendemos da vida, do mundo e de toda teia de relações que nos envolvem”. Nota-se aqui a compreensão do real significado do diálogo, isto é, relacionamento fraterno entre as partes, na busca da verdade;

PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...

Fraternidade e diálogo: compromisso de amor e não imposição do ponto de vista de um sobre o outro. Por isso para que aconteça um verdadeiro diálogo é preciso “uma mútua compreensão que visa a boa convivência, a superação dos conflitos tornando-se caminho para a construção da paz e da civilização do amor. Dialogar é conviver. Supõe convívio. É processo onde, aos poucos, compartilhamos o sentido e os significados que atribuímos a situações, acontecimentos. É conhecer a visão de mundo do outro e também saborear a sua presença como pessoa única no mundo. Compreender o outro e perceber os pontos em

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efiro-me ao texto-base da Campanha da Fraternidade para 2021, de responsabilidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a 5ª com dimensão ecumênica. Talvez fosse mais confortável para o articulista escolher um assunto não tão polêmico. No entanto, na condição de leigo, e de acordo com o que faculta o §907 do Catecismo da Igreja Católica (CIC), concedendo ‘... direito e, às vezes, até o dever de manifestar aos pastores sagrados a pró-

comum que nos unem. Ele não simplesmente cria conexão; ele a releva demonstrando que existem mais coisas que nos unem do que aquilo que nos separa. Por esta razão, sem escuta, paciência, tempo, coração dedicado não existe diálogo”. É exatamente isto que nós, católicos, q u e re m o s v i v e r n a Campanha da Fraternidade de 2021 em comunhão com diversas comunidades de fé. “Esta é a 5ª Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE). As Igrejas membros do CONIC assumem esse compromisso de levar adiante o objetivo geral da CFE: convidar as comunidades de fé

de incompreensões, de indiferença e oposições, voltou a surgir nos cristãos a consciência de que a fé em Cristo os une e oferece aquela força capaz de superar o que os divide”. Desde a realização do Concílio Vaticano II a Igreja empenha-se de maneira irreversível em percorrer o caminho da busca ecumênica. Neste horizonte, “não se devem e não se podem diminuir as diferenças ainda existentes entre nós. O verdadeiro empenho ecumênico não procura compromissos e não faz concessões no que se refere à Verdade. Sabe-se que as separações entre os cristãos são contrárias à vontade de Cristo; sabe-se que

IVENS COIMBRA BRANDÃO Engenheiro civil e escritor (ivenscb@oi.com.br; ivenscb@gmail.com)

ENCONTRO FRATERNO pria opinião...’ Embora o documento seja de responsabilidade da CNBB, a elaboração do já referido texto foi deixada a cargo da Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), este ano, constituído por dois sacerdotes da Igreja Católica e de oito representantes de

O que vejo, ora analiso e concluo igrejas cristãs de outras denominações, tendo como secretária-geral a pastora luterana Romi Bencke. O documento propõe apoio ao Movimento LGBT, bem como a implantação da ideologia de gênero, dentre outras propostas contrá-

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ivemos, ao longo de nossos dias, inúmeros e diversificados processos de escolha, uns mais simples (o que vestir ou comer), outros mais complexos (escolha profissional, casamento, filhos) e quanto melhor escolhemos mais aprendemos a escolher. Fazer escolhas é um processo necessário e inevitável. Desde o instante que acordamos já estamos diante de escolhas: levantar ou ficar um pouco mais deitado, reclamar porque está chovendo ou agradecer pela noite de descanso... Escolhas são atitudes, são ações no mundo, não são sinônimos da vontade posto que, por muitas vezes, diante do que não controlamos, acabamos escolhendo o que não nos satisfaz. Por exemplo: não escolhemos adoecer, mas diante da doença que não

rias à doutrina da Igreja Católica. Em um texto de sua autoria, intitulado ‘Laicidade e Direito ao aborto’, publicado em outubro de 2019, a já citada pastora faz constar na página 19: ‘Temos a tarefa urgente de fortalecer mecanismos ca-

pazes de romper com a ideia de que o aborto é um ato de crueldade. Para isso é necessário fortalecer os argumentos de que aborto é direito e não crime...’ Assim, enquanto o texto-base da Campanha da Fraternidade deste

BIANCA MASCARENHAS Psicóloga e formadora do Seminário São Pio X (mascarenhaspsi@yahoo.com.br)

HUMANUS

Sobre fazer escolhas escolhemos o que podemos fazer? Escolher como vou reagir, como vou seguir o tratamento (ou não!), como vou me comportar (lamentando, reclamando ou buscando serenidade), o que vou priorizar (repensar novas escolhas?)... Assim, fazer escolhas não é um processo fácil, mas é contínuo, visto que podemos revisar e repensar nossas escolhas a qualquer tempo e isso é maravilhoso, pois nos permite entender que nós podemos mudar, fazendo novas escolhas, por exemplo, deixando de ser fumante (escolhendo a saúde!).

Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita

ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ

e pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem caminhos para superar as polarizações e violências através do diálogo amoroso, testemunhando a unidade na diversidade. Sem dúvidas, o diálogo e a convivência fraterna é o nosso melhor testemunho”. “O testemunho de diálogo e de convivência fraterna das Igrejas cristãs são um precioso testemunho para um mundo que já não dialoga mais. Segundo São João Paulo II, o movimento ecumênico do século XX teve o grande mérito de reafirmar, claramente, a necessidade deste testemunho. Após séculos de separação,

PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Dom Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará

Portanto, fazer escolhas é excluir uma ou mais opções apresentadas pela vida ou até resultante de minhas próprias escolhas anteriores. É isso, fazer escolhas gera consequências. Até “não escolher” já é uma escolha! Para fazer boas escolhas é importante ter bem claras as razões que fazem você escolher entre uma ou outra situação, avaliando suas possibilidades, buscando olhar à frente e pensar para onde suas escolhas estão lhe levando; também vale olhar para trás e entender o que escolhemos que possa ter

DIRETOR GERAL Cônego Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Kleber Costa Vieira

nos trazido para onde estamos. L embrando que nesse “olhar para trás” não cabe nos culparmos por escolhas já feitas (isso não ajuda em nada!), mas, sim, assumir a responsabilidade, refazer as escolhas e seguir em frente. Importante saber quais são seus valores, o que você acredita e valoriza na sua vida, o que é importante para você e o que, definitivamente, pouco importa. Pense naquilo que não pode faltar na sua vida, não coisas, mas sentimentos, atitudes, experiências; por exemplo: você detesta mentiras? Então, a verdade é um valor e,

COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260

elas são um escândalo, que enfraquece a voz do Evangelho. O seu esforço não é ignorá-las, mas superá-las.” (João Paulo II - 25/01/2001 - homilia no encerramento da semana de oração pela unidade dos cristãos.) Trazendo à tona este tema do diálogo ecumênico, a Campanha da Fraternidade Ecumênica deseja despertar para a importância de acionarmos disposições pessoais, favorecer espaços e meios que ajudem as pessoas e comunidades de fé a redescobrirem o valor do diálogo e assumir os passos, os caminhos, os processos que lhe possibilitam a existência. Diálogo é uma postura, um modo de ser. O diálogo é um estilo de vida. O ecumenismo, uma forma de testemunhar a beleza da unidade em meio às diferenças. O lema da Campanha é muito sugestivo: “Cristo é a nossa paz; do que era dividido, fez-se uma unidade” (Ef 2,14a). ano de 2021, apresenta o tema‘Fraternidade e Diálogo: Compromisso de amor’, na verdade vem gerando conflitos, envolvendo não só leigos, como também a hierarquia, vendo-se sacerdotes e bispos defendendo a doutrina Católica. Assim, resta-nos pedir a intercessão de São José, Patrono universal da Igreja, para que inspire os católicos a rejeitar ideologias que venham contaminar a doutrina, a unidade da Igreja fundada por Jesus Cristo.

assim, suas escolhas, para serem boas, deverão ter a verdade como base. Diante de situações complexas, você também pode pesquisar sobre o assunto, conversar com um profissional, se aconselhar com uma pessoa de confiança e, ainda, recorrer à fé, à oração, avaliando prós e contras e as possíveis consequências. Vale ressaltar que, mesmo buscando as melhores escolhas, há a possibilidade de, de repente, escolhermos indevidamente e tudo bem; assumimos a responsabilidade e vamos administrar as consequências. Você escolheu com base nas referências que tinha no momento da escolha. O que fazer? Guardar a experiência na sua “caixinha de aprendizados” e se puder fazer nova escolha! Fique em paz com suas escolhas e siga em frente!

- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal

FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO


ARCEBISPO

BELÉM, DE 26 DE FEVEREIRO A 04 DE MARÇO DE 2021

DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA

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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

CONVERSA COM MEU POVO

Subir ao MONTE, descer para a planície D e montes a Bíblia está repleta, passando pe l o M o n t e M o r i á, com Abraão e seu filho Isaac (Gn 22,119), chegando ao Monte de Deus com M o i s é s , p a r a re c e ber a Lei, ou no alto do Carmelo, na contemplação com Elias, subindo e descendo por montes e planícies, passamos pelo deserto de Judá, onde as montanhas se sobressaem, vamos ao Tabor, onde nos conduz a Liturgia do segundo domingo da Quaresma, ou podemos vislumbrar as belezas do Mar da Galileia lá do alto do Se r m ã o d a M o n t a nha. Enfim, o Monte

Subindo ao monte e feitos espectadores da glória de Cristo, os discípulos querem até parar o tempo, ficar ali, mas são chamados a descer à planície Calvário, não muito alto, mas mais alto do que todos pelo Mistério que lá abriu uma face, para ver depois de três dias o outro lado, a Ressurreição. Um texto evangélico (Mt 26,16) mostra Jesus se levantando de uma montanha para o Céu, na Ascensão. Mais do que o esforço físico de subir a algum monte, queremos recolher as lições

que nos oferecem o Senhor e sua Igreja nesta quadra da Quaresma. Amizade! Jesus leva consigo ao Monte para orar (Cf. Lc 9,28) três amigos medrosos, Simão Pedro e os dois irmãos Tiago e João, aos quais havia chamado de Boanerges – Filhos do Trovão, por sinal, os únicos dos doze aos quais foram atribuídos nomes novos. Não eram perfeitos, mas foram escolhidos por amizade humana e por vocação para serem testemunhas qualificadas, tanto que estavam próximos dele e m c i rc u n s t â n c i a s muito especiais. Testemunharam a restituição à vida da filha de Jairo (Mc 5,2143), constataram o medo e a angústia de Jesus no Getsemani (Mc 14,33) e viram sua glória e divindade na Transfiguração (Mc 9,2-10). Foram inclusive obrigados ao silêncio, durante certo tempo, até que ele chegasse à Ressurreição, pois tinham que provar a fidelidade nos cansaços da planície, quando a glória não resplandecia. Havia muitas interrogações sobre Jesus: “Que é isto? Um ensinamento novo, e com autoridade: ele dá ordens até aos espíritos impuros, e eles lhe obedecem!” (Mc 1,27). “Eles sentiram grande temor e comentavam uns com os outros: “Quem é este, a quem obedecem até o vento e o mar?” (Mc 4,41). “No sábado, ele começou a ensinar na sinagoga, e muitos dos que o ouviam se admiravam. “De onde lhe vem isso?”, diziam. “Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E esses milagres realizados por suas mãos?” (Mc 6,2) Jesus os conduz ao Monte que a

tradição localizou no Tabor, até hoje um lugar privilegiado de oração e contemplação. Subir uma montanha traz consigo o esforço, superação do acomodamento, com todas as interrogações que certamente traziam, pois eram homens simples, num processo que se revelou lento para chegarem à compreensão do mistério de Cristo. Pedro, quando professa em Jesus Cristo (Mc 8,28), logo mostra sua fragilidade, ao censurar Jesus e pretender afastá-lo do caminho d a c r u z . Po d e m o s imaginar o mundo de interrogações com os quais os discípulos subiram com Jesus, para depois experimentarem a surpreendente visão de sua glória (Cf Masini, Mario, Quaresima, Pasqua, Pentecoste, Ed. San Paolo, Milano, 2000). No alto do monte, testemunhas especiais, Moisés e Elias, a lei e os profetas, indicam como Deus leva a sério a humanidade, oferecendo nada menos do que toda uma história de salvação e amor aos discípulos que ali se encontravam em nome da humanidade. Se duas testemunhas eram previstas pela lei, são cinco as que se manifestam no monte: o próprio Jesus, a voz do Pai, a nuvem que aponta para o Espírito, a lei e os profetas. Sinal de que Deus considera de forma surpreendente a humanidade, para que todos reconheçam seu Filho amado e nele a salvação! Roupa branca, resplandecente, a luz. O apocalipse atribui ao Ressuscitado o rosto como o sol no seu brilho mais forte (Cf. Ap 1,16). Uma nuvem os envolveu, como relata uma testemunha qualificada: “Ele

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n E VIRAM sua glória e divindade na Transfiguração

recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando do seio da esplêndida glória se fez ouvir aquela voz que dizia: ‘Este é o meu Filho bemamado, no qual está o meu agrado’. Esta voz, nós a ouvimos, vinda do céu, quando estávamos com ele na montanha santa” (2 Pd 1,17-18). Uma nuvem indica a proximidade de Deus. Depois, a voz que saiu da nuvem, chamando-os a ouvir a voz do Filho amado do Pai. Moisés e Elias depois desaparecem, pois a plenitude já chegou. A nuvem preconiza as palavras do Senhor Ressuscitado: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Começo e o Fim”. Subindo ao monte e feitos espectadores da glória de Cristo, os discípulos querem até parar o tempo, ficar ali, mas são chamados a descer à planície. Se não o fizessem, não chegariam à plenitude da luz da Páscoa. Devem continuar a aventura, enfrentando obstáculos, pedras, rejeição, perseguições, com a certeza de que Deus vela pelos passos dos discípulos de todos

os tempos, e nós aqui nos envolvemos na mesma aventura. Hoje Jesus está no Tabor, amanhã será o Calvário, maior do que os montes, aquele que é a sumidade de tudo o que é humano e divino, ele, o Senhor da vida, aquele que t r a n s f o r m a a s t re vas em luz. Subir ao monte, destacar-se do cotidiano muitas vezes será necessário, para valorizá-lo quando voltamos às lides diárias. Assim será nossa participação na liturgia e em todas as ações da Igreja, para sairmos de novo, missionários corajosos e anunciar o que Deus fez em nós, na Igreja e no mundo. Celebrar a Transf i g u r a ç ã o, l o g o n o início da Quaresma, pode antecipar-nos na compreensão do mistério de Cristo, superando, também em nossa vida, o escândalo da Cruz, pois ela é prelúdio e anúncio da transformação radical que tem seu ponto de partida na manhã de Páscoa. Dali continuaremos o nosso caminho, pelas estradas da vida, pelos vales e colinas, para dar testemunho corajoso de Je-

sus Cristo, em quem acreditamos e descobrimos como Senhor de nossas vidas, caminho, verdade e vida. De fato, “todos nós, com o rosto descoberto, refletimos a glória do Senhor e, segundo esta imagem, somos transformados, de glória em glória, pelo Espírito do Senhor” (2 Cor 3,18).

Recolher as lições que nos oferecem o Senhor e sua Igreja

Celebrar a Transfiguração, logo no início da Quaresma, pode anteciparnos na compreensão do mistério de Cristo


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IGREJA

BELÉM, DE 26 DE FEVEREIRO A 04 DE MARÇO DE 2021

CÔN. CLÁUDIO BARRADAS (claudiobarradaspe@gmail.com)

MISCELÂNEA

Um PEQUENO grande livro (9)

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ontinuo a transc re v e r, q u e ro crer que para o bem de meus possíveis leitores, o que se diz sobre a esperança no livrinho “O monge e o pastor”, matéria, com esta, há nove edições aqui de “Miscelânea”. Na carta de 21 de maio de 2020, uma quinta-feira, do pastor batista Henrique Vieira ao monge beneditino Marcelo Barros, lemos: “tal como você, me inspiro na perspectiva de Rubem Alves ao afirmar que a esperança

A esperança não é ilusória nem escapista, mas é teimosa e perseverante reside no ‘apesar de’, não no ‘a partir de’. A esperança é uma intuição profunda que resiste e insiste mesmo quando a análise da realidade não oferece indícios positivos, enquanto o otimismo vende uma análise racional da realidade e da capacidade de apren-

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der pontos positivos e, a partir deles, enxergar um cenário favorável. A esperança é uma força que vem de dentro e transcende a própria conjuntura e insiste no amor, na bondade e na ‘vida a despeito de tudo’”. E continua: “se esse grupo (a situação do povo negro diante dos séculos de escravidão, os povos indígenas sendo massacrados e as mulheres sendo perseguidas) ‘chegaram até aqui foi porque em vários momentos, apesar de toda realidade contrária, tiraram força da esperança. A esperança não é ilusória nem escapista, mas é teimosa e perseverante, além de gerar ação, movimento e comprometimento com a vida. Como dizia Paulo Freire, esperança não vem do verbo esperar, mas do verbo esperançar, isto é, fazer a esperança acontecer. É, por um lado, esperar ardentemente e, por outro, esperan-

çar firmemente. Gosto também da formulação de Ariano Suassuna quando diz que “eu não sou nem otimista nem pessimista. Acho que ‘pessimista é um sujeito amargo e acho que otimista é um ingênuo. Eu procuro ser um realista esperançoso.” Quase no final da

carta: “a esperança é um farol que ilumina o caminho, mas coloca em movimento e procura mudanças no tempo presente. Sem esperança a profecia morre.” No término do livro, intitulado “Uma bênção para o caminho a seguir”, de autoria de ambos, do monge e do pastor, lê-se: “o importante é nos mantermos sempre firmes na esperança.” Leo Josef Suenes foi um espiritual cristão, que na década de 1970 era arcebispo de Malines-Bruxelas, na Bélgica. Um dia lhe perguntaram: “por que você se mantém como uma pessoa de esperança? Ele respondeu:

não um luxo. Esperar não é sonhar. Ao contrário, é um meio de transformar um sonho em realidade. Felizes as pessoas que ousam sonhar E que estão dispostas a pagar o preço mais alto Para que o sonho se torne realidade e se torne carne Na vida das pessoas e do mundo.” Sejamos também nós, você, prezado leitor, e este humilde escriba, sempre e em toda parte, pessoas de esperança, a exemplo de Suenes. Temos tudo para isso. Shalom!

n A ESPERANÇA é um farol

“Porque creio que Deus é novo cada manhã. Creio que ele cria o mundo nesse exato momento E não em um passado nebuloso e esquecido. Isso me obriga a estar, a cada minuto, pronto para o encontro. Porque o inesperado é a regra da providência. Esse Deus inesperado nos salva E nos liberta de todo determinismo E desmente os prognósticos míopes de sociólogos. Esse Deus inesperado é um Deus que ama Todos os seres humanos, seus filhos e filhas. Essa é a fonte da mi-

PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)

nha esperança. Sou um ser de esperança não por razões humanas Ou por otimismo natural. Mas, simplesmente, porque creio Que o Espírito Santo está em trabalho Na Igreja e no mundo, saiba-se disso ou não. Podemos ser pessoas de esperança porque cremos Que o Espírito Santo é sempre e para sempre o espírito criador, Que dá a quem acolhe, a cada manhã, uma liberdade nova É um abastecimento de alegria e confiança. (...) Esperar é um dever,

A esperança

Como dizia Paulo Freire, esperança não vem do verbo esperar, mas do verbo esperançar

LITURGIA

HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mc 9,2-10

2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9Ao descerem da mon-

tanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. B) COMENTÁRIO

A luz é o principal elemento teofânico, ou seja, elemento natural que manifesta e mostra o sobrenatural de Deus aos humanos. Ela é o primeiro dos elementos criados por Ele, ao dizer: “Haja luz” (Gn 1,1); Luz e fogo representam Deus no pacto ou Aliança com Abraão: “eis que uma fogueira fumegante e uma tocha de fogo passaram entre os animais divididos” (Gn 15,17); Um espetáculo “pirotécnico” de luz e fogo é contemplado pelo povo da Aliança na recepção da Lei do Senhor presente no Sinai: “Toda a montanha do Sinai fumegava,

porque Iahweh(Deus) descera sobre ela no fogo” (Ex 19,18). Moisés em contato com a Luz que é Deus, volta iluminado: “Quando Moisés desceu da montanha do Sinai... não sabia que a pele de seu rosto resplandecia porque havia falado com ele. Olhando Aarão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que a pele de seu rosto resplandecia; e tinham medo de aproximar-se dele” (Ex 34,29-30). A luz em Moisés, não tinha fonte nele. Nós somos um material fosforescente, não temos luz própria! Para sermos luz neste mundo de trevas, devemos estar continuamente em sintonia com o Senhor, para clarear onde quer que estejamos. No texto, surgem com Jesus os grandes personagens do Antigo Testamento: Moisés (Lei) e Elias (Profetas) conversando com ele (v 4). Jesus se destaca como

superior aos dois; Ele é quem permanece. A veste branca do mestre indica sua pertença ao mundo celeste. Logo Jesus fica só, como síntese de toda a Lei e os Profetas (v 8). Jesus dissera um dia: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). Ora, o evento da transfiguração é a transformação luminosa da figura de Jesus; de todo o seu ser, inclusive as suas vestes (v 3). A narrativa quer mostrar a vida divina presente na pessoa de Jesus. A experiência da transfiguração dará forças aos discípulos e à comunidade primitiva cristã, na superação da prova no mistério da paixão do Senhor, para assim compreender melhor, o sucesso final, com a sua Ressurreição. Para nós é clave a voz do Pai (v 7) no “Shemá”, na escuta de Seu Filho amado.

n 26/02 – SEXTA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Ez 18,21-28 Salmo - Sl 129, 1-2. 3-4. 5-6. 7-8 Evangelho - Mt 5,20-26 n 27/02 – SÁBADO Cor: Roxo 1ª Leitura - Dt 26, 16-19 Salmo - Sl 118, 1-2. 4-5. 7-8 Evangelho - Mt 5,43-48 n 28/02 – DOMINGO Cor: Roxo 1ª Leitura - Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18 Salmo - Sl 115,10 15.16-17.18-19 2ª Leitura - Rm 8,31b-34 Evangelho - Mc 9,2-10 n 01/03 – SEGUNDA-FEIRA Cor: Roxo

1ª Leitura - Dn 9, 4b-10 Salmo - Sl 78, 8. 9. 11. 13 Evangelho - Lc 6,36-38 n 02/03 – TERÇA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Is 1,10.16-20 Salmo - Sl 49, 8-9. 16bc-17. 21.23 Evangelho - Mt 23,1-12 n 03/03 – QUARTA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Jr 18,18-20 Salmo - Sl 30,5-6.14.15-16 Evangelho - Mt 20,17-28 n 04/03 – QUINTA-FEIRA Cor: Roxo 1ª Leitura - Jr 17,5-10 Salmo - Sl 1,1-2.3.4.6 Evangelho - Lc 16,19-31


5 BELÉM, DE 26 DE FEVEREIRO A 04 DE MARÇO DE 2021

SETORJUVENTUDE

DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)

MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ INTRODUÇÃO

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pós refletirmos s o b re a s e x i gências da quaresma e a conversão, com suas múltiplas consequências, falamos agora da necessidade da experiência do c res c i me n t o na fraternidade. De fato, não há conversão sem fraternidade e, por outro lado, esse deve ser um irrenunciável fruto da fé. Não existe amor a Deus sem o amor ao próximo. Sem caridade fraterna a fé se torna vazia e permanece um estéril discurso religioso. Eis porque é tão importante entendermos a necessidade da reflexão sobre a fraternida-

A negação do diálogo gera violência, egoísmo, orgulho, fantasia da autossuficiência. A prática do diálogo nos faz mais humanos de neste tempo de preparação para a Páscoa. Naturalmente, quem rejeita a experiência do diálogo está assumindo uma postura alheia ao dinamismo do amor e também da paixão pela verdade. Por outro lado, também quem não dialoga com o outro é porque presume já estar pleno da verdade e, dessa forma, peca, profundamente, por presunção, orgulho, vaidade e egolatria. Está negando as atitudes de Jesus que, sendo a verdade, acolheu e dialogou com todos para promover a conversão e salvá-los. O Papa Francisco, com seus gestos, atitudes e discursos está, insistentemente, nos convidando à experiência da abertura, do desarmamento psicológico, da proximidade e do diálogo. Entre tantos desafios socioculturais e religiosos “a Igreja é chamada a ser

CAMPANHA da Fraternidade 2021: dialogar para promover a paz FOTOS: DIVULGAÇÃO

servidora de um diálogo difícil” (EG, 74).

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Os horizontes do tema da CF 2021 O tema da Campanha da Fraternidade deste ano é “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor!”. Quem poderia negar a existência da íntima relação entre fraternidade, diálogo e amor? Isso significa que na experiência do amor entre os irmãos que se amam está o diálogo. Assim como o diálogo que alimenta a comunicação é o “segredo do amor eterno” (John Powell), da mesma forma podemos afirmar que o segredo do bom entendimento entre os irmãos está na experiência da comunicação. Quem ama se comunica! Mas o egoísmo se retém e nos faz refém de nós mesmos. A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida à abertura para a comunicação nos exercitando no diálogo como caminho para superar as polarizações e violências; dessa forma seremos capazes de testemunhar a importância da diversidade que nos enriquece. A riqueza da sociedade está na diversidade dos indivíduos, instituições, culturas, mentalidades, crenças, sensibilidades, profissões. etc. Os objetivos específicos nos apresentam uma série de horizontes que dependem do diálogo a serem perseguidos por todos nós, a saber: o exercício de relações marcadas pelo amor; o reconhecimento do bom entendimento para a promoção da casa comum; a promoção do engajamento nas ações concretas de amor ao próximo; a importância de promoção da cultura do convívio fraterno entre fiéis de crenças, ideologias e concepções diferentes. A experiência do diálogo, por outro lado, estimulando a cultura das boas relações humanas, promove a denúncia das múltiplas violências religiosas, estimula a superação da cultura do ódio e derruba as

n PAPA FRANCISCO e o Imã Ahmed al-Tayeb, da mesquita Al-Azhar

barreiras causadas pelos preconceitos.

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Um bom exemplo para todos No dia 4 de fevereiro de 2019, em Abu Dhabi (capital dos Emirados Árabes Unidos), o Papa Francisco e o Imã Ahmed al-Tayeb, da mesquita Al-Azhar, no Cairo, considerado como a maior autoridade do mundo muçulmano sunita, assinaram um importante documento sobre a fraternidade humana em prol da paz. A carta é provocante e nos convida a contemplar a beleza da busca do essencial nas relações humanas e a conceber a religião como instrumento de promoção da paz e da concórdia. O documento afirma

Esta Sabedoria divina é a origem donde deriva o direito à liberdade de credo e à liberdade de ser diferente. Por isso, condena-se o fato de forçar as pessoas a aderir a uma determinada religião ou a uma certa cultura, bem como de impor um estilo de civilização que os outros não aceitam”. Dessa forma, a promoção da justiça e da misericórdia é um imperativo para as religiões porque, admitindo que o ser humano tem em Deus a sua fonte, a dignidade deveria ser sempre acolhida e respeitada. “O diálogo, a compreensão, a difusão da cultura da tolerância, da aceitação do outro e da convivência entre os seres humanos

n ENCÍCLICA “Fratelli Tutti”, sobre a fraternidade e a amizade social

que a pluralidade no mundo como a diversidade de religiões, de cor, de sexo, de raça e de língua “fazem parte daquele sábio desígnio divino com que Deus criou os seres humanos.

contribuiriam, significativamente, para a redução de muitos problemas econômicos, sociais, políticos e ambientais que afligem grande parte do gênero humano”.

O diálogo, portanto, é muito mais que uma pura estratégia de boas maneiras; é, na verdade, um valor ético que deve qualificar as relações humanas; é uma virtude a ser cultivada; o diálogo é o caminho e a ponte para paz. A negação do diálogo gera violência, egoísmo, orgulho, fantasia da autossuficiência. A prática do diálogo nos faz mais humanos.

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“Fratelli Tutti”: somos todos irmãos! Na encíclica “Fratelli Tutti”, sobre a fraternidade e a amizade social, o Papa Francisco nos revela um dos seus nobres sonhos dizendo: “Desejo, ardentemente, que neste tempo que nos cabe viver, reconhecendo a dignidade de cada pessoa humana, possamos fazer renascer, entre todos, um anseio mundial de fraternidade. Sonhemos como uma única humanidade, como caminhantes da mesma carne humana, como filhos desta mesma terra que nos alberga a todos, cada qual com a riqueza da sua fé ou das suas convicções, cada qual com a própria voz, mas todos irmãos” (FT,8). Muitas vezes, o fundamentalismo, o doutrinalismo e a intolerância religiosa, que sempre geram violência, são consequentes da separação entre verdade e justiça. Todavia, o papa Francisco nos alerta: “a verdade é uma companheira insepa-

rável da justiça e da misericórdia. Se, por um lado, são essenciais – as três, todas juntas – para construir a paz, por outro, cada uma delas impede que as restantes sejam adulteradas” (FT, 227). O papa se inspira no que diz o Salmista: “Amor e verdade se encontram, justiça e paz se abraçam” (Sl 85,11). Caminhando para a conclusão dessa maravilhosa carta, o Papa Francisco faz esta prece: “Peço a Deus que «prepare os nossos corações para o encontro com os irmãos, independentemente, das diferenças de ideias, língua, cultura, religião; que unja todo o nosso ser com o óleo da sua misericórdia que cura as feridas dos erros, das incompreensões, das controvérsias; peço a graça que nos envie, com humildade e mansidão, pelas sendas desafiadoras, mas, fecundas, da busca da paz» (FT,254). PARA A REFLEXÃO PESSOAL:

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Qual é a importância do diálogo nas relações humanas? Por que em nome de Deus, da verdade e da fidelidade muitos se fecham ao diálogo? O que está errado? “Amor e verdade se encontram, justiça e paz se abraçam” (Sl 85,11) – O que esse versículo bíblico lhe inspira?

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Tempo de preparação para a Páscoa

O diálogo, portanto, é muito mais que uma pura estratégia de boas maneiras


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FUNDAÇÃO NAZARÉ

BELÉM, DE 26 DE FEVEREIRO 04 DE MARÇO DE 2021

QUARESMA E ORAÇÃO NA REDE NAZARÉ VEÍCULOS da Arquidiocese ajudam fiéis a viver o tempo de reflexão

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Rede Nazaré de Comunicação convida você para refletir neste tempo especial em que a Igreja vivencia a Quaresma, ocasião de reflexão, oração, jejum e conversão em preparação para a Páscoa de Nosso Senhor. Uma sugestão para essa meditação está à disposição dos ouvintes na Rádio Nazaré FM. Dedsde o dia 22 de fevereiro está no ar o programa Retiro de Popular 2021, roteiro quaresmal proposto pelo Arcebispo Metropolitano de Belém,

Dom Alberto Taveira Corrêa. A 28ª edição do livro traz o tema “O tempo da graça”, o qual está sendo apresentado por sacerdotes da Arquidiocese de Belém. Sintonize 91,3Mhz e acompanhe o retiro, de segunda a sexta, às 8h e aos sábados, às 10h. ADORAÇÃO – A Rede Nazaré de Televisão também contribui para os seus telespecctadores encontarem um tempo propício para adorar Jesus Sacramentado. Para isso, você é con-

vidado a sintonizar a a TV Nazaré, canal 30, e acompanhar o programa “Adoração”. A “Adoração” estreiou em março de 2017 na emissora da Arquidiocese de Belém e vai ao ar com auxílio de sacerdotes diocesanos. O povo de Deus pode assistir e participar também, enviando seus pedidos de oração, pois o programa acontece ao vivo, sempre nas quintas-feiras, às 15h. As intenções de oração podem ser enviadas para o número (91) 98802-3444 (whatsApp).

SEJA FAMÍLIA NAZARÉ, SEJA UM BENFEITOR DA EVANGELIZAÇÃO Ajude-nos a concluir a reforma da capela da Fundação Nazaré de Comunicação. A obra propiciará aos fiéis um ambiente mais amplo e mais acolhedor para a Santa Missa e para a sua oração. A Família Nazaré tem nos ajudado. Você também pode ajudar. Acesse www.fundacaonazare.com.br/cadastro ou ligue 4006-9211/4006-9212 99315-5743 (WhatsApp).

CONTAS PARA DOAÇÃO FAVORECIDO: FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO CNPJ: 83 36 94 70 / 00 01-54 BANCO DO BRASIL AGÊNCIA: 1686-1 CONTA CORRENTE: 122460-3 BANCO BRADESCO AGÊNCIA: 2398-1 CONTA CORRENTE: 27900-5

BANCO DA AMAZÔNIA (BASA) AGÊNCIA: 07 CONTA CORRENTE: 076106-0 BANPARÁ AGÊNCIA: 024 CONTA CORRENTE: 301491-6

NOSSOS ANIVERSARIANTES Artur Trindade Filho Jose Barradas Soares Amélia da Glória Vasconcelos Lins Ângela Maria da Silva Cunha Enedina Maria Bentes Martins Luciclea Silva de Oliveira Wania Lena Dantas da Costa Charly Araujo Rarilene Rocha Silva Teles Alessandra Castilho Batista Moacir Araújo Dora Ferreira Terezinha Tavares da Costa Maria do Socorro Ramos Pereira Idália Caetano da Cunha Souza Maria Mercês da Silva Francisco Antonio Sales da Costa Thiago Cardoso Dias Casal Marcio Roberto de Souza Rufino e Simone Ferro Costa Diocele Tavares Alves Ana Maria Costa de Oliveira Renata Guerreiro Milhomem de Miranda Ana Karolina Barros Barbosa Lucimar Santiago Bittencourt Izabel dos Santos Silva

Wanda Maria Sardinha Corrêa Ana Claudia Saraiva Pereira Rosenda Silva Maria Clea da Silva Adna Neirão Reymão Zuleide Aires dos Santos Maria Lucia Brito Santa Brígida Maria da Graça Pamplona Barros Maria das Graças Salimos Bittencourt Regina Nascimento Carmen Lucia dos Santos Sampaio Maria Lucia dos Santos Batista Raimundo de Mendonça Ribeiro Francisca de Souza Hirata Maria de Nazaré Cardoso Amaral Laís do Valle Corrêa Dolores de Castro Souza Terezinha Rodrigues Candeira Benedita Rodrigues Begot Joana Marques Chaves Joana Maruqes Chaves Zebina Costa dos Santos Estefânia Chagas Neyrão Raimundo Alves de Sousa Josefa Andrade de Souza Ricardo Coutinho Martins Maria Eliana da C. Rocha Analina Condurú Ribeiro Silvia Teixeira Pereira

Maria Renée Costa dos Reis Luiz Claudio Braga Cavalcante Everton Antonio Soares da Silva Edmundo Clemente Nogueira (In Memoria) Cleonice Fernandes Oliveira Maria da Conceição Barros Lobato Francisca Fortunata Favacho dos Santos Waldemir Barbosa Guimarães Maria de Jesus Cordeiro Bentes Jose Pantoja dos Prazeres Maria Rosalina Faria Gonçalves Raimunda de Castro Alvarenga Márcia Maria Dantas de Carvalho Everaldo Pedro Lobato de Moraes Maria do Rosário Cavalcante Carvalho Lourenço Eliana Farias de Moraes Luciane Solon de Souza

Raimunda do Vale Lucas Maria Helena Duarte Brito Eudocia Sales de Lima Maria Cilda Moreira Maués Hermínia dos Santos Rodrigues Trindade Rosalice Bordalo Pantoja Zuleide Nascimento de Souza Rita de Cássia Guerreiro Martins Leonilde dos Santos Rosa Maria de Nazaré dos Santos Moura Maria de Guadalupe Leal Bittencourt Giorge Simonet Junior Eliane Maria Mota de Oliveira Antonio Marcos Costa de Freitas Elder Anderson Santos Sousa Francisca Silbene Cunha da Silva

n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS 27/02 – Côn. José Gonçalo Vieira 28/02 – Pe. Adailson Oliveira da Silva 01/03 – Pe. Moisés Gomes Coelho Lemos 02/03 – Pe. Dividino Gama 02/03 – Diác. Ricardo Coutinho Martins 03/03 – Diác. Manoel Arthur Siqueira Monteiro 04/03 – Diác. Pasqualino Santos Vaz Vigilante 04/03 – Côn. José Luiz Alves Fernandes


BELÉM, DE 26 DE FEVEREIRO A 04 DE MARÇO DE 2021

CADERNO DOIS

JORNADA de oração será todo dia 19

FOTOS: LUIZ ESTUAMANO

INCIATIVA acompanha pedido do Papa

Francisco no Ano dedicado a São José

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stamos concluindo um belo dia em nossa Igreja. Foi muito bonito perceber a unidade do povo de Deus, unido, em perfeita sintonia pela oração. Sinto-me, neste momento muita gratidão a Nosso Senhor, por tudo o que foi vivido neste dia”, atestou o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, a respeito da Jornada “Unidos em oração – “E eles ficaram cheios do Espírito Santo” (At 2, 4), realizada no dia 19, na Fundação Nazaré de Comunicação, situadana avenida Gov. José Malcher, em Nazaré. A data escolhida para a iniciativa da Arquidiocese de Belém remete ao pedido do Papa Francisco para que a Igreja em todo mundo reverencie São José, como guardião da Igreja e da Sagrada Família, em 2021, declarado o Ano de São José,

cuja festa litúrgica se comemora no dia 19 de março. Por isso, esta foi a primeira jornada realizada. Muito bem acolhida pelos fiéis, a Arquidiocese decidiu realizar a jornada todos os meses, sempre no dia 19. A jornada iniciada às 7h, com as Laudes, seguiu até às 17h, com a Missa preidida por Dom Alberto, programação toda transmitida, ao vivo, pelos veículos da Rede Nazaré de Comunicação , vivenciada com orações, reflexões e meditações da mensagem de Deus, manifestada pelos diversos representantes de pastorais, serviços e movimentos das paróquias de Belém. Devido às restrições impostas pela pandemia, o evento não foi aberto ao público, apenas exibido pela mídia arquidiocesana. A jornada foi vivida pelo público através da TV, rádio e redes sociais da Fundação Nazaré e da Arquidiocese de Belém. Representantes de grupos e movimentos das paróquias diocesanas seguiram um roteiro com a Liturgia das Horas, o Terço, ladainhas, testemunhos e Via Sacra, sendo o ponto alto, a Santa Missa. Iniciativa de Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar de Belém, em ampla reunião com lideranças das comunidades docesanas,

A PROGRAMAÇÃO ORANTE A Pastoral do Surdo Aequidiocesana participaou de toda a programação com a tradução em libras para os telespectadores. Ir. Carmem Silva, do Instituto Missionárias da Santíssima Trindade, apresentou a programação pela TV. A Liturgia das Horas/Laudes iniciou a jornada às 7h com a Renovação Carismática Católica (RCC) e o Fórum de Movimentos e Serviços da Arquidiocese de Belém. O Movimento Arquidiocesano do Terço dos Homens “Mãe Rainha” (MTHMR) recitou o Terço Mariano às 7h30. Às 9h30 a Adoração ao Santíssimo Sa-

n CULMINÂNCIA da jornada foi a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Alberto

a jornada de oração mereceu elogios do Arcebispo Dom Alberto. “Esta bonita manifestação orante das diversas forças vivas de nossa Igreja de Belém, que em encontro com Dom Antônio, quiseram realizar este momento, só nos faz hoje render glória a Deus, por tudo realizado”. No seu comentário, o pastor confirmou a jornada mensal. “Por isso, todo dia 19, dia de São José, reuniremos, suplicando pelas bençãos do Senhor sobre a Igreja”. Dom Antônio referiu-se a um trecho do Salmo 84:“ A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão" para explicar que “a Igreja em todo mun-

do encontra-se necessitada de oração, de olhar pra si mesma, num tempo em que tanta angústia e incertezas levam o ser humano a sentir-se perdido em tantas dúvidas, até de sua fé. Então, a Igreja precisa recolher-se também, para um momento de refletir sobre a sua própria missão de ser refúgio e paz para o povo de Deus. Por todas essas razões é que de-

cramento conduzida pelo padre Thiago Barros, da Comunidade Sementes do verbo, aconteceu com a intercessão das Novas Comunidades diocesanas. Pela parte da tarde Rede Nazaré de Televisão transmitiu a Santa Missa, direto da Residência Episcopal, às 12h. Seguiu-se um moento de intercessão com a recitação do Terço da Esperança, Ladainha a São José, o Terço da Misericórdia, Ladainha de Nossa Senhora e a Via Sacra. Após a sequência de orações marianas e a Via Sacra, a jornada de encerroou-se com a Santa Missa, iniciada às 17h, presidida por Dom Alberto.

n VIDA religiosa presente à Missa

n ADORAÇÃO conduzida pelo pe. Tiago

n VIA SACRA antecedeu a celebração eucarística

n SURDOS auxílio da Pastoral Arquidiocesana

cidimos realizar esta jornada em nossa Arquidiocese". O Evangelho foi meditado pelo pe. Benjamin Menegolla, da área missionária Santíssima Trindade, em Águas Lindas. Foi a partilha do Amor de Deus pela parábola do Filho Pródigo, realizada com auxílio da Ir. Maria de Nazaré Rebelo, do Instituto Redentorista Menino Deus, do Paar, Ananindeua.

n DOM ANTÔNIO falou da motivação da jornada

n EVANGELHO meditado pelo pe. Benjamin

n TERÇO e ladainhas na oração da tarde


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BELÉM, DE 26 DE FEVEREIRO A 04 DE MARÇO DE 2021

PANORAMA

CADERNO DOIS

‘Doe SANGUE o ano inteiro’

NAZARÉ REPÓRTER

ESTOQUES de bolsas de sangue é comprometido pela pandemia

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Fundação Hemopa lançou mais uma campanha “Doe sangue o ano inteiro”. Um ato simples e que pode salvar vidas está sendo inibido por causa do cenário de pandemia. O comparecimento de doadores de sangue têm diminuído substancialmente, o que compromete o estoque de bolsas disponíveis para a rede hospitalar. Mulheres, podem doar sangue de 4 em 4 meses e, homens a cada 3 meses. Segundo o Ministério da Saúde, 1,8% da população doa sangue de forma regular. A estatística fica um pouco abaixo dos 2% ideais definidos pela Organização PanAmericana da Saúde (Opas) e também dos 5% registrados em países da Europa. As doações constantes são essenciais para os estoques de plaquetas, que ajudam no controle de sangramentos e são usadas em tratamentos contra o câncer, por exemplo. Segundo a Agência Brasil, houve uma queda de até 50% do número de

doações em algumas regiões do Brasil devido à preocupação com a pandemia de Covid-19. A Fundação Hemopa cumpre a política de higienização do ambiente que exige os órgãos de vigilância sanitária para o combate ao novo coronavírus. Todas as unidades de coleta de sangue no Pará oferecem um espaço seguro ao doador. As cadeiras de doação são higienizadas com álcool 70% a cada uso e o distanciamento entre elas também foi respeitado. Como estratégia de atendimento ao público, a Fundação ampliou o atendimento aos sábados, durante o mês de fevereiro, em outros três municípios. Além de Belém, que já abre em todos os sábados, os municípios de Castanhal, Marabá e Santarém, também estão atendendo neste dia. O Hemocentro está trabalhando para superar as dificuldades e continuar com a missão de mobilizar os voluntários até as unidades de coleta para doar uma bolsa de sangue. Mesmo com a

DIVULGAÇÃO

pandemia, os pacientes continuam precisando de transfusão e, muitas vezes, essa é a única forma de salvar vida. QUEM PODE DOAR SANGUE O cidadão que deseja fazer a doação de sangue precisar seguir os critérios básicos: - Ter entre 16 e 69 anos (menores de idade devem estar acompanhados do responsável legal); - Pesar mais de 50 kg - Estar em boas condições de saúde. No momento do cadastro, é obrigatório apresentar um documento de identificação oficial, original e

RÁDIO NAZARÉ FM 91 .3 MHZ n MINUTO DA FRATERNIDADE A Rádio Nazaré ajuda a compreender melhor a Campanha da Fraternidade, este ano, ecumênica. Padre Nilton Cezar Reis e a leiga Raimunda Miranda, membro da equipe da Pastoral Ecumênica da Arquidiocese de Belém, e também ligada ao Conselho Amazônico de

Igrejas Cristãs (CAIC), apresentam em março o programa Minuto da Fraternidade. O programa vai ao ar 2ª,4ª e 6ª, às 9h30. Sintonize 91.3 Mhz e viva com a Igreja, pelo rádio, a promoção do diálogo para derrubar as barreiras da divisão e fortalecer a unidade.

TV NAZARÉ CANAL 30.1

n ORAÇÃO DO TERÇO E NOITE DE ADORAÇÃO Dois grandes momentos integram a grade de programação da Rede Nazaré de Televisão a partir deste mês de março. A partir do dia 1º, sempre de segunda a sexta-feira, às 17h30, será apresentado a “Oração do “Terço”. O Santo Rosário é uma prática religiosa de devoção mariana. Cada Terço compreen-

de um conjunto especial de quatro Mistérios: os Mistérios Gozosos, os Mistérios Luminosos, os Mistérios Dolorosos e os Mistérios Gloriosos. E, no dia 3 de março, às 19h30, a Rede Nazaré de Televisão apresenta a “Noite de Adoração”. Acompanhe toda a programação pelo canal 30 ou na sintonia de sua cidade.

PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR

n ENVIE SUA SUGESTÃO DE PAUTA Faça parte da produção do Portal Nazaré. Envie sua sugestão de pauta, programação da festividade ou a programação de sua paróquia para o e-mail: portal@ fundacaonazare.com.br. Atenção! É indicado que as pautas estejam de acordo com a missão da Fundação Nazaré de Comuni-

cação: “Promover a formação integral da pessoa humana e a defesa da vida, à luz do evangelho, através dos meios de comunicação”. Acesse nosso portal: www. fundacaonazare.com.br e nossas redes sociais: Facebook:/FNCBelem e Twitter: @FundacaoNazare e fique por dentro!

com foto (RG, CNH, passaporte ou carteira de trabalho). Quem teve Covid-19 também pode voltar a doar sangue, só precisa esperar 30 dias após a cura. Quem teve contato com pessoas que tiveram a doença deve esperar 14 dias após o último contato. Para quem recebeu a vacina Coronavac/Butantã, são 48 horas de inaptidão para doação de sangue, após cada dose. Já a vacina AstraZeneca/Fiocruz, são sete dias após cada dose. Se o candidato à doação de sangue não souber qual imunização fez, só poderá voltar a doar sangue, após sete dias.

O CÉU NO OLHAR DE CRIANÇAS INDÍGENAS

A exposição virtual “Os Céus dos Povos Originários” está aberta ao público e pode ser visitada através do site www. mast.br/pt-br/ A mostra é realizada em parceria entre o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e o Museu do Índio (MI), da Fundação Nacional do Índio (Funai), a mostra combina saberes tradicionais, observação astronômicas, arte e o universo

lúdico e criativo das crianças. Com um total de 30 imagens de desenhos e pinturas feitas por crianças e adolescentes entre 5 a 15 anos, integrantes de 12 povos indígenas, os desenhos expressam a forma como eles percebem o céu e os seus elementos mais marcantes. A maioria dos participantes da exposição mora em terras indígenas de nove estados brasileiros.

USO DE SACOLAS RETORNÁVEIS Desde 14 de fevereiro entrou em vigor em todo o Pará a Lei 8.902/19, que obriga os estabelecimentos comerciais a usar sacolas de material biodegradável, oriundo de fontes renováveis. As empresas estão proibidas de distribuir gratuitamente ou comercialmente, e até de usarem os sacos plásticos descartáveis, compostos por materiais polietilenos (produto derivado do petróleo), polipropilenos ou similares. As sacolas plásticas que ainda são permitidas nos ambientes comerciais são confeccionadas em material biodegradável.

VIDEOAULAS SOBRE COVID-19 Com o objetivo de promover a atualização dos profissionais de saúde, que trabalham na linha de frente no tratamento de pacientes com o novo coronavírus a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará criou uma série de videoaulas com conteúdo simples, objetivo, moderno e de fácil acesso com as diretrizes e protocolos mais atualizados sobre o assunto. O conteúdo didático digital foi elaborado por técnicos, pesquisadores e profissionais da área de saúde, que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva . O material é composto por cinco videoaulas de 20 minutos cada, com tradução em Libras.

BOA DICA nSÃO JOSÉ, ACOMPANHAI MEUS PASSOS! - Livro (PAULUS, R$ 13,60 ) rata-se de um devocionário, ricamente ilustrado, de São José. O livro traz reflexões, orações e hinos ao pai adotivo do Menino Jesus e Esposo de Maria Santíssima, na celebração do Ano de São José, instituído pelo Santo Padre Francisco nos 150 anos da declaração do Esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica. O devoto de São José encontrará ainda neste precioso livro a Coroa das sete dores e alegrias de São José, bem como o Pequeno Ofício de São José.

T

n PAPA BOM – Testemunhos de quem viu, ouviu e viveu perto de João XXIII - Livro (Paulinas, R$ 43,00)

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ngelo Roncalli é um personagem de grande importância histórica, tanto em âmbito religioso quanto político e social do século XX. Nasceu no seio de uma numerosa e pobre família de camponeses. Ouviu o chamado de Deus, ainda na infância, mas jamais ousaria sonhar em ser Papa! Sua trajetória, marcada por grande habilidade diplomática e disposição ao diálogo, é contada neste livro, que reúne as anotações de seu Diário da alma e testemunhos de pessoas que o conheceram e com ele conviveram em algum momento de sua vida. Eleito papa em 1958, escolheu o nome de João XXIII, e ficou à frente da Igreja apenas durante cinco anos. Mas foram anos históricos que levaram a Igreja a uma reviravolta drástica, principalmente em função da realização do Concílio Vaticano II. Não se trata, portanto, de uma biografia tradicional, mas de um livro repleto de informações preciosas sobre João XXIII, o chamado “Papa bom”, cuja canonização foi decretada pelo Papa Francisco, cinquenta anos após sua morte.


VATICANO

CADERNO DOIS

BELÉM, DE 26 DE FEVEREIRO A 04 DE MARÇO DE 2021

"NUNCA se dialoga com o diabo"

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DISSE O PAPA no 1º domingo da Quaresma destacando o Evangelho sobre as tentações de Jesus

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om informações agência Ecclesia. Durante o ângelus do domingo 21 o Papa alertou que “com o diabo nunca se dialoga”, marcando o primeiro domingo da Quaresma, antes de iniciar a sua semana anual de exercícios espirituais, em 2021 de forma privada, devido à pandemia. “Gostaria de sublinhar isto: nas tentações, Jesus nunca dialoga com o diabo. Nunca. Na sua vida, Jesus nunca dialogou com o diabo, nunca”, disse da janela do apartamento pontifício. Perante centenas de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Francisco sublinhou

que Jesus responde às tentações com três passagens da Escrituras. “Com o diabo nunca se dialoga, não há diálogo possível, somente a Palavra de Deus”, insistiu. No primeiro domingo do tempo de preparação para a Páscoa, o Papa convidou os católicos a multiplicar os momentos de oração, de silencio e de interioridade. “Não tenham medo. Somos chamados a percorrer os caminhos de Deus, renovando as promessas do nosso Batismo: renunciar a Satanás, a todas as suas obras e a todas as suas seduções”, apontou. A reflexão centrouse no relato do Evangelho segundo São

Marcos, no qual se assinala que Cristo, antes de iniciar a sua pregação, se retirou quarenta dias no deserto, onde foi tentado por Satanás. Francisco realçou a simbologia do deserto, na Bíblia, como lugar “onde Deus fala ao coração do homem” e também como “lugar da prova e da tentação”. “Precisamos estar cientes da presença deste inimigo astuto, interessado na nossa condenação eterna, no nosso fracasso, e preparar-nos para nos defendermos dele e lutar contra ele. A graça de Deus assegura-nos, com fé, oração e penitência, a vitória sobre o inimigo”, concluiu.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

n PAPA FRANCISCO da janela do apartamento pontifício

O Papa inicia nesse dia, portanto, a semana anual de a semana dos exercícios espirituais, durante a qual todos os compromissos públicos são

suspensos, incluindo a audiência geral de quarta-feira. A tradicional celebração comunitária deste tempo de oração e reflexão com os co-

laboradores da Cúria Romana, durante a Quaresma, foi cancelada este ano devido à pandemia, pelo que decorrem este ano de forma privada.

ORIENTAÇÕES para celebração de Semana Santa na pandemia Informações agência Ecclesia. O Vaticano divulgou em 17 de fevereiro um conjunto de orientações para a celebração da Semana Santa em contexto de pandemia, à imagem do que aconteceu em 2020, assumindo a necessidade de “mudanças na forma habitual de celebrar a Liturgia”. A nota da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (Santa Sé) dirige-se aos bispos e às Conferências episcopais de todo o mundo, sublinhando que “em muitos países ainda estão em vigor

rígidas condições de confinamento, que impossibilitam a presença dos fiéis nas igrejas, enquanto noutros é retomada uma vida de culto mais normal”. A Santa Sé sublinha que, nos últimos meses, “o uso das redes sociais ajudou muito os pastores a oferecer apoio e proximidade às suas comunidades durante a pandemia”. “Para as celebrações da Semana Santa sugere-se que se facilite e privilegie a difusão mediática das celebrações presididas pelo bispo, encorajando os fiéis impossibilitados

de frequentar a própria igreja a acompanhar as celebrações diocesanas, como sinal de unidade”, aponta a nota. O Vaticano pede ainda aos bispos que promovam a preparação de “subsídios adequados para a oração familiar e pessoal”. A Congregação para o Culto Divino informa que continua válido o decreto que emitiu, a pedido do Papa Francisco, de 25 de março de 2020, sobre as celebrações do Domingo de Ramos, da Quinta-feira Santa e da Vigília Pascal, este ano entre 28 de março e 3 e 4 de abril.

Tal como no último ano, permite-se que os bispos possam adiar a Missa Crismal, celebrada habitualmente na manhã de Quinta-feira Santa, que reúne os bispos e todo o clero das suas dioceses, com a bênção dos óleos. Para a Quinta-feira Santa, fica estabelecido que seja omitido o “Lava-pés” e a procissão final; excepcionalmente, é concedida aos sacerdotes a faculdade de celebrar a Missa “sem a participação do povo, em local adequado”. Durante a oração

universal da Sextafeira Santa, cabe aos bispos “preparar uma intenção especial para quem se encontra em situação de desorientação, os doentes, os defuntos”; na Adoração da Cruz, tal como em 2020, o beijo é limitado ao presidente da celebração. Quanto à Vigília Pascal, a Santa Sé pede que seja celebrada “exclusivamente nas igrejas Catedrais e Paroquiais”, e que para a Liturgia Batismal “se mantenha apenas a renovação das promessas batismais”. A C o n g re g a ç ã o

para o Culto Divino agradece aos bispos e às Conferências Episcopais por terem respondido pastoralmente à crise da Covid-19, admitindo que “as decisões tomadas nem sempre foram facilmente aceitas por parte dos pastores e fiéis leigos”. “Sabemos que foram tomadas com o objetivo de garantir que os santos mistérios sejam celebrados da forma mais eficaz possível para as nossas comunidades, no respeito pelo bem comum e a saúde pública”, conclui a nota.

IRAQUE: Vaticano mantém preparativos para viagem do Papa Informações agência Ecclesia. O Vaticano mantém os preparativos para a primeira viagem internacional do Papa em mais de um ano, que o vai levar ao Iraque, de 5 a 8 de março, para encontrar um país “ferido pela guerra e pela violência”, destaca o portal informativo da Santa Sé. O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leo-

nardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, destacou os encontros previstos com a minoria cristã e líderes muçulmanos, num contexto ainda marcado pela violência recente e a atual pandemia. O cardeal argentino espera que esta viagem decorra “sob a bandeira da alegria”, por considerar que Francisco leva “uma mensagem

de consolo, de paz, de admiração” pela população iraquiana. “Esta mensagem é, em particular para os cristãos e para os católicos, para os que testemunharam a sua fé até ao derramamento de sangue, e para os bispos, para os pastores, que permaneceram com os fiéis, que não se foram embora durante toda esta guerra”, assinalou. Bagdade, Ur, Erbil,

Mossul e Qaraqosh são os locais que o Papa vai visitar nesta viagem apostólica, anunciada já em junho de 2019, quando Francisco falava aos participantes na 92ª Assembleia Plenária da Reunião das Obras de Ajuda às Igre-

jas Orientais (Roaco). O cardeal Sandri destaca o encontro previsto entre o Papa e o grande aiatola AlSistani, o líder xiita no Iraque. A 33ª viagem apostólica fora da Itália do Papa, a primeira desde

o início da pandemia, é um convite da República do Iraque e da Igreja Católica local, onde vai visitar Bagdad, Najaf, a planície de Ur, ligada à memória de Abraão, a cidade de Erbil, Mosul e Qaraqosh na planície de Nínive.

N

o tempo de Quaresma,o Espírito Santo impele também nós, como Jesus, a entrar no deserto (Mc 1,12-15).Não se trata de um lugar físico,mas de uma dimensão existencial na qual se deve fazer silêncio e escutar a palavra de Deus para que a verdadeira conversão seja realizada em nós. (21 de fevereiro)

O

exemplo de tantos médicos e agentes de saúde, que arriscaram a vida a ponto de perdê-la por causa da pandemia, suscita em todos nós profunda gratidão pelo desempenho generoso, às vezes heroico, da profissão. (20 de fevereiro)

N n VIAGEM que vai levar o Papa ao Iraque, de 5 a 8 de março

este tempo de Quaresma, acolher e viver a Verdade manifestada em Cristo significa, antes de mais, deixar-nos alcançar pela Palavra de Deus, que nos é transmitida de geração em geração pela Igreja. (20 de fevereiro)


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BELÉM, DE 26 DE FEVEREIRO A 04 DE MARÇO DE 2021

CADERNO DOIS

EM NAZARÉ

QUARESMA e redes sociais da Basílica de Nazaré SEMPRE ÀS 8H reflexão disponibilizada para que todos possam viver esse tempo de preparação

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al como o antigo povo de Israel percorreu 40 anos no deserto para adentrar na terra prometida, a Igreja, o novo povo de Deus, faz a preparação por 40 dias com a finalidade de celebrar a Páscoa do Senhor. Nas redes sociais da Basílica Santuário de Nazaré (www.facebook. com/basilicadenazareoficial e www.instagram.com/basilicadenazareoficial) o fiel poderá acompanhar

diariamente a Jornada Quaresmal. Sempre às 8h uma pequena reflexão será disponibilizada para que todos possam viver esse tempo de preparação, purificação e reconciliação com Deus também por meio digital, já que ainda enfrentamos uma pandemia e muitos não podem sair de suas residências. Além disso, também foi produzida uma série sobre a Via-Sacra.

Os mini episódios serão disponibilizados no Youtube do Santuário (www.youtube. com/basilicadenazare), com reflexões e orações. Inscreva-se no canal e ative as notificações para acompanhar. Mesmo com a pandemia a Basílica Santuário de Nazaré não deixa os fiéis desamparados ao oferecer novas alternativas para que a evangelização continue.

FOTOS: ASCOM BASÍLICA SANTUÁRIO DE NAZARÉ

n O FIEL poderá acompanhar diariamente a Jornada Quaresmal

Religiosos Barnabitas INICIAM nova etapa da formação vocacional Neste mês de fevereiro, os novos religiosos barnabitas iniciaram mais uma etapa da vida vocacional. Desta vez, no estado de São Paulo os missionários darão continuidade à formação teológica, onde serão amparados e orientados pelos sacerdotes que lá residem. No primeiro domingo da quaresma (21) os estudantes foram apresentados à comunidade paroquial de São Rafael

– Moóca/SP, em uma celebração presidida pelo Superior da Província Norte dos Clérigos Regulares de São Paulo, Padre José Maria Ramos das Mercês. Don Daniel Maria Brito, Don Edvando Maria Barros, Don Cleiber Maria dos Santos, Don Diego Maria Paixão, Don Fabricio Maria Colares e Don Rodrigo Maria Cunha concluíram a etapa formativa referente ao noviciado.

Já Don André Maria N a s c i m e n t o, D o n Bruno Maria Barbosa e Don Josué Maria de Souza, terminarão o estudo da Sagrada Teologia, ainda este ano. Este é um momento de submersão e entrega em preparação espiritual aos votos de pobreza, castidade e obediência. Que a Virgem de Nazaré e Santo Antônio Maria Zaccaria intercedam pela vida e missão destes missionários.

n RELIGIOSOS Barnabitas iniciam nova etapa da formação vocacional

Campanha para a RENOVAÇÃO de sistema de transmissão continua A I g re j a t e m a l cançado os corações dos fiéis no mundo inteiro, por conta da dinamização e modernização dos meios de comunicação que permitem, através das plataformas digitais, com que se cumpra o desafio de levar a experiência do fogo do

Espírito Santo àqueles que precisam ser acolhidos pela Palavra do Santo Evangelho. Assim fazem os Padres Barnabitas que se empenham, diariamente, em promover a fortaleza do encontro com Cristo ao povo do mundo inteiro, a partir das trans-

missões das santas celebrações realizadas na Basílica Santuário de Nazaré. Mas, em função do longo uso dos equipamentos utilizados durante este trabalho, alguns precisam ser substituídos. Para isso, contamos com a sua ajuda. Sabemos que a missão

da evangelização não pode parar. Ajude-nos! Contribua para com a modernização dos equipamentos utilizados para a transmissão das santas missas. Contribua para com a modernização das transmissões no Santuário da Rainha da Amazônia.

Faça sua doação online, acesse: www. basilicadenazare.com.br ou através de transferência bancária: Obras Sociais d a Pa r ó q u i a d e Nazaré – CNPJ 04.746.442/0001-32 Banco SICOOB (756), Agência 4609 / Conta Corrente: 3.156-9 Banco Bradesco (237) Agência 2398-1 / Conta Corrente: 3-5 Banco do Brasil (001), Agência: 1686-1 / Conta Corrente: 122005-5 Caixa Econômica Federal (104), Agência 0820 / Conta Corrente: 501-3


ARQUIDIOCESE

CADERNO DOIS

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POSSES de párocos e vigários paroquiais MAIS uma série de transferências e trocas de funções dos padres em distintas paróquias de Belém

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oncluindo o cronograma apresentado no inicio do ano, a Arquidiocese de Belém realizou neste período, mais precisamente entre 21 e 25 de janeiro, mais uma série de transferências e trocas de funções dos padres em distintas paróquias de Belém. Contabilizando no geral as posses de párocos e vigários, foram efetivadas 19 mudanças dentro do cronograma previsto, além do estabelecimento de novos cargos e a transferência para outras arquidioceses. As transições são comuns na Igreja Católica e ocorrem com intuito de melhorar o trabalho pastoral, além de ser uma oportunidade de renovação para os sacerdotes e para as comunidades paroquiais. No último domingo, dia 21 de fevereiro, Dom Antônio de Assis Ribeiro, bispo auxiliar de Belém, presidiu a missa de posse do Padre Adrick José

Sousa, pároco e, do Padre Luís Fernando, vigário, da Paróquia Nossa Senhora Rainha da Paz, no bairro do Bengui. E na quinta-feira, dia 25, aconteceram cerimônias de posses em duas paróquias e mais na Catedral Metropolitana. O Arcebispo Metropolitano, Dom Alberto Taveira Corrêa, presidiu a celebração de posse do Padre Vanderson Jorge Barata como o novo pároco na Paróquia São José de Anchieta, localizada no Conjunto Maguari. Neste dia de ação de graças toda a comunidade paroquial rendeu júbilos pelo terceiro ano de ereção canônica da Paróquia São José de Anchieta. Na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no bairro da Pedreira, a celebração de posse também ocorreu no dia 25, mas no dia 17, durante a missa de cinzas, aconteceu a apresentação do novo vigário paro-

n CATEDRAL novo vigário, padre Francisco Monteiro

FOTOS: DIVULGAÇÃO

n APRESENTAÇÃO novo vigário na Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida

quial, quando toda a comunidade da igreja recebeu com muito carinho o Padre Paulo Humberto Rodrigues Cruz. Em sua homilia, Padre Paulo falou da sua alegria em fazer parte da historia da Paróquia. “É com muita alegria que estou na missão que Deus me confiou na casa da mãe Aparecida. Hoje estou aqui com vocês, deixei o bairro do Bengui onde eu estava, quero fazer o bem e amar as pessoas”, disse Padre Paulo. Na Catedral Metropolitana a celebração de posse ocorre também no dia 25, mas a missa de apresentação do novo vigário paroquial, padre Francisco Monteiro Ferreira (Padre Red) ocorreu no domingo, 14 de fevereiro. Em todas as celebrações foram obedecidas às medidas de segurança contra o novo coranavírus, como uso obrigatório de máscara, higienização com álcool em gel e o distanciamento; em algumas paróquias houve a exigência de retirar senha para acompanhar presencialmente a missa. E, também, devido à pandemia, todas as celebra-

ções foram transmitidas ao vivo pelas redes sociais, onde houve inúmeras manifestações de boas vindas e bênçãos para os novos párocos. Além das posses e vigários, o cronograma apresentado pela arquidiocese no início do ano destacou como o no-

vo vigário episcopal da Região Santa Maria Goretti, o padre Frei Alessandro; como Reitor do Seminário Monsenhor Edmundo Igreja, padre Valdinei de Lima Silva e como coordenador do Serviço de Animação Vocacional, padre Richardson Santos.

n POSSES dos padres Adrick e Luís na Rainha da Paz

n MISSA de apresentação novo vigário Pe. Francisco, na Catedral

CHIARA LUBICH PALAVRA DE VIDA “Faz-me conhecer, Senhor, os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas”. (Sl 25[24],4)

Este salmo nos apresenta um homem que se sente cercado de perigos e ameaças. Ele precisa encontrar o caminho certo que o leve com segurança ao seu destino. A quem ele pode pedir ajuda? Consciente da própria fragilidade, ele levanta, finalmente, seus olhos e clama ao Senhor, ao Deus de Israel, que nunca abandonou seu povo, mas, pelo contrário, o guiou na longa jornada através do deserto até a Terra prometida. A experiência da caminhada faz renascer no viajante a esperança, é a ocasião privilegiada para uma nova intimidade com Deus, para um abandono confian-

te no Seu amor fiel, apesar da própria infidelidade. Na linguagem da Bíblia, caminhar com Deus é também uma lição de vida, é aprender a reconhecer Seu projeto de salvação. “Faz-me conhecer, Senhor, os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas”.

Muitas vezes, depois de termos percorrido os caminhos de nossa suposta autossuficiência, ficamos desorientados, confusos, mais conscientes de nossos limites e de nossas faltas. Sentimos o desejo de reencontrar a bússola da vida e, com ela, o roteiro para a meta. Este salmo nos dá uma grande ajuda; ele nos impulsiona a viver uma experiência nova ou reno-

vada de encontro pessoal com Deus, de confiança em sua amizade. Ele nos dá a coragem de sermos dóceis aos ensinamentos de Deus, que nos convidam, constantemente, a sair de nós mesmos para segui-Lo pelo caminho do amor, caminho que Ele mesmo percorre em primeiro lugar, para vir ao nosso encontro. O salmo pode ser uma oração que nos acompanha ao longo do dia e faz de cada momento alegre ou doloroso uma etapa de nossa caminhada. “Faz-me conhecer, Senhor, os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas”. Na Suíça, Hedy, casada e mãe de quatro filhos, procura viver a Palavra há muito

tempo e agora está gravemente doente; ela sabe que está prestes a atingir a meta de sua jornada terrena. Kati, uma querida amiga dela nos conta: A cada visita, inclusive do pessoal da enfermagem, Hedy está sempre atenta aos outros, se interessa por eles, embora sentindo agora muita dificuldade para falar. Ela agradece a todos por estarem ali e doa sua experiência. Ela é o Amor em pessoa, um Sim vivo à vontade de Deus! Atrai muitas pessoas: amigos, parentes, sacerdotes. Todos se sentem profundamente tocados pela sua atenção para com todos os visitantes e pela sua força, que nasce da fé no amor de Deus. Chiara Lubich comparou a vida a uma “santa viagem”1:[...]A “santa viagem” é o símbolo do nosso iti-

nerário para Deus.[...]Porque não fazer, da única vida que temos,uma viagem,uma viagem santa, porque Santo é Aquele que nos espera?[...] Mesmo quem não tem uma crença religiosa definida pode fazer da própria vida uma obra-prima, empreendendo com retidão um caminho de sincero empenho moral.[...] Se a vida é uma “santa viagem” ao longo do traçado da Vontade de Deus, a nossa caminhada exige um progresso a cada dia.[...] E se acontecer de pararmos?[...] Devemos, então, abandonar o que empreendemos, desencorajados pelos nossos erros? Não! Nesses momentos a palavra de ordem é “recomeçar”,[...] depositando toda a confiança na graça de Deus, mais do que nas nossas capacidades.[...] E,sobretudo,caminhemos

juntos,unidos no amor, ajudando-nos uns aos outros. O Santo estará em nosso meio e Ele se fará o nosso “Caminho”. Ele nos fará entender mais claramente a vontade de Deus e colocará em nós o desejo e a capacidade de atuá-la. Estando nós unidos, tudo será mais fácil e teremos a felicidade prometida para quem empreende a “santa viagem”.2 LETIZIA MAGRI

1

Cf. Sl 84(83), 6: “Feliz aquele cujo auxílio vem de ti e que, em seu coração, prepara as subidas” (Cf. Bíblia da CNBB, 3ª edição, 2019). [As “subidas” são as viagens de peregrinação dos israelitas a Jerusalém]. LUBICH, Chiara. A viagem mais segura. Palavra de Vida, dezembro de 2006.

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ARQUIDIOCESE

ABERTA a Campanha da Fraternidade NESTE ANO, o ecumenismo marca a mobilização entre igrejas cristãs

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nida a igrejas cristãs ligadas ao Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) a Arquidiocese de Belém do Pará abriu oficialmente a Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2021 com celebração ecumênica realizada na Fundação Nazaré de Comunicação, localizada na avenida Governador José Malcher, bairro de Nazaré. A quinta campanha fraterna ecumênica mobiliza igrejas de confissões diferentes e a sociedade para vivenciar juntas o tema “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade”. (Ef 2,14a). A celebração foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, com a participação do Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro, do Vigário para a Pastoral, cônego Sílvio Trindade, também coordenador geral da CFE, e Mons. Raimundo Possidônio da Mata (Mons. Cid), também da coordenação da campanha, diác. Raimundo Nonato Santos, presidente

da Caritas Belém, além de representantes das demais igrejas cristãs que participam da campanha ecumênica, conforme estabeleceu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), desde 2000. A celebração refletiu o espírito de unidade e fraternidade, mote da campanha. Cada uma das lideranças cristãs partilharam a realização do ato ecumênico, transmitido ao vivo pelos veículos da Rede Nazaré de Comunicação na manhã de sábado, 20. A motivação inicial do encontro ecumênico ficou a cargo do côn. Silvio Trindade, que saudou os participantes convidando-os para vivenciar e assumir a dimensão comunitária e social da Quaresma, iluminar de modo particular os gestos em favor dos mais empobrecidos e necessitados, “e superar todas as formas de preconceito com o tema proposto este ano”. A celebração teve momentos especiais. Primeiro, a entronização da Cruz, da vela grande, da Bíblia e da água., seguida, a procissão das representações das igrejas participantes e acolhida de Dom

n MONS. CID faz explanação da CFE durante a abertura

FOTOS: LUIZ ESTUMANO

n CELEBRAÇÃO ecumênica marcou a abertura da Campanha da Fraternidade

Alberto. “A paz esteja com vocês! – Com essa saudação de Jesus e que faz parte da nossa tradição cristã, saudamos e acolhemos vocês que estão participando desta nossa celebração de abertura da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021”. O momento penitencial contou com a anglicana Bispa Marinez Bassotto. “A Quaresma se inicia, tempo de reconhecermos os muros que nos separam, causam tantas dores no mundo”. A oração da campanha foi proclamada pelo pastor Nicolau Paiva, da Igreja Luterana. Côn. Silvio conduziu a parte litúrgica referindo a carta de Paulo aos Efésios (2,13-17), onde consta o lema da CFE. O Rev. Marcos Barros, anglicano, também participou desse momento. Depois, o Evangelho, proclamado por Dom Alberto, foi meditado em partilhada entre as representações cristãs presentes à celebração.

O Arcebispo passou a palavra depois para Mons. Cid que fez uma apresentação e memória das campanhas da fraternidade ecumênicas já realizadas pela CNBB até a atual. COLETA - A doação para o para o Fundo Ecumênico de Solidariedade (FES) será realizada no Domingo de Ramos. Dom Alberto explicou que “um dos modos de estabelecer a comunhão com o próximo é viver a solidariedade como compromisso de amor que partilha" e declarou que a Arquidiocese de Belém vai destinar a oferta para obras nas áreas Missionárias da Arquidiocese, assim como as demais igrejas destinarão o recurso aos seus projetos. Rev. Marcos, Bispa Marinez e pastor Nicolau participaram da intercessão, fazendo as preces comunitárias, concluídas por Dom Alberto. “Deus amoroso, renova nossa esperança

em um mundo unido por teu amor, onde Cristo, que é nossa paz, reconstrua a unidade no que foi dividido pela falta de empatia e reconhecimento da tua face sofrida nos rostos das pessoas mais vulneráveis”. Seguiu-se a oração do Pai Nosso ecumênico, conduzido por Dom Alberto e a oração da paz proclamada pelo pastor Nicolau que mencionou a oração de Dom Pedro Casaldáliga: “Dá-nos a paz que se faz! Senhor, quando te pedimos paz, devolve-nos o pedido, que é fácil pedir sem dar… Ensina-nos a passar da tolerância ao amor; de sermos notas dispersas a sermos uma canção. Quando entregamos as armas, ajuda-nos a entregar também, abertas, as almas, que a paz apenas sem guerra é pouca paz para nós...”. Agradecimentos recíprocos marcaram o fim da celebração, com a bençao final por Dom Alberto.

Pastoral Juvenil REALIZA encontro e Missa mensal O Setor Juventude da Arquidiocese de Belém realizou dia 19 o encontro e a Missa mensal nas regiões episcopais Coração Eucarístico e São Vicente de Paulo. programação comandada por Dom Antônio de Assis Ribeiro, bispo referencial para o Setor. Devidamente adaptado em prevenção à pandemia, o Setor realiza Leitura Orante, retiros, lives formativas, Missa para as lideranças juvenis celebradas por Regiões Episcopais e reuniões dos conselhos regionais e arquidiocesano.

ENCONTROS - A atividade da Região Coração Eucarístico foi pela manhã na Paróquia Santa Terezinha, no Tenoné, onde cerca de 30 jovens líderes de diversas paróquias estavam presentes. A Região São Vicente de Paulo encontrouse à tarde do mesmo dia 19, quando cerca de 180 jovens foram à Paróquia Cristo Rei, na guanabara, representes de quase todas as paróquias da referida região. Ambos os encontros foram animados por uma reflexão promovida pela coordenação

n REGIÃO São Vicente na Paróquia Cristo Rei

do Setor Juventude da Arquidiocese de Belém e, ao final, a Missa, presidida por Dom Antônio de Assis Ribeiro, bispo referencial para a juventude. O calendário da Pastoral Juvenil da Arquidiocese de Belém estabelece que, mensalmente, o bispo Dom Antônio encontra-se com as lideranças do Setor Juventude de uma região episcopal, sempre encerrado com a Mis-

sa. É uma importante estratégia de animação e formação dos líderes juvenis das paróquias e das regiões episcopais. O encontro mensal reúne também assessores de cada região episcopal, em geral, um sacerdote, e a coordenação arquidiocesana do Setor Juventude. O evento mensal tem sido muito importante, pois favorece a interação entre os líderes juvenis das paróquias e das regiões

FOTOS: DIVULGAÇÃO

n ENCONTRO Região Coração Eucarístico

episcopais, bem como é um importante momento de formação e estímulo do protagonismo juvenil.

FORMAÇÃO na área São Clemente Cerca de 25 líderes de comunidades e de outros núcleos em processo de organização participaram de formação com o Bispo Auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro, na Quarta-feira de Cinzas, 17, na Área Missionária São Clemente, no Benguí. O que significa a criação de uma área missionária, exigências do processo da sua organização e acompanhamento pastoral foi a pauta do encon-

tro encerrado com Missa. Aproximadamente 80 pessoas estavam na na Igreja São Clemente, sede da área missionária, ainda em construção. A Arquidiocese acompanha as áreas. A São Clemente tem cinco comunidades, acompanhadas pelos padres Rinaldo e Danilo, do movimento neocatecumenal, também presentes à reunião, junto com os diáconos Rômulo e Baraúna.

n MISSIONARIOS na formação com D. Antônio


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