Voz de Nazaré

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belém, De 27 de outubro a 2 de novembro de 2017

Opinião Privilégio de ser católico João Carlos Pereira

charge do andré abreu

Jornalista e professor jcparis@orm.com.br

Olhares sobre o Círio (II)

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Comente esta charge: voz@fundacaonazare.com.br

Panorama José Pereira Ramos joseulina1@gmail.com

Outubro maravilhoso

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Economista e escritor

erminamos o mês de outubro, em que o Brasil demonstrou sua devoção à Mãe de Jesus, através do achado de duas pequeninas imagens: Conceição Aparecida e Nazaré. Inicia-se o mês com a devoção à mais jovem Doutora da Igreja, Santa Teresinha do Menino Jesus, com uma chuva de rosas e de Graças. Dia 4, a festa de São Francisco de Assis, aquele que soube seguir a pobreza evangélica, agregando, com seu exemplo, milhares de companheiros que fazem o bem pelo mundo afora. No dia 7, festejamos Nossa Senhora do Rosário, devoção antiquíssima que ela mesma confirmou em Fátima ao aparecer aos pastorinhos. Dia 8, o nosso grande Círio, que não é mais de um dia, mas permanente.

Encontro Fraterno ivens Coimbra Brandão

ivenscb@oi.com.br; ivenscb@gmail.com

Reconhecimento ao meu anjo da guarda

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Engenheiro civil e escritor

noticiário dos naufrágios de duas embarcações de médio porte ocorridos no passado mês de agosto, um aqui no rio Xingu e outro próximo à ilha de Itaparica, na Bahia, levou-me mais uma vez a percorrer o túnel do tempo, chegando ao ano de 1960, quando prestava serviços profissionais na então Estrada de Ferro Tocantins, com sede em Tucuruí. Eram tempos quando não havia rodovia ligando aquela cidade a Belém, sendo o transporte de passageiros e cargas feito por via fluvial, demandando cerca de 36 horas o percurso até esta capital. Certo dia, bem cedinho, me dirigi ao trapiche de Tucuruí objetivando viajar para Belém, sendo-me oferecidas duas opções: uma lancha de pequeno porte, prevista para desatracar às 5h30, e um outro barco, daqueles que venciam as corredeiras do trecho encachoeirado

Fun­da­do em 5 de ju­lho de 1913 fundador Pe. Flo­ren­ce Du­bois, bar­na­bi­ta

arquidiocese de belém-pará

presidente Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Be­lém do Pa­rá vice-presidente Monsenhor Marcelino Ferreira Vigário-geral da Arquidiocese de Belém do Pa­rá

Dia 1,1 um santo do nosso tempo, São João XXIII, o Cardeal Roncalli, que, ao ser eleito Papa, convocou o Concílio Vaticano II. Dia 12, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. Dia 16, Santa Teresa de Jesus que, em Ávila, reformou o Carmelo. No dia 12, Santa Edwiges, protetora dos endividados, e Santa Margarida Maria Alacoque, que recebeu de Jesus o encargo da divulgação da devoção ao seu Sacratíssimo Coração. Dia 18, o Evangelista São Lucas, que deve merecer especial atenção de nós, leigos. Dia 22, o dia Mundial das Missões. Nós, da Amazônia, região eminentemente missionária, devemos rezar e colaborar com os missionários da nossa região, além do nosso dever batismal de sermos missionários. Dia 25, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, o Santo Brasileiro. Os nossos votos são de que tenhamos sabido aproveitar todas essas oportunidades. Vamos agora em novembro reverenciar nossos antepassados. do rio Tocantins, entre Marabá e Tucuruí, que deixaria o trapiche meia hora depois. Escolhi então a lancha, julgando que ganharia tempo. No entanto, depois de poucas horas de viagem, veio a encalhar em um ‘banco’ de areia, cabendo à tripulação providenciar o desencalhe, os homens se lançando na água e mergulhando, até fincarem seus pés na areia e os ombros de encontro ao casco da embarcação, levando-a a flutuar novamente. Enquanto aguardava tal ‘manobra’, eis que passou ao largo, como que imponente, deixando ouvir a cadência do característico ruído do seu possante motor, o barco que desatracaria um pouco mais tarde, deixando-me frustrado diante da escolha feita. No entanto, ao desembarcar aqui em Belém fui informado de que a referida embarcação havia naufragado. Proclamei então: Que sorte a minha! Todavia, nos dias de hoje, revendo os fatos à luz da fé, não tenho dúvida de atribuir ao meu anjo da guarda a escolha feita, sendo poupado de um sinistro que poderia ter ceifado a minha vida.

DIRETOR GERAL Padre Roberto Emílio Cavalli Junior diretor administrativo e financeiro ­Marcos Aurélio de Oliveira diretor de comunicação Mário Jorge Alves da Silva diretor de captação de recursos ­Arnaldo Pinheiro

primeiro dos grandes acertos do Círio de 2017 foi a escolha do cartaz. Criado pela Mendes Publicidade, o cartaz deste ano se coloca entre os mais bonitos de todos os tempos. Unindo simplicidade e beleza, a equipe de Oswaldo Mendes (pai e filho), conseguiu dizer muita coisa com apenas uma Bandeira, – a nossa Bandeira – tremulando ao fundo e sobre a qual foi aplicada a imagem da Peregrina. A leitura permitiu ver o Pará inteiro, sua terra e sua gente, seguindo Nossa Senhora, estrela da evangelização. A ideia de a estrela do Pará estar próxima da estrela da Evangelização fundiu propósitos num alto grau de beleza e de percepção. Vai ser difícil conseguir, em 2018, um resultado tão extraordinário. Mas todos os anos a Mendes enfrenta esse desafio. E o supera. Depois do cartaz, veio o manto, uma preciosidade de desenho e de concepção. Aline Folha e Marilza Ramos, que fizeram o manto de 2016, também se superaram. Na descrição da

peça, escreveram uma peça evangélica baseada na beleza. Marianamente, digamos assim, o manto de 2017 foi uma aula de estética e de sabedoria. Cada detalhe guardou um significado específico, que merece ser contemplado como obra de arte evangelizadora. O sistema de som, uma conquista de há anos, tem sido atrapalhado pelas grandes homenagens a Nossa Senhora. Em alguns momentos, quem vai na romaria fica confuso com tanto barulho. Promovem-se “shows” em cada esquina, corais e cantores. Como cada um quer fazer mais bonito, toma-lhe cantoria! Talvez uma integração entre a sonorização e as homenagens pudesse permitir que o trajeto inteiro escutasse o que poucos conseguem. Minha proposta seria nenhuma “conversa”, mais música e muita oração. O romeiro quer rezar, mas com tanto barulho fica impossível. Em suma: música integrada, o terço e alguma orientação muito necessária. A qualidade técnica do som, faço ressalva, estava muito boa.

Assim na terra como no céu ... Pe. Helio Fronczak

heliofronczak@gmail.com

Maria, nosso modelo

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om grande frequência ouvimos as pessoas dizerem: “Seja feita a vontade de Deus”. É uma expressão que, na maior parte dos casos, os cristãos proferem nos momentos de dor, quando não há mais o que fazer. Certamente essas situações ocorrem em nossa vida. Contudo, não é só nessas circunstâncias que se deve dizer “seja feita a vontade de Deus”, pois no cristianismo não existe apenas a “resignação cristã”. Precisamos, de fato, dizer “seja feita a vontade de Deus”, sobretudo, nas coisas que dependem de nós, nas decisões que tomamos, sintonizando, assim, toda nossa vida com o projeto de Deus para nós. Grande é nossa responsabilidade como testemunhas de Cristo, pois é pelo modo como nos comportamos que os outros podem intuir qual é a mensagem que Jesus trouxe a esta terra. E se o testemu-

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nho de Cristo que nós damos é pouco e ainda deformado de um jeito ou de outro, a evangelização e a construção do Reino de Deus ficam comprometidas e não avançam na sociedade. Às vezes damos a impressão de que a religião que praticamos dobra somente o pescoço das pessoas mas não a vontade em sua raiz mais profunda, porque aquele que se diz cristão – discípulo de Cristo – vive centrado em si mesmo, insensível às dificuldades de seus vizinhos mais próximos. Em vez de testemunho de Cristo, damos um contra-testemunho. Ou o cristianismo é genuíno e radical, ou deixa muito a desejar e não incide na transformação da sociedade. Maria, na visita à casa de sua parenta Isabel, nos dá o exemplo de como sermos “Igreja em saída”, atentos às necessidades dos irmãos ao nosso redor.

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