Voz de Nazaré

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ARQUIDIOCESE

DE BELÉM O JORNAL CATÓLICO DA FAMÍLIA

PE. FLORENCE DUBOIS FUNDADOR

ANO CV - Nº 929 - PREÇO AVULSO: R$1,00

BELÉM, DE 22 A 28 DE MAIO DE 2020

www.fundacaonazare.com.br

ASCENSÃO DO SENHOR, festa solene em toda a Igreja no próximo domingo, 24 A solenidade é razão das reflexões de Dom Alberto Taveira Corrêa no artigo desta semana e do Papa Francisco. CADERNO 1, PÁGINA 3 E CADERNO 2, PÁGINA 3.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

n APÓS 40 dias da solenidade da Páscoa, a Igreja celebra a solenidade da Ascensão do Senhor

LAUDATO SI: 5 anos da encíclica

Vaticano abre ano especial e CNBB recorda conceitos do documento do Papa Francisco. CADERNO 2, PÁGINA 5.

n DOCUMENTO do Papa Francisco discute o cuidado da Casa Comum n ARCEBISPO METROPOLITANO completa 70 anos

DOM DA VIDA: 70 anos de Dom Alberto Arcebispo de Belém cele- servir à Igreja de Belém do bra a vida com a alegria de Pará.CADERNO 2, PÁGINA 1.

Paróquias festejam Santa Rita de Cássia

Juventude de Belém anima quarentena

Santa das causas impossíveis é homenageada em Belém, Ananindeua e Icoaraci. CAD. 2, PÁGINA 6.

Pandemia desperta evangelização on line na Arquidiocese de Belém. CADERNO 2, PÁGINA 6.


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OPINIÃO

BELÉM, DE 22 A 28 DE MAIO DE 2020

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á uma semana, a imprensa internacional informou que o Estado do Vaticano vive uma crise financeira sem precedentes. Com as principais fontes de renda duramente comprometidas pela pandemia, a cidadeestado dos Papas viu sua receita cair 45%. Embora esse número seja assustador, o risco de falência da sede da Igreja não existe. Segundo fontes oficiais, o Vaticano, que vive da ajuda dos fiéis, distribui assim o valor

JOÃO CARLOS PEREIRA Jornalista e professor (jcparis1959@gmail.com)

PRIVILÉGIO DE SER CATÓLICO

A Igreja precisa urgentemente de nós que arrecada: 45% pessoais, 45% despesas gerais e administrativas e 7,5% doações, além de especificar que cerca de 15% do orçamento é destinado às comunicações do papa. A manutenção dos edifícios leva outros 10% e 17 milhões de impostos são pagos na Itália.

V

ivemos neste ano uma “semana santa” muito atípica; sem a presença física das pessoas de nossas comunidades. Ainda estamos celebrando missas dominicais e semanais com apenas uma pequena equipe de liturgia e um ou dois técnicos em internet para a transmissão das mesmas. Até quando será assim? Esperamos que termine o quanto antes este tempo de pandemia coronavírus. Durante o tempo pascal, lemos trechos do Evangelho sobre o túmulo vazio. E o vazio das igrejas nos recorda esta passagem

Desses percentuais, chama atenção o que a Igreja entrega como doações: 7,5%. Se alguém acredita que é pouco, é porque talvez não seja hábil com as contas. Para alguém que vive com mil reais, R$ 75,50 não lhe farão muita falta? Conseguirá oferecer a alguém

mais pobre este valor? Pois é isto que faz a Igreja. Tira uma parte significativa do total arrecadado e oferece aos pobres. Qual país do mundo faz isso? Todos aplicam em obras, em investimentos, em projetos. Mas não há a rubrica “para os pobres”. No

menor país do mundo, ela existe. E para os que acham que a Igreja é rica, um dado final. A receita vaticana é de 270 milhões de euros e a despesa chega a casa dos 320 milhões de euros. A conta não fecha nunca. Alguém é rico, devendo cerca 50 milhões de euros?

PE. HELIO FRONCZAK heliofronczak@gmail.com

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU ...

O sinal das igrejas vazias – 3 e, nos traz novamente aos ouvidos, a voz do Alto: “Não está aqui. Ressuscitou! Preceder-vos-á na Galileia”. Neste atípico tempo de Páscoa, podemos perguntar: Onde é a Galileia de hoje, onde podemos encontrar o Cristo vivo? Segundo Tomás Halík, o autor do artigo ao qual me referi há duas semanas atrás – “O si-

nal das Igrejas vazias” – algumas pesquisas sociológicas mostram alguns dados interessantes para nossa reflexão. Ei-los: - O número de pessoas que se identificam profundamente com a forma tradicional de religião, e aqueles que declaram um ateísmo dogmático, está em diminuicão, enquanto aumentam as pesso-

as que se dizem “em busca”. Também está em aumento o número dos indiferentes, isto é, de pessoas a quem não interessam as questões religiosas ou a resposta tradicional da fé católica ou, em sentido mais amplo, a fé cristã. - A principal linha de separacão já não é entre os que se consideram crentes e os que se consideram não-cren-

tes. Há quem está “em busca”, considerando que a fé não é uma bobagem da tradição, mas um “caminho”; e há quem é não-crente, que rejeita os conceitos religiosos que lhe são propostos pelos que o rodeiam, mas, ao mesmo tempo, sente o desejo de algo que satisfaça a sua sede de significado para vida. Estou convencido

É questão de somar e de diminuir. Nesta hora, é preciso que os fiéis sejam generosos e ajudem seu padre, sua paróquia e, no caso de Belém, o Arcebispado. Os templos continuam vazios, sem previsão de reabertura. As contas, porém, não entraram em isolamento e continuam chegando. É nosso dever ajudar a Santa Igreja de Cristo, a mesma que, todos os dias, nos carrega no colo e, em nome de seu Criador, nos mostra o caminho da vida.

– diz o autor do artigo – de que a “Galileia de hoje”, onde devemos procurar Deus que sobreviveu à morte, é este grupo dos que estão “em busca”, isto é, estão à procura de sentido para a própria vida. A pergunta que me vem, espontaneamente, é: como ajudar quem está em busca de sentido para sua vida a fazer uma verdadeira experiência de fé cristã? Mostrando-lhe, com a vida, a força e a potência do Evangelho, pois “a quem me ama, Eu me manifestarei”, diz Jesus. Na semana que vem continuamos a reflexão.

CAMPANHA solidária ajuda população do território amazônico

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ançada na segunda-feira, 18, a campanha “A Amazônia precisa de você”. O projeto é coordenado pela Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAMBrasil e Pontifícias Obras Missionárias/POM com o objetivo de socorrer as necessidades dos povos amazônicos. Esta iniciativa é fruto da Campanha Solidária Emergencial da Igreja no Brasil “É tempo de cuidar”, que despertou inúmeras ações neste tempo de pandemia. Os dados são alarmantes e as situações muito graves de escassez de alimentos, falta de material de higiene e de proteção, sem contar os inúmeros casos não notificados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Na campanha, qualquer pessoa ou organização poderá participar com doações, que serão realizadas por meio de depósito ou transferência bancária em uma conta específica para esta finalidade. As doações serão encaminhadas pela REPAM-Brasil e POM para as Igrejas locais por meio de

solicitações feitas pelas próprias dioceses ou prelazias. Os pedidos serão analisados por uma equipe das organizações promotoras que farão uma avaliação dos pedidos e recursos arrecadados, de forma a atender o maior número de pessoas e comunidades em situação de vulnerabilidade. INSTITUIÇÕES QUE ORGANIZAM A CAMPANHA POM e REPAM-Brasil são organismos da Igreja que atuam em diferentes territórios do Brasil e do mundo. As duas organizações acompanham diariamente a situação das populações afetadas pela pandemia da COVID-19, por

Fundado em 5 de julho de 1913 FUNDADOR Pe. Florence Dubois, barnabita

ARQUIDIOCESE DE BELÉM-PARÁ

PRESIDENTE Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará VICE-PRESIDENTE Antônio de Assis Ribeiro Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém do Pará

meio de diálogos com os bispos, religiosas, religiosos, clero e outras lideranças locais, especialmente no território amazônico. De acordo com as instituições promotoras da campanha, a ação é um gesto concreto de solidariedade de todo o Brasil para com uma das regiões mais afetadas pela pandemia. A REPAM-Brasil e as POM irão acompanhar os planos de ajuda de cada Igreja particular, auxiliando na elaboração de estratégias de atendimento que minimizem o sofrimento das populações locais. Para o Cardeal Cláudio Hummes, presidente da REPAM-Brasil, as ajudas são urgentes, já que o po-

DIRETOR GERAL Padre Roberto Emílio Cavalli Junior DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Aurélio de Oliveira DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Mário Jorge Alves da Silva DIRETOR DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS Kleber Costa Vieira

der público e mesmo as ações de solidariedade locais não estão dando conta de atender às necessidades. “As comunidades do interior da Amazônia, à beira dos rios e na floresta, nas periferias pobres e desamparadas das cidades, todas estão enfrentando o furor do novo coronavírus. Falta quase tudo para poder enfrentá-lo”, afirma o Cardeal que faz um apelo: “Eu peço encarecidamente que você contribua com a campanha lançada pelas POM e pela REPAM. Deus vai recompensar você como só ele sabe fazer. A Amazônia precisa de você”. Pe. Maurício Jardim, diretor das POM no Brasil, lembra que as POM

COORDENAÇÃO Bernadete Costa (DRT 1326) CONSELHO DE PROGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO Padre Agostinho Filho de Souza Cruz Cônego Cláudio de Souza Barradas Alan Monteiro da Silva EDITORAÇÃO ELETRÔNICA/DIAGRAMAÇÃO Greison Dias Carvalho Assinaturas, distribuição, administração e redação Av. Gov. José Malcher, Ed. Paulo VI, 915 CEP: 66055-260

são uma rede internacional que apoia o Papa em sua solicitude com todas as Igrejas particulares. “Neste tempo de crise, de pandemia, de muitas necessidades, as POM criaram um fundo de solidariedade para socorrer as Igrejas mais necessitadas nos territórios de missão em todo o mundo. Também houve o incentivo para que nacionalmente fosse criada uma campanha como forma de ajudar em seu país aqueles que mais estão necessitados”, lembrou o diretor. A campanha “A Amazônia precisa de você” tem o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e da Cáritas Brasileira.

- Nazaré, Belém - PA Tel.: (91) 4006-9200/ 4006-9209. Fax: (91) 4006-9227 Redação: (91) 4006-9200/ 4006-9238/ 4006-9239/ 4006-9244/ 4006-9245 Site: www.fundacaonazare.com.br E-mail: voz@fundacaonazare.com.br Um veículo da Fundação Nazaré de Comunicação CNPJ nº 83.369.470/0001-54 Impresso no parque gráfico de O Liberal

FUNDAÇÃO NAZARÉ DE COMUNICAÇÃO


ARCEBISPO

BELÉM, DE 22 A 28 DE MAIO DE 2020

DOM ALBERTO TAVEIRA CORRÊA

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Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

CONVERSA COM MEU POVO

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as Bodas de Caná ficou muito claro que o vinho novo das promessas de Deus é melhor do que as eventuais providências humanas. Deus sempre nos supera, sem desvalorizar o esforço humano. Somos os servos chamados a encher as talhas de água, que eram destinadas às purificações dos judeus. Nem eram águas cristalinas! Hoje é melhor do que ontem, e amanhã será melhor do que hoje! Neste final de semana celebramos a festa da Ascensão do Senhor. Despedidas foram feitas e a missão começou. Em poucos dias, depois da novena de orações realizada, no Cenáculo, acompanhados por

Os dias... recolhidos em casa podem servir para contarmos de novo as histórias de nossas famílias. Maria, Mãe de Jesus, a Igreja nascente, os discípulos da primeira hora, experimentam a grande efusão do Espírito Santo, começando um tempo, nossa história, que vai até a vinda do Senhor, quando Deus for tudo em todos! Costumamos chamá-lo de “tempo do Espírito”! Até lá, a visibilidade de sua presença e ação está em nossas mãos, sob nossa responsabilidade! Olhar para as coisas do alto, mirar a eternidade, apaixonar-se pelo Reino de Deus, ter pensamentos semelhantes aos de Deus (Cf. Is 55,8; Jr 29,11). Mesmo quando nos cabe analisar os fatos negativos de nossa his-

Saudades do FUTURO tória pessoal, da Igreja ou da sociedade, é próprio do cristão ir lá dentro da realidade das pessoas e descobrir a semente de bem, plantada pelo Espírito Santo de Deus, para afofar a terra em volta e possibilitar a germinação do que é bom para as pessoas e contribuir no crescimento do Reino de Deus e sua Igreja. Olhar, sim, para o passado, a partir de dois ângulos: agradecer o bem que foi feito e pedir perdão pelas falhas cometidas. Encarar o momento presente com realismo, fazendo o bem que nos é possível. Olhar o futuro com esperança. Esta é a nossa tarefa. Entretanto, o desafio será sempre, e parece contraditório, ter saudade do futuro, daquilo que é melhor, do que vem de Deus e de suas promessas, para superar as lamentações e queixas costumeiras, apontando para o que é melhor, cuja fonte genuína só pode estar em Deus. Por falar em tempo e história, a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado na Festa da Ascensão do Senhor, como título “Para que possas contar e fixar na memória” (Ex 10, 2) A vida faz-se história”, o Papa diz que “precisamos de respirar a verdade das histórias boas: histórias que edifiquem, e não as que destruam; histórias que ajudem a reencontrar as raízes e a força para prosseguirmos juntos. Na confusão das vozes e mensagens que nos rodeiam, temos necessidade de uma narração humana, que nos fale de nós mesmos e da beleza que nos habita; uma narração que saiba olhar o mundo e os acontecimentos com ternura, conte a nossa participação num te-

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n ASCENSÃO DO SENHOR despedidas foram feitas e a missão começou

cido vivo, revele o entrançado dos fios pelos quais estamos ligados uns aos outros”. Os dias que vivemos recolhidos em casa podem servir para contarmos de novo as histórias de nossas famílias. Certamente, muitos avós puderam narrar de novo, inclusive enfeitando de heroísmo as gerações passadas, a história da família. “O homem é um ente narrador. Desde pequenos, temos fome de histórias, como a temos de alimento. Sejam elas em forma de fábula, romance, filme, canção, ou simples notícia, influenciam a nossa vida, mesmo sem termos consciência disso. Muitas vezes, decidimos aquilo que é justo ou errado com base nos personagens e histórias assimiladas. As narrativas marcamnos, plasmam as nossas convicções e comportamentos, podem ajudar-nos a compreender e dizer quem somos” (Papa Francisco). O futuro encontra também luzes no passado glorioso, fazendo com que o presente aponte para ideais mais altos. Faz-se, entretanto, necessário o discernimento, diante de mui-

tas notícias falsas que comprometem as decisões e os passos em direção ao futuro. Já nas origens, histórias falsas comprometeram a vida humana na terra, como observa o Papa: “Se comeres, tornar-te-ás como Deus” (Cf. Gn 3, 4): esta tentação da serpente introduz, na trama da história, um nó difícil de desfazer. ‘Se possuíres…, tornar-te-ás…, conseguirás’.Quantas histórias nos narcotizam, convencendo-nos de que, para ser felizes, precisamos continuamente de ter, possuir, consumir. Quase não nos damos conta de quão ávidos nos tornamos de bisbilhotices e intrigas, de quanta violência e falsidade consumimos” (Papa Francisco). Como tecer o futuro, com os valores que nos foram legados pela Escritura, pela Igreja e por nossas famílias? O futuro seja considerado como missão, uso adequado de nossa liberdade para comunicar o bem, purificando nossas conversas e descobrindo o bem nos acontecimentos e nas pessoas. Há sempre um misterioso fio de ouro, com o qual Deus tece nossas vidas e a história. Abertos ao Espírito Santo, e estamos

no Tempo do Espírito! Acreditar no futuro que vem de Deus suscita ainda nossa criatividade, a disposição para colocar os dons pessoais a serviço do bem comum. Quantas qualidades e capacidades ficam guardadas e escondidas, sem saírem à vida pública, quando poderiam ser reconhecidas como dons de Deus, como realmente o são. Mais pessoas poderiam assumir tarefas na sociedade, saindo das críticas azedas que fazem pensar e agir como se tudo estivesse perdido! Enfim, ter saudade do futuro pode significar para todos nós a certeza de que Deus é Senhor da História. Se vale para a presente pandemia, quando repetimos tanto “vai passar”, valha também para a nossa vida pessoal e familiar, na superação de complexos de inferioridade e a baixa autoestima. Vale rezar com o salmista: “Senhor, meu Deus, a ti clamei e me curaste. Senhor, tu me fizeste voltar do abismo, restituíste-me a vida para eu não descer à sepultura.Cantai hinos ao

Senhor, ó seus fiéis, rendei graças à sua santa memória;porque sua ira dura um instante, a sua bondade, por toda a vida. Se de tarde sobrevém o pranto de manhã vem a alegria (Sl 29,3-6).

Se de tarde sobrevém o pranto de manhã vem a alegria.

“precisamos de respirar a verdade das histórias boas:...que edifiquem, e não as que destruam; ...ajudem a reencontrar as raízes e a força para prosseguirmos juntos.


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IGREJA

BELÉM, DE 22 A 28 DE MAIO DE 2020

CNBB suspende edital dos Prêmios de Comunicação 2020 por causa do coronavírus DIVULGAÇÃO

INSCRITOS estão automaticamente garantidos para certame em outubro de 2021

O

edital da 53ª edição dos Prêmios de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), referente ao ano de 2020, foi suspenso pela Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB. Lançado em 10 de fevereiro deste ano, o documento oferecia a possibilidade de os interessados apresentarem as boas iniciativas de trabalho jornalístico e cultural provenientes de todo o país nas áreas do Cinema, Rádio, Televisão, Imprensa e Internet, bem como do campo da pesquisa acadêmica em comunicação e iniciativas da Pastoral da Comunicação. Com a medida, as inscrições já realizadas até o dia 10 de maio, data limite anteriormente estabelecida, continuarão a ter eficácia para outubro do próximo ano, nova data de entrega dos Prêmios de Comunicação. De acordo com a Co-

missão para a Comunicação, foram consideradas algumas questões importantes para a decisão, dentre elas, as recomendações das autoridades de saúde para que não haja aglomerações e nem eventos que tenham a presença de público. Além disso, a Comissão explicou que no próximo ano serão reabertas as inscrições e um novo edital será divulgado. Devido à situação excepcional do país, a Comissão, que atualmente conta com a assessoria do padre Tiago José Sibula e de Manuela Castro, prioriza a necessidade de garantir o cumprimento das normas restritivas, preservando a saúde da população, sobretudo daqueles mais vulneráveis à contaminação da doença. “Quem se inscreveu este ano já está automaticamente na edição do ano que vem. Tão logo tivermos a definição da data em outubro avisaremos”, anunciaram os assessores.

n A PREMIAÇÃO distingue os melhores projetos de propagação da vida de Igreja no Brasil

PRÊMIOS DE COMUNICAÇÃO Desde 1967, os Prêmios de Comunicação da CNBB são apreciados por especialistas em cada área, numa primeira fase e, depois, na etapa final, são escolhidos por uma comissão episcopal nomeada pelo Conselho Episcopal Pastoral (Consep). Depois de encerradas as inscrições, os trabalhos são levados a seis universidades católicas

brasileiras e a um grupo de profissionais da Rede Católica de Rádio (RCR) e da Signis Brasil. Em 2020, o Prêmio chegou à sua 53ª edição com o objetivo de premiar trabalhos que destacam valores humanos e cristãos em diversas áreas da comunicação e da arte: Cinema (Prêmio Margarida de Prata), Rádio (Prêmio Microfone de

PADRE ROMEU FERREIRA Formado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (romeufsilva@gmail.com)

Prata), Imprensa (Prêmio Dom Hélder Câmara), TV (Prêmio Clara de Assis) e Internet (Prêmio Dom Luciano Mendes de Almeida). Na edição 2020, duas novas categorias foram lançadas. O prêmio Pastoral “Kerigma”, que visa o reconhecimento e o incentivo de ações desenvolvidas pelas equipes da Pastoral da Comunicação, nas paró-

quias e dioceses, tendo como critério a implementação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB (2019-2023), e o prêmio “Papa Francisco”, que visa reconhecer e incentivar o trabalho dos pesquisadores em comunicação de graduação e pós-graduação, que colaboram na reflexão e no trabalho pastoral da Igreja no Brasil.

LITURGIA

HOMILIA DOMINICAL A) Texto: Mt 28,16-20

Naquele tempo, 16os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. 17Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram. 18Então, Jesus aproximou-se e falou: “toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. 19Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo 20e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. B) COMENTÁRIO

Solenidade da Santíssima Trindade: do Pai Criador, do Filho Redentor, e do Espírito Santificador. Jesus ordena que seus discípulos formem outros para Ele, que possam gerar, fazendo-os nascer na Trindade Santa: “batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espí-

rito Santo” (v 19). A mensagem está vinculada à locomoção, característica de quem vive. Aqui tal movimento está no início e meio do texto, através do verbo “ir”, quando diz que “os discípulos foram para a Galileia...” (v 16); e logo destaca Jesus falando: “ide e fazei discípulos meus todos os povos” (v 19). Na vida há o moverse por si mesmo, decisão própria; e o moverse por ordem de outro. Aqui, a ordem vem de Jesus, daquele que tem poder, toda a autoridade (v.18). E que ordena Jesus aos seus, a nós hoje? Que manda aquele que pode? Manda: ide e fazei discípulos meus todos os povos. Não se trata de quaisquer discípulos, mas ao vê-los saibam todos que eles são de Cristo. Aqui há um grande desafio, como discípulo de Jesus: corremos o risco de falar de nossas pró-

prias ideias em lugar das ideias do Senhor. As ideias são dele, os discípulos são dele; esta é a verdade! Jesus fala com propriedade e transparência: fazei discípulos meus. O verdadeiro discípulo de Jesus é quem não faz discípulos para si; faz para o mestre. Paulo nos lembra: “quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor”. Diz Jesus: ide e ensinai – “ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei” (v 20). Logo, é instrução integral; repassar tudo às novas gerações. Nada fique fora da observância, tudo é tudo. Aqui vem o eco na voz da mãe de Jesus aos discípulos de seu filho com igual ideia, nas palavras: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,12). Conclui João, dizendo: “... e seus discípulos creram nele”. Maria mãe Jesus, nos leva à fé nele. Hoje o texto fala que

vendo Jesus “alguns duvidaram” (v 17). A dúvida faz parte da vida do discípulo que recorre ao mestre, e ele nos toma pela mão, como a Pedro “homem fraco na fé, por que duvidaste?” (Mt 14,31). “Fazei discípulos meus todos os povos”. Dever do discípulo; o missionário é enviado a multiplicar multiplicadores das ações de Jesus. Eis a missão, como outrora dissera o apóstolo Paulo: “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). E conclui: ide e eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo; a “Shequiná hebraica”. Jesus ao dizer:“estarei convosco”, afirma: “eu sou Deus convosco”; ele é o “Emanuel” do profeta (Is 7,14). Jesus é cumprimento das profecias, realização e garantia da presença divina na ação de quem é seu discípulo.

n 22/05 - SEXTA Cor (branco) Primeira Leitura (At 18,9-18) Responsório (Sl46) Evangelho (Jo 16,20-23a) n 23/05 - SÁBADO Cor (branco) Primeira Leitura (At 18,23-28) Responsório (Sl 46) Evangelho (Jo 16,23b-28) n 24/05 - DOMINGO Cor (branco) Primeira Leitura (At 1,1-11) Responsório (Sl 46) Segunda Leitura (Ef 1,17-23) Evangelho (Mt 28,16-20) n 25/05 - SEGUNDA Cor (branco)

Primeira Leitura (At 19,1-8) Responsório (Sl67) Evangelho (Jo 16,29-33) n 26/05 - TERÇA Cor (branco) Primeira Leitura (At 20,17-27) Responsório (Sl67) Evangelho (Jo 17,1-11a) n 27/05 - QUARTA Cor (branco) Primeira Leitura (At 20,28-38) Responsório (Sl67) Evangelho (Jo 17,11b-19) n 28/05 - QUINTA Cor (branco) Primeira Leitura (At 22,30; 23,6-11) Responsório (Sl15) Evangelho (Jo 17,20-26)


5 SETORJUVENTUDE

BELÉM, DE 22 A 28 DE MAIO DE 2020

DOM ANTÔNIO DE ASSIS RIBEIRO Bispo Auxiliar de Belém (domantoniodeassis@arqbelem.org)

MUNDO JUVENIL E A FÉ CRISTÃ

MARIA é uma mulher como as outras? (2)

INTRODUÇÃO

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evido o forte carinho dos fiéis católicos para com a pessoa da Mãe de Jesus e considerandoa importância pastoral deste tema, foi-me solicitado continuar esta reflexão apresentando outros aspectos. Agradeço a atenção por isso. De fato, minha preocupação é justamente de caráter pastoral visando oferecer aos leitores,pistas como subsídios que possam favorecer uma visão mais profunda da beleza e grandeza de Nossa Senhora. A didática de apresentação está em sintonia com as provo-

Quando... chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho; nascido de uma mulher” cações; por outro lado, da parte dos fiéis católicos se constata a necessidade da assimilação de mais conteúdo mariano para poderem contraargumentar diante das investidas fundamentalistas e intolerantes contra a dignidade da mãe de Jesus Cristo. Espero que tais reflexões contribuam para crescermos no desejo de mais fundamentação da devoção mariana. Somente na objetividade do conhecimento dos Evangelhos é que a figura de Maria poderá ser, em sua excepcional dignidade, acolhida e respeitada como convém; os Evangelhos nos oferecem as bases fundamentais e os parâmetros para a justa e saudável devoção. Então continuemos nossa reflexão!

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Se Maria é uma mulher como as outras, por que chamá-la de Nossa Senhora?A questão é simples. A mãe de um senhor é uma senhora! E por isso, a mãe do Nosso Senhor é Nossa Senhora. Essa não é uma invenção da Igreja Católica; é uma declaração de Isabel, que disse: “Como

posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar?”(Lc1,42-43) e do próprio Jesus Cristo dizendo: “eu sou o Mestre e o Senhor” (Jo 13,13). Também o apóstolo Tomé proclamou sua fé em Jesus Ressuscitado, declarando-lhe: “Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20,28). São Paulo afirma: “Jesus Cristo é o Senhor para a Glória de Deus Pai” (Fl 2,11); justamente em virtude do mistério da Santíssima Trindade, Maria gestante, não é portadora simplesmente de uma pessoa humana, mas também portadora do Filho de Deus nela encarnado. O menino, desde a sua concepção tem dupla natureza, a humana e a divina. Essas duas realidades são indissociáveis, por isso disse o anjo: “o menino que nascer de ti...”(Lc 1,31). Na carta aos Gálatas está escrito: “Quando, porém, chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho; nascido de uma mulher” (Gl 4,4). É daí que vem a Senhoria de Maria! .

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Maria é uma mulher como outras? Então, todas elas já carregaram no seu ventre o Salvador da humanidade? E será que fizeram essa experiência degustando o silêncio contemplativo? Na v e rd a d e , s ó M a r i a de Nazaré viveu t u d o i s s o. E l a é a mulher do Mistério! Ela é a mãe do Mistério escondido por séculos que a nós foi reveladoe anunciado (cf. Rm 16,25; Ef 3,9; Cl 1,26). Por isso, consciente de ser portadora dessa realidade sublime e divina, sua atitude foi de silêncio e contemplação. O evangelista Lucas afirma que Maria conservava todos os fatos e palavras e m e d i t a v a s o b re eles em seu coração (cf. Lc2,19.51). Mariaé a mulher do silêncio eloquente, portadora do mistério da salvação, por isso, não é uma mulher qualquer!

DIVULGAÇÃO

12 Nenhuma outra mulher viveu essa experiência e ouviu essas declarações. Então, Maria não é como outra qualquer!

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Maria é uma mulher como as outras? Então, quantas tiveram a honra de sera educadora do Mestre dos mestres? Isso não é invenção! Jesus, o Filho de Deus, foi obediente à sua mãe e por ela foi acompanhado e educadona condição de filho, em processo de desenvolvimento: ele crescia em sabedoria, em estatura e graça, diante de Deus e dos homens (cf. Lc 2,51-52). Quem das mulheres teve o privilégio de fazer-se obedecer pelo Rei dos reis, se impondo a ele como mãe e educadora com toda autoridade? É justamente isso que nos relata o evangelista Lucas, narrandoo encontro do menino no templo entre os doutores da lei; Maria lhe disse: «Meu filho, por que você fez isso conosco? Olhe que seu pai e eu estávamos angustiados, à sua procura» (Lc 2,48). “Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e permaneceu obediente a eles” (Lc 2,51). Essa autoridade, liberdade e carinho para com o seu Filho, Maria nunca perdeu, porque mãe é sempre

mãe; por isso, hoje, é nossa mãe no seu filho e, como tal, nossa intercessora. As mães sempre intercedem por seus filhos. Essa autoridade diante do Nosso Salvador, só ela tem no céu! Por isso, não nos cansamos de dizer: “rogai por nós”!

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Maria é uma mulher como as outras? E quantas acompanharam o Salvador carregando a sua cruz? Quantas viram seu filho sendo c ruc i fi ca d o, morto e, mais ainda, ressuscitado? A q u a n t a s m u l h e re s o crucificado, do alto da cruz, disse: «Mulher, eis aí o s e u f i l h o. » M a r i a é declarada pe l o próprio Jesus como mãe do discípulo a m a d o. E d e p o i s disse ao discípulo: «Eis aí a sua mãe»?Jesus diz ao discípulo que Maria era sua mãe, ou seja, a maternidade de Maria é compartilhada, estendida a toda à Igreja, sendo re p re s e n t a d a p e l o discípulo amado. O discípulo amado de Jesus acolhe a sua mãe e por isso João declara: “E dessa hora em diante, o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo 19,25-26).

Maria é uma mulher como as outras? Analisemos outra questão. Desta vez, consideremos o nascimento do seu filho e as repercussões dessa notícia. O nascimento dessa criança foi fato gerador de grande impacto para os habitantes da Judeia. Um anjo anunciou o nascimento da criança, mais ainda, também declarou a sua identidade e o seu futuro: “um anjo do Senhor apareceu aos pastores; a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo. Mas o anjo disse aos pastores: «Não tenham medo! Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor” (Lc 2,9-11). “De repente, juntouse ao anjo uma grande multidão de anjos. Cantavam louvores a Deus, dizendo: «Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados» (Lc 2,12-13). Qual mulher na história da humanidade viu isso acontecer no ato de dar a luz seu filho, quantos anjos lhe apareceram, o que cantaram e o que disseram da criança? Só Maria de Nazaré viveu essa experiência, por isso, ela não é uma como as outras!

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Após o nascimento da criança, iniciaram as visitas a ela. Fato comum a tantas mães vendo os parentes, amigos e vizinhos se alegrarem por causa do recém-nascido. Mas de um grupo de visitantes algo extraordinário Maria contemplou o que certamente lhe causou profunda comoção. Ve j a m o s o q u e n o s descreve o evangelista Mateus: “quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante

dele, e lhe prestaram homenagem. Depois, abriram seus cofres, e ofereceram presentes ao menino: ouro, incenso e mirra” (Mt 2,11). Receber visitas tudo bem, ser homenageado(a) é compreensível, mas ajoelhar-se diante do bebê é algo único. Com esse gesto os magos do oriente reconheceram a divindade do menino, por isso, se prostraram em adoração diante dele. Alguma outra mulher já presenciou visitantes prostrando-se em adoração diante do seu bebê? Só Maria de Nazaré viu isso, então ela não é como as outras mulheres. Naquele bebê habitava a plenitude da divindade (cf. Cl 2,9); Ele é a irradiação da glória de Deus e por isso está acima dos anjos (cf. Hb 1,1-4).

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Estamos diante do mistério da encarnação do Filho de Deus! Maria não é mãe de um mero corpo, mas de uma pessoa, Jesus Cristo, plenamente humano e divino! Portanto, a negação d a e x t r a o rd i n á r i a dignidade de Maria, não é um simples ataque à mãe de Jesus, mas ofensa à identidade do próprio Filho de Deus! A ignorância gera confusão. Boa conclusão do mês mariano! PARA A REFLEXÃO PESSOAL: Por que é importante a clareza da relação entre Maria e Jesus? Quais os perigos de uma devoção mariana sem base bíblica? Qual dos itens mais chamou sua atenção?

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“Mulher, eis aí o seu filho.”

a negação da extraordinária dignidade de Maria, não é um simples ataque à mãe de Jesus


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FUNDAÇÃO NAZARÉ

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FAMÍLIA NAZARÉ

FUNDAÇÃO NAZARÉ: pilar da Arquidiocese de Belém FRAME TV NAZARÉ

INSTITUIÇÃO sustenta TV, rádio FM, portal na internet e jornal impresso

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onectada à programação da Semana da Comunicação, a Arquidiocese de Belém, segue envidando todos os esforços possíveis para continuar evangelizando, apesar da pandemia. “Sabemos que não podemos ainda ir às nossas igrejas, participar da Santa Missa, mas podemos chegar a sua casa pelos nossos veículos de comunicação”, diz Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém, e presidente da Fundação Nazaré de Comunicação. Respeitando e acatando as recomendações das autoridades, a Arquidiocese de Belém suspendeu as Missas públicas desde o dia 21 de março e, desde então, vem empenhando-se para manter ativa a assistência espiritual do rebanho, servindo-se dos veículos arquidiocesanos. “Mas nós sabemos que não podemos desligar os nossos meios de comunicação. Somos pobres, e com grande esforço, seguimos adiante”, explica Dom

Alberto em conversa com benfeitores da evangelização através dos veículos. “Assim, eu faço um apelo para a nossa família, a Família Nazaré. Nesses dias em que você está recebendo o nosso convite, rogamos a Deus que lhes abençoe, respondendo com generosidade a nossa carta que chega até você. Todo o nosso esforço tem sido possível pelo compromisso de nossos veículos: TV Nazaré, Rádio Nazaré FM, Portal Nazaré e o Jornal Voz de Nazaré; mas somos pequenos, tudo demanda custos muito altos, então precisamos de você. Não pedimos muito, mas o pouco que você doar, será muito com Deus nos ajudando”. Recomendações expressas das autoridades visam cuidar das pessoas idosas e de risco. Pede-se que elas acompanhem as celebrações diretamente de suas residências. Para isso os meios de Comunicação da Arquidiocese (Rede Nazaré de Comunicação) e suas redes sociais transmitem a Santa Missa.

Anote e acompanhe! SEJA UM BENFEITOR Quem não faz parte ainda da Família Nazaré pode realizar seu cadastro no Portal Nazaré (www.fundacaonazare.com. br/cadastro) ou ligar para o número 4006-9211/40069212. Dessa maneira, qualquer pessoa que queira contribuir com a missão evangelizadora da Arquidiocese de Belém, passa a ser integrante da família de benfeitores.

n APELO: "não podemos desligar nossos meios de comunicação" - Dom Alberto

TRANSMISSÕES DE MISSAS - VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DA ARQUIDIOCESE DE BELÉM TV NAZARÉ – CANAL 30.1: Segunda a sexta-feira: •7h e 18h (Basílica Santuário de Nazaré) •12h (Residência Episcopal) Sábado: •9h (em cadeia com Rede Católica); •12h (Residência Episcopal) •15h (em cadeia com Rede Católica); •18h (em cadeia com Rede Católica).

Domingo: •7h (Paróquias da Arquidiocese de Belém); •12h (Residência Episcopal) •10h e 18h (Basílica Santuário). RÁDIO NAZARÉ 91.3 FM: Segunda a sexta-feira: •12h (Residência Episcopal) Sábado: •12h (Residência Episcopal) •18h (em cadeia com Rede Católica). Domingo: •10h e 18h (Basílica Santuário).

•12h (Residência Episcopal) PORTAL NAZARÉ – http://www.fundacaonazare. com.br/ Segunda a sexta-feira: •7h e 18h (Basílica Santuário de Nazaré) •12h (Residência Episcopal) Sábado: •9h (em cadeia com Rede Católica); •12h (Residência Episcopal) •15h (em cadeia com Rede Católica);

•18h (em cadeia com Rede Católica). Domingo: •7h (paróquias da Arquidiocese de Belém); •12h (Residência Episcopal) •10h e 18h (Basílica Santuário). Na aba “TV ao vivo” do Portal, acompanhe em tempo real toda a programação da TV. FACEBOOK: https://www. facebook.com/FNCBelem/ Diariamente: •12h (Residência Episcopal)

NOSSOS ANIVERSARIANTES Filomena Brandao Barroso Rebello Suely Machado Pereira Jair Dos Santos E Deusalina Ribeiro Valdecy Fernandes Da Silva Manoel Da Luz Sousa Renan Mendes Ribeiro Maria Do Ceu Matos Rodrigues Aldemira Assis Drago Herminia Penebo Awada Elisia Maria Da Silva Costa Maria Helena Azevedo Duarte Jose Wilson Malheiros Da Fonseca Maria Do Amaral Dos Santos Maria Emiliana Ramos De Souza Benedito E Jandira Santa Rosa Cesar Wagner Monteiro Da Silva Iretilda Araujo Da Silv A Maria Raimunda Paiva Da Silva Jose Perilo Da Rosa Neto Terezinha Manaia Dias Maria Oneyde Santos Marieta Alfa Ribeiro Siqueira Geny Custodio Maia Sa Dejanete Andrade Dos Santos Sonia Maria Bahia Do Carmo Paulo Sergio Fernandes Dias Odir De Moraes Pinheiro

Maria Claudia Monteiro Pontes Maria Amelia Campos Donati Jorge Casal Joao Batista P. Dos Santos E Jovelina P. Dos Santos Casal Carlos Alberto De Andrade E Elizabete De Andrade Carlos Andre Leite Delgado Fabiana Portela Araujo Joilton Cardoso Sistematica- Me

Erica Alessandra Torres Da Silva

Maria De Lourdes Santos De Oliveira Heraldo Da Costa Paredes Cecilia Moreira De Avelar Jair Moreira Da Paz Diacono Ronaldo Lira Da Conceicao Maria Das Gracas Vera Monteiro Joao Luiz Martins Mericias Margarida Maria Arouche Sampaio Haroldo Junior Amaral Santos

n NATALÍCIO DE PADRES E DIÁCONOS

Maria Madalena Da Silva Xavier Raimundo Moreira Dias Maria Da Graca Mota Martins Raimunda Nunes Meireles Carmen Lucia Neves Paulo Roberto De Oliveira Martins Charles Antonio Ribeiro Miranda Francisco De Assis Oliveira

Julio Dos Santos Seabra Wilma Maria Barbosa De Oliveira E Oliveira Alzira Da Silva Lima Joao Ranulfo De Almeida Cavalcante Lina Maria Gomes Ana Maria Morais Santos Katia Maria Dos Santos Dias Elisabel Lavareda Do Nascimento

Roselene Do Socorro De Souza Mendes Marinaldo De Souza Farias Maria Das Dores Albuquerque Sanches Maria Cinira Marques C. De Moraes Marli Santos Saraiva Frederica Guilhermina Pereira Ribeiro Giselia Maria De Barros Soares Maria Do Socorro Silva Rodrigues Valter Rachit

22/05 - Diác. Jorge Daniel Rêgo de Souza 23/05 - Côn. Sebastião Fialho de Freitas 23/05 - Pe. Tadeu Flávio Santos dos Santos 23/05 - Diác. José Wilson Malheiros Fonseca 24/05 - Diác. David Dias de Souza 24/05 - Diác. José Gonçalves da Silva Júnior 25/05 - Pe. Raimundo Nonato Viana de Souza 25/05 - Diác. José Lourenço da Costa 25/05 - Diác. Márcio Dennis de Souza Monteiro 25/05- Diác. Ronaldo Lira da Conceição 26/05 - Pe. João Paulo de Mendonça Dantas n ORDENAÇÃO DE PADRES E DIÁCONOS 23/05 - Pe. LuisMosconi 26/05 -Côn. Cristóvão Santos Freitas 26/05 - Pe. Carlos Cezar Damaglio 27/05 - Pe. Ailton Melo Teixeira


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CADERNO DOIS

Dom Alberto Taveira Corrêa completa 70 ANOS nesta terça-feira, 26 “ALEGRIA de servir a Deus, e esperança de ver abertas de novo, as nossas igrejas” EDMONDO LILLI

DIVULGAÇÃO

n PROJETO MISSIONÁRIO: “seguir com a alegria de servir"

n ÁREAS MISSIONÁRIAS: continuar acompanhando-as

N

atural da cidade de Nova Lima (MG), na próxima terça-feira, 26, Dom Alberto Taveira Corrêa, décimo Arcebispo Metropolitano de Belém, comemora seu 70º aniversário natalício. Por causa do isolamento social, a comemoração será na Residência Epis-

copal com Santa Missa ao meio-dia, transmitida pelos meios de comunicação da Fundação Nazaré. Criado por uma família tradicional mineira, Dom Alberto foi batizado com o mesmo nome do pai, Alberto Corrêa, que era professor e bancário. A sua mãe, Maria da Conceição Taveira Corrêa, também era professora e teve mais dois filhos. Sobre suas expectativas para a nova idade, Dom Alber-

TRAJETÓRIA Ao completar o estudo primário, ele ingressou no Seminário Provincial do Coração Eucarístico de Jesus, em 1961, com apenas 11 anos. Lá, completou o Ensino Fundamental e Médio. Como seminarista da Arquidiocese de Belo Horizonte, fez os cursos de Licenciatura em Filosofia e Bacharelado em Teologia na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

BRASÃO EPISCOPAL O brasão de Dom Alberto Taveira Corrêa foi criado em 1991 por ocasião de sua Ordenação Episcopal (06/07) como bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília e teve como inspiração o lema episcopal: “PARA A VIDA DO MUNDO”. Em sua construção, lançados em campo único vermelho estão em ouro, uma estrela manifesta em seu brilho e um feixe de trigo. Este conjunto heráldico representa três elementos da fé cristã que manifestam a compreensão do lema episcopal do Arcebispo, a Eucaristia, Maria e a Unidade. Distintos e integrados, eles dizem o afã de ser instrumento da vida plena: “a mim o menor de todos, foi concedido o desafio de anunciar a todos o mistério das riquezas insondáveis de Cristo” (Ef 3, 8). ELEMENTOS A Eucaristia: expressa no lema episcopal a partir do feixe do trigo. Ela é o corpo de Cristo dado por vós. Recorda Jesus quando

to comenta que “para Deus, mil anos são como um dia e um ano como mil anos”. “Desejo viver bem cada momento presente, dedicando ao Senhor e à Igreja a minha vida. O mais importante é dar graças a Deus pela vida, pela saúde, pelas pessoas, pelo amor com que sou cercado todos os dias, desejando ser fiel a estes

No dia 15 de agosto de 1973, aos 23 anos, foi ordenado sacerdote por Dom João Resende Costa. De 15 de agosto de 1973 até dezembro de 1977 exerceu o cargo de pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar, em Nova Lima. Foi, ainda, Vigário Paroquial da Paróquia de Santo Antônio do Morro Velho e Capelão do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, na mesma cidade. No dia 6 de julho de 1991, foi

ordenado Bispo, como Auxiliar de Brasília. Em 31 de maio de 1996, tomou posse como primeiro Arcebispo Metropolitano de Palmas, TO. Entre outras missões exercidas por Dom Alberto ao longo da trajetória de vida, está a Arquidiocese de Belém, onde, designado pelo Papa Bento XVI, em 30 de dezembro de 2009, tomando posse no dia 25 de março de 2010, tornou-se o décimo Arcebispo Metropolitano de Belém.

“abre o coração“ e fala: “O Pão que eu darei é minha carne dada PARA A VIDA DO MUNDO” (Jo 6, 51). Para o caminho e a maturidade de filhos recebemos nesta fonte o “Corpo entregue” e o “Sangue derramado” de Jesus, tesouro entregue é tesouro a se comunicar. Desta forma cabe ao epíscopo anunciar o amor que lhe foi entregue e convidar a todos a acolher este imenso dom na Eucaristia. Ser exemplo para que os outros conheçam este amor. Maria: expressada na estrela que brilha. Ela é a rainha e a estrela da evangelização, que aqui apresenta uma luz que não é sua, mas toda de Deus, por isso vemos o brilho da estrela que reluz a “luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado e não criado...”. A estrela não se apresenta, mas se faz instrumento escondido, é como se Maria estivesse tomando para si a palavra de João Batista: “importa que Ele cresça e eu diminua”, e ainda reitera: “fazei tudo o que Ele vos disser”. No coração do Arcebispo o título mariano, com o qual teve contato e forjou-lhe uma profunda consciência de ser filho de Deus e da Igreja, foi o de Nossa Senhora do Pilar, padroeira de sua cidade natal (Nova Lima, MG). Pulsa no sim dado à missão episcopal, a certeza de Maria como amparo da fé, pois é modelo de entrega de vida e cuja

fidelidade se apoia na garantia de sua materna intercessão. A UNIDADE: expressa no campo único da arte do brasão, propõe a entrega da vida inteira a Deus, pois “o cristão se realiza à medida que entrega a sua vida. Só quem ama vive de verdade”. A cor vermelha, além de recordar o mistério da redenção, o fogo do Espírito, diz da coragem dos mártires que no seu martírio ensinam a morrer um pouco a cada dia, para que a misericórdia Divina sustente a fragilidade humana e nos dê a coragem para sermos testemunhas de Jesus Cristo. Santo Inácio de Antioquia sugere um ideal de vida, este santo queria ser o “trigo de Cristo” triturado pelos dentes das feras, até dizia que só seria verdadeiramente homem na da entrega da vida. INTEGRAÇÃO DOS ELEMENTOS: O conjunto em arte expressa em detalhes o mistério uno e trino de Deus. No feixe de trigo encontra-se um caule (o número “um” indica que Deus é uma só realidade) que sustenta “sete” grãos (número que biblicamente indica a perfeição), que culmina em “três” filetes (Santíssima Trindade, um só Deus em três pessoas) lançados a partir do conjunto dos grãos. Na base, o brilho de uma estrela, todos os elementos em tons doura-

dons recebidos”, comenta Dom Alberto acerca de seu aniversário. Sobre seus planos no seguimento de sua missão na Arquidiocese de Belém, o Arcebispo afirmou que “não há programas diferentes”, mas buscar responder aos desafios atuais: “agora, a solidariedade e envolvimento com o drama da pandemia; o sonho de que

as portas de nossas igrejas se abram; a continuidade do Sínodo Arquidiocesano, cujo calendário foi suspenso por causa da pandemia; a ampliação do serviço da Igreja em Áreas Missionárias, paróquias, Serviço da Caridade e, daí, por diante. Não dá para ficar parado. Tudo continua a funcionar em nossa Igreja de Belém!” DIVULGAÇÃO

n DIAS ATUAIS: prioridade é solidariedade ao rebanho

n CONTINUIDADE ao Sínodo Arquidiocesano, interrompido

dos (indica não só a caridade como norma da vida, mas a vitória e o caminho para alcançá-la) em harmonia no centro de um campo único, o vermelho (esta cor indica fortaleza, bons cuidados, valorização, fidelidade, alegria e honra no desafio de socorrer os pobres, infelizes e injustiçados). ENTENDIMENTO DO CONJUNTO: Atrai, propõe e convida a um ideal pelo qual vale dedicar inteiramente a própria vida: Deus que é amor. Em tempos de um mundo ferido e cansado, afirma que vale carregar como norma e decisão de vida viver: “PRO MUNDI VITA!” (O Pão que Eu darei é minha carne dada PARA A VIDA DO MUNDO” (Jo 6, 51). O Bispo deseja “perder-se” na Eucaristia, para imolar-se, sendo

“Eucaristia para o mundo”. O mundo é um campo de missão que desafia a capacidade evangelizadora dos filhos de Deus. A Igreja que chamou Dom Alberto Taveira Corrêa à missão episcopal, para acompanhar este e todos os filhos na Eucaristia que manifesta o imenso amor, seguindo os passos de Cristo, morto e ressuscitado. Quem vive o encontro eucarístico recebe, assim como os discípulos de Emaús, a Palavra e o Pão. Aqui, a Palavra é o lema episcopal, e o Pão é o trigo triturado. Acolher a Palavra e comungar é ser transformado e impelido pelo AMOR, a repetir, sustentado por Maria, pilar e amparo da fé, a entrega plena e incondicional da vida, diante de cada homem e mulher, chamando todos ao convívio eterno!


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IGREJA

CADERNO DOIS

IGREJA no Brasil adota tolerância zero contra abuso de adolescentes e vulneráveis

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or ocasião do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, marcado no dia 18 de maio no Brasil, o portal da CNBB publicou uma matéria especial sobre o tema, publicada na edição nº 31 da revista Bote Fé, da Edições CNBB, que circula entre abril e junho. A matéria aprofunda as ações da Igreja no Brasil tendo em vista a implantação do Motu Próprio do Papa Francisco, “Vós Sois a Luz do Mundo”, que estabelece regras para o combate à prática na Igreja. Abaixo o texto da matéria. Termina, no próximo dia 1º de junho, o prazo para que as Igrejas particulares, Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica estabeleçam as regras previstas no Motu Próprio Vos Estis Lux Mundi. A Carta Apostólica “Vós sois a luz do mundo” do Papa Francisco, publicada no dia 9 de maio de 2019, estabelece regras para “prevenir” e “contrastar” os crimes de abuso sexual cometidos contra menores – pessoas até 18 anos – e pessoas vulneráveis no âmbito da Igreja Católica. “Os crimes de abuso

sexual ofendem Nosso Senhor, causam danos físicos, psicológicos e espirituais às vítimas e lesam a comunidade de fiéis”, diz a introdução do documento. Para o Papa Francisco, para que “não aconteçam tais abusos, é necessária uma conversão contínua e profunda dos corações, atestada por ações concretas e eficazes que envolvam a todos na Igreja, de modo que a santidade pessoal e o empenho moral possam concorrer para fomentar a plena credibilidade do anúncio evangélico e a eficácia da missão da Igreja”. Em seus 19 artigos, o Motu Proprio estabelece qual deve ser o rito e os prazos de investigação de uma denúncia de abuso e também a forma que a Igreja deve proceder nos cuidados prestados às pessoas que vão desde o acolhimento, escuta e acompanhamento por meio de serviços específicos à assistência espiritual, médica e terapêutica. O Motu Proprio aponta que as dioceses devem criar “um ou mais sistemas estáveis e facilmente acessíveis ao público para apresentar as assinalações” e de notificação de denúncias. Esse

é um tema em relação ao qual a Igreja Católica no Brasil não está indiferente, como demonstram os passos que vem dando. Em outubro de 2018, antes mesmo do Motu Proprio, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou, pela Edições CNBB, o texto “O cuidado pastoral das vítimas de abuso sexual”. No texto, aprovado pela Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, a CNBB posicionou-se ao lado das vítimas, rejeitou e violência, abraçou a justiça e apresentou orientações para as dioceses sobre as condutas que devem ser adotadas. Agora essas orientações serão revistas à luz do documento do Papa. Outro passo importante nessa direção foi a consolidação da Comissão Especial de Proteção da Criança e do Adolescente da CNBB, composta por três leigos, dois bispos e um frade. A Comissão está realizando um conjunto de ações para garantir o cumprimento do decreto papal. Uma delas é a elaboração e envio ao episcopado brasileiro do texto: Orientações para o funcionamento e instituição da Comissão Dio-

cesana ou Interdiocesana para a Tutela dos Menores e Pessoas em situação de Vulnerabilidade. De acordo com o bispo de Santo Amaro (SP) e presidente da Comissão Especial de Proteção da Criança e do Adolescente da CNBB, Dom José Negri, desde a publicação do Motu Proprio Vós sois a luz do mundo, a Comissão da CNBB tem se dedicado a auxiliar as dioceses de todo o território nacional em sua implementação. “Procuramos estar sempre disponíveis, respondendo a eventuais dúvidas e indicando possíveis soluções para que a Igreja possa dar uma resposta eficaz ante qualquer denúncia de prática de provável abuso contra crianças ou vulneráveis”, disse. Dom José Negri reforça que a Igreja no Brasil adota a política de “tolerância zero” em face dos casos de abuso que causam tanto sofrimento. “Tanto a CNBB, quanto a Igreja no Brasil, adotam essa postura radical para que as nossas comunidades, obras e serviços sejam cada vez mais um ambiente seguro para todos, sobretudo para os menores e vulneráveis”, afirmou. Outra iniciativa proposta pela Comissão é

PASTORAL Familiar promove X Simpósio Nacional das Famílias online

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arcado para sábado, 23 de maio, o 10º Simpósio Nacional das Famílias será realizado de forma online. O evento presencial, em Aparecida (SP), foi cancelado por conta da pandemia do novo coronavírus. Mesmo assim, a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) se comprometeu a oferecer as palestras e comunicados do simpósio por meio da internet. Assim, a programação do evento online será transmitida ao vivo pelo canal da Pastoral Familiar no Youtube. O 10º Simpósio Nacional das Famílias tem como tema “Família e Educação” e o lema “Crescia em Sabedoria, estatura e Graça diante de Deus e diante dos homens” (Lc 2, 52). Será ocasião para aprofundar a visão da Igreja de que a família é lugar por excelência da educação e que “conhecer exige educar”. “Há muito a Igreja do Brasil tem favorecido o trabalho com as famílias, especialmente por meio da Pastoral Familiar. Ela cresce e se aprimora através das diversas formações nacionais, regionais, diocesanas e paroquiais”, recorda a

CNPF em carta assinada pelo bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom Ricardo Hoepers, pelo assessor, padre Crispim Guimarães, e o casal coordenador nacional da Pastoral Familiar, Luiz e Kathia Stolf. No texto, apontam o simpósio como um dos “momentos formativos mais significativos, além de espaço de convivência e conhecimento mútuo” entre os agentes da Pastoral. PROGRAMAÇÃO As transmissões do Simpósio serão divididas em dois momentos: das 8h às 12h e depois das 14h às 18h. A programação inicia com uma conferência da qual participarão os bispos membros da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, o assessor e o casal coordenador nacional da Pastoral Familiar. Na sequência, haverá a oração do terço, conduzido pelo Regional Sul 2 e com a participação de agentes da Pastoral Familiar das cinco regiões do Brasil. O bispo de Rio Grande (RS) e presidente da

Comissão para a Vida e a Família, Dom Ricardo Hoepers, partilhará uma palavra introdutória com todos os participantes e conduzirá para o momento de aprofundamentos. A palestra inicial será com o padre Rafael Solano, da Arquidiocese de Londrina (PR), pós-doutor em Teologia Moral e Familiar. Ele vai falar sobre o tema central do Simpósio. Ainda na parte da manhã, haverá palestra sobre o Pacto Educativo Global proposto pelo Papa Francisco, informes do casal coordenador nacional da Pastoral Familiar, Luiz e Kathia Stolf, testemunhos e momento musical. Na parte da tarde, a programação terá mesa mediada por Dom Ricardo Hoepers com aprofundamento de temas por especialistas. O coordenador internacional da Pastoral da Criança, Nelson Arns

Neumman, falará sobre família e violência. A doutora em Teologia, Maria Inês de Castro Millen, oferecerá uma reflexão sobre os valores morais na família. Já o padre Márcio Tadeu falará sobre família e escola. Outras reflexões na mesa serão afetividade e sexualidade e aspectos lúdicos da educação. Ao final das atividades, a Comissão Nacional da Pastoral Familiar retorna à programação para interação com os internautas. Logo na sequência, haverá missa ao vivo presidida por Dom Ricardo Hoepers, direto de Rio Grande.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

a realização da segunda edição do Seminário Internacional “Sanando as próprias feridas”, a ser realizado na Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá (SP). O encontro organizado pela Comissão Especial de Proteção da Criança e do Adolescente da CNBB em parceria com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) tem como foco a proteção de menores vítimas de abusos sexuais na Igreja e os passos para implementação do Motu Proprio, nas dioceses e congregações religiosas. Espera-se a participação de cerca de 400 pessoas. Algumas Igrejas particulares no Brasil já anunciaram a adoção de medidas. Entre elas, a Arquidiocese de Porto Alegre (RS) que dia 26

de fevereiro anunciou a criação da Comissão Arquidiocesana Especial de Tutela de Criança, Adolescente e Pessoa Vulnerável. A Comissão elaborou orientações sobre como conduzir o caso desde a denúncia até o tratamento da vítima e do suspeito, aprovadas pelo Conselho de Presbíteros, Colégio de Consultores e pela Assembleia do Clero da arquidiocese. A equipe também está trabalhando na elaboração de Normas de Conduta que serão apresentadas ao clero, a todos os funcionários da mitra arquidiocesana, bem como aos agentes de pastoral que tenham contato com menores e vulneráveis. Uma comissão semelhante também foi instalada na Arquidiocese de São Paulo, no dia 8 de março.

BOA DICA n NA FAMÍLIA NO MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO – Livro (PAULUS, R$ 26,00)

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ode ser difícil um padre escrever acertadamente sobre a vida de casados e formação de uma família. No caso deste livro, nota-se, mesmo quando não se conheceram os pais do autor, a formação que ele teve em família como base para sua vida. Nasceu de uma família de pais amorosos e de um amor doação, daí a afirmação: “Quem ama pensa pouco em si... Sem amor doação, ‘uma só carne’ não se constrói”. Por isso, frei Humberto está capacitado para falar do amor na família, por ter experimentado, desde o seio materno, o amor de seus pais, e também por ter sido assessor de movimentos de casais e pároco em diversas ocasiões. O livro vai descrevendo a importância da união do casal para a família. “A primeira formação humana e religiosa é aquela que se recebe em família.” O ideal da família é apresentado como uma Igreja doméstica. Eis a importância deste pequeno livro para uma reflexão sobre o matrimônio nos dias de hoje. nROSÁRIO (O)– A BÍBLIA DO POVO – Livro (Paulinas, R$13,00)

O

livro O Rosário: a Bíblia do povo foi preparado com muito carinho pela equipe: Pe. José Roberto de Souza (Organizador), Cristiana Amorim Rosa de Paiva (Reflexões Bíblicas), Laudelino Augusto dos Santos Azevedo (Reflexões Pastorais), Paulo César de Oliveira (Reflexões Teológicas) e Luís Henrique Alves Pinto (Ilustrações), pessoas comprometidas com a missão profética da Igreja, com a formação cristã, espiritual e pastoral de todos, particularmente dos cristãos leigos. A oração consciente leva-nos a testemunhar a fé como sujeitos de transformação da realidade onde vivemos. O Rosário: a bíblia do povo, vem de encontro com a proposta do Papa Francisco para uma Igreja em Saída. Rezar é importante, mas se a oração não leva a ação, é como a Figueira Estéril (Lc 13,6-9) que não produz frutos ou como diz São Tiago em sua Carta: “O corpo sem espírito é cadáver, assim também a fé: sem as obras ela é morta” (Tg 2,26). É impossível refletir sobre a vida de Jesus, acolher sua mensagem e permanecer indiferente aos necessitados.


VATICANO

CADERNO DOIS

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Solenidade da ASCENSÃO: renovar o compromisso ao testemunho AUDIÊNCIA Geral do dia 20. Papa Francisco falou da Solenidade da Ascensão, celebrada na quinta-feira, 21, no Vaticano: o ensinamento da palavra de salvação de Cristo e seu anúncio na vida diária, devem ser o ideal e o compromisso de cada um.

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idade do Vaticano - Mais uma vez um convite à missão, ao anúncio do Evangelho e ao testemunho diário, reiterou o Papa Francisco no final da Audiência Geral de quartafeira, 20, em saudação em italiano aos fiéis conectados via streaming. Ele antecipou a Solenidade da Ascensão do Senhor, exortando todos a serem “testemunhas generosas de Cristo Ressuscitado”, conscientes de que Ele, subindo aos céus, não abandona ninguém, ao contrário, “Ele está sempre conosco e nos sustenta ao longo do caminho”. Francisco dirigiu pensamento especial aos jovens, aos idosos, aos doentes e aos recém-casados. Jesus Cristo, subindo ao céu, deixa uma mensagem e um programa para toda a Igreja: “Ide e ensinai todas as nações... ensinando-as a observar tudo o que vos ensinei. Que seja seu ideal e seu compromisso, tornar conhecida a palavra de salvação de Cristo e dar testemunho dela na vida diária. A todos minha bênção!”

ORIGENS DA SOLENIDADE Na quinta-feira da sexta semana da Páscoa, 40 dias após a Ressurreição, a Solenidade da Ascensão é celebrada no Vaticano e em alguns países do mundo, e em outros, é adiada para o domingo seguinte. Neste dia é lembrada a Ascensão ao céu de Jesus que, de fato, conclui sua estada terrena entre os homens para se unir fisicamente ao Pai e não aparecer novamente na Terra até sua Segunda Vinda (Parusìa) para o Juízo Final. Trata-se de uma festividade muito antiga da qual existem vestígios já no século IV. No Credo dos Apóstolos é mencionada com estas palavras: “Jesus subiu aos céus, e está sentado à direita do Pai”. E novamente ele virá, em glória, para julgar os vivos e os mortos, e o seu reino não terá fim”. O episódio está bem descrito nos Evangelhos de Marcos e Lucas e nos Atos dos Apóstolos. AS PALAVRAS DO PAPA Para a Igreja Católica, a

Ascensão é o prelúdio ao Pentecostes e de alguma forma marca o início de sua história e de sua missão junto com a humanidade. Francisco o recorda todos os anos nesta ocasião, insistindo no compromisso de cada cristão com o anúncio da salvação. Durante Regina Coeli, em 13 de maio de 2018, o Papa disse: “Tratase de ser homens e mulheres da Ascensão, ou seja, buscadores de Cristo pelas sendas do nosso tempo, levando a sua palavra de salvação até aos confins da terra. Neste itinerário, encontramos o próprio Jesus nos irmãos, sobretudo nos mais pobres, em quantos sofrem na própria carne a dura e mortificadora experiência de antigas e novas pobrezas. Assim como inicialmente Cristo Ressuscitado enviou os seus apóstolos com a força do Espírito Santo, também hoje Ele nos envia, com a mesma força para dar sinais concretos e visíveis de esperança. Porque Jesus que nos dá a esperança, foi elevado ao céu, abriu as portas do

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n PAPA FRANCISCO AOS FIÉIS: “(sejam) testemunhas de Cristo Ressuscitado”

céu e a esperança que nós para lá iremos”. No Regina Caeli de 1º de junho de 2014, o Papa falava da missão como comando necessário e não facultativo, quando afirmava: “Ir”, ou melhor, “partir” torna-se a palavra-chave da festa de hoje: “Jesus parte, sobe ao Céu, isto é, volta para o Pai pelo qual tinha sido enviado ao mundo. Cumpriu o seu trabalho, e depois voltou

para o Pai. Mas não se trata de uma separação, porque Ele permanece para sempre conosco, de uma forma nova. Com a sua Ascensão, o Senhor ressuscitado atrai o olhar dos Apóstolos — e também o nosso — às alturas do Céu para nos mostrar que a meta do nosso caminho é o Pai. Por fim, durante a homilia da Missa na Casa Santa Marta de 26 de maio de 2017, o Pontífice

pedia para que este episódio nos desse estímulo para subir ao Céu, conhecer Cristo de perto e contar aos homens as suas obras e os seus prodígios: “Jesus, antes de partir disse: ‘Ide e fazei discípulos em todas as nações’. O lugar do cristão é o mundo para anunciar a Palavra de Jesus, para anunciar que fomos salvos, que Ele veio para nos dar a graça, para nos levar todos com Ele diante do Pai”.

Ano Especial dedicado à Encíclica ‘LAUDATO SI’ Isabella Piro/MariangelaJaguraba – Cidade do Vaticano - A ecologia integral se torne um novo paradigma da justiça, porque a natureza não é uma “mera moldura” da vida humana: este é o coração da segunda Encíclica do Papa Francisco, “Laudato si’, sobre o cuidado da Casa comum”. Assinada pelo Pontífice em 24 de maio de 2015, Solenidade de Pentecostes, e divulgada em 18 de junho do mesmo ano, o documento está no centro, até o próximo domingo, da “Semana” especial que comemora seu quinto aniversário. Dividida em seis capítulos, a Encíclica, que leva o título da invocação de São Francisco de Assis no “Cântico das criaturas”, reúne, na ótica da colegialidade, várias reflexões das Conferências Episcopais do mundo e se conclui com duas orações, uma interreligiosa e uma cristã, pela proteção da Criação. Título extraído do Cântico das criaturas de São Francisco “Laudato si’, mi’ Signore, per sora nostramatre Terra”: Francisco de Roma coloca-se na esteira de Francisco de Assis para explicar a importância de uma ecologia integral que se torna um novo paradigma de justiça, em que a preocupação com a natureza, a equidade para com os

pobres, o compromisso com a sociedade, são inseparáveis. Nos seis capítulos da encíclica, o Papa evidencia que a nossa terra, maltratada e saqueada, requer uma “conversão ecológica”, uma “mudança de rumo”, para que o homem possa assumir a responsabilidade de “cuidar da casa comum”. Um compromisso que também inclui a erradicação da miséria, atenção aos pobres e o acesso igual para todos, aos recursos do planeta. Diagnóstico detalhado dos males do planeta Portanto, a Encíclica faz um diagnóstico detalhado dos males do planeta: poluição; mudanças climáticas; desaparecimento da biodiversidade; dívida ecológica entre o norte e o sul do mundo, ligada a desequilíbrios comerciais; antropocentrismo; predomínio da tecnocracia e das finanças, que leva a salvar os bancos em detrimento da população; propriedade privada não subordinada ao destino universal dos bens. Parece prevalecer uma “cultura do descarte”, do usa e joga fora que leva à exploração de crianças, ao abandono dos idosos, à redução dos outros à escravidão e à prática do comércio de diamantes ensanguentados. É a mesma lógica de muitas máfias, escreve Francisco, a lógica do descarte dos nascituros

que não correspondem aos projetos dos pais. Defesa da natureza incompatível com a justificativa do aborto Diante de tudo isso, explica a Encíclica, é necessária uma “revolução cultural corajosa” que mantenha em primeiro plano o valor e a proteção de toda vida humana, porque a defesa da natureza “é incompatível com a justificativa do aborto” e “o abuso de qualquer criatura é contrário à dignidade humana”. O Papa também reitera a necessidade de tutelar o trabalho, parte do significado da vida nesta terra, e pede o diálogo entre política e economia, em nome do bem comum. No âmbito internacional, o Pontífice não poupa um julgamento severo sobre as cúpulas mundiais relativas ao ambiente que decepcionaram as expectativas por falta de decisão política. No âmbito nacional, no entanto, Francisco exorta a política a sair da lógica do lucro imediato e da corrupção, em nome de processos de tomada de decisão honestos e transparentes. Em essência, o que é necessário é uma nova economia, mais atenta à ética. Formação para uma ecologia integral Certamente, sublinha a Encíclica, é preciso investir na formação para uma ecologia integral, para com-

preender que o ambiente é um dom de Deus, uma herança comum a ser administrada, não para ser destruída. Bastam até pequenos gestos cotidianos: fazer uma coleta seletiva, não desperdiçar água e comida, apagar as luzes desnecessárias, cobrir-se um pouco mais em vez de ligar o aquecedor. Dessa forma, sentiremos que “temos uma responsabilidade para com os outros e com o mundo e que vale a pena ser bons e honestos”. Por fim, a Encíclica nos convida a olhar os

Sacramentos, em particular para a Eucaristia, que “une o céu e a terra e nos orienta a ser guardiões de toda a Criação”. E então “Laudato si’”, conclui o Papa Francisco, porque “além do sol, no final, nos encontraremos face a face com a beleza de Deus”. A partir de 24 de maio, começa um Ano Especial No próximo domingo, 24 de maio, se realizará uma “oração comum pela terra e pela humanidade”. Terá início um Ano Especial dedicado à Laudato si’, promovido pelo

Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, marcado por vários encontros sobre o tema da ecologia integral. O Ano Especial se concluirá em 2021, mas tem como objetivo propor um compromisso público comum com a “sustentabilidade total” a ser alcançada em 7 anos. Estão envolvidas as famílias, dioceses, ordens religiosas, universidades, escolas, unidades de saúde e o mundo dos negócios, com especial atenção às empresas agrícolas.

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e as vicissitudes da vida, com todas as suas amarguras, correm o risco de sufocar em nós o dom da #oração, é suficiente a contemplação de um céu estrelado, de um pôr do sol, de uma flor... para reacender a chama do agradecimento. #AudiênciaGeral(20 de maio)

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uando nos damos conta do reflexo de Deus em tudo o que existe, o coração experimenta o desejo de adorar o Senhor por todas as suas criaturas e juntamente com elas. #LaudatoSi5(20 de maio)

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e, como o cristal, somos transparentes diante do Senhor, sua luz, a luz da misericórdia, brilha em nós e, através de nós, no mundo.(19 de maio)


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CADERNO DOIS

EM NAZARÉ

NAZARÉ EM DESTAQUE

PADRES BARNABITAS em oração pelo mundo DESDE o início da pandemia a Ordem Religiosa realiza recitação da oração nas santas missas

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s Padres Barnabitas, que há mais de cem anos administram o Santuário da Rainha da Amazônia, são autores e guardiões da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. Pen-

FOTOS: DIVULGAÇÃO

sando em amparar espiritualmente todos os filhos de Deus, pedindo a intercessão da Virgem de Nazaré, os sacerdotes oram ao Senhor pelo fim da pandemia que tem afetado o mundo inteiro. Rezemos juntos:

Arca Santa e Imaculada, tão pura e cheia de graça, sêde a nossa salvação neste perigo de desgraças. Sendo a Mãe do Deus humanado, que por nós expirou na cruz, que pedirás, ó Senhora, que vos negue o bom Jesus? Advogada celeste, desta pobre humanidade, perdão, Senhora, alcançai-nos da Divina Majestade. Dissipai a cruel peste, Poderosa Intercessora, como a cabeça esmagastes, da serpente enganadora. A natureza, Senhora, ao vosso Filho obedece, e o vosso Filho que a rege, não resiste à vossa prece. Assim seja. Amém! Nossa Senhora de Nazaré, Saúde dos Enfermos, Rogai por nós! n CONFIANTES, padres Barnabitas, pedem a intercessão de Nossa Senhora

CONTRIBUA com as transmissões do Santuário da Rainha da Amazônia! A pandemia da Covid-19 tornou a vida de todos muito atribulada e, nessemomento difícil, a assistência espiritual é imprescindível. Os Padres Barnabitas se empenham em prestar seu auxílio por meio das transmissões de missas, terços e novenas através das redes sociais e pela TV Nazaré, porque acreditam que a força do cristão está na fé inabalável em Jesus e nadevoção à Rainha da Amazônia.Mas o custo desse serviço é muito elevado. Por isso, os Padres Barnabitasrecorrem

ao sentimento de solidariedade que tão bem caracteriza o povo paraense. Eles ressaltam que é importante que os devotos mantenham suas doações e os ajudem nas ações preventivas. Os fiéis podem utilizar os canais online e fazer a sua doação com segurança, sem sair de casa. É desse modo que os Cristãos cuidam dos Cristãos. Para que a evangelização continue mesmo neste momento de dificuldade, faça sua doação online, acesse: www. basilicadenazare.com. br ou através de trans-

ferência bancária: Obras Sociais da Paróquia de Nazaré - CNPJ 04.746.442/000132 • Banco SICOOB (756), Agência 4609 / Conta Corrente: 3.156-9 • Banco Bradesco (237) Agência 2398-1 / Conta Corrente: 3-5 • Banco do Brasil (001), Agência: 1686-1 / Conta Corrente: 122005-5 • Caixa Econômica Federal (104), Agência 0820 / Conta Corrente: 501-3

n A AJUDA dos fiéis contribui para o serviço de transmissões

DEVOTOS contribuem com ações sócio-evangelizadoras do Santuário da Rainha da Amazônia A Associação de Devotos de Nossa Senhora de Nazaré (ADENAZA) reúne filhos e filhas do Brasil inteiro, tornando possíveis as

ações sócio-evangelizadoras e estruturais realizadas pelo Santuário da Rainha da Amazônia. Até mesmo a nobre tarefa de evan-

gelizar exige a disponibilização de recursos, necessários a concretizar os projetos que surgem das necessidades que a cada dia se

apresentam. Durante este período, fazer parte da ADENAZA é dar continuidade à missão da Igreja, visto que a casa dedicada à

Virgem de Nazaré, em Belém, é referência para a devoção Mariana e local consagrado a Deus que congrega seu povo.

Seja um associado! Faça o seu cadastro pelo site www.basilicadenazare.com.br ou ligue: (91) 4009-8448


IGREJA

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SETE CONCEITOS e ideias centrais da encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco DOCUMENTO completa cinco anos neste domingo, 24

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o próximo dia 24, a encíclica Laudato Si’ – sobre o cuidado da Casa Comum, do Papa Francisco, completa cinco anos. Dentro do espírito da Semana Laudato

2. ECOLOGIA INTEGRAL A ideia de Ecologia integral considera que “tudo está intimamente relacionado e que os problemas atuais requerem um olhar que tenha em con-

4. SER HUMANO COMO GUARDIÃO DA CRIAÇÃO O ser humano é o guardião da Criação e isso Francisco faz questão de ressaltar aos cristãos, a partir, por exemplo, da fonte de luz e motivação que vêm da Eucaristia. Diferentemente da ideia do ser humano como dominador autorizado a saquear a criação de Deus, Francisco apresenta como paradigma de conversão ecológica a visão da superioridade do ser humano em relação às

6. A CONVERSÃO ECOLÓGICA Aqui é a grande proposta do Papa Francisco contida na encíclica Laudato Si’: “A crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior”, mas também uma conversão

7. DO CONSUMISMO A UM NOVO ESTILO DE VIDA O Papa Francisco afirma que a humanidade precisa mudar, tomando consciência

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Si’, o Portal da CNBB revisita o documento papal, uma “encíclica social”, como gosta de salientar o Papa, para relembrar sete dos grandes conceitos e ideias contidos na publicação.”

1. CASA COMUM Já no título do documento, Francisco apresenta uma ideia forte, chama o planeta de Casa Comum. Recordando o cântico das criaturas de São Francisco de Assis, de onde se extrai o termo Laudato Si’

(Louvado sejas), o Papa sublinha que o santo italiano “recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços” (LS, 1). No plane-

pítulo do texto, onde desenvolve a ideia de ecologia integral, o Papa abrange as dimensões da Ecologia ambiental, econômica e social; da Ecologia cultural e da Ecologia da vida quotidiana; além de explica

sobre a inseparável relação com a noção de bem comum, “princípio este que desempenha um papel central e unificador na ética social”, e com a compreensão sobre “justiça intergeneracional”.

3. TUDO ESTÁ INTERLIGADO A máxima repetida por Francisco na encíclica é devidamente explicada por argumentos científicos: “O tempo e o espaço não são independentes entre si; nem os próprios átomos ou as partículas subatómicas se podem considerar separadamente. Assim como os vários componentes do pla-

neta – físicos, químicos e biológicos – estão relacionados entre si, assim também as espécies vivas formam uma trama que nunca acabaremos de individuar e compreender. Boa parte da nossa informação genética é partilhada com muitos seres vivos. Por isso, os conhecimentos fragmentários e isolados podem tornar-se uma forma de ignorância, quando resistem

a integrar-se numa visão mais ampla da realidade” (LS, 138). Daí também a compreensão do meio ambiente como uma relação: “a relação entre a natureza e a sociedade que a habita. Isto impede-nos de considerar a natureza como algo separado de nós ou como uma mera moldura da nossa vida. Estamos incluídos nela, somos parte dela e compenetramo-nos” (LS, 139).

5. A CRISE ECOLÓGICA E SUA RAIZ HUMANA Para o Papa Francisco, “há um modo desordenado de conceber a vida e a ação do ser humano, que contradiz a realidade até ao ponto de a arruinar”. O pontífice refere-se ao “paradigma tecnocrático dominante” . O problema neste cenário de

globalização do paradigma tecnocrático é “o modo como realmente a humanidade assumiu a tecnologia e o seu desenvolvimento juntamente com um paradigma homogêneo e unidimensional. Neste paradigma, sobressai uma concepção do sujeito que progressivamente, no processo lógico-racional,

compreende e assim se apropria do objeto que se encontra fora. Um tal sujeito desenvolve-se ao estabelecer o método científico com a sua experimentação, que já é explicitamente uma técnica de posse, domínio e transformação. É como se o sujeito tivesse à sua frente a realidade informe totalmente

comunitária, pressuposto para “criar um dinamismo de mudança duradoura” (LS, 219). “Temos de reconhecer também que alguns cristãos, até comprometidos e piedosos, com o pretexto do realismo pragmático frequentemente se

burlam das preocupações pelo meio ambiente. Outros são passivos, não se decidem a mudar os seus hábitos e tornamse incoerentes. Falta-lhes, pois, uma conversão ecológica, que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que os

rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus. Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspecto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa” (LS, 217).

“duma origem comum, duma recíproca pertença e dum futuro partilhado por todos”. Isto permitiria “o desenvolvimento de novas convicções, atitudes e estilos de vida. Surge, assim, um grande desafio cultural, espiritual e educati-

vo que implicará longos processos de regeneração”. O consumismo obsessivo é o reflexo subjetivo do paradigma tecno-econômico. A proposta aqui é de um novo início deixando para traz o consumismo que destrói: “Que o nosso seja um tempo que se recorde pelo despertar duma nova reverência face à vida, pela firme resolução de alcançar a sustentabilidade, pela intensificação da luta em

prol da justiça e da paz e pela jubilosa celebração da vida” (LS, 207). “A espiritualidade cristã propõe uma forma alternativa de entender a qualidade de vida, encorajando um estilo de vida profético e contemplativo, capaz de gerar profunda alegria sem estar obcecado pelo consumo (LS 222)” […] “ A sobriedade, vivida livre e conscientemente, é libertadora. Não se trata de

ta todos os aspectos da crise mundial”. Francisco propõe em sua reflexão os diferentes elementos duma ecologia integral, que inclua claramente as dimensões humanas e sociais (LS 137). No quarto ca-

outras criaturas como “uma capacidade […] que lhe impõe uma grave responsabilidade derivada de sua fé” (LS, 220). “Se o ser humano se declara autónomo da realidade e se constitui dominador absoluto, desmorona-se a própria base da sua existência, porque «em vez de realizar o seu papel de colaborador de Deus na obra da criação, o homem substitui-se a Deus, e deste modo acaba por provocar a revolta da natureza» (LS, 117). “Se às vezes uma má com-

ta, habitam os seres humanos e todo o conjunto da criação em profunda relação com o ser humano: “O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivificanos e restaura-nos” (LS, 2).

preensão dos nossos princípios nos levou a justificar o abuso da natureza, ou o domínio despótico do ser humano sobre a criação, ou as guerras, a injustiça e a violência, nós, crentes, podemos reconhecer que então fomos infiéis ao tesouro de sabedoria que devíamos guardar” (LS, 200). Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspecto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa (LS, 217).

menos vida, nem vida de baixa intensidade; é precisamente o contrário. Com efeito, as pessoas que saboreiam mais e vivem melhor cada momento são aquelas que deixam de debicar aqui e ali, sempre à procura do que não têm, e experimentam o que significa dar apreço a cada pessoa e a cada coisa, aprendem a familiarizar com as coisas mais simples e sabem alegrar-se com elas” (LS, 224).


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SETOR JUVENTUDE promove “Sabadou” para vivência da quarentena AFETOS à praticidade tecnológica, jovens animam quarentena em Belém

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correu no último sábado, 16, através das redes sociais, a programação “Sabadou”, realizada pelo Movimento Solidário da Pastoral Juvenil da Arquidiocese de Belém para melhor viver a quarentena. Embalou a noite a apresentação musical do cantor Douglas Bessa, reflexões de Dom Antônio de Assis Ribeiro, Bispo Auxiliar, participações de expressões, tudo com condução do padre Daniel Cunha, SDB, que deu um tom especial ao momento e presenteou ao longo do programa com a realidade juvenil de sua expressão. Objetivo de programações como o “Sabadou”, é o de promover espaços juvenis de encontro durante a quarentena; na live em específico valorizou-se o lúdico, a musicalidade brasileira e a comunhão das mais variadas expressões. “Ao longo da quarentena, conseguimos chegar a muitas realidades com programações no formato das ‘lives’, algumas dessas ultrapassaram o alcance de 10 mil pessoas; destaca-se na programação

“sabadou”, realizada em conjunto com a pastoral juvenil Salesiana, a participação externa de outros estados, quer seja interagindo como telespectador, ou na própria live”, explica Henrique Carrera, do Setor Juventude e da comissão da mobilização juvenil da solidariedade. Outros destaques da live foram a participação de expressões juvenis de outras regiões do Brasil no quadro “Eu indico”. Nele, participantes indicavam músicas, livros, filmes, séries, filmes ou poemas. Como dito acima, as reflexões da noite ficaram por conta de Dom Antônio de Assis, SDB - Bispo de Belém e referencial para Pastoral Juvenil da CNBB. Já no fim do programa houve a participação da Irmã Valéria Leal, Assessora Nacional da Pastoral Juvenil, que também deixou seu recado. Henrique avalia todo o processo realizado como louvável, diante do cenário pandêmico: “as avaliações que temos, da parte das lideranças juvenis, do conselho juvenil arquidiocesano, foram

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n DOUGLAS BESSA uma das atrações do "Sabadou"

muito positivas, dois ou três pontos foram indicados para o ajuste, destaca-se entre as propostas a de se construir um Sabadou Junino.” OUTROS CONTEÚDOS O Movimento Solidário da Pastoral Juvenil nãolimitou-se apenas ao “Sabadou”, mas também produziu outros conteúdos para a

juventude a fim de motiválos e enriquecê-los com formações. “Foram produzidos três programas de podcasts como o ‘Vida em Abundância’ com um conteúdo bíblico, apresentado pelo jovem André Ribeiro e Dom Antônio, ‘Quartas-feiras de Quarentena’ com conteúdo informacional apresentado por mim e a jornalista Már-

cia Lima, ‘Diálogo Direto’ com conteúdo formativo apresentado pelo Wellinton Ribeiro e Karina Quadros, teve também as ‘Lives da Juventude’, às sextas-feiras, que envolviam louvor, oração e adoração, assim como as ações solidárias incentivadas aos jovens como o cuidado e atenção aos idosos”, explicou Henrique.

Paróquias da Arqudiocese festejam Santa Rita de Cássia Nesta sexta-feira, 22, é o dia dedicado à memória litúrgica de Santa Rita de Cássia, conhecida também pelos seus devotos como a Santa das Causas Impossíveis. Paróquias de Belém, Ananindeua e Icoaraci organizam programação em homenagem à padroeira. Entre as homenagens, traslados e transmissões de missas e novenas, seguindo as normas de segurança e sanitárias por conta da pandemia da Covid-19. Na Paróquia de Santa Rita de Cássia, na Cidade Nova 5, em Ananindeua, a programação, toda transmitida da capela da casa paroquial via Facebook na página oficial Pascom Santa Rita, inicia na sexta-feira às 8h com Santa Missa, na intenção de todas as esposas e mães.

Em seguida, a partir das 9h30, haverá Traslado da Imagem Peregrina de Santa Rita por algumas ruas do conjunto Cidade Nova. Haverá somente o carro som e o carro andor, a fim de evitar aglomerações. As atividades retomam ao meio-dia, com celebração eucarística na intenção de todas as viúvas e religiosas. À tarde, às 16h, haverá Terço de Santa Rita na intenção das almas nossos irmãos e irmãs falecidos, vítimas da pandemia. Na sequência, às 17h, vésperas solenes em memória a Santa Rita na intenção de todas os que se recuperaram da Covid-19. Concluindo, às 19h, Santa Missa solene a Santa Rita na intenção da paróquia, grupos pastorais, movimentos e serviços e comunidades.

REDES SOCIAIS DAS PARÓQUIAS: SANTA RITA DE CÁSSIA – CIDADE NOVA Facebook: https://www.facebook.com/pascom.santarita.18 SÃO JOSÉ DE QUELUZ - CANUDOS Facebook: https://www.facebook.com/SJQUELUZ/ SÃO JOÃO BATISTA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - ICOARACi Facebook: https://www.facebook.com/paroquiasjbnsg; Youtube: www.youtube.com/channel/UCyrrDm3u0bP00v1bQ6l3x5Q

FACEBOOK DA PARÓQUIA SANTA RITA DE CÁSSIA.

Na Paróquia de São José de Queluz, no bairro de Canudos, em Belém, haverá nesta sexta-feira, 22, celebrações eucarísticas pelo dia da padroeira às 7h e 19h, na página da paróquia no Facebook. Ainda nesta dia, às 18h, novena diária em intenção da padroeira. A Paróquia de São João Batista e Nossa Senhora das Graças, em Icoaraci, contará com programação em homenagem à padroeira das causas impossíveis. Na terça-feira, 19, a paróquia iniciou a festa em honra de Santa Rita de Cássia com tríduo que finalizou na quinta, 21. Nesta sexta-feira, 22, haverá Santa Missa às 19h. Os fiéis podem acompanhar a programação pelas nossas redes sociais e pelo canal no YouTube da paróquia.

n SANTA RITA DE CÁSSIA das Causas Impossíveis

PORTAL NAZARÉ WWW. FUNDACAONAZARE. COM.BR

n SUA FESTIVIDADE NO PORTAL NAZARÉ Acesse o Portal Nazaré (www.fundacaonazare.com.br ) e confira a programação da festividade em honra a Santa Rita de Cássia nasparóquias São José de Queluz, em Canudos, e Nossa Senhora das Graças e São João Batista, localizada no distrito de Icoaraci.Toda a programação da festividade será realizada online com transmissão pelas redes sociais das paróquias. Veja mais

detalhes no Portal Nazaré e participe em casa com sua família. Ajude-nos a continuar a missão evangelizadora pelos nossos veículos de comunicação e faça parte da Família Nazaré. Contamos com você. Para mais informações, entre em contato: (91) 4006-9200 ou envie uma mensagem para nosso WhatsApp: (91) 99315-5743


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